2º ANO

 

OBJETO DO CONHECIMENTO DO 1º BIMESTRE - 2ª SÉRIE

 

 O ASSUNTO 01: Conceito de hipertensão:

 

Hipertensão arterial é uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. A hipertensão pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. Hoje, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo, pois pode favorecer uma série de outras doenças.

 

Hipertensão: Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg (milímetro de mercúrio). Uma pressão arterial sistólica de 140 ou mais é considerada hipertensão. Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra. Um número normal de pressão arterial diastólica é inferior a 80, sendo que igual ou superior a 90 é considerada hipertensão.

 

A hipertensão pode ser dividida em três estágios:

 

Estágio I: hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo que 160 por 100.

Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110.

Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.

Fatores de risco

 

A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles:

 

Fumo

Consumo de bebidas alcoólicas

Obesidade

Estresse

Grande consumo de sal

Níveis altos de colesterol

Falta de atividade física

Diabetes

Sono inadequado.

 

Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Isso porque com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar - são chamados de vasos menos complacentes. Com isso a hipertensão arterial é mais fácil de acontecer - cerca de 70% dos adultos acima dos 50 ou 60 anos possuem a doença. Sintomas de Hipertensão: Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.

 

1. Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares; 2. Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos; 3. Praticar atividade física regular; 4. Aproveitar momentos de lazer; abandonar o fumo; 5. Moderar o consumo de álcool; 6. Evitar alimentos gordurosos; 7. Controlar o diabetes e outras comorbidades; 8. Complicações possíveis. As principais complicações da hipertensão são AVC, por infarto agudo do miocárdio ou doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma atrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. É importante ressaltar que qualquer combinação de fatores de risco é sempre muito mais grave, pois o risco das comorbidades é multiplicado. Em média, uma pessoa com hipertensão que não controla o problema terá uma doença mais grave daqui a 15 anos.

    O ASSUNTO 02:  Musculação: Força e resistência muscular; hipertrofia muscular; exercícios aeróbicos e anaeróbicos.

 

Hipertrofia muscular: É o aumento na secção transversa do músculo, ou seja, aumento no tamanho e no número de filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes. Este aumento de massa muscular depende de vários fatores, como resposta individual ao treinamento, intensidade e duração do programa de treino. Velocidade de execução dos exercícios: lenta. O tempo de tensão é um importante estímulo para ajudar no aumento da hipertrofia muscular.

 

Força muscular: É a capacidade de exercer força máxima para um dado movimento corporal. O aumento da força segue certo curso temporal. Uma maior parcela de contribuição para este aumento vem da adaptação neural (melhora da coordenação e eficiência do exercício), porém, com o passar do tempo, a contribuição do aumento de massa muscular se torna essencial, para o aumento de força. Velocidade de execução dos exercícios: lenta.

 

Potência muscular: É a combinação entre a velocidade e a força. Quanto maior a força ou a velocidade de execução, maior será a potência gerada. A potência muscular pode ser determinada com um único movimento (como nos levantamentos de peso) ou com uma série de movimentos aeróbios, com um grande número de movimentos repetitivos. Velocidade de execução dos exercícios: rápida.

 

Resistência muscular: É o tempo máximo em que um indivíduo é capaz de manter a força isométrica ou dinâmica em um determinado exercício ou capacidade de manter a capacidade contrátil do músculo.

 

Velocidade de execução dos exercícios: moderada.

 A escolha dos treinos a serem trabalhados será feita a partir principalmente dos seus objetivos, levando em conta o seu nível de condicionamento físico e disponibilidade de tempo.

 

Exercícios Aeróbicos x Anaeróbicos

Sempre que o assunto é musculação ou outra atividade física, ouvimos referência a exercícios aeróbicos e anaeróbicos. As atividades aeróbicas são as mais conhecidas de todos, até porque são famosas as academias de ginástica que se caracterizam principalmente pela queima de calorias. Enquanto isso, é na musculação que ouvimos falar dos exercícios anaeróbicos. Mas, o que significam esses dois termos e qual a diferença entre eles?

 

Agora, vamos saber um pouco mais sobre cada um desses tipos de exercícios: Exercícios aeróbicos: Os exercícios aeróbicos se caracterizam pela exigência de uma grande quantidade de oxigênio, impondo uma respiração forte e constante. Normalmente são exercícios contínuos e de longa duração onde o tempo é mais importante do que a velocidade, movimentando vários grupos musculares ao mesmo tempo.

 

São exemplos de atividades aeróbicas: caminhadas, ciclismo, corridas, natação, dança e muitas outras atividades que se caracterizam pela grande queima de calorias. Os principais benefícios dos exercícios aeróbicos são o emagrecimento, melhora do condicionamento físico, aumento da capacidade cardíaca e respiratória, fortalecimento do sistema cardiorrespiratório e aceleramento do metabolismo.

 

    Exercícios anaeróbicos: Os exercícios anaeróbicos utilizam uma fonte de energia independente do oxigênio e são realizados com uma respiração mais controlada para manter a força. Normalmente são exercícios de menor duração e que exigem um esforço concentrado. As atividades anaeróbicas se caracterizam pelo esforço intenso realizado por um grupo de músculos limitado, havendo a produção de ácido lático. Bons exemplos de exercícios anaeróbicos são os exercícios de musculação com pesos, as corridas de 100 metros rasos, saltos em altura e distância e o arremesso de peso. Os principais benefícios dos exercícios anaeróbicos são a tonificação dos músculos e a melhora do condicionamento físico de modo geral.

 

Como percebemos tanto os exercícios aeróbicos quanto os anaeróbicos trazem benefícios. Dessa forma, podemos considerar que a atividade física ideal é aquela que associa os dois tipos de exercícios.

 

 O assunto 03: Musculação: Capacidade Física.

 

Capacidade Física, estabelecendo padrões e conceitos que definem cada característica desta capacidade do corpo humano.

 

FORÇA: “É a capacidade de um músculo de contrair-se contra uma resistência e de manter contra essa resistência a tensão desejada.” (Hollmann, 1980)

 

Força máxima: É a maior força muscular possível que um atleta pode desenvolver, independentemente de seu peso corporal. (Barbanti apud Nett, 1979)

 

Força rápida: (explosiva) (também conhecida como potência) – é a capacidade do sistema neuromuscular de dominar resistências com a mais alta velocidade de contração possível (WEINECK, 2005)

 

Resistência de força: É a capacidade de resistência dos músculos ou grupos musculares contra o cansaço com repetidas contrações dos músculos, quer dizer, com trabalho de duração da força. (Barbanti, 1979).

Resistência de força: É a capacidade de resistir à fadiga da musculatura em desempenho de força de longa duração (WEINECK, 2005).

 

Fatores Determinantes Da Força

a. MÁXIMA: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e coordenação intra-muscular

b. RÁPIDA: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e coordenação intra e inter-muscular e ciclo de encurtamento e estiramento do músculo

c. RESISTENTE: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e metabolismo (obtenção de energia)

 

Desenvolvimento Da Força

a. 1ª INFÂNCIA: rápido crescimento devido ao aumento da massa magra, por hipertrofia e hiperplasia muscular. Valores semelhantes entre meninos e meninas.

b. INFÂNCIA: crescimento moderado, porém maior nos meninos devido à transformação de fibras indefinidas em tipo II

c. PUBERDADE: rápido crescimento nas meninas dos 09 aos 14 anos e nos meninos dos 11 aos 15 anos, devido ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Valores bem maiores para os meninos.