segunda-feira, 30 de outubro de 2023

EU SOU O MEU PADRÃO


 Eu Sou o Meu Padrão

Como os padrões de beleza afetam a sociedade

Quem nunca se olhou no espelho para checar se tinha aquela ruguinha ao redor dos olhos?

Uma ação tão simples revela um padrão de beleza que valoriza a juventude – e que, inconscientemente, nos sentimos obrigados a seguir. Sem falar em outras imposições estéticas que vemos na mídia, como ter um determinado peso, formato de corpo e tipo de cabelo.

E quando não seguimos essas normas estéticas? É muito provável que vamos nos sentir intimidados e até rejeitados pelas outras pessoas.

E as consequências não param por aí. A seguir, você vai conhecer os prejuízos que a imposição de um padrão de beleza traz para a sociedade. Confira:

    A formação dos padrões de beleza
    As consequências da imposição de padrões de beleza
    O body shaming e o movimento Body Positivity
    Como lidar com os padrões de beleza


A formação dos padrões de beleza

Um padrão de beleza é um conjunto de normas estéticas que formatam o corpo de um indivíduo, de acordo com processos culturais localizados em um determinado espaço e tempo histórico. É uma construção social, ou seja, não é algo que sempre existiu na natureza, não é universal nem imutável.

Cada cultura tem a própria definição do que é belo, estabelecendo associações entre determinadas partes do corpo a atributos positivos ou negativos. Esses parâmetros acabam por qualificar e desqualificar as pessoas, que constroem suas identidades a partir dessas regras.

Vamos pegar como exemplo o padrão de beleza brasileiro dos anos 2000.

Para uma pessoa ser considerada bonita, ela deveria ser alta e ter a menor porcentagem de gordura corporal possível, músculos definidos e lábios grossos. A pele deveria ser bronzeada e não ter sinais que revelassem a idade, como manchas, rugas e cicatrizes.

Se voltarmos para o início do século 20, o tipo físico ideal era um corpo esguio, mas sem músculos aparentes. A pele deveria ser alva e os cabelos, lisos. O envelhecimento não era considerado um problema, tanto que era um elogio aparentar a idade que tinha. A velhice passou a ser associada à feiura na década de 1960, mesmo período em que se pesar e fazer regimes se tornaram um hábito no país.

O vídeo abaixo, produzido pelo Buzzfeed, é uma ótima ilustração de diferentes padrões de beleza que surgiram ao longo de séculos:

Apesar de geralmente pensarmos em figuras femininas quando falamos em padrões de beleza, pessoas do sexo masculino também são enquadradas em parâmetros estéticos.

Confira mais um vídeo do Buzzfeed que traz as características que determinam se um homem é belo ou não em diferentes culturas:
 As consequências da imposição de padrões de beleza

A imposição de um padrão de beleza coloca em risco a saúde das pessoas. A pesquisa da Opinion Box mostrou que 41% dos brasileiros já tiveram problemas psicológicos ligados à aparência e à baixa autoestima.

Há ainda os riscos decorrentes de intervenções cirúrgicas desnecessárias, do uso de esteroides anabolizantes e da exposição prolongada ao sol ou à radiação do bronzeamento artificial.

A cobrança interna e externa pelo corpo perfeito é chamada de pressão estética, que impacta em especial as mulheres.

Listamos alguns dos efeitos nocivos dessa pressão, com a ressalva de que os padrões de beleza não são a única causa dos problemas abaixo.
Transtornos alimentares

Os transtornos alimentares englobam todo comportamento disfuncional relacionado à comida. São distúrbios multifatoriais, ou seja, que têm múltiplas causas. Além da pressão estética, o bullying e outros traumas de infância podem desencadeá-los.

Os principais transtornos alimentares são:

    Anorexia: caracterizado pela visão distorcida sobre o próprio corpo. A pessoa tem medo intenso de ganhar peso e obsessão por emagrecer;
    Bulimia: compulsão alimentar seguida por métodos para evitar ganho de peso, como expurgos, excesso de exercícios físicos e jejum;
    Compulsão alimentar: ingestão exarada de alimentos, sem que haja sensação de fome ou necessidade física;
    Ortorexia: preocupação exagerada com o que se come, levando a uma obsessão para sempre comer de forma certa, com alimentos saudáveis e extremo controle de calorias e qualidade.

Estima-se que 70 milhões de pessoas são afetadas por algum tipo de transtorno alimentar em todo o mundo. Geralmente, os distúrbios começam a se manifestar no final da infância e início da adolescência.
Dismorfia corporal

Também chamada de transtorno dismórfico corporal (TDC), a dismorfia corporal se caracteriza pela preocupação exagerada com algum defeito imaginário na aparência física. Estima-se que atinja mais de 4 milhões de brasileiros, com igual proporção entre homens e mulheres.

Quem sofre com o TDC tem dificuldades de sair de casa, por medo de ser julgado pela aparência, e acaba se isolando. Há quem recorra a procedimentos estéticos e intervenções cirúrgicas para tentar corrigir a suposta imperfeição, o que não garante que o sofrimento vai passar. Geralmente, a pessoa torna-se obsessiva com outra parte do corpo.
Gordofobia

A gordofobia é a aversão a pessoas que estão acima do peso considerado ideal pelos padrões de beleza. Geralmente, é acompanhada por piadas, comentários pejorativos ou desmerecimento.

É um preconceito a um determinado tipo físico, tido como anormal por não estar de acordo com parâmetros estéticos. O caráter do indivíduo passa a ser definido pelo tamanho do seu corpo, o que acaba prejudicando sua saúde mental.
Racismo estético

Falando especificamente de padrões de beleza impostos na sociedade, o racismo estético se manifesta na negação ou em ataques a traços físicos de pessoas negras, como o formato do nariz e da boca, a estrutura óssea e os cabelos.
O body shaming e o movimento Body Positivity

A forma mais óbvia de pressão estética é o body shaming, expressão em inglês para se referir a agressões verbais relacionadas à aparência física de uma pessoa.

A noção de aparência aqui é ampla, abrangendo formato do corpo, cor da pele e dos cabelos, doenças que deixam marcas físicas, cicatrizes e intervenções como tatuagens e piercings.

Em resposta ao body shaming, o movimento Body Positivity defende que todo indivíduo tem o direito de ter uma imagem positiva sobre o próprio corpo, independentemente dos padrões de beleza vigentes.

Entre os objetivos do Body Positivity estão:

    Contestar os padrões de beleza corporal da sociedade, construídos a partir de vieses de raça, gênero, sexualidade e deficiência;
    Promover a aceitação de todos os corpos, ajudando as pessoas a construírem uma relação mais saudável e realista com os próprios corpos;
    Mostrar como a mídia afeta na relação que as pessoas têm com os seus corpos, incluindo como elas sentem-se em relação à comida, atividade física, moda, saúda, identidade e autocuidado.
    Fazer as pessoas aproveitarem processos de mudança no corpo, como o envelhecimento e a gravidez, em vez de temê-los.
    Denunciar padrões de beleza inalcançáveis.

O movimento se originou na década de 1960, tendo como expoente a National Association to Advance Fat Acceptance (NAAFA). Ele ganhou o nome que tem hoje em 1996, quando a executiva escritora Connie Sobczak e a psicóloga Elizabeth Scott fundaram a The Body Positive, organização sem fins lucrativos que ajuda pessoas a lidaram com a imagem negativa que têm dos seus corpos.

O ano de 2012 também foi importante para o movimento, que ganhou popularidade com perfis no Instagram que questionavam padrões de beleza inalcançáveis.

>>> À procura de um propósito? Conheça a Logoterapia
Como lidar com os padrões de beleza

O Body Positivity oferece algumas pistas de como podemos lidar com os padrões de beleza em nosso dia a dia.

Mas é preciso tomar cuidado para que ele não se torne mais uma pressão estética. Sentir a obrigação de ter uma visão positiva sobre nossa aparência também pode levar à vergonha e culpa, não é mesmo?

Um caminho indicado pela psicóloga Kendra Cherry, que contribui para o portal de saúde mental Verywell Mind, é substituir pensamentos negativos por padrões mais realistas, sem negar que existe um padrão de beleza dominante na televisão, no streaming e nas redes sociais.

Não precisamos amar todas as partes do nosso corpo, mas temos que ter em mente que a aparência não determina nosso valor como seres humanos. Por isso devemos focar em outras características nossas para desenvolver o nosso auto conceito.

O processo não é simples nem acontece do dia para a noite. É um esforço contínuo de evitar pensamentos que prejudicam nossa imagem corporal.

Mas existem atitudes mais concretas que você pode tomar:

    Compre e use roupas que valorizam o corpo que você tem agora, não o que você espera ter amanhã;
    Doe as roupas que estão muito pequenas ou muito grandes para seu tipo físico. O objetivo é ficar confortável e se sentir bem;
    Busque por contas que promovam o Body Positivity ou abordem assuntos que te fazem se sentir bem no Instagram, no TikTok e no YouTube;
    Encontre uma atividade física que te dá prazer e comece aos poucos. O mais importante é fazer algo que fortaleça seu corpo do que o modelar para seguir um padrão;
    Coma alimentos saudáveis no seu dia a dia por eles fazerem bem para você – e não para alcançar o peso ideal.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

CELULAR NO PROCESSO PEDAGÓGICO


O USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Incluir as tecnologias do uso do celular de forma ética na sala de aula, incutindo limites e regras ao aluno quanto ao seu uso de forma adequada nas aulas de Língua Portuguesa.

RESUMO

O presente artigo tem a intenção de incluir as tecnologias do uso do celular de forma ética na sala de aula, incutindo limites e regras ao aluno quanto ao seu uso de forma adequada nas aulas de Língua Portuguesa. Sendo assim, é intuito desse trabalho instigar o alunado a refletir sobre o uso ético do celular e conscientizá-los da importância que esta ferramenta tem e pode ser um aliado do professor, caindo por terra que esta ferramenta só atrapalha as aulas.

Palavras-chaves: Educação, Tecnologia, Aparelho celular, Língua Portuguesa.

1 INTRODUÇÃO

Não é verdade que o aparelho celular só vem a prejudicar o aprendizado nas aulas, principalmente nas de língua portuguesa. Ao contrário, este aparelho pode ser um recurso didático a ser utilizado em diferentes momentos na escola, desde que conste no planejamento do plano de aula do docente e da instituição escolar.

Há várias possibilidades de se utilizar um celular em sala de aula e fora dela, seja de um aparelho simples até mais moderno. Um celular simples, por exemplo, que tem como aplicações, a calculadora, o conversor de moeda, de comprimento, de peso, de volume, de área, e de temperatura, tem também a contagem regressiva e o cronômetro, podendo assim auxiliar nas mais diversas atividades na sala ou fora dela. E os aparelhos mais modernos possuem, além disso, tudo como aplicações, também o tradutor de línguas que bastante conhecido por ser utilizado no Google, mais que em alguns não têm necessidade da internet para o uso, o gravador de voz, a filmadora a câmera, e a internet, o que pode tornar as aulas mais interativas e dinâmicas.

Diante de um leque de possibilidades e mediante as facilidades da utilização de diferentes aplicativos do celular, fica nítida para nós a possibilidade de sua utilização em sala de aula desde a calculadora ao acesso de bibliotecas virtuais e tudo isso depende da forma como o professor usa a tecnologia para si mesmo em sua sala de aula e com os seus alunos.

Para tanto se faz necessário, nós professores, estimularmos nossos alunos a estimulá-los a utilizarem os recursos tecnológicos disponíveis dos aparelhos eletrônicos trazidos pelos discentes à sala de aula, associando-os ao seu cotidiano, despertando o prazer e o interesse aos conteúdos curriculares aplicados na disciplina de Língua Portuguesa, remetendo melhor ao aluno reflexões sobre a temática aplicada pelos professores.

O USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DELÍNGUA PORTUGUESA

Estamos vivemos sob o mundo do desenvolvimento informacional, de mudanças tecnológicas, instigando-nos a necessidade de analisar a mudança do papel do conhecimento ao longo da história, mas na maioria das vezes esses conceitos são utilizados sem muita precisão, dificultando a compreensão da realidade.

O docente enquanto educador necessita de atualizações constantes para discutir temas relacionados à disciplina que leciona, procurando ainda, desenvolver novas formas metodológicas para trabalhar os conteúdos em sala de aula. E para que essa metodologia seja inserida, o educador precisa estar preparado para atuar em sua sala de aula de forma dinâmica, atualizada e interdisciplinar, desenvolvendo ações pedagógicas de orientação e sistematização na busca de informações, recontextualizar as situações de aprendizagem, incentivar a experimentação e a explicitação, bem como o processo de refletir e de depurar ideias.

Entre as tecnologias largamente utilizadas no momento, figura o celular. A Wikipédia Enciclopédia Livre (2011), o conceitua como um equipamento tele móvel, ou seja: Aparelho de comunicação por ondas eletromagnéticas que permite a transmissão bidirecional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica que se encontra dividida em células (de onde provém a nomenclatura celular), cada uma delas servida por um transmissor/receptor.

Essa tecnologia veio para ficar, e se traduz em nova forma de escrita cultural. Seu alto índice de uso é regra também no ambiente escolar. Contudo, esse uso carece de normas e de esclarecimento sobre a étnica de suas práxis, pelo fato de que vivenciamos a era da informação e do conhecimento, desta forma é necessária investigação para que se possa estabelecer seu uso de forma ética nas salas de aula, visto que esta ferramenta paulatinamente está adentrando o universo escolar. Necessário se faz a busca do verdadeiro conhecimento com o qual se justificará o uso dessa tecnologia como forma de agregar conhecimento no ambiente escolar.

Para Bueno (1999, p.87), tecnologia se expressa como “um processo contínuo através do qual a humanidade molda, modifica e gera a sua qualidade de vida”.

No contexto educacional, a tecnologia serve ao determinado por Moran (2006): “É importante conectar sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, simulações), pela multimídia, pela interação online e off-line”.

Em extensão à citação de Moran, conectar o aluno com os outros e demais pessoas pelo celular. As tecnologias, a exemplo do celular devem ser vislumbradas como aliado da educação.

Quando o professor transforma, transcende seu aluno ao prazer de compreender e reconstruir conhecimento. E, para que professor e aluno sejam transformados, eles carecem de capacitação. "Não basta ter acesso à tecnologia para ter o domínio pedagógico. Há um tempo grande entre conhecer, utilizar e modificar processos" (MORAN, 2007, p. 90). Neste processo de aprendizagem, podemos utilizar o celular, a mais importante ferramenta de comunicação do século XXI, cada vez mais enriquecido com novas funções. Até há pouco tempo era um mero telefone móvel com serviço de mensagens curtas (SMS), câmara fotográfica e vídeo. Hoje, já incorpora wi-fi, Internet, correspondência (mail), prestação de serviços (Office), televisão, gráficos e GPS. Apesar de inicialmente ser concebido como um mecanismo que torna possível a comunicação entre duas pessoas, atualmente a tecnologia tanto dos aparelhos quanto dos serviços estão evoluindo. Num futuro próximo, incluirá reconhecimento de voz, leitores de impressão digital e outras tecnologias compatíveis ao aparelho “os celulares estão prestes a virar computadores minúsculos”. Na escola, a proposta de utilização da tecnologia disponível nos aparelhos móveis de comunicação, o celular, deve fazer parte do processo educativo, pois contribui para o desenvolver intelectual, bem como para a interação sociocultural do indivíduo, premissa da educação.

O uso dos telefones celulares pelos meus alunos favorece sua aprendizagem permitindo práticas, dinâmicas e atividades que seriam inviáveis sem eles. Além disso, o uso dos celulares melhora a produtividade da aula permitindo ganhos de tempo e qualidade da aprendizagem. Entendo que é parte do meu ofício como professor orientar meus alunos quanto aos bons usos do telefone celular de maneira a permitir-lhes que exercitem esse bom uso em atividades escolares cotidianas para que, por extensão, também o façam fora dos limites da escola (no seu trabalho, na sua casa e em diferentes meios de convívio). E eu não poderia fazer isso deforma efetiva sem que eles usassem os telefones celulares em minhas aulas. Os relatos de experiências de professores com os quais tenho contato em projetos que participo nas redes sociais e em oficinas de formação onde atuo como formador dão conta de resultados bem parecidos com os meus. Logo, não apenas a “teoria” sobre o uso pedagógico do telefone celular, como também a prática, têm mostrado que é possível, viável e recomendável que ele seja usado cada vez mais em nossas aulas. Nesse sentido percebemos que a utilização das tecnologias na educação não é mais uma opção, mas uma exigência desta sociedade. É imprescindível que o professor vença resistências, pois é um desafio, e vá à busca do conhecimento para que possa estar competente e atuar afinado com as tecnologias. Afinal, “O celular é e será aquilo que nós fizermos dele [...] aqui abrange todos os envolvidos nos processos: produtores, consumidores, críticos, formadores, etc.” (MACHADO, 2001, p.15 -16).

Diante disso, o professor tem necessidade de querer, de motivar-se, enfrentar desafios impostos muitas vezes pelo comodismo. E Moran (2000, p. 24) afirma que “aprendemos pela credibilidade que alguém nos merece. Um professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição para aprender”.

Portanto, diante de tantos argumentos com relação ao uso das TIC da sala de aula, se não interagirmos o ensino com as tecnologias que fazem parte do dia a dia dos alunos estaremos – nós professores – incorrendo no risco de ficarmos falando sozinhos na sala de aula, como muitos de nós já estamos.

2.1  SUGESTÕES PARA PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Como planejamento de atividades diversificadas e interdisciplinares de acordo com nesta temática sugerimos para as aulas de Língua Portuguesa tendo como ferramenta o aparelho celular:

 - Utilização da filmadora do celular em trabalhos que pedem para o aluno entrevistar uma pessoa, e o gravador como uma maneira de corrigir o próprio modo se falar, como uma autoajuda melhora a fala em relação a linguagem correta.

 - Pesquisas pela internet, através de site de buscas assuntos pertinentes à disciplina;

- Trabalhos com fotografias:

  • *Produção de um jornal da sala/escola e usar as fotografias para ilustrar as matérias escritas e entrevistas colhidas pelos alunos;
  • *Documentário sobre as aulas externas e passeios mantendo um diário de bordo da turma;
  • * Fotografias das páginas importantes do livro ou aquelas que foram explicadas pelo professor;
  • *Fotografias da lousa para obter as anotações colocadas pelo professor durante as aulas;

-Utilização da agenda do celular para marcar datas de provas, entregas de trabalho ou outras datas que considera importante que os alunos se lembrem de já que ele é uma agenda que tem até mecanismo de alerta;

-Criação de um serviço de envio de mensagens de aviso por e-mail ou via torpedos. Pelo celular é possível receber atualizações de sites, blogs e até mesmo de mensagens do Twitter, bem como fazer o caminho oposto.

-Criação de um serviço de leitura de notícias e de publicação de notícias e disponibilizar para os alunos;

-Trabalhos com o gravador de áudio:

  • * Registro através do celular de sons, imagens (fotos) e ambos (filmes) assuntos pertinentes às aulas de língua portuguesa, permitindo assim o aluno a prestar atenção no professor, enquanto este fala e escreve, em vez de repartirem a atenção entre o que o docente diz e o que eles estão copiando nos cadernos. O mesmo vale para as suas explicações importantes que podem ser gravadas como sons ou como filmes. Imagine o quanto é mais interessante para o aluno “assisti-lo” ou mesmo “ouvi-lo” na hora de estudar do que apenas conferir anotações, nem sempre fiéis, feitas nos cadernos.
  • * Produção de jornal falado;
  • *Letras de músicas: o professor pode permitir que os alunos escutem sua rádio favorita e selecionem músicas que gostem em língua estrangeira. Eles podem buscar a letra escolhida na Web e traduzi-la com o auxílio de um dicionário.

-Trabalhos com áudio e vídeo: por mais que o vídeo tenha seu áudio original, o docente pode trabalhar de outras formas:

  • Registros através de fotos, vídeos e gravador de voz eventos da escola como Feira de Ciência, apresentação, desenvolvimento e culminância de projetos temáticos da escola, etc.;
  • Utilização os recursos do aparelho celular para registrar atividades feitas com os alunos uma vez que ele é uma câmera fotográfica digital, uma filmadora digital e um rádio gravador digital;
  • Envio de MS de trabalhos produzidos, por exemplo, podendo exercitar a escrita correta e o hábito de pensar e construir suas respostas.

3 CONSEDERAÇÕES FINAIS

Este artigo buscou refletir sobre o uso das novas tecnologias na educação, visto a evidente necessidade de acender uma nova visão no processo de ensino-aprendizagem tendo como obstáculo peculiar a resistência por parte de profissionais que se encontram inseridos num mundo de práticas pedagógicas tradicionais não permitindo a facilidade na luta pela mudança no processo de normalização das novas tecnologias na educação.

Também propusemos: Discutir a importância do uso do celular como ferramenta tecnológica no contexto educacional, especificamente nas aulas da língua pátria; Questionar a utilização do aparelho celular: é indispensável? Como, onde, quando e para que usá-lo? Incentivar a aprendizagem numa linguagem atual e dinâmica, aproximando-se da realidade e dos interesses do aluno, além de propormos o uso do aparelho celular como ferramenta de recurso de estímulo para os alunos desenvolverem suas atividades interdisciplinares nas mais diversas formas como gravação de imagens e de áudio; pesquisas pela internet; utilização da agenda do celular; serviço de envio de mensagens de aviso por e-mail ou via torpedos; gravar aulas, debates, contação de histórias e produção de texto diverso utilizando o celular.

4 REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

BEGOÑA, Gros. Novas tecnologias, velhas polêmicas: o percurso interminável pelo dilema instruir-construir. Substratum ArtMed: Temas fundamentais em psicologia e educação. v. 2. n. 5. Porto Alegre: ArtMed, 1995.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 2.ed. São Paulo: Editora Autores Associados, 1999. (p.53-77).

FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. 2.ed. São Paulo: Editora 34, 2003. (p.157-167).

FERRETTI, Celso João et. al: (org). Novas Tecnologias, trabalho e Educação: um debate multidisciplinar. 9.ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. (p.151-166).

MENEZES, Vera (org). Interação e aprendizagem em ambiente virtual. Belo Horizonte: Editora Fale – UFMG; 2001. (p.15-36).

MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na Educação. Disponível em Acesso em 2 ago.2008.

MORIN, Edgard. A Ciência com consciência. São Paulo: Bertrand Brasil, 1998.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. O Uso da Tecnologia no Ensino de Línguas Estrangeira: breve retrospectiva histórica.

PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

SANCHO, Juana (Org.). Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Editoras Artes Médicas Sul Ltda., 1998.

ZANELA, Mariluci. O Professor e o “laboratório” de informática: navegando nas suas percepções. 43f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. (p. 25-27).


Sites consultados

Escola Secundária Carlos Amarante-Braga (Portugal):

http://geramovel.googlepages.com/telemovel

Método de ensino via celular: http://www.m-learning.org/

Sala de aula interativa: http://www.saladeaulainterativa.pro.br/

http://botandopra-fora.blogspot.com/2008/04/um-relato-pessoal.html


Publicado por: Lucimário Augusto da Silva 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

ARQUIBANCADA FEITA COM GARRAFAS PET

4º BIMESTRE - 1ª SÉRIES CONTEÚDO: HANDEBOL E PRIMEIROS SOCORROS

  CONTEÚDO 4º BIMESTRE - 1º ANO

Origem do Handebol
O handebol é um esporte coletivo que foi criado pelo professor alemão Karl Schelenz, no ano de 1919. Após ter as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica, o esporte começou a ser praticado de forma competitiva em países como, por exemplo, Áustria, Suíça e Alemanha.

Nesta fase inicial, as partidas de handebol eram realizadas em campos gramados parecidas com de futebol. Assim como no futebol de campo, cada equipe de handebol era composta por onze jogadores.

No ano de 1925, foi realizada a primeira partida internacional de handebol, entre as equipes da Alemanha e da Áustria. Os austríacos levaram a melhor, vencendo os alemães por 6 a 3.

Fatos importantes da história do handebol:
- Em 1934, o COI (Comitê Olímpico Internacional) inclui o handebol como esporte Olímpico.
- Nas Olimpíadas de Berlim (1936), seis países disputaram a medalha de ouro. Foi a estreia do esporte em Jogos Olímpicos. A Alemanha tornou-se campeã, após derrotar a Áustria por 10 a 6.
- Em 1938, foi disputado, na Alemanha, o primeiro campeonato mundial de handebol.
- Em 18 de julho de 1946, foi fundada a IHF (International Handball Federation), atualmente com sede na cidade de Basiléia (Suíça).
- No ano de 1966, os jogos de handebol em campo gramado foram descontinuados, passando o esporte ser realizado somente em salão.
- Após um período sem participação, o esporte volta a fazer parte das Olimpíadas nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976. Porém, com regras reformuladas e partidas disputadas em quadra.
- Atualmente o esporte é praticado em 183 países, envolvendo mais de um milhão de equipes e trinta milhões de profissionais (jogadores, treinadores e outros profissionais do esporte).

Associações:
- Em nível internacional, as atividades de Handebol são organizadas e coordenadas pela IHF (Federação Internacional de Handebol) com sede na cidade de Basiléia (Suíça).
- No Brasil, o esporte é coordenado pela Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) com sede na cidade de Aracaju (Sergipe).

Campeonatos:
- O principal torneio internacional de Handebol é o Campeonato Mundial de Handebol (masculino e feminino). Ele é realizado em todos os anos ímpares e conta com a participação de seleções nacionais. O último mundial masculino aconteceu em janeiro de 2011 na Suécia. A seleção francesa foi a campeã. Já o campeonato feminino aconteceu no Brasil e teve como campeã a seleção da Noruega.
- Nas Olimpíadas de Londres 2012 o destaque ficou para a equipe feminina da Noruega que conquistou a medalha de ouro. Já no masculino, a medalha de ouro ficou para a equipe da França.
Curiosidade:
- Embora seja praticado por milhares de pessoas em nosso país, a equipe brasileira ainda não conseguiu ganhar medalha olímpica, nem título mundial no handebol.

Origem Do Handebol No Brasil
Em nosso país, o handebol como modalidade de campo, foi introduzido em São Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de 30, tendo a Federação Paulista sido fundada em 1940 realizando competições desde então. Atualmente só os campeonatos da modalidade de salão vêm sendo disputada.

O handebol ficou restrito à São Paulo até a década de 60, quando o Professor Augusto Listello (francês) no curso internacional de Santos o mostrou a professores de outros estados em forma didática. Esses professores então o introduziram em seus colégios e assim começou a ser praticado em outros estados.

Em 1971, o MEC, em face ao seu crescimento nas escolas inclui o handebol de sete entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros (JEB’s e JUB’s). Com isso o handebol disseminou-se em todo o território nacional, com vários estados dividindo à partir daí os títulos nacionais.

Em 1973 a antiga CBD fez disputar em Niterói o 1º Campeonato Brasileiro Juvenil para ambos os sexos. No ano seguinte em Fortaleza iniciou-se a competição para adultos. Como também outros estados além de São Paulo passaram a disputar as competições de handebol.

Em 1980, um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol, foi disputada a 1ª Taça Brasil de Clubes, na cidade de São Paulo, então sede da entidade. Nos Jogos Pan-Americanos de 1999, realizados em Winnipeg, Canadá, o Brasil conquistou a medalha de ouro no feminino, e de prata, no masculino.

Em São Paulo, o Handebol é uma das modalidades mais praticadas, principalmente no meio estudantil. Os campeonatos promovidos pela Federação Paulista de Handebol, com excelente organização e índice técnico, têm levado grande público aos ginásios, com jogos transmitidos pela ESPN-Brasil para todo o Brasil.


1º ANO - 4º BIMESTRE (NOÇÕES DE 1º SOCORROS) 

Acidentes acontecem. Uma criança pode engasgar com objetos pequenos, ou alguém pode ser picado por uma abelha. É importante saber quando a emergência.

Enquanto se espera pela ajuda profissional chegar, você pode ser capaz de salvar a vida de alguém, com algum entendimento de primeiros socorros. Ressuscitação cardiopulmonar (CPR) é para as pessoas cujos corações ou respiração pararam e deve ser feito apenas por pessoas que fizeram o treinamento. A manobra de Heimlich são para pessoas que estão sufocando.

Você também pode aprender a lidar com lesões comuns e feridas. Cortes e arranhões, por exemplo, devem ser lavados com água fria. Para parar a hemorragia, aplique pressão firme, mas suave, usando gaze. Se o sangue ensopar a gaze, adicione mais gaze, mantendo a primeira camada no local. Continue aplicando pressão.

É importante ter um kit de primeiros socorros disponíveis. Mantenha um em casa e uma em seu carro. Ele deve incluir um guia de primeiros socorros. Leia o guia para aprender a usar os itens, então você está pronto no caso de acontecer uma emergência.
Se você deseja ir além do manual de primeiros socorros, busque em sua cidade cursos para este tipo de atendimento, eles podem ser feitos em um curto espaço de tempo.

Primeiros Socorros

Se todos soubessem noções básicas de primeiros socorros muitas vidas poderiam ser salvas. Iremos apresentar alguns procedimentos que poderão auxiliá-lo em caso de emergência.

O objetivo dos Primeiros Socorros é de manter o paciente com vida ou até a chegada de socorro médico apropriado ou até que o ferido chegue até um local onde possa ser dado o devido atendimento.

É importante mencionar que a prestação de primeiros socorros não deve ser um ato que comprometa a sua vida ou a vida do paciente e, logicamente, não exclui a importância de um médico.

FERIMENTOS

Limpe as mãos com água e sabão, se possível utilize uma luva. Lave o ferimento com água, desinfete com água oxigenada. Se houver algum corpo estranho (caco de vidro, farpa, espinho, etc.) remova-o com a pinça apenas se o objeto foi pequeno e se puder fazei-lo com facilidade, se não, deixe esta tarefa para o médico. Depois da aplicação de água oxigenada, seque o ferimento com um pouco de algodão e aplique um antisséptico. Se o ferimento for pequeno cubra com um Band-Aid, se for maior coloque uma atadura de gaze esterilizada e prenda com esparadrapo.

TEMPERATURA

A temperatura é o grau do calor que o corpo possui. Quando a temperatura de uma pessoa está alta (o normal está entre 36,5 e 37 graus centígrados), dizemos que ela está com febre.
A febre, em si mesma, não é uma doença, mas pode ser o sinal de alguma doença. Podem-se identificar vários sintomas de febre: Sensação de frio; Mal-estar geral; Respiração rápida; Rubor de face; Sede; Olhos brilhantes e lacrimejantes ou Pele quente.

A febre alta é perigosa, pois pode provocar delírios e convulsões. Quando uma pessoal tiver febre, podem-se tomar as providências a seguir. Se estiver acamada, retire o lençol ou cobertor. Se for criança pequena, desagasalhe-a, deixando apenas roupa leve até que a temperatura chegue ao normal. Ofereça líquidos à vítima. Toda pessoa com febre deve beber bastante líquido, como sucos. É importante saber quando a febre começa, quanto tempo ela dura e como acaba para melhor informar ao médico.

Ponha panos molhados com água e álcool (meio a meio) sobre o peito e a testa. Troque-os com frequência, para mantê-los frios, e continue fazendo isso até que a febre abaixe. Se houver condições, dê um banho morno prolongado, em bacia, banheira ou chuveiro. Você pode ter ideia da temperatura colocando as costas de uma de sua mão na testa da pessoa doente e a outra na sua testa, Se a pessoa doente tiver febre, você sentirá a diferença. A febre muito alta e persistente é perigosa, você deverá procurar socorro médico o quanto antes.

ENTORSE
Os ossos do esqueleto humano estão unidos aos outros através dos músculos, mas as superfícies de contato são mantidas umas de encontro às outras por meio dos ligamentos. A vítima de entorse sente dor intensa na articulação afetada.

Acompanhando a dor, surge o edema (inchação).

Quando os vasos sanguíneos são rompidos, a pele da região pode ficar, de imediato, com manchas arroxeadas. Quando a mancha escura surge 24 ou 48 horas após o acidente, pode ter havido fratura e, nesses casos, deve-se providenciar ajuda médica, de imediato. As entorses mais comuns são as do punho, do joelho e do pé.

O Socorrista de uma vítima com entorse deve imobilizar a articulação afetada como no caso de uma fratura, e pode colocar gelo ou compressas frias no local antes da imobilização. Podemos também imobilizar a articulação através de enfeixamento, usando ataduras ou lenços.

Não se deve permitir que a vítima usasse a articulação machucada. Após o primeiro dia, podem-se fazer compressas quentes e mergulhar a parte afetada em água quente, na temperatura que a vítima suportar.

Fazendo aplicações de calor várias vezes por dia e mantendo-a imóvel, a articulação atingida por uma entorse normalmente recupera-se dentro de uma semana. Isso se não houver outras complicações, como derrame interno, ruptura dos ligamentos ou mesmo uma fratura. Vale a pena consultar o médico e providenciar um exame mais completo.

HEMORRAGIAS

É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, requer intervenção médica imediata.
  • HEMORRAGIA EXTERNA – É resultante de um ferimento com exteriorização sanguínea. Primeiros socorros: Compreensão da área afetada e elevação de membro. Ao contrário do que vemos em muitos filmes não se deve aplicar nenhuma forma de torniquete, a exceção é apenas quando um membro é amputado ou esmagado.
  • HEMORRAGIA INTERNA – É resultante de um ferimento profundo com lesão de órgão interno. Sintomas: Pulso fraco e rápido; Pele fria; Sudorese; Sede; Tonteira.

TIPOS DE HEMORRAGIA INTERNA

  • ESTOMATORRAGIA – Hemorragia proveniente da boca. Primeiros socorros: Dar líquidos gelado para a vitima beber.
  • METRORRAGIA – Hemorragia por via vaginal Sintomas: Perda anormal de sangue pela vagina entre os períodos menstruais. Causas: Abortamento, gravidez ectópica (nas trompas); violência sexual; tumores; retenção de membrana placentárias no parto; ruptura urinária no parto; traumatismo no parto. Primeiros socorros: Manter a vítima em repouso; Aplicar compressas geladas ou bolsas de gelo sobre o baixo ventre; providenciar socorro médico.
  • HEMOPTISE – Hemorragia proveniente dos pulmões. Sintomas: O sangue sai em golfadas pela boca, vermelho vivo e espumoso. Primeiros socorros: Bolsa de gelo no tórax; Deitar a vitima de forma que a cabeça fique mais baixa que o corpo; elevando os baços e pernas.
  • HEMATÊMESE – Hemorragia proveniente do estômago. Sintomas: O sangue sai pela boca como se fosse borra de café, pode vir ou não com restos de alimentos. Primeiros socorros: Bolsa de gelo abaixo do umbigo.
  • OTÓRRAGIA – Hemorragia proveniente do ouvido. Primeiros socorros: Compressão à distancia ( temporal ou facial). Tapar com algodão ou gaze seca Composta.
  • TCE ( traumatismo crânio encefálico) – Sangra pouco e o sangue sai com liquor. Primeiros socorros: Lateralizar a cabeça de forma que o sangue saia.
  • EPISTAXE – Hemorragia proveniente do nariz. Primeiros socorros:  Tapar com algodão ou gaze seco. Comprimir a narina.

AFOGAMENTO

Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar. Muitas vezes até um bom nadador se vê em apuros por algum problema imprevisto: uma cãibra, um mau jeito, uma onda mais forte. Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem se lança na água sem saber nadar. E pode ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí surgindo vítimas de afogamento.

Existem dois tipos de materiais que servem para auxiliar a retirar da água uma vítima de afogamento: Materiais nos quais a vítima pode agarrar-se para ser resgatada: cordas, pedaços de pau, remo, etc.; materiais que permitem que a vítima flutue até chegar o salvamento: barcos, pranchas, boias, etc.

Evidentemente ninguém irá atirar-se à água ao primeiro grito de socorro que ouvir. Você deve proceder de modo exposto a seguir. Providencie uma corda, barco, bóia ou outro material que possa chegar até a vítima.
Caso não disponha de nada disso, parta para outras alternativas. Se souber nadar bem, procure prestar socorro adequadamente. Verifique a existência ou não de correnteza ou de água agitadas. Certifique-se do estado da vítima: se está imóvel ou debatendo-se.

Mesmo os melhores nadadores encontrarão dificuldades em nadar contra umas correntezas e águas agitadas e qual a melhor maneira de chegar até a vítima.

Uma vítima de afogamento pode estar desacordada quando o salvamento chegar. Se não estiver inconsciente e desacordada, certamente estará em pânico e terá grandes dificuldades de raciocinar. Procure segurá-la por trás, de forma qual a mesma não possa se agarrar a você e impedi-lo de nadar.

Quando você chegar à margem com a vítima, seu trabalho de salvamento ainda não terá terminado. Caso o afogado esteja consciente e só tenha engolido um pouco de água, basta confortá-lo e tranquilizá-lo. Se estiver sentindo frio, procure aquecê-lo. Em qualquer circunstância, é aconselhável encaminhá-lo a Socorro médico.

Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é muito provável que apresente a pele arroxeada, fria e ausência de respiração e pulso. Nesses casos, a reanimação tem de ser rápida e eficiente; pode começar a ser feita enquanto você estiver retirando a vítima da água.

Vire-a e passe a aplicar-lhe a respiração boca-a-boca. Se necessário, faça também massagem cardíaca. Assim que a vítima estiver melhor e consciente, providencie sua remoção para um hospital. Em termos técnicos: É um acidente de asfixia, por imersão prolongada em um meio liquido com inundação alveolar. O termo asfixia, indica concomitância de um baixo nível de oxigênio e um excesso de gás carbônico no organismo. Classificação e sintomas do grau de afogamento:

Grau I ou Benigno: É o chamado afobado. É aquele que entra em pânico dentro d’água, ao menor indicio de se afogar. Esse afogado, muitas das vezes, não chega a aspirar a água, apenas apresenta-se:

1. Nervoso – Cefaleia (dor de cabeça) – Pulso rápido, Náuseas/vômitos, Pálido, Respiração e Trêmulo. Primeiros Socorros: Muitas das vezes, o afogado é retirado da água, não apresentando queixas. Neste caso, a única providência é registrá-lo e orientá-lo. Repouso e Aquecimento.

2. Grau II ou Moderado: Neste caso já são notadas sinais de agressão respiratória e por vez, repercussão no Aparelho Cardiocirculatório, mas consciência mantida. Os sintomas são: Ligeira Cianose, Secreção Nasal e Bucal com pouca espuma, Pulso Rápido, Palidez, Náuseas/vômitos,  Tremores ou Cefaleia. Primeiros Socorros: Repouso, Aquecimento, Oxigênio e observação em algum Centro Médico.

3. Grau III ou Grave: Neste caso o afogado apresenta os seguintes sintomas:  Cianose, Ausento de secreção Nasal e Bucal, Dificuldade Respiratória, Alteração Cardíaca e Edema Agudo do Pulmão Sofrimento do Sistema Nervoso Central. Primeiros Socorros: Deitar a vítima em decúbito dorsal e em declive, Aquecimento, Hiper-estender o pescoço, Limpar a secreção Nasal e Bucal –  Providenciar remoção para algum Centro Médico
4. Grau IV ou Gravíssimo: A vítima apresenta-se em parada Cárdio-Respiratória, tendo como sintomas: Ausência de Respiração, Ausência de Pulso, Midríase Paralítica, Cianose e Palidez. Primeiros Socorros: Desobstrução das Vias Aéreas Superiores, Apoio Circulatório Apoio Respiratório, Providenciar remoção para algum Centro Médico.

CHOQUE ELÉTRICO

Os choques elétricos podem acontecer com frequência, mesmo porque vivemos cercados por máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e causar queimaduras fortes ou até mesmo a morte.

Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de apresentarem riscos menores, devem merecer atenção e cuidado. Em qualquer acidente com corrente elétrica, o tempo gasto para prestar socorro é fundamental.

Qualquer demora poderá ocasionar sérios problemas. Muitas vezes a pessoa que leva um choque elétrico fica presa à corrente elétrica. Não toque na vítima sem antes desligar a corrente elétrica. Se o Socorrista tocar na pessoa, a corrente irá atingi-lo também. Por isso, é necessário tomar todo o cuidado.

Antes de mais nada, o Socorrista deve desligar a chave geral ou tirar os fusíveis. Se por acaso não for possível tomar nenhuma dessas providências, há ainda alternativas: afastar a vítima do fio elétrico com um cabo de vassoura ou com uma vara de madeira, bem secos. Antes, porém, verifique se os seus pés estão secos e se você não está pisando em chão molhado.

Para afastar a vítima, use algum material que não conduza corrente elétrica, como por exemplo, madeira seca, borracha, etc. Em seguida, inicie imediatamente o atendimento à vítima.

Deite-a e verifique se ela está respirando, ou se precisa de respiração artificial e/ou massagens cardíacas. Se necessário, aja imediatamente. Observe se a língua não está bloqueando a passagem do ar. Logo após, verifique se a vítima sofreu alguma queimadura. Cuide das queimaduras, de acordo com o grau que elas tenham sido atingidas. Tendo prestado os primeiros socorros você deve providenciar a assistência médica.

As correntes de alta tensão passam pelos cabos elétricos que vemos nas ruas e avenidas. Quando ocorre em fios de alta tensão, na rua, só a central elétrica pode desligá-los. Nestes casos, procure um telefone e chame a central elétrica, os bombeiros ou a polícia. Indique o local exato em que está ocorrendo o acidente. Procedendo desta maneira você poderá evitar novos acidentes.

Enquanto a corrente não for desligada, mantenha-se afastado da vítima, a uma distância mínima de 4 metros. Não deixe que ninguém se aproxime ou tente ajudá-la. Somente após a corrente de alta tensão ter sido desligada você deverá socorrer a vítima.

CONVULSÃO EPILÉTICA


A crise convulsiva caracteriza-se pela perda repentina de consciência, acompanhada de contrações musculares violentas. A vítima de uma crise convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados.

Em certos casos, a vítima baba e urina. Estas contrações fortes duram de dois a quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente. A crise convulsiva pode acontecer em consequência de febre muito alta, intoxicação ou, ainda, devido a epilepsia ou lesões no cérebro.

Diante de um caso de convulsão, tome as providências seguintes:

1. Deite a vítima no chão e afaste tudo o que esteja ao seu redor e possa machucá-la (móveis, objetos, pedras, etc.) não impeça os movimentos da vítima.

2. Retire as próteses dentárias, óculos, colares e outras coisas que possam se quebradas ou machucar a vítima.

3. Para evitar que a vítima morda a língua ou se sufoque com ela, coloque-lhe um lenço ou pano dobrado na boca entre os dentes.

4. No caso de a vítima já ter cerrado os dentes, não tente abrir-lhe a boca.

5. Desaperte a roupa da vítima e deixe que ela se debata livremente; coloque um pano debaixo de sua cabeça, para evitar que se machuque. A pessoa que está tendo convulsões apresenta muita salivação. O estado de inconsciência não permite que ela engula a saliva.

Por isso, é preciso tomar mais uma providência para evitar que fique sufocada: deite-a com a cabeça de lado e fique segurando a cabeça nesta posição. Desta forma a saliva escoará com facilidade. Não dê a vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca, pois ela poderá sufocar.

Cessada a convulsão, deixe a vítima em repouso até que recupere a consciência. Após a convulsão, a pessoa dorme e este sono pode durar segundo ou horas. Coloque-a na cama ou em algum lugar confortável e deixe-a dormir.

Em seguida, encaminhe-a à assistência médica. Nunca deixe de prestar socorro à vítima de uma crise epilética convulsiva, pois sua saliva (baba) não é contagiosa.

INSOLAÇÃO

Pode manifestar-se de diversas maneiras: subitamente, quando a pessoa cai desacordada, maneando a pulsação e a respiração; ou após o aparecimento de sintomas e sinais como tonturas, enjoos, dor de cabeça, pele seca e quente, rosto avermelhado, febre alta, pulso rápido e respiração difícil.

Os sintomas e sinais de insolação nem sempre aparecem ao mesmo tempo. Normalmente podemos verificar apenas alguns. O importante então é que você saiba exatamente o que fazer no caso de uma pessoa passar muito tempo exposta ao sol e apresentar algum sinal de insolação.

Enquanto você aguarda o socorro médico, procure colocar a vítima à sombra, fazer compressas frias sobre a sua cabeça e envolver seu corpo em toalhas molhadas. Isso é feito para baixar a temperatura. Em seguida deite a pessoa de costas, apoiando a cabeça e os ombros para que fiquem mais altos que resto do corpo.

O ideal é que a temperatura desça lentamente, para que não ocorra o colapso, próprio de quedas bruscas de temperatura. Após ter prestado os primeiros socorros, deve se procura ajuda médica, com urgência.

QUEIMADURAS

Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão ocasionada no organismo humano pela ação curta ou prolongada de temperaturas extremas sobre o corpo humano. As queimaduras podem ser superficiais ou profundas e é possível dividi-las em diferentes tipos, de acordo com a gravidade.

A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau de lesão, mas também pela extensão da área atingida. São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso de adultos. Para crianças de até 10 anos, são considerados grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 10% do corpo.

Para avaliar melhor a gravidade de uma queimadura, você pode adotar a tabela abaixo Cabeça 9% Pescoço 1% Tórax e abdômen, inclusive órgãos genitais 18% Costas e região lombar 18% Membro superior direito (braço) 9% Membro superior esquerdo (braço) 9% Membro inferior direito (perna) 18% Membro inferior r esquerdo (perna) 18%.

Se o socorrista souber classificar uma grande queimadura e encaminhar a vítima para um pronto socorro, já será de grande valia. Vamos conhecer e especificar cada caso e saber como agir em cada um deles.

Os primeiros socorros dependem muito da extensão e causa do ferimento, pequenas queimaduras podem ser colocadas sob água corrente apenas, em nenhum caso o uso de óleos ou pomadas não é recomendado. Também não se deve furar bolhas  e, em acidentes automobilísticos, não se deve dar nenhum líquido sem antes avaliar outras possíveis lesões.

QUEIMADURA POR FOGO Quando a queimadura for causada por fogo e as roupas estiverem se incendiando, a primeira providência é, naturalmente, apagar o fogo. Dependendo do local do acidente e dos recursos disponíveis, de imediato pode-se usar um cobertor para sufocar as chamas ou rolar a vítima no chão. Se as queimaduras atingirem o tórax, abdômen ou costas, pode-se jogar água fria sobre as feridas, para aliviar as dores. Em seguida, remover a vítima para um hospital. Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido para beber: água, chá ou sucos. Anime-a e tranquilize-a.

QUEIMADURA POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (tintas, ácidos, detergentes, etc.) Antes de cuidar dos ferimentos, é preciso verificar se a substância química não reage com água ao invés de ser dissolvida por ela, só neste último caso  é que molhamos todas as peças de roupa que estejam impregnadas pela substância para removê-las sem causar maiores danos. Isso porque o contato com a roupa pode gerar novas queimaduras.

Depois, devemos lavar o local queimado com água em abundância, durante 10 a 15 minutos, para que não reste qualquer resíduo da substância química e, em seguida, proteger as feridas com gaze ou pano limpo. A queimadura nos olhos é um caso muito especial. A ação deve ser rápida, para evitar a perda parcial o total da visão. Neste caso, devemos lavar o olho da vítima com bastante água. Depois que a ferida estiver limpa, deve-se colocar sobre ela um curativo de gaze ou pano limpo.

CORPOS ESTRANHOS

Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes ou pequenos insetos (mosquitos, formigas, mosca, besouros, etc.), podem penetrar nos olhos, no nariz ou nos ouvidos. Se isso ocorrer, tome os seguintes cuidados:

OLHOS – Nunca esfregue o olho, não tente retirar corpos estranhos  no globo ocular.
Primeiras providências Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as lagrimas lavem e removam o corpo estranho. Se o processo falhar, lave bem as mãos e adote as seguintes providências: pegue a pálpebra superior e puxe para baixo, sobre a pálpebra inferior, para deslocar a partícula; Irrigue o olho com água limpa, de preferência usando conta-gotas peça à vítima para pestanejar.

Se, ainda assim não resolver passe às terceiras providências: Puxe para baixo a pálpebra inferior, revirando para cima a pálpebra superior,  descoberto o corpo estranho, tente retirá-lo com cuidados, tocando-o de leve com a ponta úmida de um lenço limpo. SE O CISCO ESTIVER SOBRE O GLOBO OCULAR, NÃO TENTE RETIRÁ-LO. COLOQUE UMA COMPRESSA OU PANO LIMPO E LEVE A VÍTIMA AO MÉDICO. OS MESMOS CUIDADOS DEVE, SER TOMADOS QUANDO SE TRATAR DE CORPO ESTRANHO ENCRAVADO NO OLHO.

NARIZ – Comprima com dedo a narina não obstruída. Com a boca fechada tente expelir o ar pela narina em que se encontra o corpo estranho. Não permita que a vítima assoe com violência. Não introduza instrumentos na narina (arame, palito, grampo, pinça etc.). Eles poderão causar complicações. Se o corpo estranho não puder ser retirado com facilidade, procure um medico imediatamente.

OUVIDOS – Não introduza no ouvido nenhum instrumento (ex.: arame, palito, grampo, pinça, alfinete), seja qual for a natureza do corpo estranho a remover. No caso de pequeno inseto, o socorro imediato consiste em colocar gotas de azeite ou óleo comestível no ouvido, a fim de imobilizar e matar o inseto. Conserve o paciente deitado de lado, com o ouvido afetado voltado para cima. Mantenha-o assim, com o azeite dentro, por alguns minutos, após os quais deve ser mudada a posição da cabeça para escorrer o azeite. Geralmente, nessa ocasião, sai também o inseto morto. Se o copo estranho não puder ser retirado com facilidade, o melhor mesmo é procurar logo um médico.

PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA

Além de apresentar ausência de respiração e pulsação, a vítima também poderá apresentar inconsciência, pele fria e pálida, lábio e unhas azulados.

O que não se deve fazer

NÃO dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la.
Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não está batendo.

Procedimentos Preliminares

Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso com a ajuda de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesionar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração. Se positivo, retire-a.  Mantenha a pessoa aquecida e acione o serviço de emergência tão logo quanto possível.

RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR

Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito.
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar a respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.
Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta sequência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada dez pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.

FRATURAS

Fratura é uma lesão em que ocorre a quebra de um osso do esqueleto. Há dois tipos de fratura, a saber: a fratura interna e a fratura exposta.

FRATURA INTERNA (OU FECHADA) – Ocorre quando não há rompimento da pele. Suspeitamos de que há fratura quando a vítima apresenta: Dor intensa; Deformação do local afetado, comparado com a parte normal do corpo; Incapacidade ou limitação de movimentos;  Edema (inchaço) no local; este inchaço poderá ter cor arroxeada, quando ocorre rompimentos de vasos e acúmulo sangue sob a pele (hematoma);   Crepitação, que provoca a sensação de atrito ao se tocar no local afetado. A providência mais recomendável a tomar nos casos de suspeita de fratura interna é proceder à imobilização, impedindo o deslocamento dos ossos fraturados e evitando maiores danos.

Como imobilizar:
  • Não tente colocar o osso “no lugar”; movimente-o o menos possível.   Mantenha o membro na posição mais natural possível, sem causar desconforto para a vítima.
  • Improvise talas com o material disponível no momento: uma revista grossa, madeira, galhos de árvores, guarda-chuva, jornal grosso e dobrado.
  • Acolchoar as talas com panos ou quaisquer material macio, a fim de não ferir a pele.
  • O comprimento das talas deve ultrapassar as articulações acima ou abaixo do local da fratura e sustentar o membro atingido; elas devem ser amarradas com tiras de pano em torno do membro fraturado.
  • Não amarrar no local da fratura. Toda vez que for imobilizar um membro fraturado, deixe os dedos para fora, de modo a poder verificar se não estão inchados, roxos ou adormecidos.

Se estiverem roxos, inchados ou adormecidos, as tiras deves ser afrouxadas.
Em alguns casos, como no da fratura do antebraço, por exemplo, deve-se utilizar um tipoia, use uma bandagem triangular ou dobre um lenço em triângulo(seu lenço escoteiro por exemplo), envolvendo o antebraço, e prenda as pontas deste atrás do pescoço da vítima.

Muitos cuidados deve ser tomado em relação à vítima com perna fraturada. Não deixe que ela tente andar. Se for necessário transportá-la, improvise uma maca e solicite a ajuda de alguém para carregá-la. NOS CASOS DE FRATURAS DE CLAVÍCULA, BRAÇO E OMOPLATA, BEM COMO LESÕES DAS ARTICULAÇÕES DE OMBRO E COTOVELO, DEVE-SE IMOBILIZAR O OSSO AFETADO COLOCANDO O BRAÇO DOBRADO NA FRENTE DO PEITO E SUSTENTANDO-O COM UMA ATADURA TRIANGULAR DOBRADA.

FRATURA EXPOSTA (OU ABERTA) – A fratura é exposta ou aberta quando o osso perfura a pele. Nesse caso, proteja o ferimento com gaze ou pano limpo antes de imobilizar, a fim de evitar a penetração de poeira ou qualquer outras substância que favoreça uma infecção. Não tente colocar os ossos no lugar. Ao contrário, evite qualquer movimento da vítima. Procure atendimento médico imediato.

FRATURAS ESPECIAIS – Há casos que exigem cuidados especiais. São as fraturas de crânio, coluna, costelas, bacia e fêmur. É muito importante que o socorrista saiba identificar os sintomas e sinais prováveis de cada uma dessas fraturas.

Fratura do crânio – Dores, inconsciência, parada respiratória, hemorragia pelo nariz (Epistaxe), boca (Estomatorragia) ou ouvido (otorragia)

Fratura de coluna – Dores, formigamento e incapacidade de movimento dos membros (braços e pernas).

Fratura de costelas – Respiração difícil, dor a cada movimento respiratório.

Fratura de fêmur e bacia – dor no local, dificuldade de movimentar-se e de andar. Ao suspeitar de uma dessas fraturas:

Primeiro Socorros: Mantenha a vítima imóvel e agasalhada; não mexa nem permita que ninguém mexa na posição da vítima até a chegada de pessoal habitado (médico ou enfermeiro); caso não seja possível contar com pessoal habitado, transporte a vítima sem dobrá-la, erguendo-a horizontalmente com a ajuda de três pessoas. Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura, como: maca, porta, tábuas, etc.

Observe a respiração e verifique o pulso da vítima. Se necessário, faça massagem cardíaca e respiração artificial. No caso de fratura no crânio, os procedimentos devem ser os mesmos, mas com o cuidado de não movimentar a cabeça da vítima, de jeito nenhum. Providencie transporte adequado e atendimento médico assim que tiver terminado a imobilização. Lembre-se de que a vítima sempre deve ser transportada deitada. Durante o transporte, peça ao motorista para evitar freadas bruscas ou buracos, que poderão agravar o estado da vítima.

CÃIBRA

O estímulo nervoso possui determinada eletricidade que, em contato com uma substância gelatinosa que banha o músculo, encaminha uma partícula de cálcio para dentro das fibras; o cálcio, então, ativa enzimas próprias do músculo que quebram a ATP. A única questão é haver moléculas de ATP em quantidade suficiente. Existem três fontes de ATP. A primeira seria uma espécie de estoque particular do músculo. A segunda é a glicólise: reações dentro do músculo transformam a glicose das fibras ou trazidas pelo sangue em ATP e ácido lático. Esta é uma substância inibidora que, ao se acumular nas fibras, causa tanta dor que a pessoa não aguenta mais contrair o músculo.

Esse processo produz grande quantidade de energia, mas por tempo limitado. Por isso, é um metabolismo para atividades que exigem velocidade. Os atletas atenuam os efeitos do ácido lático e por isso suportam melhor um acúmulo de da substância. Mas quem não é atleta cede a dor e logo para. Do contrário, corre o risco de sentir uma cãibra. Nesses casos de cãibra, dá-se açúcar (glicose) para o paciente, para que rapidamente acabe com a cãibra.

A Cãibra também ataca em plena madrugada, quando se está quieto, dormindo. Mas aí, o problema é neurológico, uma ordem equivocada para o músculo se contrair a toda velocidade, provocada muitas vezes por estresse psicológico.

Situações vitais

Que fazer em caso de acidente
• Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.
• Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo).
Quando não for estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!
• Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e usar o colete de sinalização.
• Caso haja necessidade de chamar uma ambulância deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar um ferido sozinho.
• Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido.
• Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.

A – Paragem respiratória – desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.

B – Hemorragias – colocar o ferido numa posição correta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.

C – Estado de choque – tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; proteção do frio.
Na maioria das situações, exceto nos casos de suspeita de fratura da coluna vertebral ou do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS). Posição Lateral de Segurança

1 – Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a respirar, para a posição lateral de segurança, o que impedirá que sangue, saliva ou a língua obstruam as vias respiratórias.

2 – Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima.

3 – Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais afastada.

4 – Vire a vítima de bruços, puxando-a rapidamente para si e amparando-a com os joelhos.

5 – Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.

6- Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo.

Quando há fratura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desimpedidas.

Os 10 mandamentos do socorrista

1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospitalar de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).

Paragem cardíaca

Sinais e sintomas

Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais a ação deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento.

O que fazer

Aplique a massagem cardíaca externa.

Como fazer a massagem cardíaca

Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana e dura. As mãos do atendente de emergência devem sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral. Em seguida, descomprima. Repetições: quantas forem necessárias até a recuperação dos batimentos. É recomendável a média de 60 compressões por minuto.

Cuidados

Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Se houver parada respiratória juntamente com a cardíaca ambas devem ser realizadas, reciprocamente.

O que pode causar

Choque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações alérgicas graves Afogamento.

Paragem respiratória

Como detectar:

Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve parada respiratória.
Como fazer a respiração artificial ou de socorro:

Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário.
Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na frequência de 12 a 15 vezes por minuto (aproximadamente 1 insuflação de 5 em 5 segundos).

Durante a insuflação deve verificar-se se a caixa torácica se eleva indicando nesse caso que a via respiratória se encontra livre.

Em certos casos, por exemplo, na presença de vómitos ou de lesões na cara, a insuflação pode ser praticada através de um lenço ou qualquer pedaço de pano colocado sobre a boca do acidentado.

Se a existência de lesões na cara, ou outros motivos, não permitirem praticar a respiração boca a boca, insuflar-se-á o ar pelo nariz. Neste caso, coloca-se uma mão uma mão sobre a sua fronte para manter a cabeça inclinada para trás, e com a outra tapa-se a abertura bocal. Para não lhe comprimir as asas do nariz, abre-se a sua boca ao máximo.

Quando se suspeitar que existe uma lesão das vértebras cervicais, procura-se fazer com que as vias respiratórias fiquem livres elevando com cuidado o maxilar da vítima, introduzindo lhe o polegar na boca ou pegando-lhe pelo ângulo do queixo.

Com crianças pequenas

Deitar a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás. Levantar o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o nariz da criança e soprar suavemente até que o pumão dela se encha de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e repita o método com o ritmo de 15 respirações por minuto. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar.

Cuidados:

Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar. Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo após recobrar a consciência. São aconselháveis café ou chá. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima quando ela se recuperar.

O que pode causar:

Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio. Procedimento: remover a vítima para local arejado e fora de perigo de contaminação. Em seguida, aplique a respiração artificial pelo método boca-a-boca.

Afogamento Procedimento: retirar a vítima da água. Inicie a respiração artificial imediatamente assim que ela atinja local plano, como por exemplo, no próprio barco. Agasalhe e comprima o estômago, se necessário, para expulsar o excesso de água. Sufocação por saco plástico Procedimento: rasgar e retirar o saco plástico, depois iniciar a respiração boca-a-boca.

Choque elétrico Procedimento: não tocar na vítima até ter a certeza que ela não está mais em contato com a corrente. Pode-se desligar a tomada quando possível ou tentar afastar a vítima do contato elétrico com uma vara ou algo semelhante que não seja condutor elétrico. Em seguida inicie a respiração artificial.

Abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça e envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos Procedimento: iniciar imediatamente a respiração boca-a-boca. Soterramento Procedimento: fazer respiração boca-a-boca vigorosamente, evitando novos desmoronamentos. Tentar liberar o tórax da vítima.
Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto.

Procedimento: desobstruir as vias aéreas e iniciar a respiração artificial.

Estado de choque – (Sinais e sintomas)

Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão turva, pulso rápido e fraco, semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas ou vômitos.

O que fazer
1 – Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades.
2 – Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) se possível com as pernas elevadas.
3 – Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
4 – Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar puro, ou oxigênio, se possível.
5 – Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá.

O que pode causar

Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao calor ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas

Desmaio

Pode ser considerado um leve estado de choque.

Sinais e sintomas

Palidez, enjoo, suor constante, pulso e respiração fracos.

O que fazer
1 – Colocar a vítima em Posição lateral de segurança com as pernas elevadas.
2 – Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.
3 – Desapertar as roupas que estejam apertadas.
4 – Nunca se deve dar de beber a uma pessoa desmaiada! Apenas quando recuperar o conhecimento (quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).
O que pode causar
Emoções súbitas, fadiga, ar sufocante, dor, fome ou nervosismo.
Autor: Patrícia Ingrid M. Branco Luiz.