segunda-feira, 30 de outubro de 2023

EU SOU O MEU PADRÃO


 Eu Sou o Meu Padrão

Como os padrões de beleza afetam a sociedade

Quem nunca se olhou no espelho para checar se tinha aquela ruguinha ao redor dos olhos?

Uma ação tão simples revela um padrão de beleza que valoriza a juventude – e que, inconscientemente, nos sentimos obrigados a seguir. Sem falar em outras imposições estéticas que vemos na mídia, como ter um determinado peso, formato de corpo e tipo de cabelo.

E quando não seguimos essas normas estéticas? É muito provável que vamos nos sentir intimidados e até rejeitados pelas outras pessoas.

E as consequências não param por aí. A seguir, você vai conhecer os prejuízos que a imposição de um padrão de beleza traz para a sociedade. Confira:

    A formação dos padrões de beleza
    As consequências da imposição de padrões de beleza
    O body shaming e o movimento Body Positivity
    Como lidar com os padrões de beleza


A formação dos padrões de beleza

Um padrão de beleza é um conjunto de normas estéticas que formatam o corpo de um indivíduo, de acordo com processos culturais localizados em um determinado espaço e tempo histórico. É uma construção social, ou seja, não é algo que sempre existiu na natureza, não é universal nem imutável.

Cada cultura tem a própria definição do que é belo, estabelecendo associações entre determinadas partes do corpo a atributos positivos ou negativos. Esses parâmetros acabam por qualificar e desqualificar as pessoas, que constroem suas identidades a partir dessas regras.

Vamos pegar como exemplo o padrão de beleza brasileiro dos anos 2000.

Para uma pessoa ser considerada bonita, ela deveria ser alta e ter a menor porcentagem de gordura corporal possível, músculos definidos e lábios grossos. A pele deveria ser bronzeada e não ter sinais que revelassem a idade, como manchas, rugas e cicatrizes.

Se voltarmos para o início do século 20, o tipo físico ideal era um corpo esguio, mas sem músculos aparentes. A pele deveria ser alva e os cabelos, lisos. O envelhecimento não era considerado um problema, tanto que era um elogio aparentar a idade que tinha. A velhice passou a ser associada à feiura na década de 1960, mesmo período em que se pesar e fazer regimes se tornaram um hábito no país.

O vídeo abaixo, produzido pelo Buzzfeed, é uma ótima ilustração de diferentes padrões de beleza que surgiram ao longo de séculos:

Apesar de geralmente pensarmos em figuras femininas quando falamos em padrões de beleza, pessoas do sexo masculino também são enquadradas em parâmetros estéticos.

Confira mais um vídeo do Buzzfeed que traz as características que determinam se um homem é belo ou não em diferentes culturas:
 As consequências da imposição de padrões de beleza

A imposição de um padrão de beleza coloca em risco a saúde das pessoas. A pesquisa da Opinion Box mostrou que 41% dos brasileiros já tiveram problemas psicológicos ligados à aparência e à baixa autoestima.

Há ainda os riscos decorrentes de intervenções cirúrgicas desnecessárias, do uso de esteroides anabolizantes e da exposição prolongada ao sol ou à radiação do bronzeamento artificial.

A cobrança interna e externa pelo corpo perfeito é chamada de pressão estética, que impacta em especial as mulheres.

Listamos alguns dos efeitos nocivos dessa pressão, com a ressalva de que os padrões de beleza não são a única causa dos problemas abaixo.
Transtornos alimentares

Os transtornos alimentares englobam todo comportamento disfuncional relacionado à comida. São distúrbios multifatoriais, ou seja, que têm múltiplas causas. Além da pressão estética, o bullying e outros traumas de infância podem desencadeá-los.

Os principais transtornos alimentares são:

    Anorexia: caracterizado pela visão distorcida sobre o próprio corpo. A pessoa tem medo intenso de ganhar peso e obsessão por emagrecer;
    Bulimia: compulsão alimentar seguida por métodos para evitar ganho de peso, como expurgos, excesso de exercícios físicos e jejum;
    Compulsão alimentar: ingestão exarada de alimentos, sem que haja sensação de fome ou necessidade física;
    Ortorexia: preocupação exagerada com o que se come, levando a uma obsessão para sempre comer de forma certa, com alimentos saudáveis e extremo controle de calorias e qualidade.

Estima-se que 70 milhões de pessoas são afetadas por algum tipo de transtorno alimentar em todo o mundo. Geralmente, os distúrbios começam a se manifestar no final da infância e início da adolescência.
Dismorfia corporal

Também chamada de transtorno dismórfico corporal (TDC), a dismorfia corporal se caracteriza pela preocupação exagerada com algum defeito imaginário na aparência física. Estima-se que atinja mais de 4 milhões de brasileiros, com igual proporção entre homens e mulheres.

Quem sofre com o TDC tem dificuldades de sair de casa, por medo de ser julgado pela aparência, e acaba se isolando. Há quem recorra a procedimentos estéticos e intervenções cirúrgicas para tentar corrigir a suposta imperfeição, o que não garante que o sofrimento vai passar. Geralmente, a pessoa torna-se obsessiva com outra parte do corpo.
Gordofobia

A gordofobia é a aversão a pessoas que estão acima do peso considerado ideal pelos padrões de beleza. Geralmente, é acompanhada por piadas, comentários pejorativos ou desmerecimento.

É um preconceito a um determinado tipo físico, tido como anormal por não estar de acordo com parâmetros estéticos. O caráter do indivíduo passa a ser definido pelo tamanho do seu corpo, o que acaba prejudicando sua saúde mental.
Racismo estético

Falando especificamente de padrões de beleza impostos na sociedade, o racismo estético se manifesta na negação ou em ataques a traços físicos de pessoas negras, como o formato do nariz e da boca, a estrutura óssea e os cabelos.
O body shaming e o movimento Body Positivity

A forma mais óbvia de pressão estética é o body shaming, expressão em inglês para se referir a agressões verbais relacionadas à aparência física de uma pessoa.

A noção de aparência aqui é ampla, abrangendo formato do corpo, cor da pele e dos cabelos, doenças que deixam marcas físicas, cicatrizes e intervenções como tatuagens e piercings.

Em resposta ao body shaming, o movimento Body Positivity defende que todo indivíduo tem o direito de ter uma imagem positiva sobre o próprio corpo, independentemente dos padrões de beleza vigentes.

Entre os objetivos do Body Positivity estão:

    Contestar os padrões de beleza corporal da sociedade, construídos a partir de vieses de raça, gênero, sexualidade e deficiência;
    Promover a aceitação de todos os corpos, ajudando as pessoas a construírem uma relação mais saudável e realista com os próprios corpos;
    Mostrar como a mídia afeta na relação que as pessoas têm com os seus corpos, incluindo como elas sentem-se em relação à comida, atividade física, moda, saúda, identidade e autocuidado.
    Fazer as pessoas aproveitarem processos de mudança no corpo, como o envelhecimento e a gravidez, em vez de temê-los.
    Denunciar padrões de beleza inalcançáveis.

O movimento se originou na década de 1960, tendo como expoente a National Association to Advance Fat Acceptance (NAAFA). Ele ganhou o nome que tem hoje em 1996, quando a executiva escritora Connie Sobczak e a psicóloga Elizabeth Scott fundaram a The Body Positive, organização sem fins lucrativos que ajuda pessoas a lidaram com a imagem negativa que têm dos seus corpos.

O ano de 2012 também foi importante para o movimento, que ganhou popularidade com perfis no Instagram que questionavam padrões de beleza inalcançáveis.

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Como lidar com os padrões de beleza

O Body Positivity oferece algumas pistas de como podemos lidar com os padrões de beleza em nosso dia a dia.

Mas é preciso tomar cuidado para que ele não se torne mais uma pressão estética. Sentir a obrigação de ter uma visão positiva sobre nossa aparência também pode levar à vergonha e culpa, não é mesmo?

Um caminho indicado pela psicóloga Kendra Cherry, que contribui para o portal de saúde mental Verywell Mind, é substituir pensamentos negativos por padrões mais realistas, sem negar que existe um padrão de beleza dominante na televisão, no streaming e nas redes sociais.

Não precisamos amar todas as partes do nosso corpo, mas temos que ter em mente que a aparência não determina nosso valor como seres humanos. Por isso devemos focar em outras características nossas para desenvolver o nosso auto conceito.

O processo não é simples nem acontece do dia para a noite. É um esforço contínuo de evitar pensamentos que prejudicam nossa imagem corporal.

Mas existem atitudes mais concretas que você pode tomar:

    Compre e use roupas que valorizam o corpo que você tem agora, não o que você espera ter amanhã;
    Doe as roupas que estão muito pequenas ou muito grandes para seu tipo físico. O objetivo é ficar confortável e se sentir bem;
    Busque por contas que promovam o Body Positivity ou abordem assuntos que te fazem se sentir bem no Instagram, no TikTok e no YouTube;
    Encontre uma atividade física que te dá prazer e comece aos poucos. O mais importante é fazer algo que fortaleça seu corpo do que o modelar para seguir um padrão;
    Coma alimentos saudáveis no seu dia a dia por eles fazerem bem para você – e não para alcançar o peso ideal.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

CELULAR NO PROCESSO PEDAGÓGICO


O USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Incluir as tecnologias do uso do celular de forma ética na sala de aula, incutindo limites e regras ao aluno quanto ao seu uso de forma adequada nas aulas de Língua Portuguesa.

RESUMO

O presente artigo tem a intenção de incluir as tecnologias do uso do celular de forma ética na sala de aula, incutindo limites e regras ao aluno quanto ao seu uso de forma adequada nas aulas de Língua Portuguesa. Sendo assim, é intuito desse trabalho instigar o alunado a refletir sobre o uso ético do celular e conscientizá-los da importância que esta ferramenta tem e pode ser um aliado do professor, caindo por terra que esta ferramenta só atrapalha as aulas.

Palavras-chaves: Educação, Tecnologia, Aparelho celular, Língua Portuguesa.

1 INTRODUÇÃO

Não é verdade que o aparelho celular só vem a prejudicar o aprendizado nas aulas, principalmente nas de língua portuguesa. Ao contrário, este aparelho pode ser um recurso didático a ser utilizado em diferentes momentos na escola, desde que conste no planejamento do plano de aula do docente e da instituição escolar.

Há várias possibilidades de se utilizar um celular em sala de aula e fora dela, seja de um aparelho simples até mais moderno. Um celular simples, por exemplo, que tem como aplicações, a calculadora, o conversor de moeda, de comprimento, de peso, de volume, de área, e de temperatura, tem também a contagem regressiva e o cronômetro, podendo assim auxiliar nas mais diversas atividades na sala ou fora dela. E os aparelhos mais modernos possuem, além disso, tudo como aplicações, também o tradutor de línguas que bastante conhecido por ser utilizado no Google, mais que em alguns não têm necessidade da internet para o uso, o gravador de voz, a filmadora a câmera, e a internet, o que pode tornar as aulas mais interativas e dinâmicas.

Diante de um leque de possibilidades e mediante as facilidades da utilização de diferentes aplicativos do celular, fica nítida para nós a possibilidade de sua utilização em sala de aula desde a calculadora ao acesso de bibliotecas virtuais e tudo isso depende da forma como o professor usa a tecnologia para si mesmo em sua sala de aula e com os seus alunos.

Para tanto se faz necessário, nós professores, estimularmos nossos alunos a estimulá-los a utilizarem os recursos tecnológicos disponíveis dos aparelhos eletrônicos trazidos pelos discentes à sala de aula, associando-os ao seu cotidiano, despertando o prazer e o interesse aos conteúdos curriculares aplicados na disciplina de Língua Portuguesa, remetendo melhor ao aluno reflexões sobre a temática aplicada pelos professores.

O USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DELÍNGUA PORTUGUESA

Estamos vivemos sob o mundo do desenvolvimento informacional, de mudanças tecnológicas, instigando-nos a necessidade de analisar a mudança do papel do conhecimento ao longo da história, mas na maioria das vezes esses conceitos são utilizados sem muita precisão, dificultando a compreensão da realidade.

O docente enquanto educador necessita de atualizações constantes para discutir temas relacionados à disciplina que leciona, procurando ainda, desenvolver novas formas metodológicas para trabalhar os conteúdos em sala de aula. E para que essa metodologia seja inserida, o educador precisa estar preparado para atuar em sua sala de aula de forma dinâmica, atualizada e interdisciplinar, desenvolvendo ações pedagógicas de orientação e sistematização na busca de informações, recontextualizar as situações de aprendizagem, incentivar a experimentação e a explicitação, bem como o processo de refletir e de depurar ideias.

Entre as tecnologias largamente utilizadas no momento, figura o celular. A Wikipédia Enciclopédia Livre (2011), o conceitua como um equipamento tele móvel, ou seja: Aparelho de comunicação por ondas eletromagnéticas que permite a transmissão bidirecional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica que se encontra dividida em células (de onde provém a nomenclatura celular), cada uma delas servida por um transmissor/receptor.

Essa tecnologia veio para ficar, e se traduz em nova forma de escrita cultural. Seu alto índice de uso é regra também no ambiente escolar. Contudo, esse uso carece de normas e de esclarecimento sobre a étnica de suas práxis, pelo fato de que vivenciamos a era da informação e do conhecimento, desta forma é necessária investigação para que se possa estabelecer seu uso de forma ética nas salas de aula, visto que esta ferramenta paulatinamente está adentrando o universo escolar. Necessário se faz a busca do verdadeiro conhecimento com o qual se justificará o uso dessa tecnologia como forma de agregar conhecimento no ambiente escolar.

Para Bueno (1999, p.87), tecnologia se expressa como “um processo contínuo através do qual a humanidade molda, modifica e gera a sua qualidade de vida”.

No contexto educacional, a tecnologia serve ao determinado por Moran (2006): “É importante conectar sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, simulações), pela multimídia, pela interação online e off-line”.

Em extensão à citação de Moran, conectar o aluno com os outros e demais pessoas pelo celular. As tecnologias, a exemplo do celular devem ser vislumbradas como aliado da educação.

Quando o professor transforma, transcende seu aluno ao prazer de compreender e reconstruir conhecimento. E, para que professor e aluno sejam transformados, eles carecem de capacitação. "Não basta ter acesso à tecnologia para ter o domínio pedagógico. Há um tempo grande entre conhecer, utilizar e modificar processos" (MORAN, 2007, p. 90). Neste processo de aprendizagem, podemos utilizar o celular, a mais importante ferramenta de comunicação do século XXI, cada vez mais enriquecido com novas funções. Até há pouco tempo era um mero telefone móvel com serviço de mensagens curtas (SMS), câmara fotográfica e vídeo. Hoje, já incorpora wi-fi, Internet, correspondência (mail), prestação de serviços (Office), televisão, gráficos e GPS. Apesar de inicialmente ser concebido como um mecanismo que torna possível a comunicação entre duas pessoas, atualmente a tecnologia tanto dos aparelhos quanto dos serviços estão evoluindo. Num futuro próximo, incluirá reconhecimento de voz, leitores de impressão digital e outras tecnologias compatíveis ao aparelho “os celulares estão prestes a virar computadores minúsculos”. Na escola, a proposta de utilização da tecnologia disponível nos aparelhos móveis de comunicação, o celular, deve fazer parte do processo educativo, pois contribui para o desenvolver intelectual, bem como para a interação sociocultural do indivíduo, premissa da educação.

O uso dos telefones celulares pelos meus alunos favorece sua aprendizagem permitindo práticas, dinâmicas e atividades que seriam inviáveis sem eles. Além disso, o uso dos celulares melhora a produtividade da aula permitindo ganhos de tempo e qualidade da aprendizagem. Entendo que é parte do meu ofício como professor orientar meus alunos quanto aos bons usos do telefone celular de maneira a permitir-lhes que exercitem esse bom uso em atividades escolares cotidianas para que, por extensão, também o façam fora dos limites da escola (no seu trabalho, na sua casa e em diferentes meios de convívio). E eu não poderia fazer isso deforma efetiva sem que eles usassem os telefones celulares em minhas aulas. Os relatos de experiências de professores com os quais tenho contato em projetos que participo nas redes sociais e em oficinas de formação onde atuo como formador dão conta de resultados bem parecidos com os meus. Logo, não apenas a “teoria” sobre o uso pedagógico do telefone celular, como também a prática, têm mostrado que é possível, viável e recomendável que ele seja usado cada vez mais em nossas aulas. Nesse sentido percebemos que a utilização das tecnologias na educação não é mais uma opção, mas uma exigência desta sociedade. É imprescindível que o professor vença resistências, pois é um desafio, e vá à busca do conhecimento para que possa estar competente e atuar afinado com as tecnologias. Afinal, “O celular é e será aquilo que nós fizermos dele [...] aqui abrange todos os envolvidos nos processos: produtores, consumidores, críticos, formadores, etc.” (MACHADO, 2001, p.15 -16).

Diante disso, o professor tem necessidade de querer, de motivar-se, enfrentar desafios impostos muitas vezes pelo comodismo. E Moran (2000, p. 24) afirma que “aprendemos pela credibilidade que alguém nos merece. Um professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição para aprender”.

Portanto, diante de tantos argumentos com relação ao uso das TIC da sala de aula, se não interagirmos o ensino com as tecnologias que fazem parte do dia a dia dos alunos estaremos – nós professores – incorrendo no risco de ficarmos falando sozinhos na sala de aula, como muitos de nós já estamos.

2.1  SUGESTÕES PARA PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Como planejamento de atividades diversificadas e interdisciplinares de acordo com nesta temática sugerimos para as aulas de Língua Portuguesa tendo como ferramenta o aparelho celular:

 - Utilização da filmadora do celular em trabalhos que pedem para o aluno entrevistar uma pessoa, e o gravador como uma maneira de corrigir o próprio modo se falar, como uma autoajuda melhora a fala em relação a linguagem correta.

 - Pesquisas pela internet, através de site de buscas assuntos pertinentes à disciplina;

- Trabalhos com fotografias:

  • *Produção de um jornal da sala/escola e usar as fotografias para ilustrar as matérias escritas e entrevistas colhidas pelos alunos;
  • *Documentário sobre as aulas externas e passeios mantendo um diário de bordo da turma;
  • * Fotografias das páginas importantes do livro ou aquelas que foram explicadas pelo professor;
  • *Fotografias da lousa para obter as anotações colocadas pelo professor durante as aulas;

-Utilização da agenda do celular para marcar datas de provas, entregas de trabalho ou outras datas que considera importante que os alunos se lembrem de já que ele é uma agenda que tem até mecanismo de alerta;

-Criação de um serviço de envio de mensagens de aviso por e-mail ou via torpedos. Pelo celular é possível receber atualizações de sites, blogs e até mesmo de mensagens do Twitter, bem como fazer o caminho oposto.

-Criação de um serviço de leitura de notícias e de publicação de notícias e disponibilizar para os alunos;

-Trabalhos com o gravador de áudio:

  • * Registro através do celular de sons, imagens (fotos) e ambos (filmes) assuntos pertinentes às aulas de língua portuguesa, permitindo assim o aluno a prestar atenção no professor, enquanto este fala e escreve, em vez de repartirem a atenção entre o que o docente diz e o que eles estão copiando nos cadernos. O mesmo vale para as suas explicações importantes que podem ser gravadas como sons ou como filmes. Imagine o quanto é mais interessante para o aluno “assisti-lo” ou mesmo “ouvi-lo” na hora de estudar do que apenas conferir anotações, nem sempre fiéis, feitas nos cadernos.
  • * Produção de jornal falado;
  • *Letras de músicas: o professor pode permitir que os alunos escutem sua rádio favorita e selecionem músicas que gostem em língua estrangeira. Eles podem buscar a letra escolhida na Web e traduzi-la com o auxílio de um dicionário.

-Trabalhos com áudio e vídeo: por mais que o vídeo tenha seu áudio original, o docente pode trabalhar de outras formas:

  • Registros através de fotos, vídeos e gravador de voz eventos da escola como Feira de Ciência, apresentação, desenvolvimento e culminância de projetos temáticos da escola, etc.;
  • Utilização os recursos do aparelho celular para registrar atividades feitas com os alunos uma vez que ele é uma câmera fotográfica digital, uma filmadora digital e um rádio gravador digital;
  • Envio de MS de trabalhos produzidos, por exemplo, podendo exercitar a escrita correta e o hábito de pensar e construir suas respostas.

3 CONSEDERAÇÕES FINAIS

Este artigo buscou refletir sobre o uso das novas tecnologias na educação, visto a evidente necessidade de acender uma nova visão no processo de ensino-aprendizagem tendo como obstáculo peculiar a resistência por parte de profissionais que se encontram inseridos num mundo de práticas pedagógicas tradicionais não permitindo a facilidade na luta pela mudança no processo de normalização das novas tecnologias na educação.

Também propusemos: Discutir a importância do uso do celular como ferramenta tecnológica no contexto educacional, especificamente nas aulas da língua pátria; Questionar a utilização do aparelho celular: é indispensável? Como, onde, quando e para que usá-lo? Incentivar a aprendizagem numa linguagem atual e dinâmica, aproximando-se da realidade e dos interesses do aluno, além de propormos o uso do aparelho celular como ferramenta de recurso de estímulo para os alunos desenvolverem suas atividades interdisciplinares nas mais diversas formas como gravação de imagens e de áudio; pesquisas pela internet; utilização da agenda do celular; serviço de envio de mensagens de aviso por e-mail ou via torpedos; gravar aulas, debates, contação de histórias e produção de texto diverso utilizando o celular.

4 REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

BEGOÑA, Gros. Novas tecnologias, velhas polêmicas: o percurso interminável pelo dilema instruir-construir. Substratum ArtMed: Temas fundamentais em psicologia e educação. v. 2. n. 5. Porto Alegre: ArtMed, 1995.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 2.ed. São Paulo: Editora Autores Associados, 1999. (p.53-77).

FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. 2.ed. São Paulo: Editora 34, 2003. (p.157-167).

FERRETTI, Celso João et. al: (org). Novas Tecnologias, trabalho e Educação: um debate multidisciplinar. 9.ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. (p.151-166).

MENEZES, Vera (org). Interação e aprendizagem em ambiente virtual. Belo Horizonte: Editora Fale – UFMG; 2001. (p.15-36).

MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na Educação. Disponível em Acesso em 2 ago.2008.

MORIN, Edgard. A Ciência com consciência. São Paulo: Bertrand Brasil, 1998.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. O Uso da Tecnologia no Ensino de Línguas Estrangeira: breve retrospectiva histórica.

PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

SANCHO, Juana (Org.). Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Editoras Artes Médicas Sul Ltda., 1998.

ZANELA, Mariluci. O Professor e o “laboratório” de informática: navegando nas suas percepções. 43f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. (p. 25-27).


Sites consultados

Escola Secundária Carlos Amarante-Braga (Portugal):

http://geramovel.googlepages.com/telemovel

Método de ensino via celular: http://www.m-learning.org/

Sala de aula interativa: http://www.saladeaulainterativa.pro.br/

http://botandopra-fora.blogspot.com/2008/04/um-relato-pessoal.html


Publicado por: Lucimário Augusto da Silva