quarta-feira, 24 de junho de 2020

CONTEÚDOS 3ª SÉRIES

3º ANO 3º BIMESTRE: SEDENTARISMO E OBESIDADE
 
É a falta ou a diminuição da atividade física. Na verdade, o conceito de uma pessoa sedentária tem relação com a quantidade de calorias que ela gasta semanalmente, seja em atividades esportivas ou nas tarefas do dia a dia. Para ser considerada uma pessoa ativa é preciso queimar 2.200 calorias por semana, ou cerca de 300 calorias por dia.  

Além de atingir órgãos vitais como coração, rins, cérebro, entre outros, o sedentarismo impacta diretamente na saúde dos músculos e ossos, que se tornam mais frágeis, pois ficam sem uso, literalmente, atrofiando, perdendo a flexibilidade e comprometendo a saúde como um todo.

Atividade física x Exercício Físico
A atividade física e o exercício físico não são a mesma coisa. Atividade física é qualquer movimento do corpo que resulte em um aumento do gasto energético. Já o exercício físico é uma ação planejada e estruturada, que pode utilizar modalidades esportivas como dança, lutas, jogos, etc. Ambos promovem a queima de calorias, porém em níveis diferentes.


Riscos do Sedentarismo
Todo mundo sabe que a prática de exercícios físicos traz muitos benefícios à saúde. Ficar sem se exercitar pode causar vários tipos de doenças, principalmente as ligadas ao sistema cardiovascular. 
Obesidade, pressão alta, diabetes, aumento do colesterol, infarto, derrames, depressão, doenças articulares, são alguns exemplos das doenças às quais o indivíduo sedentário se expõe. O sedentarismo é considerado o principal fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças.
Doenças associadas ao sedentarismo
  • Obesidade
  • Colesterol alto
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Infarto
  • Asma
  • Alguns tipos de câncer
  • Distúrbios psicológicos
Sedentarismo e Obesidade
Segundo o Ministério da Saúde, quase metade da população brasileira está acima do peso. A obesidade é um grande fator de risco para saúde e eleva os níveis de gordura e açúcar no sangue, assim como aumenta a pressão arterial. 
Os obesos também têm mais chances de ter problemas cardiovasculares, articulares, asma, apneia, câncer e transtornos mentais. O sedentarismo aliado a uma dieta rica em carboidratos, açúcar e gorduras contribui para aumentar os índices da obesidade. 

Eu sou sedentário?
Você sabe quantas calorias gasta por dia, por semana? E quantas calorias você consome por meio da alimentação? O equilíbrio entre o consumo e o gasto é fundamental para manter o peso. Porém, para ser considerado ativo ou sedentário você precisa gastar 2.200 calorias, por semana, em atividades físicas. Nem adianta dizer que você faz faxina na casa ou faz uma caminhada no final de semana. Isso não é suficiente. 

Como deixar de ser sedentário?
Para se tornar ativo, a primeira regra é se conscientizar sobre a importância da atividade física. Em seguida, planeje seu dia e encontre o melhor horário. Pense também em escolher uma atividade que lhe dê prazer. Não adianta se matricular na academia e parar de frequentar no primeiro mês. Persista! Depois de um tempo, você irá sentir mais energia, inclusive para trabalhar. Dica importante: além da persistência, a regularidade é fundamental. 

Mudança de hábitos

Saia da sua zona de conforto, literalmente. Isso quer dizer que para aumentar o gasto calórico, é preciso abrir mão de hábitos como usar o elevador para subir alguns andares, dispensar a escada rolante, estacionar o carro em um local mais distante do seu destino, ir ao supermercado ou à padaria a pé, etc. 
Dicas para começar: 
  • Antes de começar uma atividade física é importante realizar uma avaliação médica, checar se a saúde está em dia. Isso pode ser feito com um cardiologista ou com o médico da empresa;
  • Tão importante quanto o exercício é a preparação do corpo. Pela manhã, ainda na cama, experimente alongar seu corpo, espreguice, estique, alongue; 
  • Comece praticando a atividade por 20 minutos, três vezes por semana, durante duas semanas. Na terceira semana aumente para 30 minutos por dia, quatro vezes por semana. Como complemento, faça exercícios com pesos leves e alongamento;
  • Não adianta ser imediatista quando o assunto é esporte. Os resultados ficam mais evidentes após três meses;
  • Use roupas e calçados adequados, que proporcionem conforto e proteção ao mesmo tempo;
  • A sudorese e a desidratação constituem as principais causas de mal-estar durante o exercício, portanto tenha em mãos uma garrafa de água. O importante é estar hidratado antes, durante e após a prática de qualquer atividade física;
  • Caso apresente qualquer problema de saúde durante um exercício, procure orientação médica. 
Benefícios de praticar atividades físicas
1-Perda de peso
Apenas fechar a boca para perder peso não é o suficiente. O exercício físico é fundamental para ajudar na eliminação dos quilos a mais, assim como para manter o peso. Por isso, faça exercícios regularmente para ficar de bem com a balança.

2- Longe de doenças crônicas! 
Engana-se quem pensa que apenas os gordinhos sofrem de pressão alta, colesterol, etc. A atividade física regular ajuda a prevenir várias doenças crônicas, diminui as taxas do colesterol ruim, ajuda a controlar a pressão arterial e o diabetes tipo 2. Além disso, melhora a circulação sanguínea, previne a osteoporose e alguns tipos de câncer. 

3- Energia de super-herói 
Quanto mais ativo você é, mais ânimo e disposição você tem. A atividade física aumenta a oferta de nutrientes e oxigênio no sangue, regulando o sistema cardiovascular, que trabalha de maneira mais eficiente. A prática de um exercício físico, como uma caminhada, por exemplo, também melhora a capacidade pulmonar. Coração e pulmão trabalhando de forma mais eficaz aumentam a energia e melhoram a sensação de bem-estar. 

4- Rindo à toa
O exercício físico melhora o humor, ajuda a combater a depressão e a ansiedade. Isso porque estimula várias substâncias químicas no cérebro, como a serotonina, ligadas ao prazer e ao bem-estar. Uma simples caminhada, de 30 minutos, já ajuda a relaxar e a descontrair. O importante é encontrar uma atividade física que seja ideal para você. Dançar, lutar boxe, pilates, nadar, caminhar, jogar bola, enfim, faça algo que você goste e logo irá perceber que está mais feliz e de bem com a vida! 

5. Sono dos anjos
A insônia é quase uma epidemia, principalmente nas grandes cidades. Dificuldades para adormecer ou acordar várias vezes durante a noite são comuns. Praticar uma atividade física pode fazer toda a diferença quando o assunto é insônia, afinal nada como dormir bem para sentir-se novo no dia seguinte. 

6- Vida sexual mais ativa
Sabe aquela energia de super-herói que a atividade física proporciona? Que tal pensar que essa disposição também ajuda a melhorar a vida sexual? Isso porque a atividade física nas mulheres pode levar ao aumento da excitação e nos homens diminui a probabilidade do desenvolvimento da disfunção erétil. 

7- Diversão: dois em um
A atividade física pode e deve ser divertida e prazerosa. A questão é encontrar o esporte certo e não precisa ser nada sofisticado. Dançar, fazer caminhadas em parques públicos, na vizinhança, brincar com as crianças, jogar bola com os amigos. Se ficar entediado, tente algo novo. O que importa é praticar com regularidade e obter satisfação. Bom para melhorar sua saúde e ainda para te deixar mais feliz! 

Atividades físicas para crianças
Praticar atividades físicas é muito importante em qualquer idade. Com a modernidade, as crianças estão deixando cada vez mais de realizar exercícios. Os jogos de vídeo game e a televisão estão tomando conta do tempo dos pequenos, enquanto as práticas esportivas ficam de fora, e com isso o sedentarismo começa a se instalar desde cedo. 
Durante a infância, as crianças precisam se exercitar para ter um melhor desenvolvimento físico e até psicológico. Por isso é muito importante incentivar as crianças a praticarem algum esporte, desde que não seja de maneira obrigatória e sim como uma atitude saudável e prazerosa.  
Iniciar a vida adulta com sobrepeso pode aumentar o risco de várias doenças. Assim, é importante prevenir a obesidade e o sedentarismo desde a infância, por meio da prática de atividades físicas e de uma alimentação saudável. 

Perguntas e Respostas
1. Uma pessoa magra e sedentária tem menos riscos de ter problemas no coração?
Não. Ser magro nem sempre é sinônimo de saúde. Um indivíduo pode pesar menos, porém se ele tiver o nível de colesterol ruim (LDL) elevado também tem chances de desenvolver problemas cardíacos. O sedentarismo ajuda a aumentar esse número e ainda a reduzir o nível de colesterol bom no sangue (HDL), o que é ruim para o organismo. 

2. Como se tornar uma pessoa ativa?
Para aqueles que têm a agenda lotada de compromissos, a dica é praticar uma atividade física 30 minutos por dia, todos os dias da semana. Caminhar, andar de bicicleta, usar as escadas, passear com o cachorro, brincar com as crianças, etc. Para quem pode dedicar mais tempo, o ideal é praticar 60 minutos de atividades, de 3 a 5 vezes por semana. Lembre-se: a prática esportiva deve ter a sua cara: dançar, pedalar, nadar, jogar bola. Atualmente existem muitas opções, para todos os públicos e gostos.

3. Qual deve ser a medida dos exercícios para quem está iniciando?
Os iniciantes devem fazer exercícios físicos leves, para que não haja uma sobrecarga cardiovascular e nem muscular. O ideal é começar com práticas aeróbicas, como caminhadas ou andar de bicicleta. A musculação pode ser realizada já no início, desde que a carga também seja leve. É importante ressaltar que é essencial fazer alongamentos antes e depois das atividades, para evitar lesões musculares. 

4. É preciso ter orientação de um profissional para realizar atividades físicas? 
Sim. Toda prática de exercícios deve ter um acompanhamento. Antes de começar, é importante procurar um médico para realizar exames clínicos, como de sangue, que avalia níveis de colesterol e triglicérides, teste ergométrico, para saber se seu corpo está preparado para realizar atividades físicas, medição de pressão arterial e teste de função pulmonar, que irá medir a resistência dos seus pulmões. 
Após ter o resultado desses exames, o segundo passo é procurar um personal trainer ou um profissional de academia. Somente eles estão aptos a recomendar os tipos de exercícios ideais para você. Com a orientação correta, você irá evitar dores, traumas e até lesões musculares que a prática de atividades físicas desorientadas pode gerar. Até mesmo para uma simples caminhada, por exemplo, é importante ter a orientação de um profissional. 
 
 
3º ANO - 3º BIMESTRE: ATIVIDADES RÍTMICAS E A DANÇA 

Introdução

    As atividades rítmicas e a dança são conteúdos da Educação Física escolar, uma vez que integram a cultura corporal de movimento. Assim, essas práticas corporais possuem o mesmo grau de importância dos demais conteúdos dessa disciplina.
    No entanto, o que presenciamos geralmente, é que tais conteúdos são raramente desenvolvidos no ambiente escolar e, quando são a ênfase consiste apenas nas vivências de forma descompromissada.
    Silva et al (2008, p. 37) apontam uma das possíveis razões para essa realidade: “existe hoje uma grande carência do trabalho com o ritmo, por exemplo, nas escolas, talvez por que a maioria dos professores desconheça o sentido dessa palavra e as possibilidades de trabalho que podem ser desenvolvidas através dela.” Marques (2007, p. 22), realça as análises dos autores afirmando que: “na grande maioria dos casos, professores não sabem exatamente o que, como ou até mesmo porque ensinar dança na escola.”
    É nesse sentido, que acreditamos ser relevante destacar a importância das atividades rítmicas e da dança, bem como, algumas possibilidades para a sua inserção no contexto escolar. Conforme, ressalta Impolcetto et al (2007, p. 92):
    Nas aulas de Educação Física escolar, a dança pode contribuir para a construção de uma relação de cooperação e respeito, desempenhando um importante papel, pois proporciona aos alunos a aquisição de elementos para que estes possam estabelecer relações corporais críticas e construtivas com diferentes maneiras de ver e sentir o corpo em movimento, relacionando-o com sua realidade, assim como compreende-lo em diferentes épocas e culturas.
    Contendo inúmeras possibilidades de ensino, a presença dessas práticas corporais, se torna essencial para uma educação integral dos alunos. Isto porque, por meio das atividades rítmicas e da dança, o aluno terá a oportunidade de conhecer e vivenciar as diversas manifestações culturais, nelas contidas. Segundo Verderi (2000, p. 33): “a verdadeira educação deve formar o homem para a vida, devemos a nossos alunos formação de valores, de metas.”
    Por esta razão, enfatizamos a relevância das atividades rítmicas e da dança na escola, sobretudo, no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, uma vez que nessa faixa etária, é possível trabalhar as habilidades básicas dos alunos, aperfeiçoando-as e, principalmente, permitindo, aos mesmos que desenvolvam sua criatividade. Ou seja: “a dança na escola, associada à Educação Física, deverá ter um papel fundamental enquanto atividade pedagógica e despertar no alunado uma relação concreta sujeito-mundo” (VERDERI, 2000, p. 58).
    Portanto, o objetivo desse trabalho é destacar a relevância das atividades rítmicas e dança na escola, apresentando uma proposta de sistematização/organização desses conteúdos para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental.
Revisão da Literatura
O que é atividade rítmica e dança?
    Para compreendermos melhor a especificidade de tais conteúdos, se torna relevante, conhecermos primeiramente, o conceito de ritmo e rítmica. Vale destacar que, vários autores atribuem diferentes significados à palavra ritmo, dos quais destacaremos alguns.
    Nesse sentido, investigando o conceito da palavra ritmo, verificamos que, de acordo com Camargo (1994, p. 23): “a palavra ritmo - em grego rhythmos- significa ‘aquilo que se move, aquilo que flui’, o que nos leva a concluir que todo movimento é ritmo em potencial.” Ou seja: “o ritmo e o movimento se desenvolvem simultaneamente no tempo e no espaço. Desta forma, confirmamos nossa consideração que o RITMO é MOVIMENTO, que o MOVIMENTO é RITMO [...]” (TIBEAU, 2006, p. 55, grifo do autor).
    Isto deixa claro que, o ritmo é algo inerente à vida humana. Para Tibeau (2006, p. 56):
    Todo o ser humano é dotado de ritmo, que se manifesta antes mesmo do nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por isso, o ritmo é considerado o elemento da música que está mais associado ao movimento, às ações motrícias do Homem.
    É por esta razão que, o ritmo atua nos aspectos cognitivos, afetivos e sociais do ser humano (CAMARGO, 1994).
    Conforme observamos, há inúmeras definições para a palavra ritmo, de forma que concluímos, com as análises feitas por Verderi (2000, p.53), na qual define o ritmo da seguinte maneira:
    O ritmo faz parte de tudo o que existe no universo, é um impulso, o estímulo que caracteriza a vida. Ele se faz presente na natureza, na vida humana, animal e vegetal, nas funções orgânicas do homem, em suas manifestações corporais, na expressão interior exteriorizada pelo gesto, no movimento, qualquer que seja ele.
    Já em relação à rítmica, esta foi desenvolvida pelo compositor e pedagogo suíço Emile Jacques Dalcroze (1865-1950), segundo Tibeau (2006). De acordo com Camargo (1994, p. 77): “[...] a ‘Rítmica’ é um método de educação global, baseado no ritmo musical, vivido de forma corpóreo-sensorial pelo indivíduo”.
    O método foi desenvolvido, uma vez que Dalcroze notou vários problemas de educação musical, apresentado pelos seus alunos musicistas, como também por músicos profissionais, de forma que buscou meios capazes de amenizar tal situação (CAMARGO, 1994). Ainda, segundo a autora: “Dalcroze organizou o seu método, visando à integração das faculdades físicas e mentais do ser humano, potencializando-as no tempo e no espaço, através da música” (CAMARGO, 1994, p. 77).
    Nisso, o método de Dalcroze, segundo Bourcier (1987, p. 291-292), se refere à:
    [...], uma educação psicomotora com base na repetição de ritmos, criadora de reflexos, na progressão da complexidade e da sobreposição de ritmos, na decifração corporal, na sucessão do movimento: a música suscita no cérebro uma imagem que, por sua vez, impulsiona o movimento, que se torna expressivo caso a música tenha sido captada corretamente. As conseqüências pedagógicas são o desenvolvimento do sentido musical em todo o ser- sensibilidade, inteligência, corpo-, que fornece uma ordem interior que, por sua vez, comanda o equilíbrio psíquico.
    Com isso, nota-se que a rítmica é uma forma de expressão corporal, por meio da música. Assim, as atividades rítmicas podem ser definidas, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 71) como:
    [...] as manifestações da cultural corporal que têm como característica comum a intenção explícita de expressão e comunicação por meio dos gestos na presença de ritmos, sons e da música na construção da expressão corporal. Trata-se especificamente das danças, mímicas e brincadeiras cantadas. Nessas atividades rítmicas e expressivas encontram-se mais subsídios para enriquecer o processo de informação e formação dos códigos corporais de comunicação dos indivíduos e do grupo.
    Ou seja, são atividades que visam trabalhar a expressão corporal, tendo como base, a música, bem como, a dança, que também é uma forma de comunicação.
    Seguindo nessa perspectiva, no que se refere à dança, Gaspari (2005), destaca que, a dança é uma forma de comunicação, considerada a mais antiga, visto que, desde os tempos primitivos, os homens já a utilizava para expressar seus sentimentos e desejos, levando Garaudy (1980, p. 13), afirmar que: “a dança é um modo de existir”. Soares e Madureira (2005, p. 85), ressaltam ainda que, a dança “[...] é uma experiência da beleza onde os corpos são múltiplos, conscientes da própria materialidade e sensíveis à expressividade do outro”.
    Em suma, as atividades rítmicas e a dança são elementos integrantes da cultura, da qual devem ser resgatadas e valorizadas, pois, são inerentes à vida humana.
Por que é importante aprender atividades rítmicas e dança na escola?
    As atividades rítmicas e a dança pertencem à cultura corporal, devendo ser desenvolvidas nas aulas de Educação Física escolar, de forma coerente e dinâmica. De acordo com Verderi (2000), a Educação Física é uma disciplina que trabalha diretamente com o movimento humano.
    O que me arrisco afirmar é que existe a necessidade latente da Educação Física entender melhor a especificidade de tal conteúdo, refletindo e discutindo os meandros ao qual as atividades rítmicas estão inseridas tentando apontar para suas possibilidades de usos e recursos na tentativa de desenvolver aprendizados que sejam realmente relevantes, interessantes e prazerosos para nossos alunos e alunas (JESUS, 2008, p.23).
    Realidade essa, também destacada por Ehrenberg e Gallardo (2005, p. 114), em relação à dança:
    A dança, como outras manifestações da cultura corporal, é capaz de inserir o seu aluno ao mundo em que vive de forma crítica e reconhecendo-se como agente de possível transformação, mas, para tal é necessário não apenas contemplar estes conteúdos e sim identificá-los, vivenciá-los e interpretá-los corporalmente.
    Fica evidente que, as atividades rítmicas e a dança, são conteúdos ricos, capazes de contemplar diversas finalidades no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Segundo Gaspari (2000, p. 199), “tal prática corporal pode estar na escola de acordo com os pressupostos educacionais e ser adaptada conforme as necessidades e características do contexto escolar”. É nesse sentido que, Verderi (2000) enfatiza que a atual Educação Física deve permitir que, os alunos participem ativamente das aulas, considerando as suas próprias percepções.
    De acordo com Jesus (2008), a relevância das atividades rítmicas está pautada nos aspectos comunicativos e expressivos do ser humano, pois, por meio desse conteúdo, é possível não apenas compreender, mas também produzir códigos corporais de comunicação. Paralelamente, é possível desenvolver a criatividade dos alunos e, principalmente, a interação. Isto porque, por meio da dança, é plausível trabalhar a socialização, tornando o aluno mais comunicativo, e mais confiante em suas ações, garantindo, assim, uma aprendizagem positiva (SILVA; JÚLIO; PAIXÃO, 2010).
    Dessa maneira, as atividades rítmicas e a dança na escola, são conteúdos essenciais para o desenvolvimento dos alunos (SILVA et al, 2008). Outro aspecto que justifica a importância dessas práticas corporais na escola é o fato de poder discutir nas aulas, questões relacionadas ao gênero. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 42), devemos “[...] atuar concretamente contra o preconceito expresso na falsa idéia de que ‘homem não dança’, cultivando as possibilidades de expressão masculina nas atividades rítmicas e expressivas”. Isto significa que, ao vivenciar estas práticas corporais, o aluno terá a oportunidade de se posicionar de forma mais crítica perante as informações que lhe são apresentadas.
    Sem contar que, ao adquirir uma postura crítica, o aluno além de conhecer as atividades rítmicas e a dança, certamente, também irá valorizar outras culturas além da sua própria. De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998), no nosso país, nos deparamos com diversas manifestações culturais, inseridas, sobretudo, nas danças, visto que são as danças que caracterizam a cultura de diferentes regiões.
    Contudo, essas são algumas razões que justificam a relevância desses conteúdos nas aulas de Educação Física. Assim, cabe ao professor analisá-las e contextualizá-las de acordo com a realidade em que os seus alunos estão inseridos.
Como as atividades rítmicas e a dança podem ser classificadas?
    As atividades rítmicas e a dança, enquanto conteúdos da Educação Física escolar, apresentam suas especificidades, uma vez que são práticas que destacam a diversidade cultural de várias regiões (BRASIL, 1997). Nesse sentido, entendemos que as atividades rítmicas no espaço escolar, podem ser classificadas da seguinte maneira:
  • Percussão corporal: produção de sons com o corpo.
  • Exercícios rítmicos com a utilização de materiais: como pular corda; atividades que envolvam a utilização de materiais como bolas, bastões, entre outras.
  • Brincadeiras cantadas: que são maneiras de brincar com o corpo, a partir da relação entre movimento corporal e expressão vocal, sejam na forma de músicas, frases, palavras ou sílabas ritmadas. Além disso, envolvem musicalidade, dança, dramatização, mímica e jogos, podendo, ser caracterizadas como formas de expressão do corpo que integram a cultura popular (LARA; PIMENTEL; RIBEIRO, 2005), como rodas cantadas ou cirandas, parlendas, acalantos, brincadeiras de mãos, as quais serão tratadas a seguir.
    As brincadeiras de roda são aquelas desenvolvidas em círculo, de forma que as crianças segurando na mão uma das outras, cantam todas juntas cantigas de roda (FARIAS, 2001). Em relação às Parlendas, Silva et al (2008, p.38), destacam que: “elas compõem um conjunto de palavras de arrumação rítmica que podem rimar ou não, podem ser acompanhadas de atividades como jogo, brincadeira e expressão corporal, que são atividades próprias da Educação Física”.
    No caso dos Acalantos, essas são melodias simples e meigas, podendo apresentar em seu texto figuras que provoquem medo, além de possuírem outra característica, como o uso do canto em boca chiusa, ou seja, cantar com a boca fechada, favorecendo certa monotonia para fazer a criança dormir (FERNANDES, 2005).
    Brincadeiras de mãos são atividades desenvolvidas com canto e gestos com as mãos, nas quais pode haver contato entre os participantes ou não, como, por exemplo, a adoleta (A-do-le-tá/ Le-pe-ti Pe-ti-pe-tá/ Le café com chocolá/ A-do-le-tá) que pode ser feita em grupo ou em duplas.
    No que se refere à dança, constatamos que existe um vasto leque de possibilidades, de modo que utilizaremos a classificação realizada por Gallardo (Não paginado - 2003), que classificou as danças segundo a origem de cada uma:

  1. Ancestrais, originárias ou autóctones: são aquelas danças praticadas antes da conquista espanhola ou portuguesa, e que apesar das proibições ainda se encontram alguns vestígios delas.
  2. Tradicionais ou Folclóricas: são as danças que representam a cultura particular de uma região, podendo ter traços das danças ancestrais, e podem - pela miscigenação de culturas - ser adaptações de danças originárias dos países que nos conquistaram ou colonizaram. Elas podem eventualmente tornar-se populares.
  3. Populares: são as danças que estão sendo veiculadas pelos meios de comunicação e praticadas pela comunidade. Algumas delas permanecem em atualidade, chegando a incorporar-se ao grupo das danças tradicionais ou folclóricas.
  4. Clássicas ou Eruditas: são as danças que precisam de todo um processo de aprendizagem sistematizado, dado a sua complexidade e por serem em sua essência habilidades motoras altamente estruturadas (aquelas habilidades que se originam de estudos biomecânicos e devem ser incorporadas ou internalizadas para serem eficientes na prática da modalidade aos quais os modelos pertencem. Exemplos a ginástica artística, saltos ornamentais, entre outras).
    Em síntese, diante da classificação ora apresentada pelo autor, destacamos que para o presente estudo, selecionamos as danças classificadas como Tradicionais e Populares, uma vez que são danças passíveis de adaptações para a sua inserção no contexto escolar.
O que ensinar e o que os alunos devem saber sobre atividade rítmica e a dança?
    As atividades rítmicas e a dança, assim, como os demais conteúdos da Educação Física, possuem uma ampla gama de conhecimentos. São inúmeras, as possibilidades de ensino que esses conteúdos oferecem, de modo que devem ser desenvolvidos de forma coerente no ambiente escolar.
    Basicamente, todo trabalho pedagógico deve considerar primordialmente, o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Para tanto, não basta apenas desenvolver os conteúdos nas aulas, é necessário contextualizá-los, isto é, aproximá-los do contexto do qual os alunos estão inseridos. Segundo Darido (2005, p. 68): “[...] dentro de uma perspectiva de Educação e também de Educação Física, seria fundamental considerar, os procedimentos, fatos, conceitos, as atitudes e os valores como conteúdos, todos no mesmo nível de importância”.
    É nessa perspectiva, que destacamos alguns pontos relevantes das atividades rítmicas e da dança, das quais selecionamos neste estudo, para serem desenvolvidos nas dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal.
  • Dimensão conceitual - trabalhar a história das danças: Samba de Roda, Dança do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. O conceito da palavra ritmo, bem como, a sua importância, uma vez que se trata de algo onipresente. Além disso, refletir sobre a questão do gênero e da pluralidade cultural nas atividades rítmicas, sobretudo, nas danças.
  • Dimensão procedimental- vivenciar as atividades rítmicas que envolvam percussão corporal, exercícios rítmicos com a utilização de materiais e brincadeiras cantadas e danças das regiões brasileiras, tais como: Samba de Roda, Dança do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. Desenvolver atividades práticas, que permitem aos alunos a oportunidade de expressarem sua criatividade e autonomia, por meio dessas práticas corporais.
  • Dimensão atitudinal- fazer com que aula, se torne um ambiente, em que o respeito mútuo, a cooperação e a solidariedade, prevaleçam em todos os momentos.
    Com isso, percebemos que dada à relevância desses conteúdos, é necessário que os mesmos sejam trabalhados nas suas dimensões, buscando garantir aos alunos, uma aprendizagem significativa.
Possibilidades para sistematização das atividades rítmicas e dança
    A seguir, apresentamos uma proposta para sistematização/organização das atividades rítmicas e da dança, para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental, que foi elaborada a partir da nossa experiência no ambiente escolar, bem como, por meio de estudos e pesquisas no grupo de estudos LETPEF (Laboratório de Estudos e Trabalhos Pedagógicos em Educação Física), na qual procuramos contemplar, as atividades rítmicas e as danças mais apropriadas para cada faixa etária, como também sugestões de números de aulas, as quais acreditamos serem suficientes para cada tema proposto.
    Dado o exposto, o foco da nossa proposta é resgatar por meio das atividades rítmicas e das danças, algumas das manifestações culturais presentes no nosso país. Para tanto, conforme destacado anteriormente, sugerimos trabalhar com algumas danças Tradicionais e Populares que ressaltam a diversidade cultural das cinco regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.






Quadro 1. Proposta de sistematização da atividade rítmica e dança nas séries iniciais do Ensino Fundamental
    Com base nas informações ora apresentadas, destacamos que a escolha dos conteúdos para o 1º ano, se justifica, levando em consideração o nível de desenvolvimento do aluno nesta faixa etária. Procuramos incluir atividades de baixo nível de organização, com poucas regras e o gosto pela música, as quais prendem a atenção dos mesmos, além de tornarem a aula mais agradável e participativa. Além disso, sugerimos trabalhar com cantigas de roda, utilizando alguns aspectos relevantes, tais como: dramatização, coreografias simples, incluindo a percussão corporal. Seguindo a preferência dos alunos dessa faixa etária, por músicas, recomendamos, então, os jogos cantados em círculo como, por exemplo, Corre Cotia.
    Pensando em trabalhar nas aulas, a interação entre os alunos por meio da dança, destacamos o Samba de Roda (Região Nordeste), para o contexto escolar, visto que por meio dessa dança, podemos trabalhar a inclusão de todos na aula, uma vez que o importante não é o fato que todos “saibam sambar”, e sim, que todos igualmente possam participar. Sem contar que, o Samba de Roda no 1º ano, possibilita trabalhar a expressão corporal dos alunos, pelo fato de que nesta faixa etária, os alunos ainda não demonstram muita vergonha, expressando-se, com mais facilidade, do que no 5º ano, por exemplo.
    Visando a continuidade do trabalho com as atividades rítmicas, no 2º ano, optamos em escolher atividades que têm maior grau de complexidade. Isto porque, tendo em vista, a participação dos alunos, propomos a utilização de materiais, como cordas, bambolês, bastões e bolas, para acompanhar o ritmo das músicas. Já em relação à Dança do Pezinho (Região Sul), ressaltamos esta, dada as suas características: fácil interpretação, ritmo lento, permitindo ser acompanhada por todos os alunos nesta faixa etária.
    Ainda no 3º ano, propomos a continuidade dos exercícios rítmicos e das brincadeiras cantadas, no entanto, utilizando agora cordas de tamanhos maiores, visando o trabalho em grupo, tanto nos exercícios rítmicos, como também as parlendas. Sugerimos ainda que, as cantigas de roda sejam trabalhadas com chocalho. A dança popular Quadrilha (Região Nordeste), foi inserida nesta série porque, geralmente, trabalha-se com essa dança na escola. Porém, é possível constatar que, nem sempre ela é desenvolvida nas dimensões do conteúdo, de modo que é apenas praticada, não permitindo ao aluno, entender o porquê de ser dançada na época da Festa Junina, entre outros aspectos. Assim, inserimos essa dança no 3º ano, pois, é a partir daí que, os alunos começam a dançá-la nas festas com mais autonomia.
    No 4º ano, realçamos o trabalho com as brincadeiras cantadas, por meio de cantigas já vivenciadas nos anos anteriores. Entretanto, utilizaremos bastões para desenvolver a Cantiga Escravos de Jô, mas diferentemente da proposta do 2º ano, pois, quem se move são as crianças. Já a opção pela dança Catira (Regiões Sudeste e Centro Oeste), é devido a sua possibilidade de refletir com os alunos, a importância da participação de todos nessa dança, na qual cada dançarino desempenha um papel fundamental. Além disso, podemos debater questões relacionadas ao gênero, uma vez que a participação das mulheres na Catira é algo recente, uma vez que era praticada apenas por homens.
    Por conseguinte, no 5º ano, consideramos os exercícios rítmicos com materiais, utilizando duas cordas, assim, estaremos resgatando a atividade com corda do 3º ano e incluindo mais uma, isto é, um desafio que estimula os alunos. O que não nos impede, de primeiro revisar as atividades já realizadas no 3º ano, para então, iniciarmos as atividades com salto com cordas duplas, conhecido como Double Dutch. Dessa maneira, a Dança do Carimbó (Região Norte), se efetiva como um tema relevante, pelo fato de ter passos característicos, ou seja, não implica que, os alunos tenham que se expressar livremente como no Samba de Roda (incluído no 1º ano), pois, nesta faixa etária, é comum os alunos sentirem mais vergonha perante a turma. Levantaremos a discussão acerca da pluralidade cultural na dança, uma vez que diferentes culturas a influenciaram como, por exemplo, as culturas: indígena, africana e lusitana.
Considerações finais
    Com base na literatura pesquisada, consideramos que, as atividades rítmicas e a dança, enquanto conteúdos da Educação Física escolar, possuem um vasto repertório de conhecimentos a serem desenvolvidos no contexto escolar, capazes de contribuir significativamente para o desenvolvimento dos alunos.
    Além disso, essas práticas corporais contêm uma rica diversidade cultural, da qual destaca a cultura de diversas regiões. Ao inseri-las nas aulas de Educação Física, estes conteúdos, certamente, contribuirão para o resgate, bem como, para a valorização dessas manifestações culturais, possibilitando, os alunos reconhecerem que, esses conteúdos são tão interessantes quanto os demais já vivenciados por eles.
    Por esta razão, concluímos que, as atividades rítmicas e a dança, devem fazer parte do cotidiano escolar, assim, como os jogos e os esportes já se encontram. Por serem passíveis de adaptações, para qualquer realidade escolar, isso reforça, ainda mais, a relevância dessas práticas corporais na escola.
Referências
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  • BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.
  • BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.
  • CAMARGO, M.L.M. Música/movimento: um universo em duas dimensões; aspectos técnicos e pedagógicos na Educação Física. Belo Horizonte: Villa Rica, 1994.
  • DARIDO, S.C. Os conteúdos da Educação Física na escola. In: DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. (Org.): Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2005, p. 64-79.
  • EHRENBERG, M. C.; GALLARDO, J.S.P. Dança: conhecimento a ser tratado nas aulas de Educação Física escolar. Revista Motriz, Rio Claro, v. 11, n.2, p.111-116 mai/ago. 2005.
  • FARIAS, A. S. F. S. A importância das brincadeiras de roda na práxis do professor de Educação Física. 2001. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Psicomotricidade)- Pró Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento, Diretoria de Projetos Especiais, Projeto a Vez do Mestre. Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, 2001.
  • FERNANDES, A. J. De batuque e acalanto: uma missa Afro-Brasileira de Carlos Alberto Pinto Fonseca. Per Musi, Belo Horizonte, n. 11, p. 60-72 jan/jun. 2005.
  • GALLARDO, J. S. P. Delimitando os conteúdos da cultura corporal que correspondem à área de Educação Física. Revista Conexões, Campinas, v. 1, n. 1, 2003. Não paginado.
  • GASPARI, T. C. Dança. In: DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. (Org.): Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2005, p.199-226.
  • IMPOLCETTO, F. M. et al. Educação Física no ensino fundamental e médio: a sistematização dos conteúdos na perspectiva dos docentes universitários. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 6, n.1, p. 89-109 jun/mar. 2007.
  • JESUS, G. B. As atividades rítmicas e a Educação Física escolar: possibilidades de um trato em um outro ritmo. 2008. 218 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Motricidade Humana)- Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2008.
  • Lara, L. M.; Pimentel, G. G. A.; Ribeiro, D.M. D. Brincadeiras cantadas: educação e ludicidade na cultura do corpo. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, Ano 10, nº 81, fev. 2005. http://www.efdeportes.com/efd81/brincad.htm
  • MARQUES, I.A. Dançando na escola. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
  • SILVA, T.D.; SANTOS, L. B.; BÁRBARA, S.; SOUZA JÚNIOR, O. D.; GRILLO, D. E. Aspectos rítmicos motor e sonoro em aulas de Educação Física. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.7, n.3, p.36-41, dez./mar. 2008.
  • SILVA, E. M.; JÚLIO, M. G.; PAIXÃO, J.A. Panorama do conteúdo dança nas aulas de Educação Física escolar. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 15, nº 144, maio 2010. Não paginado. http://www.efdeportes.com/efd144/conteudo-danca-nas-aulas-de-educacao-fisica.htm
  • SOARES, C. L.; MADUREIRA, J.R. Educação Física, linguagem e arte: possibilidades de um diálogo poético do corpo. Movimento, Porto Alegre: v. 11, n.2, p.75-88, maio/ago. 2005.
  • TIBEAU, C.C.P.M. Motricidade e música: aspectos relevantes das atividades rítmicas como conteúdo da Educação Física. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, São Paulo, v.1, n.2, p.53-62 jun. 2006.
  • VERDERI, E. B. L. P. Dança na escola. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.
 

 
2º BIMESTRE 2020

3º ANO


3º ANO - 2º BIMESTRE

ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

O acelerado processo de envelhecimento da população é observado no Brasil e no mundo. A expectativa de vida dos brasileiros segundo IBGE (2015) é de aproximadamente 73 anos, sendo os homens 69 anos e as mulheres 76 anos. Esse envelhecimento brasileiro é uma realidade crescente e prevê-se que, em 2020, 1 em cada 13 brasileiros terá mais de 60 anos. Seguindo este ritmo projeções estáticas apontam que no ano de 2025 o Brasil será sexto país no mundo com maior população idosa (Ramos, Veras e Kalache, 2004).

O envelhecimento é um processo que provoca alterações e desgastes em vários sistemas funcionais, que ocorrem de forma progressiva e irreversível. O momento em que estas transformações ocorrem, quando passam a ser percebidas e evoluem, diferencia-se de um indivíduo para o outro. Na verdade cada pessoa envelhece de forma diferente. O envelhecimento não é só cronológico, é também biológico, funcional, psicológico e social.

Entretanto em idades mais avançadas as limitações funcionais, tais como cognição, equilíbrio, perda de força muscular, bem como surgimento de doenças crônico-degenerativas intensificam se ocasionando perda da capacidade funcional (Fiedler e Peres, 2008). Os resultados desses fatores é a diminuição da capacidade funcional, gerando uma maior dependência em realizar as atividades da vida diária. Segundo o Educador Físico e Gerontologo Anderson Amaral coordenador da CEAFES a visão mais triste do envelhecimento é sob o olhar da incapacidade funcional, ou seja capacidade de realizar atividades das vida diária. Atividades essas que em geral podem ser comprometidas com o passar dos anos.

O estilo de vida ativo ajuda na manutenção e aumento da capacidade funcional dos idosos. Sabe-se que há mudanças fisiológicas ao longo da vida, em especial após a sexta década de vida. Entre as alterações fisiológicas que acontecem podemos citar a perda de força muscular, massa muscular, diminuição da capacidade aeróbia, equilíbrio e controle postural, cognição e massa óssea. Há problemas também na saúde mental dos idosos. Problemas como depressão, ansiedade, déficit cognitivo e as temíveis doenças neurológicas como o Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer.

Atualmente os estudos indicam (ACSM, 2009) que há benefícios significativos na qualidade de vida dos idosos com a prática regular de exercícios físicos. Podemos citar o aumento de massa muscular, diminuição de quedas, melhoria do controle postural, psicossociais, cognição, saúde mental entre tantos outros benefícios. Alias os benefícios dos exercícios físicos para saúde mental vem sendo estudado bastante nos últimos anos principalmente utilizando os conceitos da neurociência.

Antes de qualquer prescrição de exercícios físicos para idosos é importante uma avaliação pré-participação. Avaliação que deve começar com o médico e constar o educador físico avaliando as condições físicas e funcionais do idoso.

As atividades mais indicadas segundas os estudos baseiam-se em quatro alicerces:

• Exercícios de Força Muscular (Musculação)

• Exercícios Aeróbios

• Exercícios de Flexibilidade

• Exercícios de Equilíbrio ou exercícios funcionais

Outras atividades apresentam bons resultados como a hidroginástica, pilates e yoga.

Exercícios funcionais como os desenvolvidos pelo grupo de estudo da CEAFES que trabalham a reabilitação vestibular, neurocognitiva e funcional são excelentes e apresentam ótima relação dose-resposta é o que comentam os educadores físicos Fabrício Naliato e Anderson Rangel mestrandos no assunto e professores do curso de Pós-graduação em Atividade Física, Envelhecimento e Saúde.

O Importante é manter-se ativo fisicamente e mentalmente.

Por isso procure um local especializado com educadores físicos formados para prescrição do seu treinamento físico.

Nunca é tarde demais nesta vida. Seja para viver, amar, estudar ou praticar exercícios físicos. Não se esqueça disso!


2º BIMESTRE - Prazo até o dia 26 de Julho.

ATIVIDADE 3º ANO - ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Estímulo à atividade física regular: infelizmente, embora tenhamos cada vez mais evidência a favor dos efeitos preventivos dos exercícios em relação aos principais fatores de riscos para as doenças comuns à segunda metade da vida, vemos com pesar um progressivo sedentarismo sendo incorporado aos hábitos e costumes do homem moderno.

Responda as quatro perguntas abaixo: 

01- Qual é o seu nome completo e a turma que você frequenta? 
R:


02- Podemos conceituar o Envelhecimento como:

(A) É um processo que pode ser revertido, com meditação e uso de ervas medicinais, com tratamento natural e yoga.
(B) É um processo de aumento do metabolismo e das capacidades musculares, fortalecendo toda a estrutura corporal.
(C) É um processo inexorável de queda das capacidades físicas que afeta todas as pessoas, mas não afeta a capacidade mental produzindo o retardamento desse processo e o consequente aumento do tempo médio de vida.
(D) É um processo que pode ser revertido, com tratamento médico, o que muda o processo de envelhecimento do corpo.
(E) É um processo inexorável de queda das capacidades físicas e mentais que afeta todas as pessoas, mas o retardamento desse processo e o consequente aumento do tempo médio de vida constitui uma das mais espetaculares mudanças sociais dos últimos tempos.

03- Como Envelhecer com saúde?

(A) Tendo uma alimentação desregrada, com ingestão de bebidas alcóolicas, sem a necessidade de atividade física.
(B) Ter uma dieta alimentar adequada; o não consumo excessivo de bebida alcoólica; a abstinência de fumo; a prática regular de atividades físicas.
(C) Uso continuo de drogas ajuda na manutenção da saúde quando uma pessoa chega a envelhecer.
(D) Fazer exercícios físicos em excesso, com total fadiga muscular, e usar anabolizantes e esteroides.
(E) Se tornando obeso, pois a obesidade ajuda a ter um envelhecimento saudável.

4- Escreva como você acredita que vai envelhecer, tendo como base o estilo de vida que você tem hoje? Fundamente sua resposta. (OBS: No mínimo 5 linhas)



1º BIMESTRE 

3º ANO

  • Ginástica de academia: Noções de treinamento funcional; prevenção de doenças através do exercício físico.
 Exercícios físicos para prevenção e combate de patologias
A atividade física contribui para a manutenção da qualidade de vida, e a sua adoção auxilia na prevenção e combate de patologias. A atividade física contribui para a manutenção da qualidade de vida, e a sua adoção auxilia na prevenção e combate de patologias.
Já está cientificamente comprovado que a prática de atividades físicas é benéfica à saúde. Mas você sabia que ela também é uma grande aliada no tratamento de patologias? Além de contribuir na prevenção, também pode promover influência direta na cura e combate destas patologias.
Grande parte da população alega a ausência de atividade física na rotina por falta de tempo, preguiça, custos ou dificuldade de encontrar uma atividade compatível com o estilo de vida. Entretanto, especialistas alertam que o sedentarismo favorece uma série de patologias, além de intensificar problemas de saúde como: hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e até emocionais. Para tanto, manter uma rotina de atividades aeróbias durante a idade adulta e avançada pode diminuir sintomas de diversas patologias.  E caso a pessoa já apresente sinais da doença, o exercício não deve ser evitado. Pelo contrário: Doenças e exercício físico podem coexistir.
Conheça algumas patologias que podem ser prevenidas e cuidadas com a prática de exercícios físicos, aliada à adoção de hábitos e um estilo de vida mais saudável:
    Diabetes: exercícios são de suma importância para diabéticos. Eles controlam os níveis de glicemia, estimulam a produção de insulina e facilitam o seu transporte para dentro das células, além de melhorar a condição cardiovascular. O aumento da gordura localizada, em especial na região abdominal, é uma das razões que levam ao quadro de rigidez a insulina. Sendo assim, uma das melhoras formas de se prevenir contra o diabetes é equilibrar uma alimentação adequada a prática regular de exercícios físicos. Uma ressalva: cuidado com os pés ao exercitar-se. Em muitas modalidades de exercícios físicos machucam-se os pés e o diabético deve precaver-se desse desconforto.
    Pressão Alta: Pessoas consideradas ” sedentárias” obrigam o coração a realizar um maior esforço, pois o músculo cardíaco necessita realizar mais pressão para que o sangue percorra o corpo todo, elevando a pressão arterial. A atividade física não só diminui a pressão, como ainda auxilia na prevenção contra o surgimento de outras patologias, uma vez que aumenta a resistência e capacidade cardiovascular.
    Doenças Cardiovasculares: A prevenção de doenças do coração já está incluída na lista de benefícios de exercícios físicos. Mas e se a doença já está instalada? Cardiologistas brasileiros e estrangeiros recomendam exercícios leves no período pré-cirúrgico para fortalecer musculatura e incrementar circulação periférica.
    Sempre busque seguir as indicações do médico, que vai sugerir qual o exercício mais indicado.
    Osteoporose: Os exercícios contribuem para a formação de massa óssea, pois previnem o desenvolvimento da osteoporose. A atividade física favorece a fixação de cálcio, o que é imprescindível para evitar a doença, visto que ela pode ser ocasionada pela progressiva descalcificação.
    Ansiedade: A ansiedade pode desencadear uma série de transtornos como: preocupação excessiva, medo, falta de controle, tensão permanente, dentre outros. Esses sintomas podem ser intensificados por conta do sedentarismo, pois ocorre uma interdição da produção de endorfina, neurotransmissores que propiciam uma sensação  de bem-estar.  As pessoas que praticam exercícios físicos conseguem conviver e lidar melhor com a ansiedade, e ganham mais produtividade.
    Alzheimer e Parkinson: Sem medicamentos que eliminem essas doenças de nossa existência, pesquisadores tem sugerido paliativo que garantam alguma qualidade de vida aos pacientes. “No caso das doenças do sistema nervoso central, como Alzheimer e Parkinson, a atividade física é benéfica porque protege o cérebro”, afirma o neurologista e pesquisador do Laboratório de Neurociências e Comportamento da Universidade de Brasília. “O exercício físico aumenta a produção de substâncias que atuam na proteção das células do cérebro, prolonga a vida dessas células e previne que elas entrem num processo de morte”, completa. Sabe-se que o exercício aeróbico favorece a conexão entre os neurônios, aumentando a capacidade de aprendizagem e adaptação. O mesmo ocorre quando o cérebro é estimulado com exercícios mentais, como jogos de estratégias e aprendizado de idiomas.
A prática de atividade física proporciona benefícios à composição corporal, saúde e a qualidade de vida. A magnitude das respostas aos exercícios parece estar associada com a interação de diferentes variáveis, como a natureza do estímulo, a duração e intensidade do esforço, o grau de treinamento e o estado nutricional do praticante. 

Lembrando que para sentir os efeitos e resultados, a prática de exercícios físicos deve ser aliada a hábitos saudáveis e uma alimentação adequada.
Fonte: adaptado do site Hora do Treino e Ativo

  •  Tênis de mesa: Identificar elementos técnicos, sistemas táticos individuais e coletivos.

HISTÓRIA DO TÊNIS DE MESA
O tênis de mesa teve a sua origem e desenvolvimento na Inglaterra durante a metade do século XIX, era praticado com um passatempo social (FPTM, 2006).
A criação do jogo foi atribuída aos oficiais do exército inglês que estavam a serviço na Índia e não conseguiam praticar seu esporte favorito – o tênis – por que o calor era muito intenso, resolveram adaptar o tênis para uma mesa onde podia ser jogado à sombra de árvores (UZORINAC, 2001).
As raquetes eram de madeira, papelão ou tripa animal, cobertas por lixas, cortiças, tecido ou borracha.
O TÊNIS DE MESA NO BRASIL
O início do esporte no Brasil deu-se por meio de turistas ingleses, que por volta de 1905 começaram a implantá-lo em São Paulo.
CARACTERÍSTICAS DO JOGO E OS MATERIAIS
Caracterizado como uma modalidade individual, de confronto, o Tênis de Mesa constitui uma modalidade que estimula uma grande autonomia do atleta para tomar decisões, criando caminhos alternativos em função de imprevistos que possam ocorrer durante o decorrer de uma partida.
As raquetes são classificadas de acordo com a sua velocidade em: madeiras do tipo defensivo (servem para controle); madeiras do tipo allround (misturam ataque e defesa) e madeiras de ataque que são de alta velocidade (CBTM, 2006).
As raquetes em competições devem ter duas cores, um lado preto e outro vermelho. Não é permitido jogar com o lado de madeira, sem borracha.
REGRAS BÁSICAS
A MESA:
Têm 2,74m de comprimento e 1,525mm de largura e 76cm de altura. Na cor escura e fosca, tendo uma linha branca de 2cm de largura em toda a sua volta. Para os jogos de duplas, ela é dividida em duas partes iguais por uma linha branca.
A REDE:
Estende-se por 15,25cm além das bordas laterais da mesa e tem 15,25cm de altura, devendo ser de cor escura e devem possuir a sua parte superior branca.
A BOLA:
Deve ser feita de celuloide ou plástico similar, nas cores branca ou laranja e fosca, pesar 2,7g e ter diâmetro de 40 mm.
                               
A RAQUETE:
a) O lado usado para bater na bola deve ser coberto com borracha tendo uma espessura máxima de 2mm à 4mm.
b) O lado não usado para bater na bola deve ser pintado de cor diferente da borracha devendo ser vermelho ou preto.
c) Não é permitido jogar com o lado de madeira.
                       
A PARTIDA:
Constitui-se de sets de 11 (onze) pontos. Pode ser jogada em qualquer número de sets ímpares. No caso de empate em 10 pontos, o vencedor será o que fizer 2 pontos consecutivos primeiro.
Na partida quando houver "negra" (2 a 2) ou (3 a 3), os atletas mudam de lado logo que um atleta consiga 05 pontos.
O SAQUE
1 - A bola deve ser lançada para cima (16cm no mínimo), da palma da mão livre na vertical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque primeiro no campo do sacador, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor. (NÃO É OBRIGATÓRIO O SAQUE CRUZADO NO TÊNIS DE MESA INDIVIDUAL !).
2 - O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária desta.
3 - Cada atleta tem direito a 2 (dois) saques, mudando sempre quando a soma dos pontos seja 2 (dois) ou seus múltiplos. Ex.: 2 a 2 = 4 = 6 a 6 = 12 
4 - Com o placar 10-10, a seqüência de sacar e receber deve ser a mesma, mas cada atleta deve produzir somente um saque até o final do jogo.
5 - O direito de sacar ou receber primeiro ou escolher o lado deve ser decidido por sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que começou a sacar no 1º set começará recebendo no 2º set e assim sucessivamente.
6 - O sacador deverá sacar e retirar o braço da mão livre da frente da bola de modo que nada esteja entre a bola e o adversário a não ser a rede e suportes.   
   
FALTAS:
A não ser que a partida sofra obstrução (não vale ponto), um atleta perde um ponto quando:
a) Errar o saque.
b) Errar a resposta.
c) Tocar na bola duas vezes consecutivas.
d) A bola tocar em seu campo duas vezes consecutivas.
e) Bater com o lado de madeira da raquete.
f) Movimentar a mesa de jogo.
g) Ele ou a raquete tocar a rede ou seus suportes.
h) Tocar a superfície da mesa durante a sequência.
JOGOS DE DUPLAS:
Valem as mesmas regras, sendo que:
a) O saque tem que ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do recebedor.
b) Cada atleta só pode bater uma vez na bola.
c) A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a sequência será natural:
Atleta A saca para o X
Atleta X saca para o B
Atleta B saca para o Y
Atleta Y saca para o A que, saca para o X e assim, sucessivamente, cada atleta vai dando 2 saques.
No empate 10-10, cada um só dá 1 saque por vez.
 FUNDAMENTOS DO TÊNIS DE MESA
Formas de empunhadura de raquete:
Os estilos de empunhadura de raquete são: o clássico (shakehand) e o caneteiro (penholder).
No estilo clássico, segura-se a raquete como se fosse cumprimentar alguém, esse estilo é caracterizado por permitir que se façam os golpes com os dois lados da raquete.
                  
No estilo caneteiro, os dedos polegar e indicador ficam na parte da frente da raquete e os outros na parte de trás, a raquete é segura como se fosse uma caneta (CBTM, 2006).     Neste estilo utiliza-se somente um lado da raquete, potencializando o uso do forehand.          
         
EFEITOS
São os tipos de rotações que se pode imprimir à bola através de borrachas com grande coeficiente de atrito.
Os três principais efeitos são:
Efeito para baixo (backspin) - para executar esse efeito, o jogador deve raspar a raquete na parte inferior da bola, de modo que, na hora do golpe, o movimento seja de cima para baixo (descendente);
Efeito para cima (topspin): para a execução desse efeito o jogador deve raspar a raquete na parte superior da bola de forma que na hora do golpe o movimento seja de baixo para cima (ascendente);
Efeito lateral (sidespin): para executar esse efeito o jogador deve raspar a raquete na parte lateral da bola podendo ser pelo lado esquerdo ou direito.
SAQUE
Para a realização do saque, a bola deve ser posicionada sobre a mão espalmada, de maneira que a bola não possa ser ocultada, e deverá ser golpeada em sua descendente.
GOLPES ESPECÍFICOS
O forehand é a batida realizada com a palma da mão direcionada para frente, com o movimento do antebraço em uma ascendente, saindo da linha de cintura em direção à cabeça, golpeando a bola em seu ponto mais alto.
 A batida de backhand ou shoto é realizada com a palma da mão voltada para trás.
O Smash é um movimento utilizado para finalizar um ponto.
Utiliza-se bastante força, pois a bola vem muito acima da rede e se faz uma transferência do peso do corpo de uma perna para a outra, além da rotação do tronco para o ataque à bola.
Existem outros movimentos que são variações, às vezes mais amplos ou curtos, com mais efeito ou menos, próximos ou distantes da mesa, como bloqueios, drive de velocidade, drive de efeito, slice ou “cozinhada”, mas todos se utilizam como base os movimentos acima citados.
CAPACIDADES MOTORAS NO TÊNIS DE MESA
Segundo TENGUAN (2006), “as capacidades motoras no tênis de mesa são: velocidade de reação, velocidade de movimento, orientação espacial, potência e resistência de potência”.
Velocidade
Sabemos que a velocidade dentro do tênis de mesa é de suma importância, pois relativamente, ela assume o papel de decidir o ponto ou disputá-lo insistentemente com maior precisão. Com uma velocidade bem treinada, o jogador pode associá-la aos efeitos de jogo.
Velocidade de reação
No tênis de mesa a velocidade de reação é um componente muito importante, pois é uma capacidade muito exigida do mesatenista, porque desde o início do rally o jogador se prepara para a recepção não se tem ideia se a bola virá longa, curta, com ou sem efeito, tornando o tempo de reação aliado à técnica fundamental para o desfecho da disputa.
Velocidade de movimento
Para TENGUAN (2006), “velocidade de movimento pode ser entendida como a capacidade de realizar movimentos únicos, acíclicos, com máxima velocidade contra pequenas resistências”.
Orientação espacial
O tênis de mesa é um esporte em que o atleta realiza muitos deslocamentos, transferindo o peso do corpo de uma perna para a outra com rotações do tronco, exigindo não somente muito equilíbrio, mas também uma grande percepção de tempo e espaço.
Segundo WEINECK (2003), “a capacidade de orientação espacial baseia-se sobretudo nos componentes coordenativos da capacidade de diferenciação cinestésica, da capacidade de orientação espacial e da capacidade de equilíbrio”.
Potência
Potência é compreendida como a capacidade do sistema neuromuscular de movimentar o corpo, braços e pernas com velocidade máxima contra determinada resistência (WEINECK, 2003).
No tênis de mesa faz-se necessária à potência para o desenvolvimento de quase todos os movimentos dentro de uma disputa de ponto, tanto nos deslocamentos, mas também nos golpes a força aliada à máxima velocidade que se tem que imprimir a bola (TENGUAM e TRICOLI, 2006).
MÉTODOS DE ENSINO APLICADOS AO TÊNIS DE MESA
O MÉTODO JAPONÊS
O método japonês é baseado na repetição, na disciplina, na técnica absolutamente correta, numa evolução lenta e gradual.
Este método se parece a uma linha de montagem de uma grande empresa nipônica. As crianças copiam e obedecem a tudo o que o treinador ordena. Assim, todos são muito parecidos quando executam seus golpes. As jogadas e estilos seguem a mesma tendência (CAMARGO; MARTINS, 1999).
Suas principais características são:
- Repetição.
- Disciplina Método Analítico.
- Tecnicista Repetitivo.
O MÉTODO ALEMÃO
Este é também um método de iniciação muito usado em todo o mundo. Baseia-se no desenvolvimento dos sentidos e coordenação das crianças. Segue um programa preestabelecido, rígido na parte técnica, mas os exercícios são variados, em forma de mini  competições e muita movimentação. Fisicamente as crianças são estimuladas a diferentes, ganhando uma boa consciência corporal (CAMARGO; MARTINS, 1999).
Apesar de seus pontos fortes nos aspectos de motivação e instrumentos pedagógicos, o método peca no seu aspecto técnico, já que limita muito a experimentação das crianças por ser demasiado rígido.
Suas principais características são:
- Desenvolvimento das capacidades coordenativas;
- Exercícios e tarefas variadas;
- Pequenos e grandes jogos;
- Muita movimentação.
O MÉTODO SUECO
Aproveitando-se das virtudes e dificuldades dos métodos anteriores, surge o método Sueco fundamentado em situações criativas e harmoniosas e que levaram os suecos a dominar o Tênis de Mesa mundial por vários anos.
Os professores estimulam seus alunos a variarem, e experimentarem as mais diversas situações técnicas e táticas, criando as chances necessárias para os jovens descobrirem seus próprios caminhos.
Suas características principais são:
- Criatividade; (liberdade de experimentação dos gestos técnicos)
- Desenvolvimento da percepção motora;