3º ANO 3º BIMESTRE: SEDENTARISMO E OBESIDADE
É a falta
ou a diminuição da atividade física. Na verdade, o conceito de uma pessoa
sedentária tem relação com a quantidade de calorias que ela gasta semanalmente,
seja em atividades esportivas ou nas tarefas do dia a dia. Para ser considerada
uma pessoa ativa é preciso queimar 2.200 calorias por semana, ou cerca de 300
calorias por dia.
Além de
atingir órgãos vitais como coração, rins, cérebro, entre outros, o sedentarismo
impacta diretamente na saúde dos músculos e ossos, que se tornam mais frágeis,
pois ficam sem uso, literalmente, atrofiando, perdendo a flexibilidade e
comprometendo a saúde como um todo.
Atividade
física x Exercício Físico
A
atividade física e o exercício físico não são a mesma coisa. Atividade física é
qualquer movimento do corpo que resulte em um aumento do gasto energético. Já o
exercício físico é uma ação planejada e estruturada, que pode utilizar
modalidades esportivas como dança, lutas, jogos, etc. Ambos promovem a queima
de calorias, porém em níveis diferentes.
Riscos do Sedentarismo
Todo
mundo sabe que a prática de exercícios físicos traz muitos benefícios à saúde.
Ficar sem se exercitar pode causar vários tipos de doenças, principalmente as
ligadas ao sistema cardiovascular.
Obesidade,
pressão alta, diabetes, aumento do colesterol, infarto, derrames, depressão,
doenças articulares, são alguns exemplos das doenças às quais o indivíduo
sedentário se expõe. O sedentarismo é considerado o principal fator de risco
para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou
indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças.
Doenças
associadas ao sedentarismo
- Obesidade
- Colesterol alto
- Diabetes
- Hipertensão arterial
- Infarto
- Asma
- Alguns tipos de câncer
- Distúrbios psicológicos
Sedentarismo e Obesidade
Segundo o
Ministério da Saúde, quase metade da população brasileira está acima do peso. A
obesidade é um grande fator de risco para saúde e eleva os níveis de gordura e
açúcar no sangue, assim como aumenta a pressão arterial.
Os obesos
também têm mais chances de ter problemas cardiovasculares, articulares, asma,
apneia, câncer e transtornos mentais. O sedentarismo aliado a uma dieta rica em
carboidratos, açúcar e gorduras contribui para aumentar os índices da
obesidade.
Eu sou
sedentário?
Você sabe
quantas calorias gasta por dia, por semana? E quantas calorias você consome por
meio da alimentação? O equilíbrio entre o consumo e o gasto é fundamental para
manter o peso. Porém, para ser considerado ativo ou sedentário você precisa
gastar 2.200 calorias, por semana, em atividades físicas. Nem adianta dizer que
você faz faxina na casa ou faz uma caminhada no final de semana. Isso não é
suficiente.
Como deixar de ser sedentário?
Para se
tornar ativo, a primeira regra é se conscientizar sobre a importância da
atividade física. Em seguida, planeje seu dia e encontre o melhor horário.
Pense também em escolher uma atividade que lhe dê prazer. Não adianta se
matricular na academia e parar de frequentar no primeiro mês. Persista! Depois
de um tempo, você irá sentir mais energia, inclusive para trabalhar. Dica
importante: além da persistência, a regularidade é fundamental.
Mudança
de hábitos
Saia da
sua zona de conforto, literalmente. Isso quer dizer que para aumentar o gasto
calórico, é preciso abrir mão de hábitos como usar o elevador para subir alguns
andares, dispensar a escada rolante, estacionar o carro em um local mais
distante do seu destino, ir ao supermercado ou à padaria a pé, etc.
Dicas
para começar:
- Antes de começar uma
atividade física é importante realizar uma avaliação médica, checar se a
saúde está em dia. Isso pode ser feito com um cardiologista ou com o
médico da empresa;
- Tão importante quanto o
exercício é a preparação do corpo. Pela manhã, ainda na cama, experimente
alongar seu corpo, espreguice, estique, alongue;
- Comece praticando a
atividade por 20 minutos, três vezes por semana, durante duas semanas. Na
terceira semana aumente para 30 minutos por dia, quatro vezes por semana.
Como complemento, faça exercícios com pesos leves e alongamento;
- Não adianta ser imediatista
quando o assunto é esporte. Os resultados ficam mais evidentes após três
meses;
- Use roupas e calçados
adequados, que proporcionem conforto e proteção ao mesmo tempo;
- A sudorese e a desidratação
constituem as principais causas de mal-estar durante o exercício, portanto
tenha em mãos uma garrafa de água. O importante é estar hidratado antes,
durante e após a prática de qualquer atividade física;
- Caso apresente qualquer
problema de saúde durante um exercício, procure orientação médica.
Benefícios de praticar atividades físicas
1-Perda
de peso
Apenas
fechar a boca para perder peso não é o suficiente. O exercício físico é
fundamental para ajudar na eliminação dos quilos a mais, assim como para manter
o peso. Por isso, faça exercícios regularmente para ficar de bem com a balança.
2- Longe
de doenças crônicas!
Engana-se
quem pensa que apenas os gordinhos sofrem de pressão alta, colesterol, etc. A
atividade física regular ajuda a prevenir várias doenças crônicas, diminui as
taxas do colesterol ruim, ajuda a controlar a pressão arterial e o diabetes
tipo 2. Além disso, melhora a circulação sanguínea, previne a osteoporose e
alguns tipos de câncer.
3-
Energia de super-herói
Quanto
mais ativo você é, mais ânimo e disposição você tem. A atividade física aumenta
a oferta de nutrientes e oxigênio no sangue, regulando o sistema
cardiovascular, que trabalha de maneira mais eficiente. A prática de um
exercício físico, como uma caminhada, por exemplo, também melhora a capacidade
pulmonar. Coração e pulmão trabalhando de forma mais eficaz aumentam a energia
e melhoram a sensação de bem-estar.
4- Rindo
à toa
O
exercício físico melhora o humor, ajuda a combater a depressão e a ansiedade.
Isso porque estimula várias substâncias químicas no cérebro, como a serotonina,
ligadas ao prazer e ao bem-estar. Uma simples caminhada, de 30 minutos, já
ajuda a relaxar e a descontrair. O importante é encontrar uma atividade física
que seja ideal para você. Dançar, lutar boxe, pilates, nadar, caminhar, jogar
bola, enfim, faça algo que você goste e logo irá perceber que está mais feliz e
de bem com a vida!
5. Sono
dos anjos
A insônia
é quase uma epidemia, principalmente nas grandes cidades. Dificuldades para
adormecer ou acordar várias vezes durante a noite são comuns. Praticar uma
atividade física pode fazer toda a diferença quando o assunto é insônia, afinal
nada como dormir bem para sentir-se novo no dia seguinte.
6- Vida
sexual mais ativa
Sabe
aquela energia de super-herói que a atividade física proporciona? Que tal
pensar que essa disposição também ajuda a melhorar a vida sexual? Isso porque a
atividade física nas mulheres pode levar ao aumento da excitação e nos homens
diminui a probabilidade do desenvolvimento da disfunção erétil.
7-
Diversão: dois em um
A atividade
física pode e deve ser divertida e prazerosa. A questão é encontrar o esporte
certo e não precisa ser nada sofisticado. Dançar, fazer caminhadas em parques
públicos, na vizinhança, brincar com as crianças, jogar bola com os amigos. Se
ficar entediado, tente algo novo. O que importa é praticar com regularidade e
obter satisfação. Bom para melhorar sua saúde e ainda para te deixar mais
feliz!
Atividades físicas para crianças
Praticar
atividades físicas é muito importante em qualquer idade. Com a modernidade, as
crianças estão deixando cada vez mais de realizar exercícios. Os jogos de vídeo
game e a televisão estão tomando conta do tempo dos pequenos, enquanto as
práticas esportivas ficam de fora, e com isso o sedentarismo começa a se
instalar desde cedo.
Durante a
infância, as crianças precisam se exercitar para ter um melhor desenvolvimento
físico e até psicológico. Por isso é muito importante incentivar as crianças a
praticarem algum esporte, desde que não seja de maneira obrigatória e sim como
uma atitude saudável e prazerosa.
Iniciar a
vida adulta com sobrepeso pode aumentar o risco de várias doenças. Assim, é
importante prevenir a obesidade e o sedentarismo desde a infância, por meio da
prática de atividades físicas e de uma alimentação saudável.
Perguntas e Respostas
1. Uma
pessoa magra e sedentária tem menos riscos de ter problemas no coração?
Não. Ser
magro nem sempre é sinônimo de saúde. Um indivíduo pode pesar menos, porém se
ele tiver o nível de colesterol ruim (LDL) elevado também tem chances de
desenvolver problemas cardíacos. O sedentarismo ajuda a aumentar esse número e
ainda a reduzir o nível de colesterol bom no sangue (HDL), o que é ruim para o
organismo.
2. Como
se tornar uma pessoa ativa?
Para
aqueles que têm a agenda lotada de compromissos, a dica é praticar uma
atividade física 30 minutos por dia, todos os dias da semana. Caminhar, andar
de bicicleta, usar as escadas, passear com o cachorro, brincar com as crianças,
etc. Para quem pode dedicar mais tempo, o ideal é praticar 60 minutos de
atividades, de 3 a 5 vezes por semana. Lembre-se: a prática esportiva deve ter
a sua cara: dançar, pedalar, nadar, jogar bola. Atualmente existem muitas
opções, para todos os públicos e gostos.
3. Qual
deve ser a medida dos exercícios para quem está iniciando?
Os
iniciantes devem fazer exercícios físicos leves, para que não haja uma
sobrecarga cardiovascular e nem muscular. O ideal é começar com práticas
aeróbicas, como caminhadas ou andar de bicicleta. A musculação pode ser
realizada já no início, desde que a carga também seja leve. É importante
ressaltar que é essencial fazer alongamentos antes e depois das atividades,
para evitar lesões musculares.
4. É
preciso ter orientação de um profissional para realizar atividades
físicas?
Sim. Toda
prática de exercícios deve ter um acompanhamento. Antes de começar, é
importante procurar um médico para realizar exames clínicos, como de sangue,
que avalia níveis de colesterol e triglicérides, teste ergométrico, para saber
se seu corpo está preparado para realizar atividades físicas, medição de
pressão arterial e teste de função pulmonar, que irá medir a resistência dos
seus pulmões.
Após ter
o resultado desses exames, o segundo passo é procurar um personal trainer ou um
profissional de academia. Somente eles estão aptos a recomendar os tipos de
exercícios ideais para você. Com a orientação correta, você irá evitar dores,
traumas e até lesões musculares que a prática de atividades físicas
desorientadas pode gerar. Até mesmo para uma simples caminhada, por exemplo, é
importante ter a orientação de um profissional.
3º ANO - 3º BIMESTRE: ATIVIDADES RÍTMICAS E A DANÇA
Introdução
As atividades rítmicas e a dança são conteúdos da Educação Física
escolar, uma vez que integram a cultura corporal de movimento. Assim, essas
práticas corporais possuem o mesmo grau de importância dos demais conteúdos
dessa disciplina.
No entanto, o que presenciamos geralmente, é que tais conteúdos são raramente
desenvolvidos no ambiente escolar e, quando são a ênfase consiste apenas nas
vivências de forma descompromissada.
Silva et al (2008, p. 37) apontam uma das possíveis razões para essa
realidade: “existe hoje uma grande carência do trabalho com o ritmo, por
exemplo, nas escolas, talvez por que a maioria dos professores desconheça o
sentido dessa palavra e as possibilidades de trabalho que podem ser
desenvolvidas através dela.” Marques (2007, p. 22), realça as análises dos
autores afirmando que: “na grande maioria dos casos, professores não sabem
exatamente o que, como ou até mesmo porque ensinar dança na escola.”
É nesse sentido, que acreditamos ser relevante destacar a importância das
atividades rítmicas e da dança, bem como, algumas possibilidades para a sua
inserção no contexto escolar. Conforme, ressalta Impolcetto et al (2007, p.
92):
Nas aulas de Educação Física escolar, a dança pode contribuir para a
construção de uma relação de cooperação e respeito, desempenhando um
importante papel, pois proporciona aos alunos a aquisição de elementos para
que estes possam estabelecer relações corporais críticas e construtivas com
diferentes maneiras de ver e sentir o corpo em movimento, relacionando-o com
sua realidade, assim como compreende-lo em diferentes épocas e culturas.
Contendo inúmeras possibilidades de ensino, a presença dessas práticas
corporais, se torna essencial para uma educação integral dos alunos. Isto
porque, por meio das atividades rítmicas e da dança, o aluno terá a
oportunidade de conhecer e vivenciar as diversas manifestações culturais,
nelas contidas. Segundo Verderi (2000, p. 33): “a verdadeira educação deve
formar o homem para a vida, devemos a nossos alunos formação de valores, de
metas.”
Por esta razão, enfatizamos a relevância das atividades rítmicas e da dança
na escola, sobretudo, no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, uma vez que nessa
faixa etária, é possível trabalhar as habilidades básicas dos alunos,
aperfeiçoando-as e, principalmente, permitindo, aos mesmos que desenvolvam sua
criatividade. Ou seja: “a dança na escola, associada à Educação Física,
deverá ter um papel fundamental enquanto atividade pedagógica e despertar no
alunado uma relação concreta sujeito-mundo” (VERDERI, 2000, p. 58).
Portanto, o objetivo desse trabalho é destacar a relevância das atividades
rítmicas e dança na escola, apresentando uma proposta de
sistematização/organização desses conteúdos para o primeiro ciclo do Ensino
Fundamental.
Revisão
da Literatura
O que
é atividade rítmica e dança?
Para compreendermos melhor a especificidade de tais conteúdos, se torna
relevante, conhecermos primeiramente, o conceito de ritmo e rítmica. Vale
destacar que, vários autores atribuem diferentes significados à palavra ritmo,
dos quais destacaremos alguns.
Nesse sentido, investigando o conceito da palavra ritmo, verificamos que, de
acordo com Camargo (1994, p. 23): “a palavra ritmo - em grego rhythmos-
significa ‘aquilo que se move, aquilo que flui’, o que nos leva a concluir
que todo movimento é ritmo em potencial.” Ou seja: “o ritmo e o movimento
se desenvolvem simultaneamente no tempo e no espaço. Desta forma, confirmamos
nossa consideração que o RITMO é MOVIMENTO, que o MOVIMENTO é RITMO [...]”
(TIBEAU, 2006, p. 55, grifo do autor).
Isto deixa claro que, o ritmo é algo inerente à vida humana. Para Tibeau
(2006, p. 56):
Todo o ser humano é dotado de ritmo, que se manifesta antes mesmo do
nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e
pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por
isso, o ritmo é considerado o elemento da música que está mais associado ao
movimento, às ações motrícias do Homem.
É por esta razão que, o ritmo atua nos aspectos cognitivos, afetivos e sociais
do ser humano (CAMARGO, 1994).
Conforme observamos, há inúmeras definições para a palavra ritmo, de forma
que concluímos, com as análises feitas por Verderi (2000, p.53), na qual
define o ritmo da seguinte maneira:
O ritmo faz parte de tudo o que existe no universo, é um impulso, o estímulo
que caracteriza a vida. Ele se faz presente na natureza, na vida humana,
animal e vegetal, nas funções orgânicas do homem, em suas manifestações
corporais, na expressão interior exteriorizada pelo gesto, no movimento,
qualquer que seja ele.
Já em relação à rítmica, esta foi desenvolvida pelo compositor e pedagogo
suíço Emile Jacques Dalcroze (1865-1950), segundo Tibeau (2006). De acordo com
Camargo (1994, p. 77): “[...] a ‘Rítmica’ é um método de educação
global, baseado no ritmo musical, vivido de forma corpóreo-sensorial pelo
indivíduo”.
O método foi desenvolvido, uma vez que Dalcroze notou vários problemas de
educação musical, apresentado pelos seus alunos musicistas, como também por
músicos profissionais, de forma que buscou meios capazes de amenizar tal
situação (CAMARGO, 1994). Ainda, segundo a autora: “Dalcroze organizou o seu
método, visando à integração das faculdades físicas e mentais do ser
humano, potencializando-as no tempo e no espaço, através da música”
(CAMARGO, 1994, p. 77).
Nisso, o método de Dalcroze, segundo Bourcier (1987, p. 291-292), se refere à:
[...], uma educação psicomotora com base na repetição de ritmos, criadora
de reflexos, na progressão da complexidade e da sobreposição de ritmos, na
decifração corporal, na sucessão do movimento: a música suscita no
cérebro uma imagem que, por sua vez, impulsiona o movimento, que se torna
expressivo caso a música tenha sido captada corretamente. As conseqüências
pedagógicas são o desenvolvimento do sentido musical em todo o ser-
sensibilidade, inteligência, corpo-, que fornece uma ordem interior que, por
sua vez, comanda o equilíbrio psíquico.
Com isso, nota-se que a rítmica é uma forma de expressão corporal, por meio
da música. Assim, as atividades rítmicas podem ser definidas, segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 71) como:
[...] as manifestações da cultural corporal que têm como característica
comum a intenção explícita de expressão e comunicação por meio dos
gestos na presença de ritmos, sons e da música na construção da expressão
corporal. Trata-se especificamente das danças, mímicas e brincadeiras
cantadas. Nessas atividades rítmicas e expressivas encontram-se mais
subsídios para enriquecer o processo de informação e formação dos
códigos corporais de comunicação dos indivíduos e do grupo.
Ou seja, são atividades que visam trabalhar a expressão corporal, tendo como
base, a música, bem como, a dança, que também é uma forma de comunicação.
Seguindo nessa perspectiva, no que se refere à dança, Gaspari (2005), destaca
que, a dança é uma forma de comunicação, considerada a mais antiga, visto
que, desde os tempos primitivos, os homens já a utilizava para expressar seus
sentimentos e desejos, levando Garaudy (1980, p. 13), afirmar que: “a dança
é um modo de existir”. Soares e Madureira (2005, p. 85), ressaltam ainda que,
a dança “[...] é uma experiência da beleza onde os corpos são múltiplos,
conscientes da própria materialidade e sensíveis à expressividade do outro”.
Em suma, as atividades rítmicas e a dança são elementos integrantes da
cultura, da qual devem ser resgatadas e valorizadas, pois, são inerentes à
vida humana.
Por
que é importante aprender atividades rítmicas e dança na escola?
As atividades rítmicas e a dança pertencem à cultura corporal, devendo ser
desenvolvidas nas aulas de Educação Física escolar, de forma coerente e
dinâmica. De acordo com Verderi (2000), a Educação Física é uma disciplina
que trabalha diretamente com o movimento humano.
O que me arrisco afirmar é que existe a necessidade latente da Educação
Física entender melhor a especificidade de tal conteúdo, refletindo e
discutindo os meandros ao qual as atividades rítmicas estão inseridas
tentando apontar para suas possibilidades de usos e recursos na tentativa de
desenvolver aprendizados que sejam realmente relevantes, interessantes e
prazerosos para nossos alunos e alunas (JESUS, 2008, p.23).
Realidade essa, também destacada por Ehrenberg e Gallardo (2005, p. 114), em
relação à dança:
A dança, como outras manifestações da cultura corporal, é capaz de inserir
o seu aluno ao mundo em que vive de forma crítica e reconhecendo-se como
agente de possível transformação, mas, para tal é necessário não apenas
contemplar estes conteúdos e sim identificá-los, vivenciá-los e
interpretá-los corporalmente.
Fica evidente que, as atividades rítmicas e a dança, são conteúdos ricos,
capazes de contemplar diversas finalidades no processo de ensino e aprendizagem
dos alunos. Segundo Gaspari (2000, p. 199), “tal prática corporal pode estar
na escola de acordo com os pressupostos educacionais e ser adaptada conforme as
necessidades e características do contexto escolar”. É nesse sentido que,
Verderi (2000) enfatiza que a atual Educação Física deve permitir que, os
alunos participem ativamente das aulas, considerando as suas próprias
percepções.
De acordo com Jesus (2008), a relevância das atividades rítmicas está pautada
nos aspectos comunicativos e expressivos do ser humano, pois, por meio desse
conteúdo, é possível não apenas compreender, mas também produzir códigos
corporais de comunicação. Paralelamente, é possível desenvolver a
criatividade dos alunos e, principalmente, a interação. Isto porque, por meio
da dança, é plausível trabalhar a socialização, tornando o aluno mais
comunicativo, e mais confiante em suas ações, garantindo, assim, uma
aprendizagem positiva (SILVA; JÚLIO; PAIXÃO, 2010).
Dessa maneira, as atividades rítmicas e a dança na escola, são conteúdos
essenciais para o desenvolvimento dos alunos (SILVA et al, 2008). Outro aspecto
que justifica a importância dessas práticas corporais na escola é o fato de
poder discutir nas aulas, questões relacionadas ao gênero. Segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 42), devemos “[...] atuar
concretamente contra o preconceito expresso na falsa idéia de que ‘homem não
dança’, cultivando as possibilidades de expressão masculina nas atividades
rítmicas e expressivas”. Isto significa que, ao vivenciar estas práticas
corporais, o aluno terá a oportunidade de se posicionar de forma mais crítica
perante as informações que lhe são apresentadas.
Sem contar que, ao adquirir uma postura crítica, o aluno além de conhecer as
atividades rítmicas e a dança, certamente, também irá valorizar outras
culturas além da sua própria. De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998), no nosso
país, nos deparamos com diversas manifestações culturais, inseridas,
sobretudo, nas danças, visto que são as danças que caracterizam a cultura de
diferentes regiões.
Contudo, essas são algumas razões que justificam a relevância desses
conteúdos nas aulas de Educação Física. Assim, cabe ao professor
analisá-las e contextualizá-las de acordo com a realidade em que os seus
alunos estão inseridos.
Como
as atividades rítmicas e a dança podem ser classificadas?
As atividades rítmicas e a dança, enquanto conteúdos da Educação Física
escolar, apresentam suas especificidades, uma vez que são práticas que
destacam a diversidade cultural de várias regiões (BRASIL, 1997). Nesse
sentido, entendemos que as atividades rítmicas no espaço escolar, podem ser
classificadas da seguinte maneira:
-
Percussão
corporal: produção de sons com o
corpo.
-
Exercícios
rítmicos com a utilização de materiais: como pular corda; atividades
que envolvam a utilização de materiais como bolas, bastões, entre outras.
-
Brincadeiras
cantadas: que são maneiras de brincar
com o corpo, a partir da relação entre movimento corporal e expressão
vocal, sejam na forma de músicas, frases, palavras ou sílabas ritmadas.
Além disso, envolvem musicalidade, dança, dramatização, mímica e jogos,
podendo, ser caracterizadas como formas de expressão do corpo que integram a
cultura popular (LARA; PIMENTEL; RIBEIRO, 2005), como rodas cantadas ou
cirandas, parlendas, acalantos, brincadeiras de mãos, as quais serão
tratadas a seguir.
As brincadeiras de roda são aquelas desenvolvidas em círculo, de forma que as
crianças segurando na mão uma das outras, cantam todas juntas cantigas de roda
(FARIAS, 2001). Em relação às Parlendas, Silva et al (2008, p.38), destacam
que: “elas compõem um conjunto de palavras de arrumação rítmica que podem
rimar ou não, podem ser acompanhadas de atividades como jogo, brincadeira e
expressão corporal, que são atividades próprias da Educação Física”.
No caso dos Acalantos, essas são melodias simples e meigas, podendo apresentar
em seu texto figuras que provoquem medo, além de possuírem outra
característica, como o uso do canto em boca chiusa, ou seja, cantar com a boca
fechada, favorecendo certa monotonia para fazer a criança dormir (FERNANDES,
2005).
Brincadeiras de mãos são atividades desenvolvidas com canto e gestos com as
mãos, nas quais pode haver contato entre os participantes ou não, como, por
exemplo, a adoleta (A-do-le-tá/ Le-pe-ti Pe-ti-pe-tá/ Le café com chocolá/
A-do-le-tá) que pode ser feita em grupo ou em duplas.
No que se refere à dança, constatamos que existe um vasto leque de
possibilidades, de modo que utilizaremos a classificação realizada por
Gallardo (Não paginado
- 2003), que classificou as danças segundo a origem de cada uma:
-
Ancestrais, originárias ou autóctones: são aquelas danças
praticadas antes da conquista espanhola ou portuguesa, e que apesar das
proibições ainda se encontram alguns vestígios delas.
-
Tradicionais ou Folclóricas: são as danças que representam a
cultura particular de uma região, podendo ter traços das danças
ancestrais, e podem - pela miscigenação de culturas - ser adaptações de
danças originárias dos países que nos conquistaram ou colonizaram. Elas
podem eventualmente tornar-se populares.
-
Populares: são as danças que estão sendo veiculadas pelos meios de
comunicação e praticadas pela comunidade. Algumas delas permanecem em
atualidade, chegando a incorporar-se ao grupo das danças tradicionais ou
folclóricas.
-
Clássicas ou Eruditas: são as danças que precisam de todo um
processo de aprendizagem sistematizado, dado a sua complexidade e por serem
em sua essência habilidades motoras altamente estruturadas (aquelas
habilidades que se originam de estudos biomecânicos e devem ser
incorporadas ou internalizadas para serem eficientes na prática da
modalidade aos quais os modelos pertencem. Exemplos a ginástica artística,
saltos ornamentais, entre outras).
Em
síntese, diante da classificação ora apresentada pelo autor, destacamos que
para o presente estudo, selecionamos as danças classificadas como Tradicionais
e Populares, uma vez que são danças passíveis de adaptações para a sua
inserção no contexto escolar.
O que
ensinar e o que os alunos devem saber sobre atividade rítmica e a dança?
As
atividades rítmicas e a dança, assim, como os demais conteúdos da Educação
Física, possuem uma ampla gama de conhecimentos. São inúmeras, as
possibilidades de ensino que esses conteúdos oferecem, de modo que devem ser
desenvolvidos de forma coerente no ambiente escolar.
Basicamente,
todo trabalho pedagógico deve considerar primordialmente, o processo de ensino
e aprendizagem dos alunos. Para tanto, não basta apenas desenvolver os
conteúdos nas aulas, é necessário contextualizá-los, isto é, aproximá-los
do contexto do qual os alunos estão inseridos. Segundo Darido (2005, p. 68):
“[...] dentro de uma perspectiva de Educação e também de Educação
Física, seria fundamental considerar, os procedimentos, fatos, conceitos, as
atitudes e os valores como conteúdos, todos no mesmo nível de importância”.
É
nessa perspectiva, que destacamos alguns pontos relevantes das atividades
rítmicas e da dança, das quais selecionamos neste estudo, para serem
desenvolvidos nas dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e
atitudinal.
-
Dimensão conceitual - trabalhar a história das danças: Samba de Roda, Dança
do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. O conceito da palavra ritmo, bem como,
a sua importância, uma vez que se trata de algo onipresente. Além disso,
refletir sobre a questão do gênero e da pluralidade cultural nas atividades
rítmicas, sobretudo, nas danças.
-
Dimensão procedimental- vivenciar as atividades rítmicas que envolvam
percussão corporal, exercícios rítmicos com a utilização de materiais e
brincadeiras cantadas e danças das regiões brasileiras, tais como: Samba de
Roda, Dança do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. Desenvolver atividades
práticas, que permitem aos alunos a oportunidade de expressarem sua
criatividade e autonomia, por meio dessas práticas corporais.
-
Dimensão atitudinal- fazer com que aula, se torne um ambiente, em que o
respeito mútuo, a cooperação e a solidariedade, prevaleçam em todos os
momentos.
Com
isso, percebemos que dada à relevância desses conteúdos, é necessário que
os mesmos sejam trabalhados nas suas dimensões, buscando garantir aos alunos,
uma aprendizagem significativa.
Possibilidades
para sistematização das atividades rítmicas e dança
A
seguir, apresentamos uma proposta para sistematização/organização das
atividades rítmicas e da dança, para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental,
que foi elaborada a partir da nossa experiência no ambiente escolar, bem como,
por meio de estudos e pesquisas no grupo de estudos LETPEF (Laboratório de
Estudos e Trabalhos Pedagógicos em Educação Física), na qual procuramos
contemplar, as atividades rítmicas e as danças mais apropriadas para cada
faixa etária, como também sugestões de números de aulas, as quais
acreditamos serem suficientes para cada tema proposto.
Dado o
exposto, o foco da nossa proposta é resgatar por meio das atividades rítmicas
e das danças, algumas das manifestações culturais presentes no nosso país.
Para tanto, conforme destacado anteriormente, sugerimos trabalhar com algumas
danças Tradicionais e Populares que ressaltam a diversidade cultural das
cinco regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
Quadro
1. Proposta de sistematização da atividade rítmica e dança nas séries
iniciais do Ensino Fundamental
Com
base nas informações ora apresentadas, destacamos que a escolha dos conteúdos
para o 1º ano, se justifica, levando em consideração o nível de
desenvolvimento do aluno nesta faixa etária. Procuramos incluir atividades de
baixo nível de organização, com poucas regras e o gosto pela música, as
quais prendem a atenção dos mesmos, além de tornarem a aula mais agradável e
participativa. Além disso, sugerimos trabalhar com cantigas de roda, utilizando
alguns aspectos relevantes, tais como: dramatização, coreografias simples,
incluindo a percussão corporal. Seguindo a preferência dos alunos dessa faixa
etária, por músicas, recomendamos, então, os jogos cantados em círculo como,
por exemplo, Corre Cotia.
Pensando
em trabalhar nas aulas, a interação entre os alunos por meio da dança,
destacamos o Samba de Roda (Região Nordeste), para o contexto escolar, visto
que por meio dessa dança, podemos trabalhar a inclusão de todos na aula, uma
vez que o importante não é o fato que todos “saibam sambar”, e sim, que
todos igualmente possam participar. Sem contar que, o Samba de Roda no 1º ano,
possibilita trabalhar a expressão corporal dos alunos, pelo fato de que nesta
faixa etária, os alunos ainda não demonstram muita vergonha, expressando-se,
com mais facilidade, do que no 5º ano, por exemplo.
Visando
a continuidade do trabalho com as atividades rítmicas, no 2º ano, optamos em
escolher atividades que têm maior grau de complexidade. Isto porque, tendo em
vista, a participação dos alunos, propomos a utilização de materiais, como
cordas, bambolês, bastões e bolas, para acompanhar o ritmo das músicas. Já
em relação à Dança do Pezinho (Região Sul), ressaltamos esta, dada as suas
características: fácil interpretação, ritmo lento, permitindo ser
acompanhada por todos os alunos nesta faixa etária.
Ainda
no 3º ano, propomos a continuidade dos exercícios rítmicos e das brincadeiras
cantadas, no entanto, utilizando agora cordas de tamanhos maiores, visando o
trabalho em grupo, tanto nos exercícios rítmicos, como também as parlendas.
Sugerimos ainda que, as cantigas de roda sejam trabalhadas com chocalho. A
dança popular Quadrilha (Região Nordeste), foi inserida nesta série porque,
geralmente, trabalha-se com essa dança na escola. Porém, é possível
constatar que, nem sempre ela é desenvolvida nas dimensões do conteúdo, de
modo que é apenas praticada, não permitindo ao aluno, entender o porquê de
ser dançada na época da Festa Junina, entre outros aspectos. Assim, inserimos
essa dança no 3º ano, pois, é a partir daí que, os alunos começam a
dançá-la nas festas com mais autonomia.
No 4º
ano, realçamos o trabalho com as brincadeiras cantadas, por meio de cantigas
já vivenciadas nos anos anteriores. Entretanto, utilizaremos bastões para
desenvolver a Cantiga Escravos de Jô, mas diferentemente da proposta do 2º
ano, pois, quem se move são as crianças. Já a opção pela dança Catira
(Regiões Sudeste e Centro Oeste), é devido a sua possibilidade de refletir com
os alunos, a importância da participação de todos nessa dança, na qual cada
dançarino desempenha um papel fundamental. Além disso, podemos debater
questões relacionadas ao gênero, uma vez que a participação das mulheres na
Catira é algo recente, uma vez que era praticada apenas por homens.
Por
conseguinte, no 5º ano, consideramos os exercícios rítmicos com materiais,
utilizando duas cordas, assim, estaremos resgatando a atividade com corda do 3º
ano e incluindo mais uma, isto é, um desafio que estimula os alunos. O que não
nos impede, de primeiro revisar as atividades já realizadas no 3º ano, para
então, iniciarmos as atividades com salto com cordas duplas, conhecido como Double
Dutch. Dessa maneira, a Dança do Carimbó (Região Norte), se efetiva como
um tema relevante, pelo fato de ter passos característicos, ou seja, não
implica que, os alunos tenham que se expressar livremente como no Samba de Roda
(incluído no 1º ano), pois, nesta faixa etária, é comum os alunos sentirem
mais vergonha perante a turma. Levantaremos a discussão acerca da pluralidade
cultural na dança, uma vez que diferentes culturas a influenciaram como, por
exemplo, as culturas: indígena, africana e lusitana.
Considerações
finais
Com
base na literatura pesquisada, consideramos que, as atividades rítmicas e a
dança, enquanto conteúdos da Educação Física escolar, possuem um vasto
repertório de conhecimentos a serem desenvolvidos no contexto escolar, capazes
de contribuir significativamente para o desenvolvimento dos alunos.
Além
disso, essas práticas corporais contêm uma rica diversidade cultural, da qual
destaca a cultura de diversas regiões. Ao inseri-las nas aulas de Educação
Física, estes conteúdos, certamente, contribuirão para o resgate, bem como,
para a valorização dessas manifestações culturais, possibilitando, os alunos
reconhecerem que, esses conteúdos são tão interessantes quanto os demais já
vivenciados por eles.
Por
esta razão, concluímos que, as atividades rítmicas e a dança, devem fazer
parte do cotidiano escolar, assim, como os jogos e os esportes já se encontram.
Por serem passíveis de adaptações, para qualquer realidade escolar, isso
reforça, ainda mais, a relevância dessas práticas corporais na escola.
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2º BIMESTRE 2020
3º ANO
3º ANO 3º BIMESTRE: SEDENTARISMO E OBESIDADE
É a falta
ou a diminuição da atividade física. Na verdade, o conceito de uma pessoa
sedentária tem relação com a quantidade de calorias que ela gasta semanalmente,
seja em atividades esportivas ou nas tarefas do dia a dia. Para ser considerada
uma pessoa ativa é preciso queimar 2.200 calorias por semana, ou cerca de 300
calorias por dia.
Além de atingir órgãos vitais como coração, rins, cérebro, entre outros, o sedentarismo impacta diretamente na saúde dos músculos e ossos, que se tornam mais frágeis, pois ficam sem uso, literalmente, atrofiando, perdendo a flexibilidade e comprometendo a saúde como um todo.
Além de atingir órgãos vitais como coração, rins, cérebro, entre outros, o sedentarismo impacta diretamente na saúde dos músculos e ossos, que se tornam mais frágeis, pois ficam sem uso, literalmente, atrofiando, perdendo a flexibilidade e comprometendo a saúde como um todo.
Atividade
física x Exercício Físico
A
atividade física e o exercício físico não são a mesma coisa. Atividade física é
qualquer movimento do corpo que resulte em um aumento do gasto energético. Já o
exercício físico é uma ação planejada e estruturada, que pode utilizar
modalidades esportivas como dança, lutas, jogos, etc. Ambos promovem a queima
de calorias, porém em níveis diferentes.
Riscos do Sedentarismo
Todo
mundo sabe que a prática de exercícios físicos traz muitos benefícios à saúde.
Ficar sem se exercitar pode causar vários tipos de doenças, principalmente as
ligadas ao sistema cardiovascular.
Obesidade,
pressão alta, diabetes, aumento do colesterol, infarto, derrames, depressão,
doenças articulares, são alguns exemplos das doenças às quais o indivíduo
sedentário se expõe. O sedentarismo é considerado o principal fator de risco
para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou
indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças.
Doenças
associadas ao sedentarismo
- Obesidade
- Colesterol alto
- Diabetes
- Hipertensão arterial
- Infarto
- Asma
- Alguns tipos de câncer
- Distúrbios psicológicos
Sedentarismo e Obesidade
Segundo o
Ministério da Saúde, quase metade da população brasileira está acima do peso. A
obesidade é um grande fator de risco para saúde e eleva os níveis de gordura e
açúcar no sangue, assim como aumenta a pressão arterial.
Os obesos
também têm mais chances de ter problemas cardiovasculares, articulares, asma,
apneia, câncer e transtornos mentais. O sedentarismo aliado a uma dieta rica em
carboidratos, açúcar e gorduras contribui para aumentar os índices da
obesidade.
Eu sou
sedentário?
Você sabe
quantas calorias gasta por dia, por semana? E quantas calorias você consome por
meio da alimentação? O equilíbrio entre o consumo e o gasto é fundamental para
manter o peso. Porém, para ser considerado ativo ou sedentário você precisa
gastar 2.200 calorias, por semana, em atividades físicas. Nem adianta dizer que
você faz faxina na casa ou faz uma caminhada no final de semana. Isso não é
suficiente.
Como deixar de ser sedentário?
Para se
tornar ativo, a primeira regra é se conscientizar sobre a importância da
atividade física. Em seguida, planeje seu dia e encontre o melhor horário.
Pense também em escolher uma atividade que lhe dê prazer. Não adianta se
matricular na academia e parar de frequentar no primeiro mês. Persista! Depois
de um tempo, você irá sentir mais energia, inclusive para trabalhar. Dica
importante: além da persistência, a regularidade é fundamental.
Mudança de hábitos
Saia da sua zona de conforto, literalmente. Isso quer dizer que para aumentar o gasto calórico, é preciso abrir mão de hábitos como usar o elevador para subir alguns andares, dispensar a escada rolante, estacionar o carro em um local mais distante do seu destino, ir ao supermercado ou à padaria a pé, etc.
Dicas
para começar:
- Antes de começar uma atividade física é importante realizar uma avaliação médica, checar se a saúde está em dia. Isso pode ser feito com um cardiologista ou com o médico da empresa;
- Tão importante quanto o exercício é a preparação do corpo. Pela manhã, ainda na cama, experimente alongar seu corpo, espreguice, estique, alongue;
- Comece praticando a atividade por 20 minutos, três vezes por semana, durante duas semanas. Na terceira semana aumente para 30 minutos por dia, quatro vezes por semana. Como complemento, faça exercícios com pesos leves e alongamento;
- Não adianta ser imediatista quando o assunto é esporte. Os resultados ficam mais evidentes após três meses;
- Use roupas e calçados adequados, que proporcionem conforto e proteção ao mesmo tempo;
- A sudorese e a desidratação constituem as principais causas de mal-estar durante o exercício, portanto tenha em mãos uma garrafa de água. O importante é estar hidratado antes, durante e após a prática de qualquer atividade física;
- Caso apresente qualquer problema de saúde durante um exercício, procure orientação médica.
Benefícios de praticar atividades físicas
1-Perda
de peso
Apenas
fechar a boca para perder peso não é o suficiente. O exercício físico é
fundamental para ajudar na eliminação dos quilos a mais, assim como para manter
o peso. Por isso, faça exercícios regularmente para ficar de bem com a balança.
2- Longe
de doenças crônicas!
Engana-se
quem pensa que apenas os gordinhos sofrem de pressão alta, colesterol, etc. A
atividade física regular ajuda a prevenir várias doenças crônicas, diminui as
taxas do colesterol ruim, ajuda a controlar a pressão arterial e o diabetes
tipo 2. Além disso, melhora a circulação sanguínea, previne a osteoporose e
alguns tipos de câncer.
3-
Energia de super-herói
Quanto
mais ativo você é, mais ânimo e disposição você tem. A atividade física aumenta
a oferta de nutrientes e oxigênio no sangue, regulando o sistema
cardiovascular, que trabalha de maneira mais eficiente. A prática de um
exercício físico, como uma caminhada, por exemplo, também melhora a capacidade
pulmonar. Coração e pulmão trabalhando de forma mais eficaz aumentam a energia
e melhoram a sensação de bem-estar.
4- Rindo
à toa
O
exercício físico melhora o humor, ajuda a combater a depressão e a ansiedade.
Isso porque estimula várias substâncias químicas no cérebro, como a serotonina,
ligadas ao prazer e ao bem-estar. Uma simples caminhada, de 30 minutos, já
ajuda a relaxar e a descontrair. O importante é encontrar uma atividade física
que seja ideal para você. Dançar, lutar boxe, pilates, nadar, caminhar, jogar
bola, enfim, faça algo que você goste e logo irá perceber que está mais feliz e
de bem com a vida!
5. Sono
dos anjos
A insônia
é quase uma epidemia, principalmente nas grandes cidades. Dificuldades para
adormecer ou acordar várias vezes durante a noite são comuns. Praticar uma
atividade física pode fazer toda a diferença quando o assunto é insônia, afinal
nada como dormir bem para sentir-se novo no dia seguinte.
6- Vida
sexual mais ativa
Sabe
aquela energia de super-herói que a atividade física proporciona? Que tal
pensar que essa disposição também ajuda a melhorar a vida sexual? Isso porque a
atividade física nas mulheres pode levar ao aumento da excitação e nos homens
diminui a probabilidade do desenvolvimento da disfunção erétil.
7- Diversão: dois em um
A atividade
física pode e deve ser divertida e prazerosa. A questão é encontrar o esporte
certo e não precisa ser nada sofisticado. Dançar, fazer caminhadas em parques
públicos, na vizinhança, brincar com as crianças, jogar bola com os amigos. Se
ficar entediado, tente algo novo. O que importa é praticar com regularidade e
obter satisfação. Bom para melhorar sua saúde e ainda para te deixar mais
feliz!
Atividades físicas para crianças
Praticar
atividades físicas é muito importante em qualquer idade. Com a modernidade, as
crianças estão deixando cada vez mais de realizar exercícios. Os jogos de vídeo
game e a televisão estão tomando conta do tempo dos pequenos, enquanto as
práticas esportivas ficam de fora, e com isso o sedentarismo começa a se
instalar desde cedo.
Durante a
infância, as crianças precisam se exercitar para ter um melhor desenvolvimento
físico e até psicológico. Por isso é muito importante incentivar as crianças a
praticarem algum esporte, desde que não seja de maneira obrigatória e sim como
uma atitude saudável e prazerosa.
Iniciar a
vida adulta com sobrepeso pode aumentar o risco de várias doenças. Assim, é
importante prevenir a obesidade e o sedentarismo desde a infância, por meio da
prática de atividades físicas e de uma alimentação saudável.
Perguntas e Respostas
1. Uma
pessoa magra e sedentária tem menos riscos de ter problemas no coração?
Não. Ser
magro nem sempre é sinônimo de saúde. Um indivíduo pode pesar menos, porém se
ele tiver o nível de colesterol ruim (LDL) elevado também tem chances de
desenvolver problemas cardíacos. O sedentarismo ajuda a aumentar esse número e
ainda a reduzir o nível de colesterol bom no sangue (HDL), o que é ruim para o
organismo.
2. Como
se tornar uma pessoa ativa?
Para
aqueles que têm a agenda lotada de compromissos, a dica é praticar uma
atividade física 30 minutos por dia, todos os dias da semana. Caminhar, andar
de bicicleta, usar as escadas, passear com o cachorro, brincar com as crianças,
etc. Para quem pode dedicar mais tempo, o ideal é praticar 60 minutos de
atividades, de 3 a 5 vezes por semana. Lembre-se: a prática esportiva deve ter
a sua cara: dançar, pedalar, nadar, jogar bola. Atualmente existem muitas
opções, para todos os públicos e gostos.
3. Qual
deve ser a medida dos exercícios para quem está iniciando?
Os
iniciantes devem fazer exercícios físicos leves, para que não haja uma
sobrecarga cardiovascular e nem muscular. O ideal é começar com práticas
aeróbicas, como caminhadas ou andar de bicicleta. A musculação pode ser
realizada já no início, desde que a carga também seja leve. É importante
ressaltar que é essencial fazer alongamentos antes e depois das atividades,
para evitar lesões musculares.
4. É
preciso ter orientação de um profissional para realizar atividades
físicas?
Sim. Toda
prática de exercícios deve ter um acompanhamento. Antes de começar, é
importante procurar um médico para realizar exames clínicos, como de sangue,
que avalia níveis de colesterol e triglicérides, teste ergométrico, para saber
se seu corpo está preparado para realizar atividades físicas, medição de
pressão arterial e teste de função pulmonar, que irá medir a resistência dos
seus pulmões.
Após ter
o resultado desses exames, o segundo passo é procurar um personal trainer ou um
profissional de academia. Somente eles estão aptos a recomendar os tipos de
exercícios ideais para você. Com a orientação correta, você irá evitar dores,
traumas e até lesões musculares que a prática de atividades físicas
desorientadas pode gerar. Até mesmo para uma simples caminhada, por exemplo, é
importante ter a orientação de um profissional.
Introdução
As atividades rítmicas e a dança são conteúdos da Educação Física
escolar, uma vez que integram a cultura corporal de movimento. Assim, essas
práticas corporais possuem o mesmo grau de importância dos demais conteúdos
dessa disciplina.
No entanto, o que presenciamos geralmente, é que tais conteúdos são raramente
desenvolvidos no ambiente escolar e, quando são a ênfase consiste apenas nas
vivências de forma descompromissada.
Silva et al (2008, p. 37) apontam uma das possíveis razões para essa
realidade: “existe hoje uma grande carência do trabalho com o ritmo, por
exemplo, nas escolas, talvez por que a maioria dos professores desconheça o
sentido dessa palavra e as possibilidades de trabalho que podem ser
desenvolvidas através dela.” Marques (2007, p. 22), realça as análises dos
autores afirmando que: “na grande maioria dos casos, professores não sabem
exatamente o que, como ou até mesmo porque ensinar dança na escola.”
É nesse sentido, que acreditamos ser relevante destacar a importância das
atividades rítmicas e da dança, bem como, algumas possibilidades para a sua
inserção no contexto escolar. Conforme, ressalta Impolcetto et al (2007, p.
92):
Nas aulas de Educação Física escolar, a dança pode contribuir para a construção de uma relação de cooperação e respeito, desempenhando um importante papel, pois proporciona aos alunos a aquisição de elementos para que estes possam estabelecer relações corporais críticas e construtivas com diferentes maneiras de ver e sentir o corpo em movimento, relacionando-o com sua realidade, assim como compreende-lo em diferentes épocas e culturas.
Contendo inúmeras possibilidades de ensino, a presença dessas práticas
corporais, se torna essencial para uma educação integral dos alunos. Isto
porque, por meio das atividades rítmicas e da dança, o aluno terá a
oportunidade de conhecer e vivenciar as diversas manifestações culturais,
nelas contidas. Segundo Verderi (2000, p. 33): “a verdadeira educação deve
formar o homem para a vida, devemos a nossos alunos formação de valores, de
metas.”
Por esta razão, enfatizamos a relevância das atividades rítmicas e da dança
na escola, sobretudo, no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, uma vez que nessa
faixa etária, é possível trabalhar as habilidades básicas dos alunos,
aperfeiçoando-as e, principalmente, permitindo, aos mesmos que desenvolvam sua
criatividade. Ou seja: “a dança na escola, associada à Educação Física,
deverá ter um papel fundamental enquanto atividade pedagógica e despertar no
alunado uma relação concreta sujeito-mundo” (VERDERI, 2000, p. 58).
Portanto, o objetivo desse trabalho é destacar a relevância das atividades
rítmicas e dança na escola, apresentando uma proposta de
sistematização/organização desses conteúdos para o primeiro ciclo do Ensino
Fundamental.
Revisão
da Literatura
O que
é atividade rítmica e dança?
Para compreendermos melhor a especificidade de tais conteúdos, se torna
relevante, conhecermos primeiramente, o conceito de ritmo e rítmica. Vale
destacar que, vários autores atribuem diferentes significados à palavra ritmo,
dos quais destacaremos alguns.
Nesse sentido, investigando o conceito da palavra ritmo, verificamos que, de
acordo com Camargo (1994, p. 23): “a palavra ritmo - em grego rhythmos-
significa ‘aquilo que se move, aquilo que flui’, o que nos leva a concluir
que todo movimento é ritmo em potencial.” Ou seja: “o ritmo e o movimento
se desenvolvem simultaneamente no tempo e no espaço. Desta forma, confirmamos
nossa consideração que o RITMO é MOVIMENTO, que o MOVIMENTO é RITMO [...]”
(TIBEAU, 2006, p. 55, grifo do autor).
Isto deixa claro que, o ritmo é algo inerente à vida humana. Para Tibeau
(2006, p. 56):
Todo o ser humano é dotado de ritmo, que se manifesta antes mesmo do nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por isso, o ritmo é considerado o elemento da música que está mais associado ao movimento, às ações motrícias do Homem.
É por esta razão que, o ritmo atua nos aspectos cognitivos, afetivos e sociais
do ser humano (CAMARGO, 1994).
Conforme observamos, há inúmeras definições para a palavra ritmo, de forma
que concluímos, com as análises feitas por Verderi (2000, p.53), na qual
define o ritmo da seguinte maneira:
O ritmo faz parte de tudo o que existe no universo, é um impulso, o estímulo que caracteriza a vida. Ele se faz presente na natureza, na vida humana, animal e vegetal, nas funções orgânicas do homem, em suas manifestações corporais, na expressão interior exteriorizada pelo gesto, no movimento, qualquer que seja ele.
Já em relação à rítmica, esta foi desenvolvida pelo compositor e pedagogo
suíço Emile Jacques Dalcroze (1865-1950), segundo Tibeau (2006). De acordo com
Camargo (1994, p. 77): “[...] a ‘Rítmica’ é um método de educação
global, baseado no ritmo musical, vivido de forma corpóreo-sensorial pelo
indivíduo”.
O método foi desenvolvido, uma vez que Dalcroze notou vários problemas de
educação musical, apresentado pelos seus alunos musicistas, como também por
músicos profissionais, de forma que buscou meios capazes de amenizar tal
situação (CAMARGO, 1994). Ainda, segundo a autora: “Dalcroze organizou o seu
método, visando à integração das faculdades físicas e mentais do ser
humano, potencializando-as no tempo e no espaço, através da música”
(CAMARGO, 1994, p. 77).
Nisso, o método de Dalcroze, segundo Bourcier (1987, p. 291-292), se refere à:
[...], uma educação psicomotora com base na repetição de ritmos, criadora de reflexos, na progressão da complexidade e da sobreposição de ritmos, na decifração corporal, na sucessão do movimento: a música suscita no cérebro uma imagem que, por sua vez, impulsiona o movimento, que se torna expressivo caso a música tenha sido captada corretamente. As conseqüências pedagógicas são o desenvolvimento do sentido musical em todo o ser- sensibilidade, inteligência, corpo-, que fornece uma ordem interior que, por sua vez, comanda o equilíbrio psíquico.
Com isso, nota-se que a rítmica é uma forma de expressão corporal, por meio
da música. Assim, as atividades rítmicas podem ser definidas, segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 71) como:
[...] as manifestações da cultural corporal que têm como característica comum a intenção explícita de expressão e comunicação por meio dos gestos na presença de ritmos, sons e da música na construção da expressão corporal. Trata-se especificamente das danças, mímicas e brincadeiras cantadas. Nessas atividades rítmicas e expressivas encontram-se mais subsídios para enriquecer o processo de informação e formação dos códigos corporais de comunicação dos indivíduos e do grupo.
Ou seja, são atividades que visam trabalhar a expressão corporal, tendo como
base, a música, bem como, a dança, que também é uma forma de comunicação.
Seguindo nessa perspectiva, no que se refere à dança, Gaspari (2005), destaca
que, a dança é uma forma de comunicação, considerada a mais antiga, visto
que, desde os tempos primitivos, os homens já a utilizava para expressar seus
sentimentos e desejos, levando Garaudy (1980, p. 13), afirmar que: “a dança
é um modo de existir”. Soares e Madureira (2005, p. 85), ressaltam ainda que,
a dança “[...] é uma experiência da beleza onde os corpos são múltiplos,
conscientes da própria materialidade e sensíveis à expressividade do outro”.
Em suma, as atividades rítmicas e a dança são elementos integrantes da
cultura, da qual devem ser resgatadas e valorizadas, pois, são inerentes à
vida humana.
Por
que é importante aprender atividades rítmicas e dança na escola?
As atividades rítmicas e a dança pertencem à cultura corporal, devendo ser
desenvolvidas nas aulas de Educação Física escolar, de forma coerente e
dinâmica. De acordo com Verderi (2000), a Educação Física é uma disciplina
que trabalha diretamente com o movimento humano.
O que me arrisco afirmar é que existe a necessidade latente da Educação Física entender melhor a especificidade de tal conteúdo, refletindo e discutindo os meandros ao qual as atividades rítmicas estão inseridas tentando apontar para suas possibilidades de usos e recursos na tentativa de desenvolver aprendizados que sejam realmente relevantes, interessantes e prazerosos para nossos alunos e alunas (JESUS, 2008, p.23).
Realidade essa, também destacada por Ehrenberg e Gallardo (2005, p. 114), em
relação à dança:
A dança, como outras manifestações da cultura corporal, é capaz de inserir o seu aluno ao mundo em que vive de forma crítica e reconhecendo-se como agente de possível transformação, mas, para tal é necessário não apenas contemplar estes conteúdos e sim identificá-los, vivenciá-los e interpretá-los corporalmente.
Fica evidente que, as atividades rítmicas e a dança, são conteúdos ricos,
capazes de contemplar diversas finalidades no processo de ensino e aprendizagem
dos alunos. Segundo Gaspari (2000, p. 199), “tal prática corporal pode estar
na escola de acordo com os pressupostos educacionais e ser adaptada conforme as
necessidades e características do contexto escolar”. É nesse sentido que,
Verderi (2000) enfatiza que a atual Educação Física deve permitir que, os
alunos participem ativamente das aulas, considerando as suas próprias
percepções.
De acordo com Jesus (2008), a relevância das atividades rítmicas está pautada
nos aspectos comunicativos e expressivos do ser humano, pois, por meio desse
conteúdo, é possível não apenas compreender, mas também produzir códigos
corporais de comunicação. Paralelamente, é possível desenvolver a
criatividade dos alunos e, principalmente, a interação. Isto porque, por meio
da dança, é plausível trabalhar a socialização, tornando o aluno mais
comunicativo, e mais confiante em suas ações, garantindo, assim, uma
aprendizagem positiva (SILVA; JÚLIO; PAIXÃO, 2010).
Dessa maneira, as atividades rítmicas e a dança na escola, são conteúdos
essenciais para o desenvolvimento dos alunos (SILVA et al, 2008). Outro aspecto
que justifica a importância dessas práticas corporais na escola é o fato de
poder discutir nas aulas, questões relacionadas ao gênero. Segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 42), devemos “[...] atuar
concretamente contra o preconceito expresso na falsa idéia de que ‘homem não
dança’, cultivando as possibilidades de expressão masculina nas atividades
rítmicas e expressivas”. Isto significa que, ao vivenciar estas práticas
corporais, o aluno terá a oportunidade de se posicionar de forma mais crítica
perante as informações que lhe são apresentadas.
Sem contar que, ao adquirir uma postura crítica, o aluno além de conhecer as
atividades rítmicas e a dança, certamente, também irá valorizar outras
culturas além da sua própria. De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998), no nosso
país, nos deparamos com diversas manifestações culturais, inseridas,
sobretudo, nas danças, visto que são as danças que caracterizam a cultura de
diferentes regiões.
Contudo, essas são algumas razões que justificam a relevância desses
conteúdos nas aulas de Educação Física. Assim, cabe ao professor
analisá-las e contextualizá-las de acordo com a realidade em que os seus
alunos estão inseridos.
Como
as atividades rítmicas e a dança podem ser classificadas?
As atividades rítmicas e a dança, enquanto conteúdos da Educação Física
escolar, apresentam suas especificidades, uma vez que são práticas que
destacam a diversidade cultural de várias regiões (BRASIL, 1997). Nesse
sentido, entendemos que as atividades rítmicas no espaço escolar, podem ser
classificadas da seguinte maneira:
-
Percussão corporal: produção de sons com o corpo.
-
Exercícios rítmicos com a utilização de materiais: como pular corda; atividades que envolvam a utilização de materiais como bolas, bastões, entre outras.
-
Brincadeiras cantadas: que são maneiras de brincar com o corpo, a partir da relação entre movimento corporal e expressão vocal, sejam na forma de músicas, frases, palavras ou sílabas ritmadas. Além disso, envolvem musicalidade, dança, dramatização, mímica e jogos, podendo, ser caracterizadas como formas de expressão do corpo que integram a cultura popular (LARA; PIMENTEL; RIBEIRO, 2005), como rodas cantadas ou cirandas, parlendas, acalantos, brincadeiras de mãos, as quais serão tratadas a seguir.
As brincadeiras de roda são aquelas desenvolvidas em círculo, de forma que as
crianças segurando na mão uma das outras, cantam todas juntas cantigas de roda
(FARIAS, 2001). Em relação às Parlendas, Silva et al (2008, p.38), destacam
que: “elas compõem um conjunto de palavras de arrumação rítmica que podem
rimar ou não, podem ser acompanhadas de atividades como jogo, brincadeira e
expressão corporal, que são atividades próprias da Educação Física”.
No caso dos Acalantos, essas são melodias simples e meigas, podendo apresentar
em seu texto figuras que provoquem medo, além de possuírem outra
característica, como o uso do canto em boca chiusa, ou seja, cantar com a boca
fechada, favorecendo certa monotonia para fazer a criança dormir (FERNANDES,
2005).
Brincadeiras de mãos são atividades desenvolvidas com canto e gestos com as
mãos, nas quais pode haver contato entre os participantes ou não, como, por
exemplo, a adoleta (A-do-le-tá/ Le-pe-ti Pe-ti-pe-tá/ Le café com chocolá/
A-do-le-tá) que pode ser feita em grupo ou em duplas.
No que se refere à dança, constatamos que existe um vasto leque de
possibilidades, de modo que utilizaremos a classificação realizada por
Gallardo (Não paginado
- 2003), que classificou as danças segundo a origem de cada uma:
-
Ancestrais, originárias ou autóctones: são aquelas danças praticadas antes da conquista espanhola ou portuguesa, e que apesar das proibições ainda se encontram alguns vestígios delas.
-
Tradicionais ou Folclóricas: são as danças que representam a cultura particular de uma região, podendo ter traços das danças ancestrais, e podem - pela miscigenação de culturas - ser adaptações de danças originárias dos países que nos conquistaram ou colonizaram. Elas podem eventualmente tornar-se populares.
-
Populares: são as danças que estão sendo veiculadas pelos meios de comunicação e praticadas pela comunidade. Algumas delas permanecem em atualidade, chegando a incorporar-se ao grupo das danças tradicionais ou folclóricas.
-
Clássicas ou Eruditas: são as danças que precisam de todo um processo de aprendizagem sistematizado, dado a sua complexidade e por serem em sua essência habilidades motoras altamente estruturadas (aquelas habilidades que se originam de estudos biomecânicos e devem ser incorporadas ou internalizadas para serem eficientes na prática da modalidade aos quais os modelos pertencem. Exemplos a ginástica artística, saltos ornamentais, entre outras).
Em
síntese, diante da classificação ora apresentada pelo autor, destacamos que
para o presente estudo, selecionamos as danças classificadas como Tradicionais
e Populares, uma vez que são danças passíveis de adaptações para a sua
inserção no contexto escolar.
O que
ensinar e o que os alunos devem saber sobre atividade rítmica e a dança?
As
atividades rítmicas e a dança, assim, como os demais conteúdos da Educação
Física, possuem uma ampla gama de conhecimentos. São inúmeras, as
possibilidades de ensino que esses conteúdos oferecem, de modo que devem ser
desenvolvidos de forma coerente no ambiente escolar.
Basicamente,
todo trabalho pedagógico deve considerar primordialmente, o processo de ensino
e aprendizagem dos alunos. Para tanto, não basta apenas desenvolver os
conteúdos nas aulas, é necessário contextualizá-los, isto é, aproximá-los
do contexto do qual os alunos estão inseridos. Segundo Darido (2005, p. 68):
“[...] dentro de uma perspectiva de Educação e também de Educação
Física, seria fundamental considerar, os procedimentos, fatos, conceitos, as
atitudes e os valores como conteúdos, todos no mesmo nível de importância”.
É
nessa perspectiva, que destacamos alguns pontos relevantes das atividades
rítmicas e da dança, das quais selecionamos neste estudo, para serem
desenvolvidos nas dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e
atitudinal.
-
Dimensão conceitual - trabalhar a história das danças: Samba de Roda, Dança do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. O conceito da palavra ritmo, bem como, a sua importância, uma vez que se trata de algo onipresente. Além disso, refletir sobre a questão do gênero e da pluralidade cultural nas atividades rítmicas, sobretudo, nas danças.
-
Dimensão procedimental- vivenciar as atividades rítmicas que envolvam percussão corporal, exercícios rítmicos com a utilização de materiais e brincadeiras cantadas e danças das regiões brasileiras, tais como: Samba de Roda, Dança do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. Desenvolver atividades práticas, que permitem aos alunos a oportunidade de expressarem sua criatividade e autonomia, por meio dessas práticas corporais.
-
Dimensão atitudinal- fazer com que aula, se torne um ambiente, em que o respeito mútuo, a cooperação e a solidariedade, prevaleçam em todos os momentos.
Com
isso, percebemos que dada à relevância desses conteúdos, é necessário que
os mesmos sejam trabalhados nas suas dimensões, buscando garantir aos alunos,
uma aprendizagem significativa.
Possibilidades
para sistematização das atividades rítmicas e dança
A
seguir, apresentamos uma proposta para sistematização/organização das
atividades rítmicas e da dança, para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental,
que foi elaborada a partir da nossa experiência no ambiente escolar, bem como,
por meio de estudos e pesquisas no grupo de estudos LETPEF (Laboratório de
Estudos e Trabalhos Pedagógicos em Educação Física), na qual procuramos
contemplar, as atividades rítmicas e as danças mais apropriadas para cada
faixa etária, como também sugestões de números de aulas, as quais
acreditamos serem suficientes para cada tema proposto.
Dado o
exposto, o foco da nossa proposta é resgatar por meio das atividades rítmicas
e das danças, algumas das manifestações culturais presentes no nosso país.
Para tanto, conforme destacado anteriormente, sugerimos trabalhar com algumas
danças Tradicionais e Populares que ressaltam a diversidade cultural das
cinco regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
Quadro
1. Proposta de sistematização da atividade rítmica e dança nas séries
iniciais do Ensino Fundamental
Com
base nas informações ora apresentadas, destacamos que a escolha dos conteúdos
para o 1º ano, se justifica, levando em consideração o nível de
desenvolvimento do aluno nesta faixa etária. Procuramos incluir atividades de
baixo nível de organização, com poucas regras e o gosto pela música, as
quais prendem a atenção dos mesmos, além de tornarem a aula mais agradável e
participativa. Além disso, sugerimos trabalhar com cantigas de roda, utilizando
alguns aspectos relevantes, tais como: dramatização, coreografias simples,
incluindo a percussão corporal. Seguindo a preferência dos alunos dessa faixa
etária, por músicas, recomendamos, então, os jogos cantados em círculo como,
por exemplo, Corre Cotia.
Pensando
em trabalhar nas aulas, a interação entre os alunos por meio da dança,
destacamos o Samba de Roda (Região Nordeste), para o contexto escolar, visto
que por meio dessa dança, podemos trabalhar a inclusão de todos na aula, uma
vez que o importante não é o fato que todos “saibam sambar”, e sim, que
todos igualmente possam participar. Sem contar que, o Samba de Roda no 1º ano,
possibilita trabalhar a expressão corporal dos alunos, pelo fato de que nesta
faixa etária, os alunos ainda não demonstram muita vergonha, expressando-se,
com mais facilidade, do que no 5º ano, por exemplo.
Visando
a continuidade do trabalho com as atividades rítmicas, no 2º ano, optamos em
escolher atividades que têm maior grau de complexidade. Isto porque, tendo em
vista, a participação dos alunos, propomos a utilização de materiais, como
cordas, bambolês, bastões e bolas, para acompanhar o ritmo das músicas. Já
em relação à Dança do Pezinho (Região Sul), ressaltamos esta, dada as suas
características: fácil interpretação, ritmo lento, permitindo ser
acompanhada por todos os alunos nesta faixa etária.
Ainda
no 3º ano, propomos a continuidade dos exercícios rítmicos e das brincadeiras
cantadas, no entanto, utilizando agora cordas de tamanhos maiores, visando o
trabalho em grupo, tanto nos exercícios rítmicos, como também as parlendas.
Sugerimos ainda que, as cantigas de roda sejam trabalhadas com chocalho. A
dança popular Quadrilha (Região Nordeste), foi inserida nesta série porque,
geralmente, trabalha-se com essa dança na escola. Porém, é possível
constatar que, nem sempre ela é desenvolvida nas dimensões do conteúdo, de
modo que é apenas praticada, não permitindo ao aluno, entender o porquê de
ser dançada na época da Festa Junina, entre outros aspectos. Assim, inserimos
essa dança no 3º ano, pois, é a partir daí que, os alunos começam a
dançá-la nas festas com mais autonomia.
No 4º
ano, realçamos o trabalho com as brincadeiras cantadas, por meio de cantigas
já vivenciadas nos anos anteriores. Entretanto, utilizaremos bastões para
desenvolver a Cantiga Escravos de Jô, mas diferentemente da proposta do 2º
ano, pois, quem se move são as crianças. Já a opção pela dança Catira
(Regiões Sudeste e Centro Oeste), é devido a sua possibilidade de refletir com
os alunos, a importância da participação de todos nessa dança, na qual cada
dançarino desempenha um papel fundamental. Além disso, podemos debater
questões relacionadas ao gênero, uma vez que a participação das mulheres na
Catira é algo recente, uma vez que era praticada apenas por homens.
Por
conseguinte, no 5º ano, consideramos os exercícios rítmicos com materiais,
utilizando duas cordas, assim, estaremos resgatando a atividade com corda do 3º
ano e incluindo mais uma, isto é, um desafio que estimula os alunos. O que não
nos impede, de primeiro revisar as atividades já realizadas no 3º ano, para
então, iniciarmos as atividades com salto com cordas duplas, conhecido como Double
Dutch. Dessa maneira, a Dança do Carimbó (Região Norte), se efetiva como
um tema relevante, pelo fato de ter passos característicos, ou seja, não
implica que, os alunos tenham que se expressar livremente como no Samba de Roda
(incluído no 1º ano), pois, nesta faixa etária, é comum os alunos sentirem
mais vergonha perante a turma. Levantaremos a discussão acerca da pluralidade
cultural na dança, uma vez que diferentes culturas a influenciaram como, por
exemplo, as culturas: indígena, africana e lusitana.
Considerações
finais
Com
base na literatura pesquisada, consideramos que, as atividades rítmicas e a
dança, enquanto conteúdos da Educação Física escolar, possuem um vasto
repertório de conhecimentos a serem desenvolvidos no contexto escolar, capazes
de contribuir significativamente para o desenvolvimento dos alunos.
Além
disso, essas práticas corporais contêm uma rica diversidade cultural, da qual
destaca a cultura de diversas regiões. Ao inseri-las nas aulas de Educação
Física, estes conteúdos, certamente, contribuirão para o resgate, bem como,
para a valorização dessas manifestações culturais, possibilitando, os alunos
reconhecerem que, esses conteúdos são tão interessantes quanto os demais já
vivenciados por eles.
Por
esta razão, concluímos que, as atividades rítmicas e a dança, devem fazer
parte do cotidiano escolar, assim, como os jogos e os esportes já se encontram.
Por serem passíveis de adaptações, para qualquer realidade escolar, isso
reforça, ainda mais, a relevância dessas práticas corporais na escola.
Referências
-
BOURCIER, P. História da dança no ocidente. Tradução de Marina Appenzeller. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
-
BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.
-
BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.
-
CAMARGO, M.L.M. Música/movimento: um universo em duas dimensões; aspectos técnicos e pedagógicos na Educação Física. Belo Horizonte: Villa Rica, 1994.
-
DARIDO, S.C. Os conteúdos da Educação Física na escola. In: DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. (Org.): Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2005, p. 64-79.
-
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-
FARIAS, A. S. F. S. A importância das brincadeiras de roda na práxis do professor de Educação Física. 2001. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Psicomotricidade)- Pró Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento, Diretoria de Projetos Especiais, Projeto a Vez do Mestre. Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, 2001.
-
FERNANDES, A. J. De batuque e acalanto: uma missa Afro-Brasileira de Carlos Alberto Pinto Fonseca. Per Musi, Belo Horizonte, n. 11, p. 60-72 jan/jun. 2005.
-
GALLARDO, J. S. P. Delimitando os conteúdos da cultura corporal que correspondem à área de Educação Física. Revista Conexões, Campinas, v. 1, n. 1, 2003. Não paginado.
-
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-
IMPOLCETTO, F. M. et al. Educação Física no ensino fundamental e médio: a sistematização dos conteúdos na perspectiva dos docentes universitários. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 6, n.1, p. 89-109 jun/mar. 2007.
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-
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-
MARQUES, I.A. Dançando na escola. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
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SOARES, C. L.; MADUREIRA, J.R. Educação Física, linguagem e arte: possibilidades de um diálogo poético do corpo. Movimento, Porto Alegre: v. 11, n.2, p.75-88, maio/ago. 2005.
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TIBEAU, C.C.P.M. Motricidade e música: aspectos relevantes das atividades rítmicas como conteúdo da Educação Física. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, São Paulo, v.1, n.2, p.53-62 jun. 2006.
-
VERDERI, E. B. L. P. Dança na escola. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.
3º ANO - 2º BIMESTRE
ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
O
acelerado processo de envelhecimento da população é observado no Brasil
e no mundo. A expectativa de vida dos brasileiros segundo IBGE (2015) é
de aproximadamente 73 anos, sendo os homens 69 anos e as mulheres 76
anos. Esse envelhecimento brasileiro é uma realidade crescente e
prevê-se que, em 2020, 1 em cada 13 brasileiros terá mais de 60 anos.
Seguindo este ritmo projeções estáticas apontam que no ano de 2025 o
Brasil será sexto país no mundo com maior população idosa (Ramos, Veras e
Kalache, 2004).
O
envelhecimento é um processo que provoca alterações e desgastes em
vários sistemas funcionais, que ocorrem de forma progressiva e
irreversível. O momento em que estas transformações ocorrem, quando
passam a ser percebidas e evoluem, diferencia-se de um indivíduo para o
outro. Na verdade cada pessoa envelhece de forma diferente. O
envelhecimento não é só cronológico, é também biológico, funcional,
psicológico e social.
Entretanto
em idades mais avançadas as limitações funcionais, tais como cognição,
equilíbrio, perda de força muscular, bem como surgimento de doenças
crônico-degenerativas intensificam se ocasionando perda da capacidade
funcional (Fiedler e Peres, 2008). Os resultados desses fatores é a
diminuição da capacidade funcional, gerando uma maior dependência em
realizar as atividades da vida diária. Segundo o Educador Físico e
Gerontologo Anderson Amaral coordenador da CEAFES a visão mais triste do
envelhecimento é sob o olhar da incapacidade funcional, ou seja
capacidade de realizar atividades das vida diária. Atividades essas que
em geral podem ser comprometidas com o passar dos anos.
O
estilo de vida ativo ajuda na manutenção e aumento da capacidade
funcional dos idosos. Sabe-se que há mudanças fisiológicas ao longo da
vida, em especial após a sexta década de vida. Entre as alterações
fisiológicas que acontecem podemos citar a perda de força muscular,
massa muscular, diminuição da capacidade aeróbia, equilíbrio e controle
postural, cognição e massa óssea. Há problemas também na saúde mental
dos idosos. Problemas como depressão, ansiedade, déficit cognitivo e as
temíveis doenças neurológicas como o Mal de Parkinson e Mal de
Alzheimer.
Atualmente
os estudos indicam (ACSM, 2009) que há benefícios significativos na
qualidade de vida dos idosos com a prática regular de exercícios
físicos. Podemos citar o aumento de massa muscular, diminuição de
quedas, melhoria do controle postural, psicossociais, cognição, saúde
mental entre tantos outros benefícios. Alias os benefícios dos
exercícios físicos para saúde mental vem sendo estudado bastante nos
últimos anos principalmente utilizando os conceitos da neurociência.
Antes
de qualquer prescrição de exercícios físicos para idosos é importante
uma avaliação pré-participação. Avaliação que deve começar com o médico e
constar o educador físico avaliando as condições físicas e funcionais
do idoso.
As atividades mais indicadas segundas os estudos baseiam-se em quatro alicerces:
• Exercícios de Força Muscular (Musculação)
• Exercícios Aeróbios
• Exercícios de Flexibilidade
• Exercícios de Equilíbrio ou exercícios funcionais
Outras atividades apresentam bons resultados como a hidroginástica, pilates e yoga.
Exercícios
funcionais como os desenvolvidos pelo grupo de estudo da CEAFES que
trabalham a reabilitação vestibular, neurocognitiva e funcional são
excelentes e apresentam ótima relação dose-resposta é o que comentam os
educadores físicos Fabrício Naliato e Anderson Rangel mestrandos no
assunto e professores do curso de Pós-graduação em Atividade Física,
Envelhecimento e Saúde.
O Importante é manter-se ativo fisicamente e mentalmente.
Por isso procure um local especializado com educadores físicos formados para prescrição do seu treinamento físico.
Nunca é tarde demais nesta vida. Seja para viver, amar, estudar ou praticar exercícios físicos. Não se esqueça disso!
2º BIMESTRE - Prazo até o dia 26 de Julho.
ATIVIDADE 3º ANO - ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
Estímulo à atividade física regular: infelizmente, embora tenhamos cada
vez mais evidência a favor dos efeitos preventivos dos exercícios em
relação aos principais fatores de riscos para as doenças comuns à
segunda metade da vida, vemos com pesar um progressivo sedentarismo
sendo incorporado aos hábitos e costumes do homem moderno.
Responda as quatro perguntas abaixo:
01- Qual é o seu nome completo e a turma que você frequenta?
R:
02- Podemos conceituar o Envelhecimento como:
(A) É um processo que pode ser revertido, com meditação e uso de ervas medicinais, com tratamento natural e yoga.
(B) É um processo de aumento do metabolismo e das capacidades musculares, fortalecendo toda a estrutura corporal.
(C) É um processo inexorável de queda das capacidades físicas que afeta
todas as pessoas, mas não afeta a capacidade mental produzindo o
retardamento desse processo e o consequente aumento do tempo médio de
vida.
(D) É um processo que pode ser revertido, com tratamento médico, o que muda o processo de envelhecimento do corpo.
(E) É um processo inexorável de queda das capacidades físicas e mentais
que afeta todas as pessoas, mas o retardamento desse processo e o
consequente aumento do tempo médio de vida constitui uma das mais
espetaculares mudanças sociais dos últimos tempos.
03- Como Envelhecer com saúde?
(A) Tendo uma alimentação desregrada, com ingestão de bebidas alcóolicas, sem a necessidade de atividade física.
(B) Ter uma dieta alimentar adequada; o não consumo excessivo de bebida
alcoólica; a abstinência de fumo; a prática regular de atividades
físicas.
(C) Uso continuo de drogas ajuda na manutenção da saúde quando uma pessoa chega a envelhecer.
(D) Fazer exercícios físicos em excesso, com total fadiga muscular, e usar anabolizantes e esteroides.
(E) Se tornando obeso, pois a obesidade ajuda a ter um envelhecimento saudável.
4- Escreva como você acredita que vai envelhecer, tendo como base o estilo de vida que você tem hoje? Fundamente sua resposta. (OBS: No mínimo 5 linhas)
3º ANO - 2º BIMESTRE
ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
O
acelerado processo de envelhecimento da população é observado no Brasil
e no mundo. A expectativa de vida dos brasileiros segundo IBGE (2015) é
de aproximadamente 73 anos, sendo os homens 69 anos e as mulheres 76
anos. Esse envelhecimento brasileiro é uma realidade crescente e
prevê-se que, em 2020, 1 em cada 13 brasileiros terá mais de 60 anos.
Seguindo este ritmo projeções estáticas apontam que no ano de 2025 o
Brasil será sexto país no mundo com maior população idosa (Ramos, Veras e
Kalache, 2004).
O
envelhecimento é um processo que provoca alterações e desgastes em
vários sistemas funcionais, que ocorrem de forma progressiva e
irreversível. O momento em que estas transformações ocorrem, quando
passam a ser percebidas e evoluem, diferencia-se de um indivíduo para o
outro. Na verdade cada pessoa envelhece de forma diferente. O
envelhecimento não é só cronológico, é também biológico, funcional,
psicológico e social.
Entretanto
em idades mais avançadas as limitações funcionais, tais como cognição,
equilíbrio, perda de força muscular, bem como surgimento de doenças
crônico-degenerativas intensificam se ocasionando perda da capacidade
funcional (Fiedler e Peres, 2008). Os resultados desses fatores é a
diminuição da capacidade funcional, gerando uma maior dependência em
realizar as atividades da vida diária. Segundo o Educador Físico e
Gerontologo Anderson Amaral coordenador da CEAFES a visão mais triste do
envelhecimento é sob o olhar da incapacidade funcional, ou seja
capacidade de realizar atividades das vida diária. Atividades essas que
em geral podem ser comprometidas com o passar dos anos.
O
estilo de vida ativo ajuda na manutenção e aumento da capacidade
funcional dos idosos. Sabe-se que há mudanças fisiológicas ao longo da
vida, em especial após a sexta década de vida. Entre as alterações
fisiológicas que acontecem podemos citar a perda de força muscular,
massa muscular, diminuição da capacidade aeróbia, equilíbrio e controle
postural, cognição e massa óssea. Há problemas também na saúde mental
dos idosos. Problemas como depressão, ansiedade, déficit cognitivo e as
temíveis doenças neurológicas como o Mal de Parkinson e Mal de
Alzheimer.
Atualmente
os estudos indicam (ACSM, 2009) que há benefícios significativos na
qualidade de vida dos idosos com a prática regular de exercícios
físicos. Podemos citar o aumento de massa muscular, diminuição de
quedas, melhoria do controle postural, psicossociais, cognição, saúde
mental entre tantos outros benefícios. Alias os benefícios dos
exercícios físicos para saúde mental vem sendo estudado bastante nos
últimos anos principalmente utilizando os conceitos da neurociência.
Antes
de qualquer prescrição de exercícios físicos para idosos é importante
uma avaliação pré-participação. Avaliação que deve começar com o médico e
constar o educador físico avaliando as condições físicas e funcionais
do idoso.
As atividades mais indicadas segundas os estudos baseiam-se em quatro alicerces:
• Exercícios de Força Muscular (Musculação)
• Exercícios Aeróbios
• Exercícios de Flexibilidade
• Exercícios de Equilíbrio ou exercícios funcionais
Outras atividades apresentam bons resultados como a hidroginástica, pilates e yoga.
Exercícios
funcionais como os desenvolvidos pelo grupo de estudo da CEAFES que
trabalham a reabilitação vestibular, neurocognitiva e funcional são
excelentes e apresentam ótima relação dose-resposta é o que comentam os
educadores físicos Fabrício Naliato e Anderson Rangel mestrandos no
assunto e professores do curso de Pós-graduação em Atividade Física,
Envelhecimento e Saúde.
O Importante é manter-se ativo fisicamente e mentalmente.
Por isso procure um local especializado com educadores físicos formados para prescrição do seu treinamento físico.
Nunca é tarde demais nesta vida. Seja para viver, amar, estudar ou praticar exercícios físicos. Não se esqueça disso!
2º BIMESTRE - Prazo até o dia 26 de Julho.
ATIVIDADE 3º ANO - ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
Estímulo à atividade física regular: infelizmente, embora tenhamos cada
vez mais evidência a favor dos efeitos preventivos dos exercícios em
relação aos principais fatores de riscos para as doenças comuns à
segunda metade da vida, vemos com pesar um progressivo sedentarismo
sendo incorporado aos hábitos e costumes do homem moderno.
Responda as quatro perguntas abaixo:
01- Qual é o seu nome completo e a turma que você frequenta?
R:
02- Podemos conceituar o Envelhecimento como:
(A) É um processo que pode ser revertido, com meditação e uso de ervas medicinais, com tratamento natural e yoga.
(B) É um processo de aumento do metabolismo e das capacidades musculares, fortalecendo toda a estrutura corporal.
(C) É um processo inexorável de queda das capacidades físicas que afeta
todas as pessoas, mas não afeta a capacidade mental produzindo o
retardamento desse processo e o consequente aumento do tempo médio de
vida.
(D) É um processo que pode ser revertido, com tratamento médico, o que muda o processo de envelhecimento do corpo.
(E) É um processo inexorável de queda das capacidades físicas e mentais
que afeta todas as pessoas, mas o retardamento desse processo e o
consequente aumento do tempo médio de vida constitui uma das mais
espetaculares mudanças sociais dos últimos tempos.
03- Como Envelhecer com saúde?
(A) Tendo uma alimentação desregrada, com ingestão de bebidas alcóolicas, sem a necessidade de atividade física.
(B) Ter uma dieta alimentar adequada; o não consumo excessivo de bebida
alcoólica; a abstinência de fumo; a prática regular de atividades
físicas.
(C) Uso continuo de drogas ajuda na manutenção da saúde quando uma pessoa chega a envelhecer.
(D) Fazer exercícios físicos em excesso, com total fadiga muscular, e usar anabolizantes e esteroides.
(E) Se tornando obeso, pois a obesidade ajuda a ter um envelhecimento saudável.
4- Escreva como você acredita que vai envelhecer, tendo como base o estilo de vida que você tem hoje? Fundamente sua resposta. (OBS: No mínimo 5 linhas)
1º BIMESTRE
3º ANO
- Ginástica de academia: Noções de treinamento funcional; prevenção de doenças através do exercício físico.
Exercícios físicos para prevenção e combate de patologias
A
atividade física contribui para a manutenção da qualidade de vida, e a
sua adoção auxilia na prevenção e combate de patologias. A atividade
física contribui para a manutenção da qualidade de vida, e a sua adoção
auxilia na prevenção e combate de patologias.
Já
está cientificamente comprovado que a prática de atividades físicas é
benéfica à saúde. Mas você sabia que ela também é uma grande aliada no
tratamento de patologias? Além de contribuir na prevenção, também pode
promover influência direta na cura e combate destas patologias.
Grande
parte da população alega a ausência de atividade física na rotina por
falta de tempo, preguiça, custos ou dificuldade de encontrar uma
atividade compatível com o estilo de vida. Entretanto, especialistas
alertam que o sedentarismo favorece uma série de patologias, além de
intensificar problemas de saúde como: hipertensão, diabetes, doenças
cardiovasculares e até emocionais. Para tanto, manter uma rotina de
atividades aeróbias durante a idade adulta e avançada pode diminuir
sintomas de diversas patologias. E
caso a pessoa já apresente sinais da doença, o exercício não deve ser
evitado. Pelo contrário: Doenças e exercício físico podem coexistir.
Conheça
algumas patologias que podem ser prevenidas e cuidadas com a prática de
exercícios físicos, aliada à adoção de hábitos e um estilo de vida mais
saudável:
Diabetes: exercícios
são de suma importância para diabéticos. Eles controlam os níveis de
glicemia, estimulam a produção de insulina e facilitam o seu transporte
para dentro das células, além de melhorar a condição cardiovascular. O
aumento da gordura localizada, em especial na região abdominal, é uma
das razões que levam ao quadro de rigidez a insulina. Sendo assim, uma
das melhoras formas de se prevenir contra o diabetes é equilibrar uma
alimentação adequada a prática regular de exercícios físicos. Uma
ressalva: cuidado com os pés ao exercitar-se. Em muitas modalidades de
exercícios físicos machucam-se os pés e o diabético deve precaver-se
desse desconforto.
Pressão Alta: Pessoas
consideradas ” sedentárias” obrigam o coração a realizar um maior
esforço, pois o músculo cardíaco necessita realizar mais pressão para
que o sangue percorra o corpo todo, elevando a pressão arterial. A
atividade física não só diminui a pressão, como ainda auxilia na
prevenção contra o surgimento de outras patologias, uma vez que aumenta a
resistência e capacidade cardiovascular.
Doenças Cardiovasculares: A
prevenção de doenças do coração já está incluída na lista de benefícios
de exercícios físicos. Mas e se a doença já está instalada?
Cardiologistas brasileiros e estrangeiros recomendam exercícios leves no
período pré-cirúrgico para fortalecer musculatura e incrementar
circulação periférica.
Sempre busque seguir as indicações do médico, que vai sugerir qual o exercício mais indicado.
Osteoporose: Os
exercícios contribuem para a formação de massa óssea, pois previnem o
desenvolvimento da osteoporose. A atividade física favorece a fixação de
cálcio, o que é imprescindível para evitar a doença, visto que ela pode
ser ocasionada pela progressiva descalcificação.
Ansiedade: A
ansiedade pode desencadear uma série de transtornos como: preocupação
excessiva, medo, falta de controle, tensão permanente, dentre outros.
Esses sintomas podem ser intensificados por conta do sedentarismo, pois
ocorre uma interdição da produção de endorfina, neurotransmissores que
propiciam uma sensação de bem-estar. As pessoas que praticam exercícios físicos conseguem conviver e lidar melhor com a ansiedade, e ganham mais produtividade.
Alzheimer e Parkinson: Sem
medicamentos que eliminem essas doenças de nossa existência,
pesquisadores tem sugerido paliativo que garantam alguma qualidade de
vida aos pacientes. “No caso das doenças do sistema nervoso central,
como Alzheimer e Parkinson, a atividade física é benéfica porque protege
o cérebro”, afirma o neurologista e pesquisador do Laboratório de
Neurociências e Comportamento da Universidade de Brasília. “O exercício
físico aumenta a produção de substâncias que atuam na proteção das
células do cérebro, prolonga a vida dessas células e previne que elas
entrem num processo de morte”, completa. Sabe-se que o exercício
aeróbico favorece a conexão entre os neurônios, aumentando a capacidade
de aprendizagem e adaptação. O mesmo ocorre quando o cérebro é
estimulado com exercícios mentais, como jogos de estratégias e
aprendizado de idiomas.
A
prática de atividade física proporciona benefícios à composição
corporal, saúde e a qualidade de vida. A magnitude das respostas aos
exercícios parece estar associada com a interação de diferentes
variáveis, como a natureza do estímulo, a duração e intensidade do
esforço, o grau de treinamento e o estado nutricional do praticante.
Lembrando que para sentir os efeitos e resultados, a prática de exercícios físicos deve ser aliada a hábitos saudáveis e uma alimentação adequada.
Lembrando que para sentir os efeitos e resultados, a prática de exercícios físicos deve ser aliada a hábitos saudáveis e uma alimentação adequada.
Fonte: adaptado do site Hora do Treino e Ativo
- Tênis de mesa: Identificar elementos técnicos, sistemas táticos individuais e coletivos.
HISTÓRIA DO TÊNIS DE MESA
O
tênis de mesa teve a sua origem e desenvolvimento na Inglaterra durante
a metade do século XIX, era praticado com um passatempo social (FPTM,
2006).
A
criação do jogo foi atribuída aos oficiais do exército inglês que
estavam a serviço na Índia e não conseguiam praticar seu esporte
favorito – o tênis – por que o calor era muito intenso, resolveram
adaptar o tênis para uma mesa onde podia ser jogado à sombra de árvores
(UZORINAC, 2001).
As raquetes eram de madeira, papelão ou tripa animal, cobertas por lixas, cortiças, tecido ou borracha.
O TÊNIS DE MESA NO BRASIL
O início do esporte no Brasil deu-se por meio de turistas ingleses, que por volta de 1905 começaram a implantá-lo em São Paulo.
CARACTERÍSTICAS DO JOGO E OS MATERIAIS
Caracterizado
como uma modalidade individual, de confronto, o Tênis de Mesa constitui
uma modalidade que estimula uma grande autonomia do atleta para tomar
decisões, criando caminhos alternativos em função de imprevistos que
possam ocorrer durante o decorrer de uma partida.
As
raquetes são classificadas de acordo com a sua velocidade em: madeiras
do tipo defensivo (servem para controle); madeiras do tipo allround
(misturam ataque e defesa) e madeiras de ataque que são de alta
velocidade (CBTM, 2006).
As
raquetes em competições devem ter duas cores, um lado preto e outro
vermelho. Não é permitido jogar com o lado de madeira, sem borracha.
REGRAS BÁSICAS
A MESA:
Têm
2,74m de comprimento e 1,525mm de largura e 76cm de altura. Na cor
escura e fosca, tendo uma linha branca de 2cm de largura em toda a sua
volta. Para os jogos de duplas, ela é dividida em duas partes iguais por
uma linha branca.
A REDE:
Estende-se
por 15,25cm além das bordas laterais da mesa e tem 15,25cm de altura,
devendo ser de cor escura e devem possuir a sua parte superior branca.
A BOLA:
Deve ser feita de celuloide ou plástico similar, nas cores branca ou laranja e fosca, pesar 2,7g e ter diâmetro de 40 mm.
A RAQUETE:
a) O lado usado para bater na bola deve ser coberto com borracha tendo uma espessura máxima de 2mm à 4mm.
b) O lado não usado para bater na bola deve ser pintado de cor diferente da borracha devendo ser vermelho ou preto.
c) Não é permitido jogar com o lado de madeira.
A PARTIDA:
Constitui-se
de sets de 11 (onze) pontos. Pode ser jogada em qualquer número de sets
ímpares. No caso de empate em 10 pontos, o vencedor será o que fizer 2
pontos consecutivos primeiro.
Na partida quando houver "negra" (2 a 2) ou (3 a 3), os atletas mudam de lado logo que um atleta consiga 05 pontos.
O SAQUE
1
- A bola deve ser lançada para cima (16cm no mínimo), da palma da mão
livre na vertical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque
primeiro no campo do sacador, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no
campo do recebedor. (NÃO É OBRIGATÓRIO O SAQUE CRUZADO NO TÊNIS DE MESA
INDIVIDUAL !).
2 - O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária desta.
3
- Cada atleta tem direito a 2 (dois) saques, mudando sempre quando a
soma dos pontos seja 2 (dois) ou seus múltiplos. Ex.: 2 a 2 = 4 = 6 a 6 =
12
4
- Com o placar 10-10, a seqüência de sacar e receber deve ser a mesma,
mas cada atleta deve produzir somente um saque até o final do jogo.
5
- O direito de sacar ou receber primeiro ou escolher o lado deve ser
decidido por sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que
começou a sacar no 1º set começará recebendo no 2º set e assim
sucessivamente.
6
- O sacador deverá sacar e retirar o braço da mão livre da frente da
bola de modo que nada esteja entre a bola e o adversário a não ser a
rede e suportes.
FALTAS:
A não ser que a partida sofra obstrução (não vale ponto), um atleta perde um ponto quando:
a) Errar o saque.
b) Errar a resposta.
c) Tocar na bola duas vezes consecutivas.
d) A bola tocar em seu campo duas vezes consecutivas.
e) Bater com o lado de madeira da raquete.
f) Movimentar a mesa de jogo.
g) Ele ou a raquete tocar a rede ou seus suportes.
h) Tocar a superfície da mesa durante a sequência.
JOGOS DE DUPLAS:
Valem as mesmas regras, sendo que:
a) O saque tem que ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do recebedor.
b) Cada atleta só pode bater uma vez na bola.
c) A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a sequência será natural:
Atleta A saca para o X
Atleta X saca para o B
Atleta B saca para o Y
Atleta Y saca para o A que, saca para o X e assim, sucessivamente, cada atleta vai dando 2 saques.
No empate 10-10, cada um só dá 1 saque por vez.
FUNDAMENTOS DO TÊNIS DE MESA
Formas de empunhadura de raquete:
Os estilos de empunhadura de raquete são: o clássico (shakehand) e o caneteiro (penholder).
No estilo clássico,
segura-se a raquete como se fosse cumprimentar alguém, esse estilo é
caracterizado por permitir que se façam os golpes com os dois lados da
raquete.
No estilo caneteiro,
os dedos polegar e indicador ficam na parte da frente da raquete e os
outros na parte de trás, a raquete é segura como se fosse uma caneta
(CBTM, 2006). Neste estilo utiliza-se somente um lado da raquete, potencializando o uso do forehand.
EFEITOS
São os tipos de rotações que se pode imprimir à bola através de borrachas com grande coeficiente de atrito.
Os três principais efeitos são:
Efeito para baixo (backspin) -
para executar esse efeito, o jogador deve raspar a raquete na parte
inferior da bola, de modo que, na hora do golpe, o movimento seja de
cima para baixo (descendente);
Efeito para cima (topspin): para
a execução desse efeito o jogador deve raspar a raquete na parte
superior da bola de forma que na hora do golpe o movimento seja de baixo
para cima (ascendente);
Efeito lateral (sidespin): para executar esse efeito o jogador deve raspar a raquete na parte lateral da bola podendo ser pelo lado esquerdo ou direito.
SAQUE
Para
a realização do saque, a bola deve ser posicionada sobre a mão
espalmada, de maneira que a bola não possa ser ocultada, e deverá ser
golpeada em sua descendente.
GOLPES ESPECÍFICOS
O forehand é
a batida realizada com a palma da mão direcionada para frente, com o
movimento do antebraço em uma ascendente, saindo da linha de cintura em
direção à cabeça, golpeando a bola em seu ponto mais alto.
A batida de backhand ou shoto é realizada com a palma da mão voltada para trás.
O Smash é um movimento utilizado para finalizar um ponto.
Utiliza-se
bastante força, pois a bola vem muito acima da rede e se faz uma
transferência do peso do corpo de uma perna para a outra, além da
rotação do tronco para o ataque à bola.
Existem
outros movimentos que são variações, às vezes mais amplos ou curtos,
com mais efeito ou menos, próximos ou distantes da mesa, como bloqueios,
drive de velocidade, drive de efeito, slice ou “cozinhada”, mas todos
se utilizam como base os movimentos acima citados.
CAPACIDADES MOTORAS NO TÊNIS DE MESA
Segundo
TENGUAN (2006), “as capacidades motoras no tênis de mesa são:
velocidade de reação, velocidade de movimento, orientação espacial,
potência e resistência de potência”.
Velocidade
Sabemos
que a velocidade dentro do tênis de mesa é de suma importância, pois
relativamente, ela assume o papel de decidir o ponto ou disputá-lo
insistentemente com maior precisão. Com uma velocidade bem treinada, o
jogador pode associá-la aos efeitos de jogo.
Velocidade de reação
No
tênis de mesa a velocidade de reação é um componente muito importante,
pois é uma capacidade muito exigida do mesatenista, porque desde o
início do rally o jogador se prepara para a recepção não se tem ideia se
a bola virá longa, curta, com ou sem efeito, tornando o tempo de reação
aliado à técnica fundamental para o desfecho da disputa.
Velocidade de movimento
Para
TENGUAN (2006), “velocidade de movimento pode ser entendida como a
capacidade de realizar movimentos únicos, acíclicos, com máxima
velocidade contra pequenas resistências”.
Orientação espacial
O
tênis de mesa é um esporte em que o atleta realiza muitos
deslocamentos, transferindo o peso do corpo de uma perna para a outra
com rotações do tronco, exigindo não somente muito equilíbrio, mas
também uma grande percepção de tempo e espaço.
Segundo
WEINECK (2003), “a capacidade de orientação espacial baseia-se
sobretudo nos componentes coordenativos da capacidade de diferenciação
cinestésica, da capacidade de orientação espacial e da capacidade de
equilíbrio”.
Potência
Potência
é compreendida como a capacidade do sistema neuromuscular de movimentar
o corpo, braços e pernas com velocidade máxima contra determinada
resistência (WEINECK, 2003).
No
tênis de mesa faz-se necessária à potência para o desenvolvimento de
quase todos os movimentos dentro de uma disputa de ponto, tanto nos
deslocamentos, mas também nos golpes a força aliada à máxima velocidade
que se tem que imprimir a bola (TENGUAM e TRICOLI, 2006).
MÉTODOS DE ENSINO APLICADOS AO TÊNIS DE MESA
O MÉTODO JAPONÊS
O método japonês é baseado na repetição, na disciplina, na técnica absolutamente correta, numa evolução lenta e gradual.
Este
método se parece a uma linha de montagem de uma grande empresa
nipônica. As crianças copiam e obedecem a tudo o que o treinador ordena.
Assim, todos são muito parecidos quando executam seus golpes. As
jogadas e estilos seguem a mesma tendência (CAMARGO; MARTINS, 1999).
Suas principais características são:
- Repetição.
- Disciplina Método Analítico.
- Tecnicista Repetitivo.
O MÉTODO ALEMÃO
Este
é também um método de iniciação muito usado em todo o mundo. Baseia-se
no desenvolvimento dos sentidos e coordenação das crianças. Segue um
programa preestabelecido, rígido na parte técnica, mas os exercícios são
variados, em forma de mini competições
e muita movimentação. Fisicamente as crianças são estimuladas a
diferentes, ganhando uma boa consciência corporal (CAMARGO; MARTINS,
1999).
Apesar
de seus pontos fortes nos aspectos de motivação e instrumentos
pedagógicos, o método peca no seu aspecto técnico, já que limita muito a
experimentação das crianças por ser demasiado rígido.
Suas principais características são:
- Desenvolvimento das capacidades coordenativas;
- Exercícios e tarefas variadas;
- Pequenos e grandes jogos;
- Muita movimentação.
O MÉTODO SUECO
Aproveitando-se
das virtudes e dificuldades dos métodos anteriores, surge o método
Sueco fundamentado em situações criativas e harmoniosas e que levaram os
suecos a dominar o Tênis de Mesa mundial por vários anos.
Os
professores estimulam seus alunos a variarem, e experimentarem as mais
diversas situações técnicas e táticas, criando as chances necessárias
para os jovens descobrirem seus próprios caminhos.
Suas características principais são:
- Criatividade; (liberdade de experimentação dos gestos técnicos)
- Desenvolvimento da percepção motora;