quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Transtorno dismórfico corporal

 No transtorno dismórfico corporal, a preocupação com um ou mais defeitos inexistentes ou sutis da aparência causa forte angústia ou prejudica a capacidade funcional.

  • As pessoas normalmente passam muitas horas por dia se preocupando com um suposto defeito, que pode estar em qualquer parte do corpo.
  • O médico diagnostica o transtorno quando a preocupação com a aparência causa angústia significativa ou interfere na capacidade funcional.
  • Determinados antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina ou clomipramina) e terapia cognitivo-comportamental costumam ajudar.

A pessoa com transtorno dismórfico corporal acredita que ela tem uma ou mais imperfeições ou defeitos na aparência física, porém, esse defeito na realidade não existe ou é leve. Elas normalmente realizam determinadas atividades (como olhar no espelho, arrumar-se excessivamente ou comparar-se com outros) devido à grande preocupação com sua aparência.

O transtorno dismórfico corporal geralmente começa durante a adolescência e possivelmente ocorre com um pouco mais de frequência em mulheres. Aproximadamente 2% a 3% das pessoas apresentam o transtorno.

Sintomas

Os sintomas do transtorno dismórfico corporal podem surgir de maneira gradativa ou súbita, variar de intensidade e costumam persistir se não forem adequadamente tratados. O rosto ou a cabeça costumam ser os principais motivos de preocupação, mas ele pode estar relacionado a qualquer outra parte ou várias partes do corpo, e pode mudar de uma parte do corpo para outra. Por exemplo, é possível que a pessoa esteja preocupada com supostos defeitos, como queda de cabelo, acne, rugas, cicatrizes, cor da pele ou excesso de pelo facial ou corporal. Uma pessoa também pode concentrar-se na forma ou no tamanho de uma parte do corpo, como o nariz, os olhos, as orelhas, a boca, os seios, as pernas ou as nádegas. Alguns homens com constituição física normal, ou até mesmo atlética, sentem-se franzinos, e tentam obsessivamente aumentar o peso e os músculos: um transtorno chamado de dismorfia muscular. É possível que a pessoa descreva as partes do corpo de que não gosta como feias, pouco atraentes, deformadas, medonhas ou monstruosas.

A maioria das pessoas com o transtorno dismórfico corporal não sabe que, na verdade, são normais.

A maioria das pessoas com transtorno dismórfico corporal tem dificuldade de controlar sua preocupação e gastam horas todos os dias preocupando-se com seus supostos defeitos. É possível que a pessoa pense que os outros estão reparando nela ou ridicularizando-a devido aos defeitos de sua aparência. A maioria das pessoas inspeciona-se com regularidade no espelho, outras evitam os espelhos e outras alternam entre os dois comportamentos.

Muitas pessoas se arrumam de forma compulsiva e excessiva, cutucam a própria pele (para remover ou arrumar os supostos defeitos de pele) e buscam reafirmação sobre os supostos defeitos. Elas podem frequentemente mudar de roupa para tentar esconder ou camuflar seu defeito discreto ou inexistente ou tentar melhorar a aparência de outras formas. Por exemplo, é possível que a pessoa deixe a barba crescer para esconder supostas cicatrizes ou usar um chapéu para cobrir uma leve queda de cabelo. Muitas pessoas procuram tratamento médico cosmético (principalmente dermatológico), odontológico ou cirúrgico, às vezes repetidamente, para corrigir esse suposto defeito. Tais tratamentos são normalmente ineficazes e podem intensificar a sua preocupação. É possível que alguns homens com dismorfia muscular tomem esteroides anabolizantes (por exemplo, testosterona), o que pode ser perigoso.

Você sabia que...

  • É possível que a pessoa fique tão preocupada com um defeito inexistente ou leve em sua aparência que evita sair em público.

Uma vez que a pessoa com transtorno dismórfico corporal sente-se constrangida por sua aparência, é possível que ela evite aparecer em público incluindo faltar ao trabalho, à escola ou não participar de atividades sociais. Algumas pessoas com sintomas graves só saem de casa à noite e outras nunca saem. Assim, esse transtorno frequentemente dá origem ao isolamento social. A angústia e a disfunção associadas ao transtorno podem causar depressão, internações hospitalares repetidas, comportamento suicida e suicídio.

Diagnóstico

  • Avaliação de um médico com base em critérios diagnósticos específicos

O transtorno dismórfico corporal pode permanecer sem diagnóstico por anos, porque muitas pessoas se sentem constrangidas ou envergonhadas de revelar seus sintomas ou porque, de fato, acreditam que são feias. Este transtorno se distingue das preocupações normais com a aparência física ou da vaidade porque essas preocupações ocupam muito tempo e causam angústia significativa, prejudicando as atividades.

O médico diagnostica o transtorno dismórfico corporal quando a pessoa:

  • Fica preocupada com um ou mais defeitos em sua aparência que outras pessoas pensam ser insignificantes ou nem reparam neles
  • Fica repetidamente realizando atividades ou tendo pensamentos (por exemplo, olhar-se no espelho, arrumar-se excessivamente ou comparar-se com outros) devido à sua grande preocupação com sua aparência
  • Sente muita angústia ou se torna menos capaz de funcionar normalmente (no trabalho, na família ou com amigos), porque está tão preocupada com os supostos defeitos na aparência

Tratamento

  • Determinados antidepressivos
  • Terapia cognitivo-comportamental

O tratamento com determinados antidepressivos – especificamente os inibidores seletivos de recaptação da serotonina ou a clomipramina (um antidepressivo tricíclico) – frequentemente é eficaz para pessoas com transtorno dismórfico corporal.

A terapia cognitivo-comportamental com foco específico nos sintomas do transtorno dismórfico corporal também pode ser eficaz. No caso dessa terapia, o terapeuta ajuda a pessoa a desenvolver crenças mais exatas e úteis sobre sua aparência física. O terapeuta também ajuda a pessoa a parar de praticar os comportamentos repetitivos excessivos, como ficar se olhando no espelho e cutucar a própria pele. Ele também ajuda a pessoa a participar e se sentir mais à vontade em situações sociais.

A terapia de reversão de hábito é utilizada para diminuir as atividades repetitivas de cutucar a pele ou arrancar os cabelos/pelos que as pessoas com transtorno dismórfico corporal podem fazer para tentar minimizar ou eliminar os supostos defeitos relacionados à pele (por exemplo, manchas) ou aos cabelo/pelos (por exemplo, excesso de pelos faciais).

Uma vez que muitas pessoas com esse transtorno não reconhecem que possuem um problema, é possível que o médico precise utilizar técnicas motivacionais para ajudar a pessoa a participar do tratamento.

Muitos especialistas acreditam que a combinação de farmacoterapia e terapia cognitivo-comportamental é a melhor abordagem para casos graves.

 Fonte: https://www.msdmanuals.com

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

3ª Séries - Origem do FUTSAL

 Primórdios do Futsal

O futebol de salão tem duas versões sobre o seu surgimento, e, tal como em outras modalidades desportivas, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que o futebol de salão começou a ser jogado por volta de 1940 por frequentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo (SP), pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas “peladas” nas quadras de basquete e hóquei.

No início, jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe, mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada, mas apresentavam o problema de saltarem muito e frequentemente saiam da quadra de jogo, então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado, por este fato o futebol de salão foi chamado de “Esporte da bola pesada“.

Há também a versão, tida como a mais provável, de que o futebol de salão foi inventado em 1934 na Associação Cristã de Moços de Montevidéu, Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte de “Indoor-foot-ball“.

Primeiras entidades oficiais

Habib Maphuz é um dos nomes que mais se destaca nos primórdios do futebol de salão. Maphuz era professor da ACM de São Paulo e no início dos anos cinquenta participou da elaboração das normas para a prática de várias modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM paulista, este mesmo salonista fundou a primeira liga de futebol de salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços. Mais tarde o professor se tornou o primeiro presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão.

Em 28 de Julho de 1954 foi fundada a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, a primeira federação estadual do Brasil, sendo Ammy de Moraes seu primeiro presidente. Neste mesmo ano foi fundada a Federação Mineira de Futebol de Salão. Em 1955 foi fundada a Federação Paulista de Futebol de Salão. O que se viu a partir de então foi o desencadeamento da origem de federações estaduais por todo o Brasil. Em 1956 as Federações cearense, paranaense, gaúcha e baiana. Em 1957 a catarinense e a norte-rio-grandense, em 1959a sergipana. Na década de 60 foram fundadas as Federações de Pernambuco, do Distrito Federal, da Paraíba, enquanto na década de 70 tiveram origem as federações acreana, a do Mato Grosso do Sul, a goiana, a piauiense, a mato-grossense, e a maranhense. Nos anos 80 foram fundadas as federações amazonense, a de Rondônia, a do Pará, a Alagoana, a do Espírito Santo e a Amapaense. E, finalmente, na década de 90 vieram as mais novas: Roraimense e a Tocantinense.

Primeiras regras

As primeiras regras publicadas foram editadas em 1956. As normas foram feitas por Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes, em São Paulo. Juan Carlos Ceriani e Habib Maphuz professores da ACM são considerados os pais do futebol de salão. Este esporte, relativamente novo, é sem nenhuma contestação a segunda modalidade esportiva mais popular no Brasil, somente atrás do futebol, e atualmente o esporte em maior crescimento em todo mundo.

O futebol de salão brasileiro tinha no seu inicio, em meados dos anos cinquenta, várias regras. Foi então que em 5 de fevereiro de 1957 o então presidente da Confederação Brasileira de Desportos, CBD, Sylvio Pacheco criou o Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão para conciliar divergências e dirigir os destinos do futebol de salão no Brasil.

Foram eleitos para este conselho com mandato de três anos: Ammy de Moraes (Guanabara), Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandez (São Paulo), Roberto José Horta Mourão (Minas Gerais), Roberval Pereira da Silva (Estado do Rio), Utulante Vitola (Paraná). (Fonte: http://www.fmfutsal.org.br)

FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTSAL MODERNO

Domínio no futsal ( Recepção): Domínio é a habilidade de recepcionar a bola. O objetivo do professor ao ensiná-la é o de levar a criança a recepcioná-la com as diversas partes do corpo.

Condução no futsal: A condução é quando se leva a bola pela quadra de jogo. Uma regra básica: a bola deve estar próxima do condutor. Essa condução pode ser feita em linha reta, daí o nome de retilínea. Também em ziguezague, e, portanto, sinuosamente. As outras faces para se conduzir são interna e externa. A de frente é ineficaz.

Chute no futsal: O chute surge quando do contato da criança com a bola em direção à meta adversária ou para afastar o perigo de um ataque adversário. O primeiro seria o chute com o objetivo ofensivo. O segundo, com o objetivo defensivo. Logo, chute sempre é a mesma coisa, o que muda é o objetivo. Quais seriam as possíveis trajetórias de chute? Rasteira, meia altura e alta. Quais seriam os tipos, as maneiras de chutar? Com o dorso ou de peito de pé, de bate-pronto ou semi voleio, de voleio ou sem pulo, de bico e por cobertura.

Passe no futsal: O passe só acontece quando há duas pessoas. Passa-se quando um alguém envia a bola para um outro alguém. Em geral passa-se a bola com os pés, mas também pode sair um passe com a cabeça, com o peito, a coxa, o ombro.O passe é classificado quanto à distância, à trajetória (altura), à execução (parte do corpo), ao espaço de jogo (quadra) e à habilidade.- Distância: Curto - até 4 metros; Médio - 4 a 10 metros; Longo - acima de 10 metros.- Trajetória: Rasteiro, meia altura, parabólico.- Execução: Interna, externa, anterior (bico), solado, dorso.- Espaço de Jogo: Lateral, diagonal, paralelo.- Passes de Habilidade: Coxa, peito, cabeça, calcanhar, ombro, parabólico ou cavado.

Drible no futsal: O drible é feito com posse de bola. Quem dribla, procura, com bola, passar por um adversário. Esse "passar pelo adversário" exigirá, algumas vezes, velocidade, outras apenas mudança de direção, outras, criatividade, ginga e outras ainda, todas estas coisas simultaneamente. Entretanto, uma coisa é certa: o que dificulta a habilidade de marcar é a perda do equilíbrio. Logo, o drible eficaz é aquele que provoca no outro o desequilíbrio.

Finta no futsal: Finta, ao contrário do drible, é realizada sem bola. Ainda que quem finta esteja sem bola, o faz com o objetivo de obtê-la. O professor que ensina a fintar tem o objetivo de levar a criança a enganar o seu adversário para receber a bola. Outros nomes, dependendo da região do país, são sinônimos de finta: desmarcação, balanço, gato, vai e vem, pique falso.

Marcação no futsal: Quem marca tem o objetivo de desarmar quem tem a bola, tomando-lhe a mesma ou tirando-a; também objetiva impedir que o adversário receba a bola.

Proteção de Bola no futsal: Proteger significa manter a posse de bola quando marcado diretamente por um adversário. Porém, não se trata de drible. Técnica para proteger a bola: quem protege deve antecipar o lado que o oponente quer entrar a fim de realizar o desarme. A oposição deve ser feita com o tronco e o braço.

Fonte: Professor Adson Barros Santana – http://adsonbarros.blogspot.com/

A QUADRA OFICIAL DO FUTSAL