segunda-feira, 1 de agosto de 2022

2º ANO 3º BIMESTRE - REGRAS DO BASQUETE

 

O que é e qual o objetivo do jogo de Basquetebol?

O Basquetebol é um esporte coletivo jogado por duas equipes de 5 jogadores cada. O objetivo do jogo de Basquetebol é marcar pontos jogando a bola na cesta defendida pela equipe adversária.

Quais as medidas e dimensões da quadra de Basquetebol?

De acordo com as Regras do Basquetebol uma quadra de Basquete tem 28 metros de comprimento por 15 metros de largura.

Qual a altura da cesta de Basquetebol?

  • A Cesta de Basquetebol (aro) fica a uma altura de 3,05 metros do solo
  • A tabela de Basquetebol fica a uma altura de 2,90 metros do solo
  • O diâmetro da cesta de Basquetebol (aro) é de 45 centímetros
Medidas e altura da cesta de Basquetebol

Quais os equipamentos usados num jogo de Basquetebol?

Os equipamentos básicos para um jogo de Basquetebol são: tabela de basquete com aro e suporte, bola de basquetebol, cronômetro e um quadro para marcação do placar e de faltas.

Por quantos jogadores é formada uma equipe de Basquetebol?

  • Um equipe de Basquetebol é formada por no máximo 12 jogadores, sendo 5 em quadra e até 7 reservas.
  • Um treinador, um treinador auxiliar e até 5 membros na comissão técnica

Qual a função do treinador de uma equipe de Basquetebol?

  • entregar ao anotador uma lista com os nomes e números dos jogadores de sua equipe pelo menos 20 minutos antes do início da partida
  • Ficar em pé e falar com seus jogadores sem sair da área do banco de reservas

Qual a duração de uma partida de Basquetebol?

Uma partida de Basquetebol é dividida em 4 períodos de 10 minutos cada. Se ao final do último quarto período o jogo estiver empatado, haverá uma prorrogação de 5 minutos e quantas forem necessárias até que o jogo tenha um vencedor.

Regras relacionadas a bola no Basquetebol

  • Bola Viva: É quando a bola está em jogo
  • Bola morta: É quando a bola está fora de jogo
  • Bola ao ar: aplica-se no início do jogo e quando há uma bola presa (quando dois ou mais jogadores adversários estão segurando a bola ao mesmo tempo).
  • A Bola ao Ar também se aplica quando:
    • A bola sai da quadra e o árbitro tem dúvida qual equipe deve fazer a reposição
    • No início de cada período de jogo
    • Dupla falta no último lance livre
    • Se a bola ficar presa entre o aro e a tabela
Regras do Basquetebol: Bola ao alto

Posse de Bola Alternada no Basquetebol

A Posse de Bola Alternada é um procedimento que substitui a Bola ao Ar.
Procedimentos para Posse de Bola Alterada:
  • A equipe que perder a primeira Bola ao Ar terá direito a primeira Posse de Bola Alternada
  • A equipe que tiver direito a próxima posse de bola alternada no final de querquer período, iniciará o próximo período

O Manejo da bola no Basquetebol

Durante o jogo de Basquetebol a bola pode ser tocada apenas com as mãos. Pode ser passada, rolada, lançada ou quicada.
No jogo de Basquetebol não é permitido:
  • Correr com a bola
  • Chutar a bola
  • Bater na bola com o punho
  • Interceptar a bola intencionalmente com qualquer parte da perna
Tocar a bola com a perna de forma não intencional não é uma violação a regra.”

Quantos pontos vale uma “Cesta” no Basquetebol

  • Cesta de um Lance Livre vale 01 ponto
  • Cesta convertida na região delimitada pela linha de 3 vale 02 pontos
  • Cesta convertida fora da região delimitada pela linha de 3 vale 03 pontos
QUANTOS PONTOS VALE UMA CESTA NO BASQUETEBOL
Existe cesta contra no Basquetebol?
“De acordo com as Regras do Basquetebol, se um jogar converter uma cesta em seu próprio aro (cesta contra) de forma não intencional, será marcado 02 pontos para o capitão da equipe adversária. Mas se a cesta contra for intencional, o ponto não será válido.”

Reposição de Bola no Basquetebol

A reposição de bola no Basquetebol é feita fora dos limites da quadra e no local mais próximo onde ocorreu a infração. O árbitro deve, obrigatoriamente, entregar a bola para o jogador que irá fazer a reposição. O jogador terá 5 segundos para realizar a reposição.
Outras situações de reposição de bola no Basquetebol:
  • Após uma cesta convertida a reposição deve ser feita atrás da linha de fundo
  • No início de cada período ou após um lance livre resultante de falta técnica, antidesportiva ou desqualificante a reposição de bola será feita no prolongamento da linha central da quadra, fora da quadra.
  • Se uma cesta for convertida mas não for validada, a reposição ocorrerá fora da quadra no prolongamento da linha de lance livre

O Pedido de Tempo no Basquetebol

Pedido de tempo no Basquetebol é uma interrupção do jogo solicitada pelo treinador de uma equipe e tem duração de 1 minuto.
Cada equipe tem direito a:
  • 02 pedidos de tempo no primeiro tempo de jogo (primeiro e segundo períodos)
  • 03 pedidos de tempo no segundo tempo de jogo, sendo que nós últimos dois minutos pode-se pedir no máximo dois tempos
  • 01 pedido de tempo por tempo extra

Como são feitas as substituições no Basquetebol?

  • Quando a bola estiver fora de jogo, o cronômetro parado e o árbitro terminou a comunicação com a mesa de controle.
  • Quando um jogador recebe a bola para fazer a reposição de bola, não é mais permitido fazer uma substituição.
  • O jogador substituto deve informar a mesa de controle que irá acontecer uma substituição.
SUBSTITUIÇÕES NO BASQUETEBOL?

Jogo Perdido por Ausência ou Exclusão

  • Uma equipe perde o jogo por ausência se não possui 05 jogadores aptos a jogar até 15 minutos após a hora marcada para início do jogo.
  • Uma equipe perde o jogo por exclusão se durante o jogo ficar reduzida a menos de 02 jogadores aptos a jogar.

Violações das Regras do Basquetebol

Toda vez que ocorre uma violação as regras do Basquetebol a bola deve ser concedida ao adversários para reposição de bola fora da quadra do local mais próximo de onde ocorreu a violação.
Violações as Regras do Basquete
Tipos de violações (infrações) as regras do Basquetebol:
  • Jogador ou bola fora de quadra (jogador ou bola são considerados fora de quadra ao entrarem em contato com solo, objeto ou pessoa fora da quadra)
  • Jogador realiza dois drible consecutivos
  • Jogador andar com a bola
  • Jogador permanecer mais de 3 segundos dentro da área restrita adversária (Garrafão) quando sua equipe tem a posse de bola
  • Jogador fica mais de 5 segundos segurando a bola
  • Permanecer com a posse de bola por mais de 8 segundos na quadra de defesa
  • Não realizar um arremesso a cesta adversária dentro do tempo limite de 24 segundos
  • Retornar a bola da quadra de ataque para a quadra de defesa
Regras do Basquetebol: 2 segundos, pé na bola.
“Um jogador na zona de defesa não pode interferir em um arremesso adversário que está em trajetória descendente, nem tocar o aro ou a cesta, caso isso ocorra, será convertido ponto para equipe adversária de acordo com a posição ou situação em que o arremesso foi realizado.”

As Faltas no Basquetebol

Faltas são infrações as regras do Basquetebol referentes a um contato físico ou atitude antidesportiva.
Regras do Basquetebol: Faltas no Basquetebol

Posição Legal de Defesa

Um jogador ocupa uma posição legal de defesa quando está de frente para o adversária, com os pés no solo e ocupando um espaço cilíndrico.
É considerado falta no Basquetebol:
  • Provoca contato com um adversário que está em posição legal de defesa (falta de ataque)
  • Bloquear ou obstruir um adversário estando fora da sua posição legal de defesa
  • realizar carga (empurrar) o adversário
  • Tocar o adversário com as mãos restringindo seus movimentos
  • Agarrar o adversário em qualquer parte do corpo

Tipos de Falta do Basquetebol

Tipos de falta no Basquetebol
  • Falta pessoal: é um contato físico ilegal com o adversário
  • Falta dupla: é quando dois jogadores adversários cometem um falta pessoal ao mesmo tempo. A falta será anotada pela mesa e o jogo se reiniciará normalmente sem nenhum penalidade para as equipes.
  • Falta Técnica: é marcada a partir de um comportamento inadequado dos jogadores ou comissão técnica da equipe
    • O jogador que cometer duas faltas técnica será desqualificado do jogo
    • Se a falta técnica for cometida por um jogador ela contará como falta individual e coletiva da equipe
    • Se forma cometida por um membro do banco não contará como falta coletiva
    • Será concedido um lance livre mais reposição de bola para a equipe adversária
  • Falta Antidesportiva: é uma falta intencional que fere o espírito das regras do jogo
    • O jogador que cometer duas faltas antidesportiva será desqualificado do jogo
    • será concedido lances livres mais reposição de bola para equipe adversária.
      • Se a falta foi cometida em um jogador que não estava em ato de arremesso, a equipe terá direito a 2 lances livre.
      • Se a falta foi cometida em um jogador que estava no ato de arremesso, o arremesso será convertido e a equipe terá mais 1 lance livre.
  • Falta Desqualificante: é uma falta explicitamente antidesportiva.
    • O jogador será desqualificado
    • Se a falta foi cometida em um jogador que não estava em ato de arremesso, a equipe terá direito a 2 lances livre mais reposição de bola
    • Se a falta é sem contacto: 2 lances livres
    • Se a falta é cometida sobre um jogador no ato de lançamento: a cesta é convertida e, adicionalmente, 1 lance livre.
    • Se a falta é cometida sobre um jogador no ato de arremesso e a cesta não é convertida: 2 ou 3 lances livres de acordo com a posição do arremesso.
Falta Técnica e Antidesportiva no Basquetebol
“De acordo com as Regras do Basquetebol se um jogador que cometer 5 faltas deve ser informado por um árbitro e deve abandonar o jogo de imediato. Deve ser substituído em até 30 segundos.”

Faltas de Equipe

Uma falta de equipa são todas as faltas pessoais, técnicas, antidesportivas ou desqualificantes cometida por um jogador.
Uma equipa incorre numa situação de penalidade de faltas de equipa quando tenha cometido 4 faltas de equipa num período.
Quando uma equipa incorre numa situação de penalidade de faltas de equipa, todas as faltas pessoais subsequentes, cometidas por seus jogadores sobre um adversário que não esteja em ato de arremesso, devem ser penalizadas com 2 lances livres, em vez de uma reposição de bola.

Fonte: http://www.dicaseducacaofisica.info/resumo-das-regras-oficiais-do-basquetebol-atualizadas/

2º ANO - 3º BIMESTRE: BASQUETE

 

BASQUETE COMO TUDO COMEÇOU

Basquetebol, também conhecido como bola-ao-cesto ou cesto-bola, nasceu da necessidade de exercitar estudantes em Springfield, Massachusetts (EUA), durante o inverno quando não podiam praticar a maioria dos esportes ao ar livre. Foi o canadense James Naismith, professor de educação física, quem o lançou naquela cidade em 1891, e logo o basquetebol propagou-se pelo mundo. No inicio, era praticado por nove homens de cada lado, o jogo tinha como objetivo a marcação de pontos através do arremesso da bola sobre velhas cestas de colher pêssegos, colocados em lados opostos numa altura de 3 metros.
 
O Basquete surgiu em 1891, pelo professor James Naismith do Springfield College, em Massachusetts, nos Estados Unidos da América. Colégio que formava os professores a serviço da associação cristã da juventude, durante a reunião anual, estudaram diversos problemas. a grande preocupação desse ano era o panorama da educação física. Os professores responsáveis por tal área, salientaram a necessidade urgente de uma modificação nas atividades, particularmente durante os meses de inverno, extremamente rigoroso. assistia-se a um desinteresse acentuado, crescente e ostensivo, pelas classes de educação física ministradas em ginásio, dado que os rigores do inverno impediam qualquer tipo de atividade ao ar livre. em muitos casos esse desinteresse dava origem a problemas disciplinares dos alunos, que urgia resolver.
O dr. James Naismith foi então nomeado para professor de educação física da “classe rebelde”. tentou adaptar jogos conhecidos de ar livre, às condições materiais do ginásio, sem resultado, já que os alunos não aceitavam as experiências e rejeitavam as modificações que forçosamente teriam que ser impostas. Depois de várias tentativas, sem sucesso, Naismith foi obrigado a desistir da adaptação de um jogo ou desporto conhecido e dedicou-se ao estudo de uma solução diferente.
Como surge a ideia de novo jogo
Após analisar todos os jogos e experiências tentadas, concluiu que não era solução tentar convencer os jogadores, arreigados às tradições e aos hábitos de jogo, a aceitar uma expressão diferente em jogos que conheciam e praticavam com razoável sucesso. Decidiu fazer um estudo analítico de todos os jogos conhecidos, com a preocupação de identificar os elementos comuns, de comparar processos de jogo e de classificar as ações dominantes.
Esta análise levou Naismith às seguintes conclusões: Os jogos que tinham maior aceitação entre a juventude americana, utilizavam uma bola. as dimensões e o peso da bola eram variáveis, bem como a sua forma, mas os jogos mais populares tinham a bola como elemento comum. Concluiu, imediatamente, que a solução seria encontrar um novo jogo e que este teria de utilizar uma bola. nesse tempo, as bolas que se utilizavam em jogos mais populares podiam dividir-se em bolas grandes e bolas pequenas.
Pensando que as bolas mais pequenas poderiam vir a ocasionar conflitos, nada convenientes à solução do problema disciplinar que o preocupava, já que poderiam ser escondidas e para sua utilização, tornar-se-ia indispensável o uso de equipamentos específicos (ténis = raquete; hóquei em campo = a léu; etc.), abandonou, definitivamente, a hipótese de um jogo com bola pequena.
O novo jogo deveria utilizar uma bola grande e leve, que poderia ser manejada com facilidade e que não pudesse ser escondida pelos jogadores.
Não se preocupou, Naismith, se a bola deveria ser oval ou redonda, mas sim com a forma de jogar e com as situações mais favoráveis num jogo com bola grande. No futebol americano o jogo corria-se com a bola e no ginásio tal situação não era aconselhável.
nova conclusão tirou : o novo jogo não permitia o transporte da bola durante a corrida ; seria, portanto, proibido correr com a bola nas mãos.
Tentando ir de encontro à ação individual que tanto agradava à juventude americana, viu que não havia muito por onde escolher. os gestos mais frequentes em todos os jogos eram o lançamento, o arremesso, o batimento, o agarrar.
A partir daqui faltava no entanto, o fator mais importante – a finalidade do jogo -! para encontrar um vencedor, o que é que os jogadores tinham de fazer ?
Como se obteria o resultado do jogo ? todos os jogos têm um objetivo específico, na finalidade próxima, à volta da qual se elabora o processo do jogo.
A finalidade do jogo
Passadas todas estas fazes, mandou chamar o superintendente do colégio e perguntou-lhe se tinha duas caixas de madeira, quadradas, com 18 polegadas de lado, respondendo este que dispunha de dois cestos de pêssegos. eram mais largos em cima do que em baixo. Naismith pregou-os no balcão, em cada uma das extremidades do ginásio do Springfield College.
antes de fazer a primeira experiência com os “alunos rebeldes”, elaborou as primeiras regras - 13 – o nome do jogo - basquete -, foi sugerido por um aluno, já que era jogado com cestos e bola, tendo obtido a concordância do dr. Naismith. não se supunha, nem se imaginava, sequer, que o novo jogo iria, em 50 anos, transformar-se num dos desportos mais praticados no universo do desporto.

 A QUADRA DE BASQUETE

A quadra de basquete deve ser retangular, plana, sólida e livre de obstáculos. De acordo com as novas regras da FIBA, seu comprimento deve ser de 28m e a largura de 15, sendo que as linhas limítrofes não fasem parte da quadra de jogo. Estas dimensões são obrigatórias para campeonatos internacionais, para as outras competições, a entidade responsável poderá autorizar jogos em quadras com a medida antiga, de 26m por 14.

Todas as linhas da quadra deverão possuir 5cm de largura e todas de uma mesma cor, preferencialmente branca. Paralelo às linhas de fundo, exatamente no centro da quadra, deverá ser traçada a linha central. A partir de seu centro deverá ser desenhado um círculo de 1,80m de raio. O círculo pode ser de cor diferente da quadra, porém, se pintado, deve ser da mesma cor dos “garrafões”.

Para e delimitar a zona de cesta de três pontos deve-se fazer o seguinte: Traçar uma linha imaginária, partindo do ponto central do aro e paralela a linha de fundo, de 6,25m para cada lado. Perpendicularmente a linha de fundo, deve-se traçar uma linha reta até a distancia desta linha imaginária. A partir daí a linha de três pontos deve ser equidistante ao centro do aro, a uma distância de 6,25m.

Para desenhar o “garrafão”, deve-se fazer o seguinte: Achar o ponto médio da linha final, marcar 3m para cada lado. Traçar uma linha imaginária, a partir do ponto médio, até uma distância de 5,8m, este será o ponto central da linha de lance-livre, que deve ter 3,6m de comprimento, deve-se ligar as bordas da linha de lance-livre até os pontos a 3m do centro da linha final com uma linha diagonal. A circunferência ao redor da linha de lance-livre tem 1,8m de raio, e a parte no interior do garrafão deve ser pontilhada.

A tabela.
A tabela deve ser construída em peça única e ser, preferencialmente, transparente, feita de vidro temperado. Caso não seja transparente, deve ser pintada de branco.
As linhas deverão ter 5 cm e devem ser pintadas de branco, caso a tabela seja transparente; ou de preto, nos outros casos; e devem ter as medidas indicadas acima.
Elas devem estar colocadas a 1,20m de distância da linha final e a 2,9m de altura.

O aro.
Os aros deverão ser constituídos de ferro sólido, com diâmetro interior de 45 cm, pintados na cor laranja. O metal dos aros será de 20 mm de diâmetro, com a adição de pequenos ganchos, na parte inferior, ou outro dispositivo semelhante, para fixar a rede. As redes deverão ficar solidamente fixadas às tabelas, num plano horizontal, na altura de 3, 05 do piso e eqüidistante das bordas verticais da tabela. O ponto mais próximo da borda interior dos aros deverá estar à 15 cm da superfície da tabela.

 

Fundamentos do Basquete

Quais os principais fundamentos do basquete?
Os principais são: passe, drible, arremesso, lance-livre e rebote.

PASSE
•Passe de peito - Trazendo já bola junto ao peito, com o peso do corpo na perna coordenando movimento dos braços com os pulso, a bola à frente do corpo, lançá-la com as mãos na direção do movimento.

•Passe picado - É idêntico ao passe de peito, com a diferença de que a bola toque no chão antes de chegar às mãos do jogador que vai recebê-la. v Passe por cima da cabeça - Elevando a bola acima da cabeça com ambos os braços, lançá-la com um forte movimento dos pulsos, sem baixar os braços.

•Passe de gancho - A bola é segura pela mão que vai lançá-la bem junto ao punho, dedos espalhados na bola. Com um passo atrás ou para o lado, dar um solto com um giro no ar simultâneo ao lançamento da bola através de um movimento circundante do braço.

•Passe de ombro - A bola é segura com ambas as mãos, com os dedos apontados para cima. Os cotovelos devem ser flexionados, a bola se manterá junto ao corpo com o ombro alto e a execução do passe deverá ser feita pela extensão do braço, cotovelo e punho.

DRIBLE
•Corpo abaixado, cabeça elevada, joelhos flexionadas, impulsionar a bola com a flexão do pulso.

ARREMESSO
•Bandeja - É um arremesso em movimento que pode ser feito com passe ou driblando. Em ambos, o jogador tem direito a dois tempos rítmicos, ou seja, ao receber a bola ou interromper o drible o jogador define o pé de apoio (1º tempo rítmico), tendo direito ao segundo tempo rítmico com mais um passo. No entanto, a bola deverá ser lançada à cesta antes que o jogador toque o solo.

•Com uma das mãos -
Partindo da posição fundamental, com o peso do corpo na perna da frente, bola na altura do peito, o jogador flexionará as pernas simultaneamente à elevação da bola acima da cabeça. O arremesso termina com a extensão completa do braço, pulso flexionado e com o último contato da bola através das pontas dos três dedos médios da mão.

•Jump, com drible e parada - Driblando em direção à cesta, parando numa posição de equilíbrio, flexionara as pernas, saltar elevando a bola acima e à frente da cabeça com ambas as mãos, executar o arremesso apenas com uma das mãos.

•Gancho - O jogador de posse da bola, dribla em direção à cesta mantendo seu corpo entre a bola e o adversário. Para, olha para a cesta, salta girando o corpo no ar com o lançamento da bola em movimento circundante do braço, caindo de frente para a cesta.

LANCE-LIVRE
•É igual ao arremesso com uma das mãos, efetuado da linha do lance-livre, sem marcação e tendo cinco segundos para a execução. É importante que o jogador mantenha o peso do corpo na perna da frente, concentre-se e bloqueie a respiração antes do arremesso.

REBOTE
•Partindo da posição de guarda, o jogador da defesa procura através de um trabalho de pernas evitar que o adversário tome a sua frente para o rebote. É importante, durante o lançamento da bola, que o defensor não olhe para a trajetória da bola, e sim o jogador que esteja marcando. 1º caso: Quando o adversário correr para o rebote pelo lado da perna de trás do defensor, basta a este fazer o giro na perna de trás. 2º caso: Quando o movimento para a cesta for feito pelo lado da perna da frente, o defensor efetuará dois movimentos de giro. O primeiro pela perna da frente e o segundo igual ao 1º caso.

3º ANO - 3º BIMESTRE: ATIVIDADES RÍTMICAS E A DANÇA

 

  3º ANO - 3º BIMESTRE: ATIVIDADES RÍTMICAS E A DANÇA 

Introdução

    As atividades rítmicas e a dança são conteúdos da Educação Física escolar, uma vez que integram a cultura corporal de movimento. Assim, essas práticas corporais possuem o mesmo grau de importância dos demais conteúdos dessa disciplina.
    No entanto, o que presenciamos geralmente, é que tais conteúdos são raramente desenvolvidos no ambiente escolar e, quando são a ênfase consiste apenas nas vivências de forma descompromissada.
    Silva et al (2008, p. 37) apontam uma das possíveis razões para essa realidade: “existe hoje uma grande carência do trabalho com o ritmo, por exemplo, nas escolas, talvez por que a maioria dos professores desconheça o sentido dessa palavra e as possibilidades de trabalho que podem ser desenvolvidas através dela.” Marques (2007, p. 22), realça as análises dos autores afirmando que: “na grande maioria dos casos, professores não sabem exatamente o que, como ou até mesmo porque ensinar dança na escola.”
    É nesse sentido, que acreditamos ser relevante destacar a importância das atividades rítmicas e da dança, bem como, algumas possibilidades para a sua inserção no contexto escolar. Conforme, ressalta Impolcetto et al (2007, p. 92):
    Nas aulas de Educação Física escolar, a dança pode contribuir para a construção de uma relação de cooperação e respeito, desempenhando um importante papel, pois proporciona aos alunos a aquisição de elementos para que estes possam estabelecer relações corporais críticas e construtivas com diferentes maneiras de ver e sentir o corpo em movimento, relacionando-o com sua realidade, assim como compreende-lo em diferentes épocas e culturas.
    Contendo inúmeras possibilidades de ensino, a presença dessas práticas corporais, se torna essencial para uma educação integral dos alunos. Isto porque, por meio das atividades rítmicas e da dança, o aluno terá a oportunidade de conhecer e vivenciar as diversas manifestações culturais, nelas contidas. Segundo Verderi (2000, p. 33): “a verdadeira educação deve formar o homem para a vida, devemos a nossos alunos formação de valores, de metas.”
    Por esta razão, enfatizamos a relevância das atividades rítmicas e da dança na escola, sobretudo, no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, uma vez que nessa faixa etária, é possível trabalhar as habilidades básicas dos alunos, aperfeiçoando-as e, principalmente, permitindo, aos mesmos que desenvolvam sua criatividade. Ou seja: “a dança na escola, associada à Educação Física, deverá ter um papel fundamental enquanto atividade pedagógica e despertar no alunado uma relação concreta sujeito-mundo” (VERDERI, 2000, p. 58).
    Portanto, o objetivo desse trabalho é destacar a relevância das atividades rítmicas e dança na escola, apresentando uma proposta de sistematização/organização desses conteúdos para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental.
 
Revisão da Literatura
 
O que é atividade rítmica e dança?
 
    Para compreendermos melhor a especificidade de tais conteúdos, se torna relevante, conhecermos primeiramente, o conceito de ritmo e rítmica. Vale destacar que, vários autores atribuem diferentes significados à palavra ritmo, dos quais destacaremos alguns.
 
    Nesse sentido, investigando o conceito da palavra ritmo, verificamos que, de acordo com Camargo (1994, p. 23): “a palavra ritmo - em grego rhythmos- significa ‘aquilo que se move, aquilo que flui’, o que nos leva a concluir que todo movimento é ritmo em potencial.” Ou seja: “o ritmo e o movimento se desenvolvem simultaneamente no tempo e no espaço. Desta forma, confirmamos nossa consideração que o RITMO é MOVIMENTO, que o MOVIMENTO é RITMO [...]” (TIBEAU, 2006, p. 55, grifo do autor).
 
    Isto deixa claro que, o ritmo é algo inerente à vida humana. Para Tibeau (2006, p. 56):
    Todo o ser humano é dotado de ritmo, que se manifesta antes mesmo do nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por isso, o ritmo é considerado o elemento da música que está mais associado ao movimento, às ações motrícias do Homem.
    É por esta razão que, o ritmo atua nos aspectos cognitivos, afetivos e sociais do ser humano (CAMARGO, 1994).
    Conforme observamos, há inúmeras definições para a palavra ritmo, de forma que concluímos, com as análises feitas por Verderi (2000, p.53), na qual define o ritmo da seguinte maneira:
    O ritmo faz parte de tudo o que existe no universo, é um impulso, o estímulo que caracteriza a vida. Ele se faz presente na natureza, na vida humana, animal e vegetal, nas funções orgânicas do homem, em suas manifestações corporais, na expressão interior exteriorizada pelo gesto, no movimento, qualquer que seja ele.
    Já em relação à rítmica, esta foi desenvolvida pelo compositor e pedagogo suíço Emile Jacques Dalcroze (1865-1950), segundo Tibeau (2006). De acordo com Camargo (1994, p. 77): “[...] a ‘Rítmica’ é um método de educação global, baseado no ritmo musical, vivido de forma corpóreo-sensorial pelo indivíduo”.
    O método foi desenvolvido, uma vez que Dalcroze notou vários problemas de educação musical, apresentado pelos seus alunos musicistas, como também por músicos profissionais, de forma que buscou meios capazes de amenizar tal situação (CAMARGO, 1994). Ainda, segundo a autora: “Dalcroze organizou o seu método, visando à integração das faculdades físicas e mentais do ser humano, potencializando-as no tempo e no espaço, através da música” (CAMARGO, 1994, p. 77).
    Nisso, o método de Dalcroze, segundo Bourcier (1987, p. 291-292), se refere à:
    [...], uma educação psicomotora com base na repetição de ritmos, criadora de reflexos, na progressão da complexidade e da sobreposição de ritmos, na decifração corporal, na sucessão do movimento: a música suscita no cérebro uma imagem que, por sua vez, impulsiona o movimento, que se torna expressivo caso a música tenha sido captada corretamente. As conseqüências pedagógicas são o desenvolvimento do sentido musical em todo o ser- sensibilidade, inteligência, corpo-, que fornece uma ordem interior que, por sua vez, comanda o equilíbrio psíquico.
    Com isso, nota-se que a rítmica é uma forma de expressão corporal, por meio da música. Assim, as atividades rítmicas podem ser definidas, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 71) como:
    [...] as manifestações da cultural corporal que têm como característica comum a intenção explícita de expressão e comunicação por meio dos gestos na presença de ritmos, sons e da música na construção da expressão corporal. Trata-se especificamente das danças, mímicas e brincadeiras cantadas. Nessas atividades rítmicas e expressivas encontram-se mais subsídios para enriquecer o processo de informação e formação dos códigos corporais de comunicação dos indivíduos e do grupo.
    Ou seja, são atividades que visam trabalhar a expressão corporal, tendo como base, a música, bem como, a dança, que também é uma forma de comunicação.
    Seguindo nessa perspectiva, no que se refere à dança, Gaspari (2005), destaca que, a dança é uma forma de comunicação, considerada a mais antiga, visto que, desde os tempos primitivos, os homens já a utilizava para expressar seus sentimentos e desejos, levando Garaudy (1980, p. 13), afirmar que: “a dança é um modo de existir”. Soares e Madureira (2005, p. 85), ressaltam ainda que, a dança “[...] é uma experiência da beleza onde os corpos são múltiplos, conscientes da própria materialidade e sensíveis à expressividade do outro”.
    Em suma, as atividades rítmicas e a dança são elementos integrantes da cultura, da qual devem ser resgatadas e valorizadas, pois, são inerentes à vida humana.
 
Por que é importante aprender atividades rítmicas e dança na escola?
 
    As atividades rítmicas e a dança pertencem à cultura corporal, devendo ser desenvolvidas nas aulas de Educação Física escolar, de forma coerente e dinâmica. De acordo com Verderi (2000), a Educação Física é uma disciplina que trabalha diretamente com o movimento humano.
    O que me arrisco afirmar é que existe a necessidade latente da Educação Física entender melhor a especificidade de tal conteúdo, refletindo e discutindo os meandros ao qual as atividades rítmicas estão inseridas tentando apontar para suas possibilidades de usos e recursos na tentativa de desenvolver aprendizados que sejam realmente relevantes, interessantes e prazerosos para nossos alunos e alunas (JESUS, 2008, p.23).
    Realidade essa, também destacada por Ehrenberg e Gallardo (2005, p. 114), em relação à dança:
    A dança, como outras manifestações da cultura corporal, é capaz de inserir o seu aluno ao mundo em que vive de forma crítica e reconhecendo-se como agente de possível transformação, mas, para tal é necessário não apenas contemplar estes conteúdos e sim identificá-los, vivenciá-los e interpretá-los corporalmente.
    Fica evidente que, as atividades rítmicas e a dança, são conteúdos ricos, capazes de contemplar diversas finalidades no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Segundo Gaspari (2000, p. 199), “tal prática corporal pode estar na escola de acordo com os pressupostos educacionais e ser adaptada conforme as necessidades e características do contexto escolar”. É nesse sentido que, Verderi (2000) enfatiza que a atual Educação Física deve permitir que, os alunos participem ativamente das aulas, considerando as suas próprias percepções.
 
    De acordo com Jesus (2008), a relevância das atividades rítmicas está pautada nos aspectos comunicativos e expressivos do ser humano, pois, por meio desse conteúdo, é possível não apenas compreender, mas também produzir códigos corporais de comunicação. Paralelamente, é possível desenvolver a criatividade dos alunos e, principalmente, a interação. Isto porque, por meio da dança, é plausível trabalhar a socialização, tornando o aluno mais comunicativo, e mais confiante em suas ações, garantindo, assim, uma aprendizagem positiva (SILVA; JÚLIO; PAIXÃO, 2010).
 
    Dessa maneira, as atividades rítmicas e a dança na escola, são conteúdos essenciais para o desenvolvimento dos alunos (SILVA et al, 2008). Outro aspecto que justifica a importância dessas práticas corporais na escola é o fato de poder discutir nas aulas, questões relacionadas ao gênero. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 42), devemos “[...] atuar concretamente contra o preconceito expresso na falsa idéia de que ‘homem não dança’, cultivando as possibilidades de expressão masculina nas atividades rítmicas e expressivas”. Isto significa que, ao vivenciar estas práticas corporais, o aluno terá a oportunidade de se posicionar de forma mais crítica perante as informações que lhe são apresentadas.
    Sem contar que, ao adquirir uma postura crítica, o aluno além de conhecer as atividades rítmicas e a dança, certamente, também irá valorizar outras culturas além da sua própria. De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998), no nosso país, nos deparamos com diversas manifestações culturais, inseridas, sobretudo, nas danças, visto que são as danças que caracterizam a cultura de diferentes regiões.
 
    Contudo, essas são algumas razões que justificam a relevância desses conteúdos nas aulas de Educação Física. Assim, cabe ao professor analisá-las e contextualizá-las de acordo com a realidade em que os seus alunos estão inseridos.
 
Como as atividades rítmicas e a dança podem ser classificadas?
 
    As atividades rítmicas e a dança, enquanto conteúdos da Educação Física escolar, apresentam suas especificidades, uma vez que são práticas que destacam a diversidade cultural de várias regiões (BRASIL, 1997). Nesse sentido, entendemos que as atividades rítmicas no espaço escolar, podem ser classificadas da seguinte maneira:
  • Percussão corporal: produção de sons com o corpo.
  • Exercícios rítmicos com a utilização de materiais: como pular corda; atividades que envolvam a utilização de materiais como bolas, bastões, entre outras.
  • Brincadeiras cantadas: que são maneiras de brincar com o corpo, a partir da relação entre movimento corporal e expressão vocal, sejam na forma de músicas, frases, palavras ou sílabas ritmadas. Além disso, envolvem musicalidade, dança, dramatização, mímica e jogos, podendo, ser caracterizadas como formas de expressão do corpo que integram a cultura popular (LARA; PIMENTEL; RIBEIRO, 2005), como rodas cantadas ou cirandas, parlendas, acalantos, brincadeiras de mãos, as quais serão tratadas a seguir.
    As brincadeiras de roda são aquelas desenvolvidas em círculo, de forma que as crianças segurando na mão uma das outras, cantam todas juntas cantigas de roda (FARIAS, 2001). Em relação às Parlendas, Silva et al (2008, p.38), destacam que: “elas compõem um conjunto de palavras de arrumação rítmica que podem rimar ou não, podem ser acompanhadas de atividades como jogo, brincadeira e expressão corporal, que são atividades próprias da Educação Física”.
 
    No caso dos Acalantos, essas são melodias simples e meigas, podendo apresentar em seu texto figuras que provoquem medo, além de possuírem outra característica, como o uso do canto em boca chiusa, ou seja, cantar com a boca fechada, favorecendo certa monotonia para fazer a criança dormir (FERNANDES, 2005).
 
    Brincadeiras de mãos são atividades desenvolvidas com canto e gestos com as mãos, nas quais pode haver contato entre os participantes ou não, como, por exemplo, a adoleta (A-do-le-tá/ Le-pe-ti Pe-ti-pe-tá/ Le café com chocolá/ A-do-le-tá) que pode ser feita em grupo ou em duplas.
 
    No que se refere à dança, constatamos que existe um vasto leque de possibilidades, de modo que utilizaremos a classificação realizada por Gallardo (Não paginado - 2003), que classificou as danças segundo a origem de cada uma:

  1. Ancestrais, originárias ou autóctones: são aquelas danças praticadas antes da conquista espanhola ou portuguesa, e que apesar das proibições ainda se encontram alguns vestígios delas.
  2. Tradicionais ou Folclóricas: são as danças que representam a cultura particular de uma região, podendo ter traços das danças ancestrais, e podem - pela miscigenação de culturas - ser adaptações de danças originárias dos países que nos conquistaram ou colonizaram. Elas podem eventualmente tornar-se populares.
  3. Populares: são as danças que estão sendo veiculadas pelos meios de comunicação e praticadas pela comunidade. Algumas delas permanecem em atualidade, chegando a incorporar-se ao grupo das danças tradicionais ou folclóricas.
  4. Clássicas ou Eruditas: são as danças que precisam de todo um processo de aprendizagem sistematizado, dado a sua complexidade e por serem em sua essência habilidades motoras altamente estruturadas (aquelas habilidades que se originam de estudos biomecânicos e devem ser incorporadas ou internalizadas para serem eficientes na prática da modalidade aos quais os modelos pertencem. Exemplos a ginástica artística, saltos ornamentais, entre outras).
    Em síntese, diante da classificação ora apresentada pelo autor, destacamos que para o presente estudo, selecionamos as danças classificadas como Tradicionais e Populares, uma vez que são danças passíveis de adaptações para a sua inserção no contexto escolar.
O que ensinar e o que os alunos devem saber sobre atividade rítmica e a dança?
    As atividades rítmicas e a dança, assim, como os demais conteúdos da Educação Física, possuem uma ampla gama de conhecimentos. São inúmeras, as possibilidades de ensino que esses conteúdos oferecem, de modo que devem ser desenvolvidos de forma coerente no ambiente escolar.
    Basicamente, todo trabalho pedagógico deve considerar primordialmente, o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Para tanto, não basta apenas desenvolver os conteúdos nas aulas, é necessário contextualizá-los, isto é, aproximá-los do contexto do qual os alunos estão inseridos. Segundo Darido (2005, p. 68): “[...] dentro de uma perspectiva de Educação e também de Educação Física, seria fundamental considerar, os procedimentos, fatos, conceitos, as atitudes e os valores como conteúdos, todos no mesmo nível de importância”.
    É nessa perspectiva, que destacamos alguns pontos relevantes das atividades rítmicas e da dança, das quais selecionamos neste estudo, para serem desenvolvidos nas dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal.
  • Dimensão conceitual - trabalhar a história das danças: Samba de Roda, Dança do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. O conceito da palavra ritmo, bem como, a sua importância, uma vez que se trata de algo onipresente. Além disso, refletir sobre a questão do gênero e da pluralidade cultural nas atividades rítmicas, sobretudo, nas danças.
  • Dimensão procedimental- vivenciar as atividades rítmicas que envolvam percussão corporal, exercícios rítmicos com a utilização de materiais e brincadeiras cantadas e danças das regiões brasileiras, tais como: Samba de Roda, Dança do Pezinho, Quadrilha, Catira e Carimbó. Desenvolver atividades práticas, que permitem aos alunos a oportunidade de expressarem sua criatividade e autonomia, por meio dessas práticas corporais.
  • Dimensão atitudinal- fazer com que aula, se torne um ambiente, em que o respeito mútuo, a cooperação e a solidariedade, prevaleçam em todos os momentos.
    Com isso, percebemos que dada à relevância desses conteúdos, é necessário que os mesmos sejam trabalhados nas suas dimensões, buscando garantir aos alunos, uma aprendizagem significativa.
 
Possibilidades para sistematização das atividades rítmicas e dança
    A seguir, apresentamos uma proposta para sistematização/organização das atividades rítmicas e da dança, para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental, que foi elaborada a partir da nossa experiência no ambiente escolar, bem como, por meio de estudos e pesquisas no grupo de estudos LETPEF (Laboratório de Estudos e Trabalhos Pedagógicos em Educação Física), na qual procuramos contemplar, as atividades rítmicas e as danças mais apropriadas para cada faixa etária, como também sugestões de números de aulas, as quais acreditamos serem suficientes para cada tema proposto.
 
    Dado o exposto, o foco da nossa proposta é resgatar por meio das atividades rítmicas e das danças, algumas das manifestações culturais presentes no nosso país. Para tanto, conforme destacado anteriormente, sugerimos trabalhar com algumas danças Tradicionais e Populares que ressaltam a diversidade cultural das cinco regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
 
Considerações finais
    Com base na literatura pesquisada, consideramos que, as atividades rítmicas e a dança, enquanto conteúdos da Educação Física escolar, possuem um vasto repertório de conhecimentos a serem desenvolvidos no contexto escolar, capazes de contribuir significativamente para o desenvolvimento dos alunos.
 
    Além disso, essas práticas corporais contêm uma rica diversidade cultural, da qual destaca a cultura de diversas regiões. Ao inseri-las nas aulas de Educação Física, estes conteúdos, certamente, contribuirão para o resgate, bem como, para a valorização dessas manifestações culturais, possibilitando, os alunos reconhecerem que, esses conteúdos são tão interessantes quanto os demais já vivenciados por eles.
 
    Por esta razão, concluímos que, as atividades rítmicas e a dança, devem fazer parte do cotidiano escolar, assim, como os jogos e os esportes já se encontram. Por serem passíveis de adaptações, para qualquer realidade escolar, isso reforça, ainda mais, a relevância dessas práticas corporais na escola.

3º ANO 3º BIMESTRE: SEDENTARISMO E OBESIDADE

 


É a falta ou a diminuição da atividade física. Na verdade, o conceito de uma pessoa sedentária tem relação com a quantidade de calorias que ela gasta semanalmente, seja em atividades esportivas ou nas tarefas do dia a dia. Para ser considerada uma pessoa ativa é preciso queimar 2.200 calorias por semana, ou cerca de 300 calorias por dia.  

Além de atingir órgãos vitais como coração, rins, cérebro, entre outros, o sedentarismo impacta diretamente na saúde dos músculos e ossos, que se tornam mais frágeis, pois ficam sem uso, literalmente, atrofiando, perdendo a flexibilidade e comprometendo a saúde como um todo.

Atividade física x Exercício Físico
A atividade física e o exercício físico não são a mesma coisa. Atividade física é qualquer movimento do corpo que resulte em um aumento do gasto energético. Já o exercício físico é uma ação planejada e estruturada, que pode utilizar modalidades esportivas como dança, lutas, jogos, etc. Ambos promovem a queima de calorias, porém em níveis diferentes.


Riscos do Sedentarismo
Todo mundo sabe que a prática de exercícios físicos traz muitos benefícios à saúde. Ficar sem se exercitar pode causar vários tipos de doenças, principalmente as ligadas ao sistema cardiovascular. 
Obesidade, pressão alta, diabetes, aumento do colesterol, infarto, derrames, depressão, doenças articulares, são alguns exemplos das doenças às quais o indivíduo sedentário se expõe. O sedentarismo é considerado o principal fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças.
Doenças associadas ao sedentarismo
  • Obesidade
  • Colesterol alto
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Infarto
  • Asma
  • Alguns tipos de câncer
  • Distúrbios psicológicos
Sedentarismo e Obesidade
Segundo o Ministério da Saúde, quase metade da população brasileira está acima do peso. A obesidade é um grande fator de risco para saúde e eleva os níveis de gordura e açúcar no sangue, assim como aumenta a pressão arterial. 
Os obesos também têm mais chances de ter problemas cardiovasculares, articulares, asma, apneia, câncer e transtornos mentais. O sedentarismo aliado a uma dieta rica em carboidratos, açúcar e gorduras contribui para aumentar os índices da obesidade. 

Eu sou sedentário?
Você sabe quantas calorias gasta por dia, por semana? E quantas calorias você consome por meio da alimentação? O equilíbrio entre o consumo e o gasto é fundamental para manter o peso. Porém, para ser considerado ativo ou sedentário você precisa gastar 2.200 calorias, por semana, em atividades físicas. Nem adianta dizer que você faz faxina na casa ou faz uma caminhada no final de semana. Isso não é suficiente. 

Como deixar de ser sedentário?
Para se tornar ativo, a primeira regra é se conscientizar sobre a importância da atividade física. Em seguida, planeje seu dia e encontre o melhor horário. Pense também em escolher uma atividade que lhe dê prazer. Não adianta se matricular na academia e parar de frequentar no primeiro mês. Persista! Depois de um tempo, você irá sentir mais energia, inclusive para trabalhar. Dica importante: além da persistência, a regularidade é fundamental. 

Mudança de hábitos

Saia da sua zona de conforto, literalmente. Isso quer dizer que para aumentar o gasto calórico, é preciso abrir mão de hábitos como usar o elevador para subir alguns andares, dispensar a escada rolante, estacionar o carro em um local mais distante do seu destino, ir ao supermercado ou à padaria a pé, etc. 
Dicas para começar: 
  • Antes de começar uma atividade física é importante realizar uma avaliação médica, checar se a saúde está em dia. Isso pode ser feito com um cardiologista ou com o médico da empresa;
  • Tão importante quanto o exercício é a preparação do corpo. Pela manhã, ainda na cama, experimente alongar seu corpo, espreguice, estique, alongue; 
  • Comece praticando a atividade por 20 minutos, três vezes por semana, durante duas semanas. Na terceira semana aumente para 30 minutos por dia, quatro vezes por semana. Como complemento, faça exercícios com pesos leves e alongamento;
  • Não adianta ser imediatista quando o assunto é esporte. Os resultados ficam mais evidentes após três meses;
  • Use roupas e calçados adequados, que proporcionem conforto e proteção ao mesmo tempo;
  • A sudorese e a desidratação constituem as principais causas de mal-estar durante o exercício, portanto tenha em mãos uma garrafa de água. O importante é estar hidratado antes, durante e após a prática de qualquer atividade física;
  • Caso apresente qualquer problema de saúde durante um exercício, procure orientação médica. 
Benefícios de praticar atividades físicas
1-Perda de peso
Apenas fechar a boca para perder peso não é o suficiente. O exercício físico é fundamental para ajudar na eliminação dos quilos a mais, assim como para manter o peso. Por isso, faça exercícios regularmente para ficar de bem com a balança.

2- Longe de doenças crônicas! 
Engana-se quem pensa que apenas os gordinhos sofrem de pressão alta, colesterol, etc. A atividade física regular ajuda a prevenir várias doenças crônicas, diminui as taxas do colesterol ruim, ajuda a controlar a pressão arterial e o diabetes tipo 2. Além disso, melhora a circulação sanguínea, previne a osteoporose e alguns tipos de câncer. 

3- Energia de super-herói 
Quanto mais ativo você é, mais ânimo e disposição você tem. A atividade física aumenta a oferta de nutrientes e oxigênio no sangue, regulando o sistema cardiovascular, que trabalha de maneira mais eficiente. A prática de um exercício físico, como uma caminhada, por exemplo, também melhora a capacidade pulmonar. Coração e pulmão trabalhando de forma mais eficaz aumentam a energia e melhoram a sensação de bem-estar. 

4- Rindo à toa
O exercício físico melhora o humor, ajuda a combater a depressão e a ansiedade. Isso porque estimula várias substâncias químicas no cérebro, como a serotonina, ligadas ao prazer e ao bem-estar. Uma simples caminhada, de 30 minutos, já ajuda a relaxar e a descontrair. O importante é encontrar uma atividade física que seja ideal para você. Dançar, lutar boxe, pilates, nadar, caminhar, jogar bola, enfim, faça algo que você goste e logo irá perceber que está mais feliz e de bem com a vida! 

5. Sono dos anjos
A insônia é quase uma epidemia, principalmente nas grandes cidades. Dificuldades para adormecer ou acordar várias vezes durante a noite são comuns. Praticar uma atividade física pode fazer toda a diferença quando o assunto é insônia, afinal nada como dormir bem para sentir-se novo no dia seguinte. 

6- Vida sexual mais ativa
Sabe aquela energia de super-herói que a atividade física proporciona? Que tal pensar que essa disposição também ajuda a melhorar a vida sexual? Isso porque a atividade física nas mulheres pode levar ao aumento da excitação e nos homens diminui a probabilidade do desenvolvimento da disfunção erétil. 

7- Diversão: dois em um
A atividade física pode e deve ser divertida e prazerosa. A questão é encontrar o esporte certo e não precisa ser nada sofisticado. Dançar, fazer caminhadas em parques públicos, na vizinhança, brincar com as crianças, jogar bola com os amigos. Se ficar entediado, tente algo novo. O que importa é praticar com regularidade e obter satisfação. Bom para melhorar sua saúde e ainda para te deixar mais feliz! 

Atividades físicas para crianças
Praticar atividades físicas é muito importante em qualquer idade. Com a modernidade, as crianças estão deixando cada vez mais de realizar exercícios. Os jogos de vídeo game e a televisão estão tomando conta do tempo dos pequenos, enquanto as práticas esportivas ficam de fora, e com isso o sedentarismo começa a se instalar desde cedo. 
Durante a infância, as crianças precisam se exercitar para ter um melhor desenvolvimento físico e até psicológico. Por isso é muito importante incentivar as crianças a praticarem algum esporte, desde que não seja de maneira obrigatória e sim como uma atitude saudável e prazerosa.  
Iniciar a vida adulta com sobrepeso pode aumentar o risco de várias doenças. Assim, é importante prevenir a obesidade e o sedentarismo desde a infância, por meio da prática de atividades físicas e de uma alimentação saudável. 

Perguntas e Respostas
1. Uma pessoa magra e sedentária tem menos riscos de ter problemas no coração?
Não. Ser magro nem sempre é sinônimo de saúde. Um indivíduo pode pesar menos, porém se ele tiver o nível de colesterol ruim (LDL) elevado também tem chances de desenvolver problemas cardíacos. O sedentarismo ajuda a aumentar esse número e ainda a reduzir o nível de colesterol bom no sangue (HDL), o que é ruim para o organismo. 

2. Como se tornar uma pessoa ativa?
Para aqueles que têm a agenda lotada de compromissos, a dica é praticar uma atividade física 30 minutos por dia, todos os dias da semana. Caminhar, andar de bicicleta, usar as escadas, passear com o cachorro, brincar com as crianças, etc. Para quem pode dedicar mais tempo, o ideal é praticar 60 minutos de atividades, de 3 a 5 vezes por semana. Lembre-se: a prática esportiva deve ter a sua cara: dançar, pedalar, nadar, jogar bola. Atualmente existem muitas opções, para todos os públicos e gostos.

3. Qual deve ser a medida dos exercícios para quem está iniciando?
Os iniciantes devem fazer exercícios físicos leves, para que não haja uma sobrecarga cardiovascular e nem muscular. O ideal é começar com práticas aeróbicas, como caminhadas ou andar de bicicleta. A musculação pode ser realizada já no início, desde que a carga também seja leve. É importante ressaltar que é essencial fazer alongamentos antes e depois das atividades, para evitar lesões musculares. 

4. É preciso ter orientação de um profissional para realizar atividades físicas? 
Sim. Toda prática de exercícios deve ter um acompanhamento. Antes de começar, é importante procurar um médico para realizar exames clínicos, como de sangue, que avalia níveis de colesterol e triglicérides, teste ergométrico, para saber se seu corpo está preparado para realizar atividades físicas, medição de pressão arterial e teste de função pulmonar, que irá medir a resistência dos seus pulmões. 
Após ter o resultado desses exames, o segundo passo é procurar um personal trainer ou um profissional de academia. Somente eles estão aptos a recomendar os tipos de exercícios ideais para você. Com a orientação correta, você irá evitar dores, traumas e até lesões musculares que a prática de atividades físicas desorientadas pode gerar. Até mesmo para uma simples caminhada, por exemplo, é importante ter a orientação de um profissional. 

1º ANO 3º BIMESTRE - VÔLEI COMO TUDO COMEÇOU

 A Origem e História do Voleibol de quadra

Conheça a Origem e História do Voleibol de Quadra e de Praia. Falaremos sobre quem criou o Voleibol, a história do Voleibol na Europa e nas Olimpíadas, a evolução das regras do Voleibol entre outros detalhes da história desse apaixonante esporte.

A origem do Voleibol

Quem criou o Voleibol?

A história do Voleibol começou em Massachusetts nos Estados Unidos em 1895, seu criador foi o professor de Educação Física William G. Morgan. O nome original do Esporte era “Mintonette”, mas logo foi batizado de Voleibol.
 
Origem e História do Voleibol: William G. Morgan foi quem criou o Voleibol
No início o Voleibol foi um esporte praticado somente nos Estados Unidos, mas logo se espalhou por todo mundo, tonou-se um esporte olímpico e um dos esportes mais populares e mais praticados em todo mundo.

A rede na história do voleibol

William Morgan se inspirou no Tênis para ter a ideia de uma rede, porém uma rede que ficaria mais alta que a rede de Tênis.

A Bola na História do Voleibol

A Bola de Voleibol precisava ser algo maior do que uma bola de Tênis, porém mais leve do que uma bola de Basquete. Foi criado então uma bola de couro leve que poderia facilmente ser jogada por cima da rede.

A história do voleibol: as mudanças nas regras e o crescimento internacional

O jogo de Voleibol experimentou uma grande variedade de mudanças de regras ao longo dos primeiros anos. Em várias partes do mundo foram utilizadas regras diferentes antes da normalização e padronização das regras do Voleibol.

Número de jogadores

Em 1912 a quantidade de jogadores em uma equipe de Voleibol foi fixada em seis, que é a mesma até hoje. O sistema de rotação ou rodízio dos sacadores também foi implementado na mesma época.

O Voleibol chega a Europa

Em 1915 o Voleibol chega as praias francesas através dos soldados americanos que estavam lutando na Primeira Guerra Mundial. A popularidade do Voleibol cresceu rapidamente. O Voleibol se expandiu especialmente para a Europa Oriental, onde os jogos indoor (em quadras fechadas) são populares devido ao clima muito frio.
Origem e História do Voleibol na Europa

A Pontuação

Em 1916 a pontuação mudou para uma forma que lembra o sistema de pontuação de hoje. A pontuação mudou de 21 para 15 pontos e os Sets foram introduzidos. O vencedor era determinado em uma melhor de dois, o que significa que dois Sets eram necessários para ganhar uma partida.
Ainda em 1916 os contatos (toques) consecutivos por cada jogador foram limitados a um toque.
Também foi estabelecido que um jogador comete uma falta se segurar ou conduzir a bola.

Jogando com o Pé

Também era permitido jogar com pés (o que é muito interessante porque FIVB – Federação Internacional de Voleibol – permitiu novamente nas recentes mudanças de regras ocorridas em 1995.)

Regra do Limite de Toques e Bloqueio

Em 1920 houve uma grande mudança nas regra do Voleibol, foi estabelecido o número máximo de três toques na bola por equipe. As primeiras tentativas de bloqueio ocorreram mesmo antes deles serem identificados e reconhecidos pelas regras.

QUANDO O VOLEIBOL SE TORNOU ESPORTE OLÍMPICO

O Voleibol de quadra tornou-se um esporte olímpico oficial em Tóquio 1964, mesmo ano em que as regras internacionais de voleibol foram padronizadas em 1964, quando.
Origem e História do Voleibol nos jogos olímpicos

O Voleibol de praia na História do Voleibol

Há alguns relatos de homens jogando vôlei na praia no Havaí já em 1915, mas a história do Voleibol de praia realmente começou em Santa Mônica, na Califórnia/EUA na década de 1920. Foi lá então que as primeiras quadras de vôlei foram colocadas na praia para prática recreativa dos frequentadores.
Origem e História do Voleibol de Praia

O Voleibol de Praia na Segunda Guerra Mundial

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas bases navais americanas tinham quadras de Voleibol de praia e isso ajudou a espalhar o Voleibol pelo mundo.

Primeiras competições de Voleibol de Praia

O primeiro torneio de voleibol de praia de duplas masculinas foi realizado em Santa Monica, Califórnia, em 1948.

Voleibol de praia nos Jogos Olímpicos

O Voleibol de Praia ganhou o status de esporte olímpico nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.

CHEGADA DO VÔLEI NO BRASIL

A introdução e expansão do voleibol no Brasil estão diretamente relacionadas a ACM. Os escritos revelam incerteza quanto à data de chegada do voleibol no Brasil, alguns dizem ser em 1915 (Pernambuco) e outros em 1916/1917 (São Paulo). Felizmente ao longo dos anos e através de sua divulgação, passa a ser praticado em outras instituições em diferentes Estados brasileiros.
Em 1944 é realizado o primeiro campeonato brasileiro, participando seis equipes masculinas e femininas. Minas Gerais vence no feminino e São Paulo no masculino. A fundação da Confederação Brasileira de Volley-Ball acontece em 16 de agosto de 1954, assumindo a partir desta data a direção do voleibol brasileiro. Seu primeiro presidente foi Denis Hattaway. Até então a Confederação Brasileira de desportos (CBD) era a responsável pelos destinos desta modalidade esportiva.

O voleibol nacional viveu um período de grandes dificuldades para ter sua ascensão, pois se caracterizava como uma modalidade extremamente amadorista e isto, dentre outros fatores, repercutia de forma limitadora para a participação dos atletas em competições regionais, nacionais e internacionais, pois implicava no afastamento das atividades profissionais e/ou estudantis, já que não havia até aquela data nenhuma lei ou incentivo que abonasse o afastamento de atletas para participar de competições. Embora com estas dificuldades, o Brasil encontrou soluções para organizar sua representação e participar  da estréia do voleibol nos Jogos Olímpicos realizados no Japão em 1964.

A aceitação do voleibol como esporte olímpico em 1964 contribuiu para a unificação das regras e tornou as disputas mais competitivas, impulsionando seu rápido desenvolvimento técnico-tático. Apesar da participação do Brasil em algumas competições internacionais, o voleibol ainda apresentava um estágio de desenvolvimento embrionário. Novas medidas administrativas foram necessárias para superar está fase inicial.
Era preciso qualificar as comissões técnicas e implantar projetos, visando a popularização do voleibol brasileiro. A grande escalada do voleibol brasileiro começa na metade dos anos setenta. A CBV com o apoio de algumas Federações Estaduais inicia o investimento na formação de técnicos e atletas, promovendo cursos ministrados por importantes técnicos de países com estrutura mais avançada que o nosso país. Entramos deste modo, na fase de intercâmbio com Clubes e Seleções de outros países, sediando várias competições de caráter internacional em alguns estados brasileiros. Este intercâmbio propiciou o interesse do público e isto resultou num marco histórico da trajetória do nosso voleibol, ou seja, a transmissão dos jogos pela televisão, concretizando um sonho tão desejado pela comunidade do voleibol nacional. O evento da televisão desencadeou de forma extraordinária a aproximação das empresas que passaram a investir como patrocinadoras, surgindo então o início da profissionalização do voleibol brasileiro.

Após períodos de grandes dificuldades, a década de 80 marca uma nova fase, sendo considerada a etapa decisiva, podendo-se agora conceituar o voleibol brasileiro em antes e depois de 80. É o inicio de uma nova estrutura e do ingresso, em função de resultados obtidos, no cenário internacional. Em 1981 a Seleção Juvenil masculina conquista a medalha de prata nos Estados Unidos. Em 82 o Brasil é sede do Mundialito Adulto masculino e vence a Rússia, até então uma equipe imbatível. Ainda neste ano o mesmo grupo, de forma extraordinária, obtém o reconhecimento internacional ao tornar-se vice-campeão mundial, em competição realizada na Argentina. É o início e a consagração da denominada geração de prata. Nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, o voleibol masculino reafirma sua ascensão quando em uma empolgante campanha faz a final Olímpica com os EUA e é medalha de prata.
 
O voleibol então alcança altos índices de popularidade e os jogadores tornam-se ídolos esportivos. Este contexto favoreceu a obtenção do apoio financeiro necessário às equipes adultas nacionais, que tempos depois se estendeu também para as categorias de base. A renovação do voleibol brasileiro contou com o patrocínio da iniciativa privada e de alguns órgãos governamentais, caracterizando bem sucedidas ações de marketing esportivo.
 
Como conseqüência destas ações administrativas da CBV e das Federações, o voleibol brasileiro aparece entre as quatro melhores seleções do mundo na década de 90. A Seleção masculina é ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona e a feminina obtém um extraordinário 4º lugar na mesma competição. No ano seguinte, o voleibol brasileiro continua surpreendendo o mundo ao vencer a Liga Mundial Masculina rompendo com a hegemonia dos italianos. Da mesma forma o voleibol feminino venceu o Grand Prix em 1994, medalha de bronze nos Jogos de Atlanta (1996) e uma histórica dobradinha na 1ª edição do vôlei de praia em Olimpíadas, somos ouro e prata. Já na edição Olímpica de Sidney (2000) fomos prata no feminino de quadra, na praia ganhamos prata no masculino e prata e bronze no feminino.
 
O voleibol nacional atinge maturidade e passa a ser um vencedor internacional em todas as categorias e nas diversas competições que participa. As equipes infanto-juvenis e juvenis (masc. e fem.) mantêm atualmente não apenas a supremacia Sul-americana, como a hegemonia nos mundiais da categoria. A seleção adulta masculina tem apresentado um alto padrão de rendimento sendo a atual campeã mundial e tetracampeã da Liga Mundial. A seleção adulta feminina tem apresentado bons resultados nos últimos mundiais e é a atual tetracampeã do Grand Prix, que corresponde a Liga mundial masculina.
 
O voleibol tornou-se um fenômeno esportivo marcante no cenário brasileiro. Desponta no novo milênio, como o único esporte que disputou todas as Copas do Mundo, além do futebol e, participou de todas as edições dos Jogos Olímpicos com a equipe masculina de voleibol. Em função da evolução técnica das equipes nacionais acena-se para o surgimento de uma "Escola Brasileira de Voleibol". O trabalho regionalizado desenvolvido pelas Federações Esportivas em parceria com a CBV foi fundamental para o reconhecimento internacional do voleibol brasileiro.
 
O ápice desta extraordinária afirmação se concretiza nas Olimpíadas de Atenas (2004), onde o voleibol realizou uma excelente participação e contribuiu decisivamente para que o Brasil tenha alcançado sua maior performance Olímpica, pois nestes jogos conseguimos o maior número de medalhas de ouro. No voleibol feminino de quadra permanecemos no seleto grupo das quatro primeiras equipes do mundo.
 
Na praia o Brasil consolidou sua supremacia, foi prata no feminino e alcançou o tão desejado ouro no masculino. Por fim, no masculino de quadra, entramos no restrito e invejável grupo mundial: somos bi-olímpicos.