1º ANO

4º BIMESTRE  1º ANO

Noções de primeiros socorros
 
A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas.

O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.

Contusão
Lesão produzida nos tecidos por uma pancada, sem que haja rompimento da pele. Causando dor e edema (inchaço) no local.

Como proceder:
- Evite movimentar a região atingida e aplique compressas frias ou saco de gelo no local atingido, procure um médico.
Importante: Uma contusão pode acarretar em hemorragia interna, fraturas ou outras lesões graves.

Distensão Muscular
É a lesão provocada no músculo por um movimento brusco ou violento, causa dor intensa à movimentação e contratura** da musculatura atingida.

Como proceder
- Evite movimentar a região lesada, aplique compressas geladas ou saco de gelo no local. Procure um médico.
 
**(quando músculo se contrai de maneira incorreta e não volta ao seu estado normal de relaxamento).

Câimbra
É a contração abrupta, vigorosa e dolorosa de um músculo, podendo ocorrer no exercício ou em repouso, causando dor e contratura no local.

Como proceder
- Promova o alongamento do músculo atingido e aplique compressas quentes no local, faça uma massagem suave no local.

Ferimentos
Os ferimentos são lesões que envolvem partes superficiais da pele como: cortes, perfurações e arranhados. Ocasionando dor e dependendo da profundidade pode levar a hemorragia.

Como proceder
- Lavar o ferimento e a pele em volta com água limpa e sabão.
- Colocar no ferimento e em volta uma solução antisséptica.
- Aplicar uma gaze, compressa ou um band-aid até a ferida cicatrizar.
Importante: Se o ferimento continuar doendo ou ficando quente deve consultar um médico, em caso de perfuração não se deve retirar os objetos e sim ir ao mais rápido a um hospital ou ligar no 192.

Luxações
É o deslocamento da extremidade de um osso em sua articulação, levando a dor violenta, deformação do local, edema, hiperemia (vermelhidão do local) e impossibilidade de movimentação.

Como proceder
- Chamar imediatamente uma ambulância, ligando para o 192.
- Mantenha a vítima em repouso e evite movimentar a região lesada.
- Imobilize o local utilizando algo firme como papelão, tábua ou revistas dobradas, ataduras ou panos para enrolar a imobilização sem muita pressão somente para estabilização, caso não consiga espere o socorro médico chegar.
Importante: Não tente colocar o osso no lugar.

Entorses
É a separação momentânea das superfícies ósseas na articulação, ocasionando dor intensa à movimentação e edema (inchaço) no local.

Como proceder
- Ir ao hospital mais próximo ou chamar uma ambulância ligando paro 192.
- Evite movimentar a região atingida e aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesado.
- Imobilize o local utilizando algo firme como papelão, tábua ou revistas dobradas, ataduras ou panos para enrolar a imobilização sem muita pressão somente para estabilização, caso não consiga espere o socorro médico chegar.

Importante: não use compressas quentes nas primeiras 24h, não faça fricção e nem procure "esticar" a região lesada. A entorse é um traumatismo que sempre exige orientação médica.

Fraturas
É a ruptura do osso, o primeiro socorro consiste em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando assim o agravamento da lesão.

As fraturas podem ser:
Fechadas - quando o osso não perfura a pele.
Exposta - quando o osso quebrado rompe a pele.
A fratura provoca dor, inchaço, movimento anormal, instabilidade do membro ou até deformidade, por isso, não se deve pegar a vítima e é muito importante esperar pela ambulância para a vítima receber cuidados médico o mais rápido possível.

Como proceder
- Chamar imediatamente uma ambulância, ligando para 192.
- Colocar gaze ou compressa esterilizada, se possível, sobre a fratura.
- Imobilizar a parte fraturada, se possível, enquanto se espera a ambulância.

O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime.

Fonte: https://www.adreninline.com/single-post/2016/07/07/Como-prestar-os-primeiros-socorros-nas-les%C3%B5es-do-esporte

Handebol: Elementos Técnicos; Sistemas Táticos; Sistema de Jogo; Evolução e Atualidade Regras Oficiais

História

Atribui-se a invenção do Handebol ao professor Karl Schellenz, da Escola Normal de Educação Física de Berlim, durante a primeira guerra mundial.

No iníco, o Handebol era praticado apenas por moças e as primeiras partidas foram realizadas nos arredores de Berlim. Os campos tinham 40x20m. Pouco depois em campos de dimensões maiores, o esporte passou a ser praticado por homens e logo se espalhou por toda a Europa.

Em 1927 foi criada a Federação Internacional de Handebol Amador, F.I.H.A. Mas, em 1946, durante o congreso de Copenhague (10 a 13 de julho), os suecos oficializaram seu Handebol de Salão para apenas 7 jogadores por equipe, passando a F.I.H.A. a denominar-se Federação Internacional de Handebol, F.I.H., e o jogo de 11 jogadores em segundo plano.

Em 1933 foi criada a federação alemã que, três anos depois, introduzia o Handebol nos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1954, a F.I.H. contava com 25 nações. No dia 26 de Fevereiro de 1940 foi fundada, em São Paulo, a Federação Paulista de Handebol, mas o esporte já era praticado no Brasil desde 1930. Até 1950, a sede da F.I.H. era na Suécia. Transferiu-se no ano seguinte para a Suíça.

A primeira vez que o Handebol foi disputado em uma olimpíada foi em 1936, depois foi retirado e voltou em 1972, já na sua nova versão (de 7 jogadores) e em 1976 o Handebol feminino também passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos.

A Origem do Handebol

O Handebol é um dos esportes mais antigos de que que se tem notícia. Ele ja apresentou uma grande variedade de formas até a praticada atualmente.

Um jogo com bola foi descrito por Homero em “A Odisséia”, onde a bola era jogada com as mãos e o objetivo era ultrapassar o oponente, através de passes, isto está gravado em uma pedra na cidade de Atenas e data de 600 A.C.. De acordo com as escritas do médico Romano, Claudius Galenus (130-200 D.C.), os Romanos possuiam um jogo de Handebol chamado “Harpaston”. Na Idade Média, as legiões de cavaleiros jogavam um jogo de bola, o qual era fundamentado em passes e metas, isto foi descrito por Walther von der Vogelwide (1170-1230), que o chamou de “Jogo de Pegar Bola”, que é precursor do atual jogo de Handebol. Na França, Rabelais(1494-1533), fala sobre um jogo de Handebol em que “Eles jogam bola, usando a palma da mão”.

O Supervisor de Educação Física Alemão, Holger Nielsen, adaptou o “Haanbold-Spiel” (Jogo de Handebol) para ser jogado em quadras, na cidade de Ortrup em 1848, remodelando as regras e método como o jogo deveria ser praticado. Eventualmente os alemães desenvolveram o esporte e finalisaram as regras em 1897, onde atualmente é baseado o Handebol de Quadra (Indoor) e o Handebol Olímpico. Era uma forma de 7 jogadores por time, em uma quadra pouco maior do que a de Basquete, com gols de Futebol de 2m de altura por 2,5m de comprimento.

Na Suécia, em 1910, G. Wallstrom foi quem introduziu o Handebol. Na Alemanha, em 1912, Hirschmann (O Secretário Geral Alemão da Associação Internaciona de Futebol) tentou introduzir o Handebol em um jogo de “campo”, seguindo as regras do Futebol. Durante 1915-1917, o Supervisor de Educação Física Max Heiser (1879-1921), introduziu o Handebol de Campo para as mulheres, sendo considerado o real criador do esporte, assim como Karl Schelenz (1890-1956), um professor de esportes da Escola Superior de Educação Física é considerado o fundador do Handebol. Karl Schelenz foi o responsável pelo desenvolvimento do Handebol na Alemanha, Austria e Suiça, onde ele foi treinador.

Em 13 de Setembro de 1920, Carl Diem, o Diretor da Escola Superior de Educação Física Alemã, completou o estabelecimento do esporte no cenário mundial, reconhecendo-o oficialmente como esporte. O jogo era praticado em campos de Futebol com traves do mesmo tamanho. O primeiro jogo internacional foi disputado em 3 de Setembro de 1925, com vitória da Alemanha sobre a Austria por 6 a 3.

A Era Pioneira do Handebol
Durante seu desenvolvimento, o jogo de Handebol não era reconhecido como um esporte independente, assim como o Basquete e o Volei, era representado pelas Associações de Educação Física e Associações Atléticas Nacionais. Em um nível internacional, a Federação Atlética Amadora Internacional (FAAI) observou os interesses do Handebol desde 1928. Um Comitê Especial foi formado no VII Congresso da FAAI na Holanda, em 1926, para organizar os países que praticavam Handebol para formar “regras básicas” para eventos internacionais. A FAAI estava preparando e organizando a formação de uma associação internacional independente e exclusiva ao Handebol.

O congresso se formou em 4 de Agosto de 1928 em Amsterdam, Holanda, onde 11 países criaram a Federação Internacional de Handebol Amador (FIHA).

O Handebol se tornou um esporte internacional em 1934, sendo jogado por 25 membros da FIHA. O primeiro “grande” evento internacional de Handebol ocorreu em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, e no 10° aniversário da FIHA, o primeiro Campeonato Mundial de Handebol, realizado em 1938.

Após o término da II Guerra Mundial, o jogo cresceu rapidamente no âmbito internacional e em 1946, após a FIHA ser considerada extinta, foi fundada a atual Federação Internacional de Handebol (FIH), na Dinamarca. A partir de 1952, o Handebol de Campo era dominante nas nações participantes. O Handebol de Quadra (Indoor) era mais praticado por países do Norte Europeu. No entanto, devido a condições climáticas e o fato de que após o “Hóckey no Gelo”, o Handebol de Quadra era o esporte mais rápido existente, este começou a ganhar muita popularidade pelo mundo.

Com regras de outros esportes introduzidas e maiores punições à faltas violentas, o jogo se tornou mais seguro, simples de se jogar e mais emocionante de se observar. O Handebol se tornou um esporte de inverno, levando o espectador a sair do frio e se emocionar com mais ação e maiores placares do que o Futebol.

A partir de 1960 o Handebol de Campo perdeu rapidamente sua popularidade e o último Campeonato Mundial foi disputado em 1966.

O Handebol sempre foi dominado por nações Européias. Nos anos em que estava se praticando o Handebol de Campo, Alemanha, Austria e Dinamarca dominaram o cenário mundia, também pelo fato de não ter muitas nações fora da Europa que praticavam o esporte.

A Era Amadora do Handebol
Durante a 64° Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Madri, os membros do COI decidiram incluir novamente o Handebol no programa dos Jogos Olímpicos, mas desta vez o Handebol de Quadra (Indoor) foi o escolhido. Este foi o primeiro “grande” evento do Handebol de Quadra, Os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, apenas para homens, as competições femininas foram introduzidas em 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal. O Campeonato Mundial foi reintroduzido em 1949 para homens e mulheres, as competições juniores para ambos os sexos foram introduzidas em 1977, O Handebol foi praticado na maioria por jogadores amadores durante as décadas de 50 à 70, porém alguns jogadores mais destacados eram patrocinados pelos Governos ou por companias.

Os países do Leste Europeu se tornaram competitivos e passaram a dominar o esporte, com destaque para a União Soviética (Russia), Romênia, Yugoslávisa e Hungria que geralmente apareciam entre os três melhores países em competições internacionais, tanto para homens, quanto para mulheres. Apenas a Suécia e a Alemanha apresentavam resistência à esses países

A Era Profissional do Handebol
Com o término da Guerra Fria, e o colapso dos países do Leste Europeu, muitas dessas nações sofreram um temporário problema econômico, com efeito e reflexo em alguns times nacionais que perderam o topo da liderança e um grande número de bons técnicos migraram para outras nações. Países como França, Espanha e Alemanha começaram a dominar o cenário mundial. Juntamente, alguns países Africanos (Algeria e Egito) e Asiáticos (Coréia do Sul e Japão) começaram a se destacar nas competições internacionais (especialmente nos Jogos Olímpicos) durante os últimos anos da década de 80 e durante os anos 90.

A condição amadora do Handebol no cenário internacional foi transformada por jogadores sob contrato com clubes ou organizações. O Handebol de Quadra é hoje o mais popular tipo de Handebol. A variedade de Campo é raramente praticada atualmente, apenas em algumas ocasiões por antigos adimiradores. Portanto hoje não se usa mais o termo “Handebol de Quadra” e apenas “Handebol” para designar o esporte. Durante os últimos anos da década de 90, está se popularizando uma versão de “Handebol de Areia”(ou de praia) conhecida como “Hand Beach”, com torneios e pequenos campeonatos espalhados por diversos países.

História Olímpica

O Handebol fez sua estréia nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. Na época era mais popular e mais divulgado o Handebol de Campo. Este era praticado em campos de grama com dimensões e gols similares aos do Futebol, com 11 jogadores por equipe. Houve apenas competições masculinas e esta foi a única vez que este tipo de Handebol participou das Olimpíadas (atualmente não se pratica mais esta variável do Handebol, ocorrem ocasionalmente apenas alguns jogos em eventos ou por antigos adimiradores).

Sendo reintroduzido nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, o Handebol voltou ao cronograma olímpico mas com outra modalidade, o Handebol de Quadra (conhecido atualmente apenas por Handebol). Este possui times com 7 jogadores, é praticado em quadras de 40m por 20m e gols de 2m por 3m. Em 1972 apenas ocorreram competições masculinas. As competições femininas foram introduzidas nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976. A partir desta data não houveram mudanças significativas do Handebol nas Olimpíadas.

No Mundo

O Handebol não foi criado ou inventado
A bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e vem cativando o homem há milênios. O jogo de “Urânia”, praticado na antiga Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos mas sem balizas, é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo Cláudio Galeno (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, o “Harpastum”. Mesmo durante a idade média, eram os jogos com bola praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume).

Em meados do século passado (1848), o professor dinamarquês Holger Nielsen criou, no Instituto de Ortrup, um jogo denominado “Haandbold”, determinando suas regras. Na mesma época, os Tchecos conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo similar na Irlanda e no “El Balon” do uruguaio Gualberto Valetta, como precursores do handebol.

Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então Secretário da Federação lnternacional de Futebol. O período da I Grande Guerra (1915-1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando um professor de ginástica, o berlinense Max Heiser, criou um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado do “Torball”, e quando os homens começaram a praticá-lo, o campo foi aumentado para as medidas do futebol.

Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz reformulou o “Torball”, alterando seu nome para “Handball” com as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou o jogo como competitivo para a Áustria, Suíça, além da Alemanha. Em 1920, o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou o jogo desporto oficial.

A divulgação na Europa deste novo desporto não foi difícil, visto que Karl Schelenz era professor na então famosa Universidade de Berlim onde seus alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram as regras então propostas para vários países.

Por sua vez, existia na Tchecoslováquia desde 1892 um jogo praticado num campo de 45x30m e com 7 jogadores que também era jogado com as mãos e o gol era feito em balizas de 3x2m. Este jogo, o “Hazena”, segundo os livros, foi regulamentado pelo Professor Kristof Antonin, porém, somente em 1921 suas regras foram publicadas e divulgadas por toda a Europa. Mas, foi o Handebol jogado no campo de futebol, que chamamos de “Handebol de Campo”, que teve maior popularização, tanto que foi incluído nos Jogos Olímpicos realizados em Berlim em 1936.

Com o grande crescimento do futebol com quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades do rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o Handebol de Campo foi paulatinamente sendo substituído pelo Hazena que passou a ser o “Handebol a 7”, chamado de “Handebol de Salão”, que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos Jogos Olímpicos realizados em Munique-Alemanha, o Handebol (não mais era necessário o complemento “de salão”) foi incluído na categoria masculina, reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976 (masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

O Handebol no Brasil

Após a I Grande Guerra Mundial, um grande número de imigrantes alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul por conta das semelhanças climáticas.

Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior contato com a cultura, tradição folclórica e por extensão as atividades recreativas e desportivas por eles praticadas, dentre os quais o então Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele teve seu maior desenvolvimento, principalmente quando em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 ° Presidenta Otto Schemelling.

O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi jogado em campo improvisado ao lado do campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo esse demarcado com cal (40x20m e balizas com caibros de madeira 3x2m).

Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal maneira que a Confederação Brasileira de Desportos – CBD órgão que congregava os Desportos Amadores a nível nacional, criou um departamento de Handebol possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias categorias masculina e feminina.

Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os Estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos Estudantis Brasileiros realizado em Belo Horizonte-MG em julho de 1971 como também nos Jogos Universitários Brasileiros realizado em Fortaleza-CE em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB’s/72 o Handebol teve a participação de aproximadamente 10 equipes femininas e 12 masculinas, já em 1973 nos IV JEB’s em Maceió-AL tivemos cerca de 16 equipes femininas e 20 masculinas.
A atual Confederação Brasileira de Handebol – CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo como primeira sede São Paulo e o primeiro Presidente foi o professor Jamil André.

Quadra

A quadra deve ser retangular, com um comprimento de 38 a 44m e uma largura de 18 a 22m (mas por convenção fala-se que as quadras de Handebol possuem comprimento de 40m e largura de 20m). A área privativa do goleiro será determinada por um semi-círculo cujo raio medirá 6m, desde o centro do gol. Nesta área somente o goleiro pode ficar, atacantes e defensores devem ficar fora dela (não é permitido nem pisar na linha, entretanto pode-se pula-la de fora para dentro, desde que se solte a bola enquanto estiver no ar).

O outro semi-círculo será colocado a 9m, este sendo tracejado e determinando a linha do tiro livre (de onde geralmente são cobradas as faltas realizadas pela defesa). A baliza possui largura interior de 3m e altura de 2m. Em frente e ao meio de cada baliza, e a uma distância de 7m, traça-se uma linha paralela à do gol, de 1m de comprimento e chamada de marca dos 7m (penalidade máxima), este lance apenas é ordenado com a execução de uma falta grave sobre o adversário enquanto este atacava a meta da defesa.

O Jogo

Em cada jogo confrontam-se duas equipes. Estas devem estar devidamente uniformizadas, a numeração dos jogadores deve ser visível e obrigatória. Cada equipe é composta por 12 jogadores, dos quais 6 de quadra, 1 goleiro e o restante na reserva. A duração de cada tempo é de 30 minutos, com intervalo de 10 minutos (Nas olimpíadas de Atlanta foi permitido a utilização de tempo, como no Voleibol).

O número de substituições é ilimitado, mas deve ser feito em um espaço de 4,45m, partindo da linha central da quadra (não é nescessário parar o jogo para realizar as substituições, e estas apenas podem se realizar após que o jogoador a ser substituído saia completamente da quadra).

Seu objetivo básico é ultrapassar o adversário através de toques de bola até atingir a meta adversária, marcando um ponto caso a bola ultrapasse a linha de gol.

Para realizar tal coisa nescessita-se de muita habilidade e agilidade, pois o jogo é muito rápido e exige que os reflexos estegem bem apurados. Com o auxílio de jogadas “ensaiadas” (previamente treinadas) é possível confundir a defesa adversária e encantar o público.

A Bola

Existem três tamanhos de bolas de Handebol, cada uma possui um certo peso pré-determinado e representa uma categoria específica.

São denominados por h2, H2 e H1. Elas tem que ser de couro e não escorregadias. (Para uma melhor aderência e maior liberdade nas jogadas usa-se uma cola especial para Handebol, aplicando-a nas pontas dos dedos).
H2: Esta é usada para a categoria Adulto Masculino (sendo a maior bola de Handebol), deve medir no início da partida, 58,4cm de circunferência e pesar 453,6 gramas.
H2:
Esta bola é usada nas categorias Adulto Feminio e Juvenil Masculino (possuindo um tamanho intermediário), deve medir no início da partida 56,4cm de circunferência e pesar 368,5 gramas.
H1:
Esta bola é usada nas categorias Infantis Masculino e Feminino e Juvenil Feminino.

O Jogo

Armador Central

É a “locomotiva” do time no ataque. Este jogador está no centro do ataque e comanda o curso e o tempo do mesmo, deve saber arremessar com força e ter um grande repertório de passes. Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar as mudanças na defesa adversária. Força, concentração, tempo de jogo e passes certos são o que destacam um bom armador.

O armador pode ser um pouco mais baixo, porém deverá ter grande habilidade e agilidade. É de grande significância que ele tenha experiência e maturidade de jogo, pois cabe, principalmente, a ele, as armações e organizações das jogadas da sua equipe. E ainda, deve servir de exemplo de técnica e equilíbrio psicológico para toda a sua equipe.

Goleiro

O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro pode representar mais de 50% da performance de um time.

No nível de elite do Handebol, são fisicamente grandes, muito fortes, rápidos e com muita concentração. Esses jogadores ainda possuem a habilidade de detectar o foco do ataque e se adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores situados no meio precisam ser muito fortes e altos para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante pretende arremessar e habilidade de ajustar força, reflexos e total concentração (eliminado qualquer coisa que não seja referente ao jogo) focando seu objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se comunicar com seu time, (pois possui maior visão de jogo por estar fora dos lances de ataque) incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e orientando seus companheiros no ataque.

O goleiro não é apenas um jogador de defesa, mas um importante armador de contra-ataques.
O goleiro tem como principal função impedir que a bola entre pela baliza caracterizando assim o gol adversário. Para realizar tal função, como os jogadores de linha, os goleiros também necessitam de técnicas especiais de posicionamento e deslocamento assim como qualidades físicas específicas. Há algum tempo sua função dentro do jogo tem se estendido a iniciar ataques também.

No que se refere a posição dos braços: Pode ser de dois tipos. Posição em “W” ou em “V”. As pernas ligeiramente afastadas (na linha dos quadris), joelhos com pequena flexão, braços estendidos acima da cabeça formando um “V” ou flexionados ao lado da cabeça formando um “W”. Em ambas as posições as mãos devem estar voltadas para frente, em direção a bola.

Obs.: É importante que os pés não fiquem fixos no solo, pois para uma melhor movimentação, de maior velocidade, a manutenção dos pés em ponta deixa o goleiro em estado de alerta e apto a qualquer movimentação de pernas.

Defesas: Existem vários tipos de defesas. Mas as mais comuns durante os jogos são as defesas em “Y”, em “X”, embaixo e à meia-altura.

A defesa em “Y” é quando o goleiro mantém uma perna de apoio no solo e lança a outra perna junto aos braços na direção da bola.

A defesa em “X”, comumente utilizada em lances onde o atacante está cara-a-cara com o goleiro. Este salta com os dois pés juntos afastando as pernas no ar fazendo o mesmo com os braços, formando a figura de um “X”.

Já a meia altura é feita saltando lateralmente com uma perna e lançando os braços em direção à bola.
A defesa embaixo pode ser feita com as pernas afastadas, flexionando o joelho, posicionando uma das mãos ao lado da perna e a outra mão por entre as pernas e também pode ser realizada flexionando o tronco e juntando as pernas rapidamente, com os braços estendidos ao longo das pernas evitando com que a bola passe por entre as pernas.

Deslocamentos

São três os tipos de deslocamentos do goleiro:
O deslocamento semicírculo é feito acompanhando a troca de passes da equipe atacante pelas posições. O nome se dá pelo semicírculo formado de um dos postes da baliza até o outro. Partindo da posição básica em deslocamento lateral, mantendo sempre o corpo voltado para a bola.
O deslocamento de ataque à bola é feito para frente no momento de um ataque cara-a-cara em que o goleiro geralmente executa a defesa em “X”. Procura diminuir o ângulo de ataque do adversário.

O deslocamento da defesa de ponta é feito no momento de um ataque pela ponta em que o goleiro está fechando seu canto com o corpo e o outro com a mão e a perna. Caracteriza-se por um passo dado à frente pelo goleiro no momento do ataque.
Último e primeiro defensor: O goleiro, pelo seu local de atuação, já se caracteriza como o último defensor de sua equipe, tendo mais seis jogadores à sua frente. Ele só passará a se tornar o primeiro defensor em um contra-ataque adversário, ou abandonando a área para interceptação de lançamento, etc.

Primeiro e último atacante: Tornar-se-á o goleiro o primeiro atacante, quando da tentativa de puxar um contra-ataque, quando ele é o início de um contra-ataque e será o último atacante quando abandonar sua área para jogar na linha, seja ajudando o ataque ou em uma situação de inferioridade ou superioridade numérica.

Contra-ataque: O goleiro, na tentativa de iniciar um contra-ataque, deverá deslocar-se para o lado contrário à ponta para a qual irá desferir o lançamento.

Sete Metros: No momento da cobrança de um tiro de sete metros, o goleiro poderá movimentar-se da forma que desejar, não podendo porém, ultrapassar a linha de 4 metros que limita seu deslocamento nessa situação. A escolha de como tentar realizar a defesa é pessoal de cada goleiro, não tendo uma forma específica para sua realização.

Meias Armadores

O “combustível” do time no ataque. Os meias geralmente possuem os mais fortes arremessos e são, geralmente, os mais altos jogadores do time (no masculino variam de 180cm a 210cm e no feminino variam de 175cm a 190cm). Entretanto existem excepcionais jogadores que são menores que a média, mas possuem arremessos poderosos e técnica muito apurada. Estes são geralmente os jogadores mais perigosos durante o ataque, pois os arremessos costumam partir deles ou de outro jogador o qual tenha recebido um passe dele.

Estes jogadores normalmente são altos e vigorosos, possuidores de grande força no arremesso em suspensão e nos arremessos especiais. Devem dominar a recepção dos passes rápidos, assim como dar continuidade às jogadas especiais; ter como recurso a utilização das fintas e sua ligação às ações técnico-táticas complexas com o pivô e arremessos ao gol.

Com seu posicionamento afastado, são capazes de assegurar um equilíbrio defensivo à sua equipe. Em verdade, são os primeiros jogadores a partir para a formação da defesa, retomada da posse de bola e, por do contra-ataque.

Pivô

Seu objetivo é abrir espaço na defesa adversária para que seus companheiros possam arremessar de uma distância menor, ou se posicionar estrategicamente para que ele mesmo possa receber a bola e arremessar em direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de arremessos do time, pois ele deve passar pelo goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força, impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente rápidas.

Os pivôs posicionam-se entre as linhas dos 6 e 9 metros, próximos à área de gol. Normalmente são jogadores rápidos, vigorosos e de grande habilidade que o possibilite livrar-se da marcação constante que recebe. Não se faz necessário ao pivô deter grande estatura, em contrapartida há de ter grande ímpeto e desejo de jogar e “furar” a marcação. Em movimentos rápidos e hábeis e com uma posição livre, devem receber a bola com segurança e arremessar ligeiramente ao gol.

Além dos arremessos especiais do pivô (arremesso em suspensão, em queda, salto com queda), eles devem dominar arremessos como: de reversão, de reversão com queda, de percussão aérea. Deve ainda, prender pelo menos um jogador (bloqueá-lo), ajudando os arremessos de longa distância e jogadas dos meias.

Pontas

Os pontas são velozes e ágeis; e devem possuir a capacidade de arremessar em ângulos fechados. O destaque no arremesso não é a força, mas a habilidade e pontaria, podendo mudar o destino da bola apenas momentos antes de soltá-la em direção ao gol.

Os pontas são jogadores normalmente ligeiros e com corrida rápida que se encarregam do contra-ataque e da corrida rápida para dentro e para fora da defesa adversária. Jogando nas proximidades das pontas, tem a missão de ampliar lateralmente o máximo possível a defesa adversária, de modo que crie maiores espaços entre os defensores. Desta forma, proporcionam aos pivôs um posicionamento junto dos 6 metros e, aos meias, aberturas para os arremessos de longa distância.

Devem possuir: grande qualidade na recepção do passe; capacidade de realizar passes seguros e com intensidade, por cima da área do gol, até o outro ponta; um passe para o pivô livre de marcação. E, por meio de fintas, proporcionar grande periculosidade ao adversário, com seus arremessos.

Características da Defesa do Handebol

Os jogadores na defesa precisam trabalhar em equipe. Comunicação é absolutamente vital. Onde está o pivô? Quem está marcando quem? Onde está o foco do ataque? No nível de elite do Handebol, existem times que possuem jogadores especializados na defesa, que são fisicamente grandes, muito fortes, rápidos e com muita concentração. Esses jogadores ainda possuem a habilidade de detectar o foco do ataque e se adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores situados no meio precisam ser muito fortes e altos para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs. O goleiro é vital na defesa.

Um bom goleiro pode representar mais de 50% da performance de um time. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante pretende arremessar e habilidade de ajustar força, reflexos e total concentração (eliminado qualquer coisa que não seja referente ao jogo) forçando seu objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se comunicar com seu time, (pois possui maior visão de jogo por estar fora dos lances de ataque) incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e orientando seus companheiros no ataque.
Princípios Fundamentais na Defesa
Entre o jogador que vais arremessar e o gol deve haver um jogador de defesa; um adversário nunca deve chegar livre para executar um arremesso ao gol.

O jogador de posse da bola deve sempre ser marcado e confundido nas suas ações, quando próximo da área do gol.

As ações defensivas devem se dirigir sobre a bola, não sobre o corpo de adversário.

O jogador de defesa cobre sempre o braço de arremesso do adversário que está de posse da bola.
Quanto mais os adversários chegam perto da área do goleiro, tanto mais próximo o jogador da defesa deve efetuar a marcação.

Não atacar o adversário totalmente de frente, mas diagonalmente, para ter a possibilidade de voltar se for fintado, ou conseguir prosseguir, se roubar à bola.

Os atacantes devem ser constantemente pressionados para fora, nas laterais da quadra, dificultando o arremesso contra a baliza.

Nenhum defensor deve abandonar seu setor de marcação, enquanto o adversário estiver de posse da bola.

Após um ataque defendido, o jogador da defesa deve iniciar rapidamente um ataque ou então correr para livrar-se do adversário.

Deve-se observar também, que no momento em que a equipe perder a posse de bola, deverá voltar pelo caminho mais curto, a fim de evitar o contra-ataque do adversário e ocupar o lugar mais próximo para defender a sua baliza, jogando temporariamente fora de sua posição, retornando à sua antiga posição, no momento oportuno.

Fases do Ataque do Handebol

1) Contra Ataque
Passagem rápida da defesa para o ataque geralmente com um jogador, causado pela perda de bola pelo adversário.
O contra-ataque pode ser realizado:
Por um jogador que rouba a bola e sai sozinho ou através de um passe a longa distância executado pelo goleiro ou por um companheiro seu.
2) Contra-ataque sustentado
Se o adversário consegue evitar a marcação do gol, pois a defesa ainda está desorganizada.
A conclusão da 2ª fase pode ser:
Executada a partir do armador por meio de um arremesso de meia distância
Por meio de um passe, para junto dos seis metros feito por um jogador a partir da zona de arremesso.
3) Organização do ataque
Se não for possível marcar o gol nas duas primeiras fases do ataque, é recomendável a suspensão da 2ª fase e a organização do ataque. O sinal para a passagem para 3ª fase é dada pelo jogador que está com a posse da bola, levando-a e dirigindo-se para o meio da quadra de jogo, chamara a atenção da própria equipe para o término da 2ª e início da 3ª fase.
A 3ª fase tem os seguintes objetivos:
Ocupação dos lugares correspondentes ao sistema de ataque combinado
Criação de um curto intervalo para repouso dos jogadores
Transmissão de algumas ordens do treinador
Observação do adversário
Segurança no passe
Ataque num sistema: Ocupa maior espaço na tática ofensiva. Quando para uma equipe não há nenhuma possibilidade de executar um contra-ataque simples, ou sustentado, para esta equipe só interessa a 4ª fase para a marcação de um gol.
Os sistemas de jogo no ataque são:
Ataque com um pivô (3:3 ou 5:1)
Ataque com dois pivôs (2:4 ou 4:2)
Estes ataques são subdivididos em:
Jogo de ataque posicionado, no qual os jogadores não abandonam as suas posições, mas sim adquirem vantagem tática por meio de um ajuste individual hábil.
Ataque com trocas ou circulação, este pode ser realizado com jogo de ataque rígido, o trajeto do jogador e a trajetória da bola estão escritos, sendo que sofrem modificações segundo o comportamento da defesa adversária.
4) A quarta fase decorre sempre em três partes distintas:
1ª) preparação do ataque por meio de um jogo posicionado ou com trocas e passagens rápidas da bola e ataques perigosos ao gol adversário.
2ª) preparação da fase de finalização do ataque com ajuda de ações táticas individuais e de grupo que são interligadas com as passagens da bola e os movimentos de ataque.
3ª) finalização do ataque: esta é sempre uma ação individual do jogador, para qual os companheiros realizam o trabalho preparatório e que com uma ação técnica-tática realiza um arremesso ao gol.
Características do Ataque
Ao conseguir a posse da bola, a equipe deve passar imediatamente à ação ofensiva, tentando em primeira instância o contra-ataque. Este se concluirá mediante lances individuais e ação coletiva, organizado em esquemas prévios para o melhor aproveitamento das qualidades individuais.
A esquematização dependerá da ação individual dos jogadores e da perfeita execução dos movimentos necessários para se vencer o bloqueio adversário.

Na formação dos sistemas, os jogadores receberão funções conforme suas características naturais: os armadores são jogadores com visão global do jogo, liderança natural na equipe e na distribuição das jogadas, grande habilidade com a bola, tenham bom índice de aproveitamento nos chutes à distância boa recuperação no corte do contra-ataque adversário e armação do sistema defensivo; os infiltradores, também chamados pivôs, serão jogadores ágeis, fortes e habilidosos nos dribles e na execução dos arremessos especiais, e os pontas também chamados extremos, serão jogadores velozes, com habilidade nos arremessos com salto e queda, rápidos nos dribles e na troca de passes nos contra-ataques.

A tática consiste na melhor utilização dos elementos segundo suas qualidades individuais, nas situações e posições adequadas.

Os jogadores que atuam fora da área de tiro livre, armam as jogadas, principalmente os do meio, responsável pela variação e opções durante o ataque, armando de um lado da quadra, ou do outro, ou mesmo pelo centro, como convier.

Os armadores, na troca de passes, devem procurar servir o pivô, ou. se não receberem combate, executarão os arremessos de longa distância ou penetrarão utilizando na finalização os arremessos com corrida e salto.

Os pivôs atuam próximo da linha da área de gol e na parte frontal da baliza, onde o ângulo de arremesso é maior, facilitando a conquista do gol; ao receberem o combate dos defensores, lançam mão dos arremessos especiais com giros, saltos, quedas e reversão.

Uma equipe de handebol está no ataque, quando está com a posse de bola ou quando a circunstância indica que o adversário perde a bloca por um erro técnico, por falta de ataque ou joga a bola para fora.

Ataque posicional: Nem sempre é possível ultrapassar o adversário: ou este regressou mais rapidamente à defesa, ou a bola foi rematada ao lado da baliza ou saiu do campo de outra maneira. Este modo, decorre um curto período de tempo até que a bola regresse ao jogo.

Segue-se um ataque posicional, que se utiliza quando:
a) A defesa está formada e já não é possível ultrapassá-la no meio campo
b)
Deve-se retardar o jogo
c)
Deve-se poupar energias
Na primeira fase das ações ofensivas, os jogadores correm para determinadas posições e começam, a partir daí, o jogo de ataque. Aconselha-se que três jogadores se dirijam imediatamente e o mais rapidamente possível para as imediações da baliza adversária a fim de receberem a bola e não permitirem qualquer descanso ao adversário. Seguem-se os restantes jogadores.

A primeira fase do ataque posicional, ataque contra uma defesa já formada, conclui-se quando os jogadores ocuparem, em frente da baliza adversária, as suas posições específicas determinadas a partir do sistema. Começa então a segunda fase, o desenvolvimento do jogo de ataque perigosos para a baliza.

Distinguem-se, nesta fase, a parte dos sistemas que se abordarão mais tarde, vários tipos de comportamento tático de cada jogador e de grupos de jogadores, os quais se resumem no conceito de tática de uma equipe no ataque.

Fases da Defesa

1) RETORNO A DEFESA: assim que a equipe perde a posse de bola no ataque a equipe deverá retornar o mais rápido possível à defesa, principalmente quando é dado ao adversário a possibilidade de um contra-ataque. O retorno deverá ser feito no trajeto mais curto, mesmo que os jogadores não possam ocupar a sua verdadeira posição de defesa.

2) DEFESA TEMPORÁRIA: nesta fase o jogador encontra-se fora de sua posição de defesa, pois procurando voltar para impedir o contra ataque do adversário por um caminho mais curto ele jogará temporariamente fora de sua posição de melhor rendimento.

3) ORGANIZAÇÃO DA DEFESA: nesta fase os defensores esperarão a oportunidade para retornar ao seu setor de maior rendimento.

Oportunidade esta que poderá ser:
Organização do ataque;
Tiro livre;
Cobrança de lateral, etc.
4) DEFESA ORGANIZADA: acontece nesta fase a utilização do sistema defensivo, treinado pela equipe.

Posição Básica de um jogador na Defesa
Cômodo afastamento lateral das pernas que estarão semiflexionadas à frente, braço na vertical semiflexionado, palma das mãos voltadas para frente, cabeça erguida e com atenção voltada para o jogador e a bola.

Movimentação na Defesa
Um defensor deverá estar sempre em movimentação para responder o mais rápido possível, a uma situação de perigo representados pelas ações do adversário.

Durante um jogo de handebol a defesa executa os seguintes movimentos:
Para a lateral, para frente e para trás em diagonal.
Forma de Marcação
1) MARCAÇÃO DE OBSERVAÇÃO: É a observação constante e precisa de seu correspondente em relação à bola.
2) MARCAÇÃO CERRADA:
É a aproximação direta e de forma segura ao seu oponente correspondente, que está de posse da bola a fim de dificultar a ação do ataque.
3) MARCAÇÃO DE INTERCEPTAÇÃO:
É a maneira pela qual o defensor se coloca entre o adversário e a trajetória da bola, mas, somente utilizará esta forma com absoluta certeza de interceptação.
Marcação Individual
É feita quando cada jogador tem seu adversário definido para marcar e a equipe perde a posse da bola.

Esta forma de marcação é usada somente no início da aprendizagem, para que a criança perceba sua ação conjunta contra a equipe adversária e não se preocupe em jogar só por causa da bola.

Princípios da Marcação Individual
Ficar sempre entre o adversário e sua própria baliza, se o atacante estiver longe da baliza, à distância entre atacante e defensor também será maior, quanto mais próximo o atacante estiver da balizas, mais próximo o defensor deve marcá-lo.

O adversário deve estar sempre sob o controle visual para poder acompanhar todos os movimentos e eventualmente até prevê-los.

A marcação individual ainda hoje é utilizada, em determinadas situações e com intenções especiais, que podem ser:
I – Contra equipes mais fraca tecnicamente,
II –
Contra equipes mais fracas fisicamente,
III –
Contra equipes mais fraca física e tecnicamente,
IV –
Quando estamos em superioridade numérica,
V –
No final da partida para tentar reverter um resultado desfavorável.
VANTAGENS:
A bola pode ser recuperada mais vezes, contra uma equipe mais fraca
Surpreende a equipe adversária,
Desorganiza o ataque adversário
DESVANTAGENS:
Aumenta desgaste físico da equipe defensora,
Aumenta o numero de faltas, advertências e exclusões,
Quase não é possível cobertura.
Marcação por Zona
Cada jogador fica responsável por uma faixa de área que deve proteger, guardando e dando combate aos adversários que por ali transitarem com ou sem bola.
VANTAGENS:
Executar com eficiência a marcação, mesmo com inferioridade numérica;
Compensar através de cobertura uma falha de um defensor;
Passar para o contra-ataque com maior eficiência, pois se tem o controle visual da bola e dos jogadores;
Obrigar o adversário a agir em conjunto, trocando passes, o que facilita a interceptarão e contra-ataque.
A defesa, executa a cobertura nas saídas para dar combate, assim como a formação de barreiras, por jogarem lado a lado
DESVANTAGEM:
Formação pode ser lenta, até que todos tomem seus lugares, permitindo a ação rápida do adversário, obrigando aquele que foi para o ataque a não se esquecer de voltar, tão logo se perca a bola, pois pela zona do jogador que não voltou a tempo é que pode ser executada a penetração.
Finalidade da Marcação por Zona
Dar sentido de responsabilidade coletiva;
Dar oportunidade de cobrir uma falha do companheiro;
Reduzir os arremessos a gol;
Dificultar a movimentação do adversário nos seis metros, evitando infiltrações;
Obrigar o adversário a movimentar a bola fora dos nove metros, facilitando com isto a interceptação;
Equilibrar a inferioridade da defesa;
Pode-se dizer que o segredo do sistema defensivo por setor se apóia em sua constante mobilidade.
Os sistemas defensivos por setor são: 6:0, 5:1, 4:2, 3:3 e 3:2:1.
Marcação Mista ou Combinada
Em jogo, não podem realizar-se uma defesa homem a homem pura (sem troca de adversário) nem uma defesa à zona pura (conservação permanente da posição defensiva sem trocas breves dos defesas entre si), visto que os meios de que os avançados dispõem são múltiplos, de tal modo que também a defesa deve encontrar a utilizar meios diferenciados (combinações da defesa homem a homem e da defesa à zona). A defesa mista é a combinação da defesa individual e por zona.

Sistema Ofensivo

Sistema Ofensivo 5:1

É um sistema com cinco jogadores atuando à frente da área de tiro livre, eqüidistantes, e um infiltrador (pivô) próximo da área de gol, ocupando a faixa central da baliza onde o ângulo de arremesso é maior.

Os cinco jogadores que atuam fora da área de tiro livre, devem receber a função de armação das jogadas, utilizando nisto três jogadores, enquanto os outros dois, jogando nas laterais, tentam a penetração ou combinação de fintas e finalizações com o pivô.

Tática
O pivô deve se movimentar em relação à bola, acompanhando para o lado onde está sendo armada a jogada, procurando facilitar o recebimento, só sair para o lado proposto ao da jogada, quando quiser criar o vazio ou possibilitar a tabela com quem está penetrando. Sua movimentação será junto à linha do goleiro para facilitar a execução dos arremessos especiais, saindo somente se necessário para facilitar o recebimento da bola. É um sistema com aplicação contra defesa nos sistemas 6:0, 4:2, 3:3 e 3:2:1.

Sistema Ofensivo 6:0

É um sistema com seis jogadores atuando à frente da área de tiro livre, equidistantes, procurando ocupar toda à frente da área. Os jogadores procuram trocar passes na tentativa de conseguirem penetrar ou obter condições vantajosas para executar os arremessos de longa distância. É o sistema mais simples sendo indicado para a ofensiva, continuando na mesma faixa de campo, dando aos alunos noção de ataque organizado, sem perder a estrutura defensiva, importante quando perder a posse da bola. Esta formação ofensiva não prevê o emprego de pivô, e as jogados são armadas fora da área de tiro livre, prevalecendo os arremessos de longa distância e as penetrações laterais.

Deve-se orientar os armadores para fazerem a armação das jogadas pelas laterais, trazendo a defesa mais para um dos lados e conseguindo a possibilidade de penetração pelo lado contrário com o ponta. Caso a armação seja feita no centro da quadra, deve-se dar a orientação de que troquem passes mais perto do meio do campo, evitando com isto embolar o jogo e facilitar o corte dos passes pelos defensores.

Tática
No handebol, quando praticado em nível elevado, com jogadores de grande habilidade, o mesmo sistema ofensivo volta a ser empregado. Os jogadores se colocam bem abertos, procurando tirar a defesa da sua colocação junto à área do goleiro, abrindo e possibilitando o emprego de um pivô móvel.

Quando as jogadas são armadas por uma das laterais, o ponta do lado contrário penetra pelo meio, ocupando a posição do pivô. sua penetração é feita pelas costas dos defensores centrais, dificultando o trabalho destes: por estar em movimento, fica com maiores condições de receber os passes; caso não consiga receber a bola ou a jogada mude de lado, ele volta para sua posição, dando ao ponta do lado contrário a possibilidade de penetrar e ocultar a posição do pivô. É um sistema com aplicação contra defesa nos sistemas 6:0, 5:1, 3:3, e 3:2:1.

Sistema Defensivo

Sistema Defensivo 3:2:1

É formada por três linhas de defesa, uma com três jogadores sobre a linha de seis metros outra com dois em uma linha intermediária entre seis e nove metros e a terceira linha sobre os nove metros com um jogador.

Essa defesa nasceu em 1960 na Iugoslávia, mais objetivamente em Zágreb com seu precursor Vlado Stenzel. A designação 3.2.1 é resultante da ordenação dos jogadores num momento particular que coincide com a fase em que a bola se encontra no central atacante.

Trata-se de uma defesa universal, isto é, uma defesa que é ao mesmo tempo zonal, individual e combinada. De acordo com o sistema ofensivo que se enfrenta, reage para converter-se em outro sistema defensivo. É o sistema que melhor proporciona contra ataques devido às posições escalonadas e mais adiantadas dos jogadores.

Objetivo – Neutralizar completamente à movimentação adversária se antecipando no central atacante impedindo-o de executar o passe para a infiltração no bloqueio defensivo.

VANTAGENS:
Pode adaptar-se facilmente quando o adversário muda sua forma de ataque, em princípio sem modificar-se;
Jogador de posse de bola está constantemente vigiado por dois defensores;
Tem amplitude e profundidade, jogada ofensivamente perturba o jogo dos atacantes na zona de arremesso de meia distância;
Oferece boas possibilidades para contra-ataque.
DESVANTAGENS:
Só pode ser eficiente com muito movimento (desgaste físico);
Fraco contra um jogo bem organizado com dois pivôs e bons extremos.

Sistema Defensivo 3:3

É um sistema com três jogadores atuando à frente da área do tiro livre, e três infiltradores (pivôs) dentro da área, colocados equidistantes próximos à linha da área do goleiro. É um dos sistemas mais ofensivos em termos de agressividade próximos à área do goleiro.

É considerado o mais arriscado de todos os sistemas por zona, formado por duas linhas de defesa, uma com três jogadores próximos a linha dos seis metros, outra com três jogadores sobre a linha dos nove metros. Sofre mudanças constantes na sua estrutura, variando para 4:2, 3:2:1 e 5:1. Têm por objetivo neutralizar as investidas das equipes que se utilizem arremessos de nove metros.

VANTAGENS:
Oferece boas possibilidades de contra-ataque;
Dificulta arremessos de nove metros.
DESVANTAGENS:
Ineficiente contra equipes bem organizadas;
Facilita as infiltrações.
Dificulta a cobertura.

Sistema Defensivo 4:2

Sistema composto por duas linhas laterais. A primeira linha é composta por dois jogadores próximos à linha de nove metros e a segunda linha é composta por quatro jogadores próximos a linha de seis metros. Os defensores da primeira linha utilizarão movimentos laterais, impedindo as infiltrações dos atacantes. Os defensores da segunda linha utilizarão movimentos laterais, para frente e parta trás e diagonais, evitando arremessos de longa e média distância e ainda procurarão interceptar passes ou dificultar a execução dos mesmos..

Geralmente é utilizado contra ataque com dois pivôs e dois bons armadores.
Utiliza-se este sistema contra equipes com dois especialistas em arremessos de meia distância e cujos jogadores de seis metros não tem quaisquer capacidades especiais no jogo.

VANTAGENS:
Pode ser bem utilizado contra um ataque com dois pivôs;
Forte na zona central;
Tem amplitude e profundidade;
Dificulta arremessos de curta e longa distância;
Dificulta passes.
DESVANTAGENS:
Fraca contra ataque 3:3;
Facilita os ataques dos pivôs;
Cobre bem a zona central da defesa com sua amplitude e profundidade.

Sistema Defensivo 5:1 do Handebol

Formada por duas linhas de defesa, uma com cinco jogadores próximo a linha de seis metros e a segunda com um jogador sobre a linha dos nove metros. O jogador avançado deve ser rápido, ágil e resistente, não tendo muita importância a sua estatura.

As suas tarefas são: não permitir arremessos de longa distância (zona central da baliza); evitar que seja feito um passe para o pivô; perturbar o jogo dos atacantes nos arremessos de longa distância e interceptar passes; auxiliar especialmente os defensores lateral esquerdo e direito na luta contra os armadores; iniciar o contra-ataque.

Utiliza-se este sistema contra equipes com bons jogadores de seis metros e um bom passador e especialista em remate de meia distância. Este sistema tem muitas facetas na sua aplicação uma vez que pode utilizar-se tanto de maneira muito ofensiva como muito defensiva.

Defensiva: os defensores saem pouco, até os armadores e limitam-se mais aos bloqueios de longa distância.

Ofensiva: laterais esquerdo e direito saem até a linha dos nove metros e atacam o adversário com a bola. Com este comportamento ofensivo nasce uma defesa espástica, com profundidade e largura, que passa de uma defesa 5 X l para uma 3 X 2 X 1 ou 3 X 3 e volta para 5 X 1.

VANTAGENS:
Não permite arremessos de média e longa distância e possui um contra-ataque rápido do jogador que está adiantado;
Tem amplitude e em relação ao ataque tem profundidade especialmente na zona central de defesa;
Eficiente contra arremessos de média e longa distância;
Perturba o ataque;
O pivô pode ser bem marcado;
Dá boa margem de cobertura.
DESVANTAGENS:
Permite arremesso de curta distância;
Permite infiltrações;
Fraca quando há dois pivôs.

Sistema Defensivo 6:0 do Handebol

É um sistema que se caracteriza por apenas uma linha de defesa com os seis jogadores atuando próximos a linha dos seis metros, e os mesmos deslocam-se de acordo com a trajetória da bola, para a direita e esquerda, para frente e com retorno em diagonal para linha dos seis metros.

As posições defensivas neste sistema são: ponta esquerda, meia esquerda, central esquerdo, ponta direita, meia direita, central direito.

Utiliza-se contra equipes em cujo coletivo se encontre um grande número de jogadores de seis metros de elevado nível e às quais faltem, contudo, bons especialistas em arremessos de meia distância. A defesa é vulnerável aos arremessos de meia distância e pressupõe um goleiro acima da média. O sistema 6X0 pode aplicar-se também ofensivamente, o que, porém não é vulgar.

VANTAGENS:
É muito ampla, diminuindo assim os espaços junto à área de gol, dificultando o trabalho de alas e pivôs,
As tarefas dos defensores são claras, compreensíveis e modificam-se pouco durante o jogo,
Defensores extremos podem partir tranqüilos para contra-ataque, pois a área da baliza é suficientemente coberta pelas demais,
Dá boa margem a cobertura.
Não permite arremesso de curta distância e penetrações próximo a área de gol.
DESVANTAGENS:
Frágil nos arremessos de meia distância,
Perturba-se pouco a liberdade de movimentação do adversário,
Pouco eficaz para roubar a bola.
Permite arremessos de média e longa distância e não permite contra-ataques rápidos.

Hino do Handebol Paulista

Música e letra: Mário Albanese
Beleza e vibração
No Handebol
A bola passa-passa
De mão em mão
Esporte e alegria
É o Handebol
A bola rola-rola
De mão em mão
E a galera faz a festa
Pula e grita sem parar
Mais um gol pede a torcida
Pra vitória conquistar
Coração, valor e raça
Disciplina e aplicação
Muita ginga, arte e graça
Explode a massa de emoção
É gol é gol
Do Handebol
Mais um mais um mais um
Do Handebol

Regras do Handebol

As partidas, divididas em dois tempos de 30 minutos cada, são disputadas por duas equipes de sete atletas, que agarram, arremessam, passam e quicam a bola com as mãos.
Tudo com uma vontade clara: marcar o maior número possível de gols para chegar à vitória.

REGRA 1 – A QUADRA
1.1 A quadra é de forma retangular: compreende uma superfície de jogo e duas áreas de gol e mede 40m de comprimento e 20m de largura.
Os grandes lados são chamados linhas laterais; os pequenos, linhas de gol. O estado da quadra não deve ser modificado de forma nenhuma em benefício de só uma equipe.
1.2 O gol ou baliza e colocado no meio da linha de gol. Ele deve ser solidamente fixado ao solo. Mede no interior 2m de altura e 3m de largura.
1.3 A área de gol é delimitada por uma linha reta de 3m, traçada 6m à frente da baliza, paralelamente à linha de gol e continuada em cada extremidade por um quarto de círculo de 6m de raio, tendo por centro o ângulo interno, inferior e posterior de cada poste da baliza. A linha delimitando a superfície é chamada área de gol
1.4 A linha de tiro livre, descontínua, se inscreve sobre uma reta de 3m traçada 9m à frente da baliza, paralelamente à linha da área de gol. Os traços da linha de tiro livre medem 15cm, assim como os intervalos
1.5 A marca de 7m é constituída por uma linha e 1m traçada á frente do meio da baliza, paralelamente à linha de gol, a uma distância de 7m a partir do lado exterior da linha de gol.
1.6 Uma marca de 15cm de comprimento é traçada à frente do meio de cada baliza e paralelamente a esta, a uma distância de 4m a partir do lado exterior da linha de gol. É a linha de limitação do goleiro, antes de a bola sair das mãos do cobrador, quando da execução de um tiro de 7 metros.
1.8 De cada lado e a 4,50m da linha central, uma marca de 15cm delimitando cada uma das zonas de substituição, respectivamente, para as equipes que estiverem ocupando os respectivos bancos de reservas.

REGRA 2 – A DURAÇÃO DO JOGO
2.1 Para equipes masculinha e femininas de mais de 18 anos, a duração do jogo é de 2 X 30 minutos com 10 minutos de intervalo.
2.2 O jogo começa pelo apito do árbitro central autorizando o tiro de saída, e termina pelo sinal do cronometrista. As infrações e condutas anti-desportivas cometidas antes do sinal do cronometrista, devem ser punidas pelos árbitros, mesmo depois de se ter sinalizado o final do jogo.
2.3 Após o intervalo, as equipes trocam de quadra.
2.4 Os árbitros decidem quando o tempo deve ser interrompido e quando ele deve ser retomado.
Eles assinalam ao cronometrista o instante da parada dos cronômetros e os da reposição em jogo.
2.5 Se um tiro livre ou um tiro de 7m é assinalado pouco antes do intervalo ou do final do jogo, o cronometrista deve esperar o resultado imediato do tiro antes de sinalizar o encerramento do jogo mesmo se o jogo estiver terminado.
2.6 Se os árbitros constatam que o jogo foi interrompido antes do tempo regulamentar pelo cronometrista, devem reter os jogadores na quadra e se ocupar do reinício do jogo, para completar o tempo que resta por jogar.
2.7 Se o jogo empatado deve ter a sua continuação até que haja um vencedor, após 5 minutos de intervalo, a escolha da quadra ou do tiro de saída deve ser novamente sorteada.
A prorrogação dura 2 X 5 minutos para todas as equipes (troca de quadra sem intervalo). Se o jogo continuar empatado após esta primeira prorrogação, uma segunda é jogada após 5 minutos de intervalo e um novo sorteio, com duração de2 X 5 minutos (troca de quadra sem intervalo). Se o jogo continuar empatado, proceder-se-á de acordo com o regulamento particular da competição em curso.

REGRA 3 – A BOLA
3.1 A bola é constituída por um invólucro de couro ou de matéria plástica de cor uniforme. É de forma redonda. Bolas brilhantes ou lisas não serão permitidas.
3.2 Para os homens, a bola deve medir no início do jogo de 58 a 60 cm de circunferência e pesar de 425 a 475g. Para as mulheres a bola deve medir no início do jogo de 54 a 56cm de circunferência de pesar de 325 a 400g.

REGRA 4 – OS JOGADORES
4.1 Uma equipe se compõe de 12 jogadores (10 jogadores de quadra e 2 goleiros). Em todos os casos, a equipe é obrigada a jogar com 1 goleiro, 7 jogadores no máximo (6 jogadores de quadra e 1 goleiro) que podem se encontrar na quadra ao mesmo tempo, os quais devem ser inscritos na súmula da partida. Os outros jogadores são reservas.
4.4 Durante o jogo os reservas podem entrar na quadra a qualquer momento e repetidamente, sem avisar o cronometrista, desde que os jogadores substituídos tenham abandonado a quadra. Isto vale igualmente para a substituíção do goleiro.
4.7 O uniforme dos jogadores de quadra de uma equipe deve ser igual, sendo que a cor do uniforme do goleiro deve diferir claramente das duas equipes.

REGRA 5 – O GOLEIRO
5.1 Um goleiro nunca pode substituir um outro jogador, no entanto qualquer outro jogador pode substituir um goleiro. O jogador de quadra deve vestir o uniforme do goleiro antes de substituí-lo pela zona de substituíção.
É permitido ao goleiro: 5.2 Tocar a bola na área de gol numa tentativa de defesa, com todas as partes do corpo. OBS: Exceto chutar a bola, mesmo em tentativa de defesa.
5.3 Deslocar-se na área de gol com a bola na mão, sem restrição.
5.4 Sair da área de gol, numa ação defensiva, e continuar a jogar, poder, e tomar parte do jogo. Neste caso, estará sujeito às regras dos demais jogadores de quadra.
5.5 Sair da área de gol, numa ação defensiva, e continuar a jogar, desde que não tenha a bola dominada.
5.7 Jogar intencionalmente a bola dominada atrás da linha de gol, por fora da baliza (tiro livre).
5.9 Tocar a bola na área de gol, depois de um tiro de meta, se a bola não tiver sido tocada por outro jogador (tiro livre).
5.10 Tocar a bola na área de gol, parada ou rolando no solo, fora da área de gol, desde que ele se encontre dentro de sua área de gol (tiro livre).
5.12 Voltar com a bola da quadra de jogo para dentro de sua própria área de gol (tiro de 7m).

REGRA 6 – A ÁREA DE GOL
6.1 Somente o goleiro tem o direito de permanecer na área de gol. Ela é violada, desde que um jogador de quadra a toque, inclusive em sua linha, com qualquer parte do corpo.
6.2 A violação da área de gol por um jogador de quadra é punida da seguinte forma:
A) Tiro livre, se um jogador de quadra a invade com a bola.
B) Tiro livre, se um jogador de quadra a invade sem a bola e disso leva vantagem.
C) Tiro de 7m, se um jogador da equipde que defende e invade intencionalmente, e desta maneira coloca em desvantagem o jogador atacante que tem a posse da bola.
6.7 O lançamento intencional da bola para sua própria área de gol é punido da seguinte forma:
A) Gol, se a bola penetra no gol.
B) Tiro de 7m, se o goleiro toca a bola evitando que esta entre no gol.
C) Tiro livre, se a bola permanecer na área de gol ou ultrapassar a linha de gol por fora da baliza.

REGRA 7 – O MANEJO DA BOLA
É permitido:
7.1 Lançar, bater, empurrar, socar, parar e pegar a bola com a ajuda das mãos, braços, cabeça, tronco e joelhos.
7.2
Segurar a bola no máximo durante 3 segundos, mesmo que ela esteja no solo.
7.3
Fazer no máximo 3 passos com a bola na mão.
Um passo é feito:
A) Quando o jogador, tendo os dois pés no solo, levanta um dos pés e torna a pousá-lo (não importa a direção ou distãncia) ou o desloca (deslizar).
B) Quando um jogador, tendo um pé no chão, apanha a bola e em seguida toca o solo com o segundo pé.
C) Quando o jogador em suspensão toca o solo com um pé e salta no mesmo pé ou toca o chão com o segundo pé.
D) Quando o jogador em suspensão toca o solo com os dois pés ao mesmo tempo, levanta em seguida um dos pés e torna a pousá-lo ou deslocá-lo. Nota: Quando um pé é deslocado no chão, o segundo pé pode ser trazido junto ao primeiro.
REGRA 8 – CONDUTA PARA COM O ADVERSÁRIO
É permitido:
8.1 Utilizar os braços e as mãos para apoderar-se da bola.
8.2
Tirar a bola do adversário com a mão aberta, não importa de que lado.
8.3
Barrar com o tronco o caminho do adversário, mesmo que ele não esteja com a posse da bola.
É proibido:
8.4 Barrar o caminho do adversário ou contê-lo com os braços, as mãos ou as pernas.
8.6
Arrancar a bola do adversário com uma ou duas mãos, assim como bater na bola que ele tenha em suas mãos.
8.7
Utilizar o punho para tirar a bola do adversário.
8.8
Lançar a bola de modo perigoso para o adversário ou dirigir a bola contra ele numa finta perigosa.
REGRA 9 – O GOL
9.1 Um gol será marcado, quando a bola ultrapassar totalmente a linha de gol por dentro da baliza e desde que nenhuma falta tenha sido cometida pelo executor e seus companheiros. Quando um defensor comete uma infração anti-regularmente que não impeça que a bola entre na baliza, o gol é considerado marcado, desde que os árbitros tenham a certeza de que a bola ultrapassaria a linha de gol, por entre as balizas.
O gol não será válido se os árbitros ou o cronometrista assinalaram a paralisação do jogo, antes que a bola tenha ultrapassado a linha de gol, por dentro da baliza.

REGRA 10 – O TIRO DE SAÍDA
10.1 No início do jogo, o tiro de saída é executado pela equipe que ganhou o sorteio e que escolheu a saída, ou pela outra equipe, se a que ganhou o sorteio escolheu a quadra.
Após o intervalo, o tiro de saída pertence à equipe que não o fez no início do jogo. Em caso de prorrogação, a escolha da quadra ou da saída é novamente sorteada.
10.4 No momento do tiro de saída, todos os jogadores devem se encontrar na sua própria meia-quadra: os jogadores adversários devem se encontrar pelo menos a 3m do jogador executante do tiro de saída.

REGRA 11 – TIRO DE LATERAL
11.1 O tiro de lateral é ordenado quando a bola ultrapassar completamente uma linha lateral, ou quando a bola tocar por último um jogador da equipe defensora antes que ela deixe a quadra, ultrapassando a linha de gol por fora da baliza. Um tiro de meta deve ser executado no caso em que o caso, na área de gol, tenha tocado por último a bola antes que ela ultrapasse a linha de gol por fora da baliza.
11.4 O jogador que executa o tiro de lateral deve manter um pé sobre a linha lateral, até que a bola tenha deixado a sua mão. Não é permitido colocar a bola no solo e tornar a pegá-la , ou quicar a bola.

REGRA 12 – O TIRO DE META
12.1 Um tiro de meta é ordenado quando a bola ultrapassar a linha de gol, por fora da baliza (ver todavia 5.7, 7,10, 11.1)
12.2 O tiro de meta deve ser executado sem o apito do árbitro, da área de gol por sobre a linha da área de gol (ver todavia 16.3b).

REGRA 13 – O TIRO LIVRE
13.1 Um tiro livre é ordenado nos seguintes casos:
A) Substituição anti-regulamentar.
B) Faltas do goleiro.
C) Faltas dos jogadores de quadra na área de gol
D) Manejo anti-regulamentar da bola.
E) Lançamento intencional da bola por fora da linha lateral ou linha de gol por fora da baliza.
F) Jogo passivo
G) Conduta anti-regulamentar para com o adversário.
H) Tiro de saída anti-regulamentar.
I) Conduta anti-regulamentar num tiro de lateral.
J) Conduta anti-regulamentar num tiro de meta.
K) Conduta anti-regulamentar num tiro livre
L) Paralisação do jogo, sem que tenha havido nenhuma infração às regras.
M) Conduta anti-regulamentar por ocasião de um tiro de 7 metros.
N) Conduta anti-regulamentar num tiro de árbitro.
O) Execução incorreta dos tiros.
P) Conduta antidesportiva grosseira ou repetida. 13.3 Desde que, de posse da bola, o jogador que executa o tiro livre esteja pronto a executá-lo do local exato, não lhe é mais permitido colocar a bola no solo e tornar a pegá-la, ou quicar a bola.
13.4 Durante a execução de um tiro livre, os jogadores da equipe atacante não devem tocar ou ultrapassar a linha de tiro livre.
13.5 Durante a execução de um tiro livre, os jogadores adversários devem estar a pelo menos 3m do executor. Durante a sua execução na linha de tiro livre, os jogadores da equipe defensora podem se colocar na linha da área de gol.
13.7 Se o jogo foi paralisado sem que tenha havido ações anti-regulamentares e a bola estava em poder de uma determinada equipe, o jogo é reiniciado por um tiro livre ou correspondente, executado após o apito do árbitro, do local onde se encontrava a bola no momento de paralisação e pela equipe que estava com a posse da bola.

REGRA 14 – O TIRO DE 7 METROS
14.1 Um tiro de 7 metros é ordenado nos seguintes casos:
A) Quando a infração, em qualquer parte da quadra de jogo, frustra uma clara ocasião de gol, inclusive se a comete um oficial.
B) O goleiro joga, para a sua área de gol, a bola que se encontra no solo fora da área de gol, ou retorna, com a bola controlada, da quadra para a área de gol.
C) Violaçào da própria área de gol, numa tentativa de defesa, colocando em desvantagem o jogador atacante que está com a posse da bola.
D) Lançar a bola intencionalmente para o próprio goleiro na sua área de gol.
14.2 O tiro de 7m é um lançamento direto ao gol e deve ser executado dentro dos 3 segundos após o apito do árbitro.

REGRA 15 – O TIRO DE ÁRBITRO
15.1 Um tiro de árbitro é ordenado nos seguintes casos:
A) Quando os jogadores das duas equipes cometem ações anti-regulamentares ao mesmo tempo, na quadra.
B) Quando a bola toca o teto ou objeto fixado sobre a quadra (11.2, 12.3, 13.2, 18.7c)
C) Quando o jogo é interrompido sem que tenha havido qualquer infração, e a bola não esteja em poder de nenhuma equipe.
15.2 Sem apitar o árbitro central lança a bola verticalmente para cima no local onde ela se encontrava no momento da interrupção do jogo.
Se este local está situado entre as linhas de área de gol e de tiro livre, o tiro de árbitro é executado do local mais próximo fora da linha de tiro livre.
15.3 Na execução de um tiro de árbitro, todos os jogadores, salvo um de cada equipe, devem estar pelo menos 3m do árbitro (13.1o). Os dois jogadores devem estar um de cada lado do árbitro, cada um do lado de seu próprio gol. A bola somente poderá ser jogada quando atingir o seu ponto mais alto.
Obs: Os jogadores poderão tocar, ou dominar a bola para si mesmo.

REGRA 16 – A EXECUÇÃO DOS TIROS
16.1 Antes da execução de qualquer tiro, a bola deve estar na mão do executor, e todos os jogadores devem tomar posição, de acordo com as regras do tiroem questão. * Ver todavia 16.7.
16.4 Os tiros são considerados executados, assim que a bola tenha deixado a mão do executor. * Ver todavia 12.2 e 15.3.
Durante a execução de todos os tiros, a bola deve ser lançada e não deve ser entregue, nem tocada por um companheiro de equipe.
16.7 Durante a execução de um tiro de lateral, ou de tiro livre, os árbitros não devem corrigir uma posição irregular dos adversários, se, com uma execução imediata, esta incorreção não causa nenhum prejuízo à equipe atacante. Quando esta incorreção causar prejuízo, a posição irregular deve ser corrigida.
Se os árbitros apitam ordenando a execução de um tiro, apesar da posição irregular de um adversário , este tem o direito de intervir normalmente no jogo e não pode ser punido por sua ação.

REGRA 17 – AS SANÇÕES
17.1 Uma advertência pode ser dada:
A) No caso de conduta anti-regulamentar para com o adversário (5.6, 8.4-11).
Uma advertência será dada:
B) Faltas pertinentes à conduta anti-regulamentar para com o adversário são punidas progressivamente (8.13).
C) Faltas quando o adversário está executando um tiro (16.7)
D) Conduta antidesportiva de parte do jogador ou oficial (17.11, 17.12a,c)
17.3 Uma exclusão deve ser dada nos seguintes casos:
A) Substituição irregular ou entrada na quadra de jogo anti-regulamentar.
B) Por repetidas infrações no comportamento para com o adversário, sancionado progressivamente.
C) Conduta antidesportiva repetida por parte de um jogador na quadra de jogo.
D) O jogador que não liberar imediatamente a bola quando os árbitros tomam uma decisão contra sua equipe.
E) Irregularidades repetidas quando da execução dos tiros pela equipe adversária.
Em casos excepcionais, uma exclusão pode ser dada sem advertência prévia.
17.5 Uma desqualificação será dada nos seguintes casos:
A) Entrada, na quadra de jogo, de um jogador não inscrito na súmula de jogo.
B) Irregularidades graves na conduta para com o adversário.
C) Conduta antidesportiva repetida por um oficial ou um jogador fora de quadra (17.11 e 17.12d)
D) Conduta antidesportiva grave, igualmente por parte de um oficial (17.11, 17.12b,d)
E) Depois de uma terceira exclusão de um mesmo jogador
F) Agressão fora da quadra de jogo por um jogador ou um oficial.
A desqualificação de um jogador na quadra sempre vai acompanhada de uma exclusão, ou seja, a equipe fica com menos 1 jogador por 2 minutosm podendo a equipe ser completada após esse perídodo.
17.7 Uma expulsão será dada, em caso de agressão dentro da quadra (8.15, 8.17p e 17.11) Uma expulsão considera-se uma intervenção física irregular, particularmente forte (8.15), cometida contra o corpo de um jogador, árbitro, secretário/cronometrista, oficial ou espectador.
17.11 Em caso de conduta anti-desportiva, os árbitros devem dar umaadvertência ao jogador (17.1d), encontrando-se ele dentro ou fora da quadra.
Em caso de reincidência, o jogador é excluído (17.3e) se ele se encontra na quadra. Ele é desqualificado (17.5) se encontrar-se fora dela.
O comportamento anti-desportivo de um oficial deve ser punido com advertência (17.1d) e, em caso de reincidência, com uma desqualificação. Igualmente, no segundo caso, não poderá permanecer na zona de substituições.
Por ocasião de uma conduta irregular (atitude anti-desportiva ou agressão), ocorrida durante uma interrupção de jogo ou “time-out” (paralisação do tempo de jogo), o jogo será retomado pelo tiro ordenado quando da interrupção
17.12 A conduta antidesportiva ou agressào dentro da quadra de jogo deve punir-se como se segue:
Antes do jogo:
A) No caso de conduta antidesportiva, por uma advertência (17.1d)
B) Conduta antidesportiva ou agressão, por desqualificação (17,5d,f).
Durante o intervalo:
C) No caso de conduta antidesportiva, com uma advertência (17,1d)
D) No caso de conduta antidesportiva grave ou repetida, ou agressão, por desqualificação (17,5c,d,f).
Após o jogo:
E) Relatório escrito.
REGRA 18 – OS ÁRBITROS
18.1 Cada jogo é dirigido por dois árbitros, tendo ambos os mesmos direitos. São assistidos por um secretário e um cronometrista
18.7 Em princípio, compete ao árbitro central apitar:
A) A execução do tiro de saída.
B) A execução do tiro de 7 metros.
C) A execução de todos os tiros e após a paralisação do tempo de jogo (18.11)
O árbitro de gol usará o seu apito:
D) Quando um gol tiver sido marcado (9.1).
18.11 Ambos os árbitros são encarregados e responsáveis pelo controle do tempo de jogo. Em caso de dúvida sobre a exatidão da cronometragem, a decisão caberá ao árbitro designado em primeiro lugar na convocação oficial.

REGRA 19 – O SECRETÁRIO E O CRONOMETRISTA
19.1 O secretário controla a relação dos jogadores (somente os jogadores inscritos estão qualificados) e, com o cronometrista, a entrada dos jogadores que completam sua equipe ou os jogadores excluídos.
Ele preenche a súmula, indicando os dados necessários (gols, advertências, exclusões, desqualificações e expulsões).
O cronometrista controla:
A) O tempo de jogo; os árbitros decidem quando o cronômetro deve ser parado e quando novamente será acionado.
B) O número de jogadores e oficiais no banco de reservas.
C) Com o secretário, a entrada dos jogadores que completam as equipes.
D) A entrada e saída dos substitutos
E) A entrada dos jogadores não admitidos
F) O tempo de exclusão dos jogadores.
O cronometrista indica o final do 1º tempo e o final do jogo, com um sinal claramente audível (ver, todavia, 2.2 e 2.5).
Fonte: br.geocities.com/www.brasilhandebol.com.br/www.terravista.pt
Fonte: https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/handebol

 
3º BIMESTRE  1º ANO

1º ANO 3º BIMESTRE - VÔLEI COMO TUDO COMEÇO



A Origem e História do Voleibol de quadra


Conheça a Origem e História do Voleibol de Quadra e de Praia. Falaremos sobre quem criou o Voleibol, a história do Voleibol na Europa e nas Olimpíadas, a evolução das regras do Voleibol entre outros detalhes da história desse apaixonante esporte.

A origem do Voleibol

Quem criou o Voleibol?

A história do Voleibol começou em Massachusetts nos Estados Unidos em 1895, seu criador foi o professor de Educação Física William G. Morgan. O nome original do Esporte era “Mintonette”, mas logo foi batizado de Voleibol.


Origem e História do Voleibol: Quem criou o Voleibol: William G. Morgan
 
 
Origem e História do Voleibol: William G. Morgan foi quem criou o Voleibol
No início o Voleibol foi um esporte praticado somente nos Estados Unidos, mas logo se espalhou por todo mundo, tonou-se um esporte olímpico e um dos esportes mais populares e mais praticados em todo mundo.

A rede na história do voleibol

William Morgan se inspirou no Tênis para ter a ideia de uma rede, porém uma rede que ficaria mais alta que a rede de Tênis.

A Bola na História do Voleibol

A Bola de Voleibol precisava ser algo maior do que uma bola de Tênis, porém mais leve do que uma bola de Basquete. Foi criado então uma bola de couro leve que poderia facilmente ser jogada por cima da rede.
A BOLA NA HISTÓRIA DO VOLEIBOL

A história do voleibol: as mudanças nas regras e o crescimento internacional

O jogo de Voleibol experimentou uma grande variedade de mudanças de regras ao longo dos primeiros anos. Em várias partes do mundo foram utilizadas regras diferentes antes da normalização e padronização das regras do Voleibol.

Número de jogadores

Em 1912 a quantidade de jogadores em uma equipe de Voleibol foi fixada em seis, que é a mesma até hoje. O sistema de rotação ou rodízio dos sacadores também foi implementado na mesma época.

O Voleibol chega a Europa

Em 1915 o Voleibol chega as praias francesas através dos soldados americanos que estavam lutando na Primeira Guerra Mundial. A popularidade do Voleibol cresceu rapidamente. O Voleibol se expandiu especialmente para a Europa Oriental, onde os jogos indoor (em quadras fechadas) são populares devido ao clima muito frio.


História do Voleibol: a Origem e História do Voleibol na Europa
Origem e História do Voleibol na Europa

A Pontuação

Em 1916 a pontuação mudou para uma forma que lembra o sistema de pontuação de hoje. A pontuação mudou de 21 para 15 pontos e os Sets foram introduzidos. O vencedor era determinado em uma melhor de dois, o que significa que dois Sets eram necessários para ganhar uma partida.
Ainda em 1916 os contatos (toques) consecutivos por cada jogador foram limitados a um toque.
Também foi estabelecido que um jogador comete uma falta se segurar ou conduzir a bola.

Jogando com o Pé

Também era permitido jogar com pés (o que é muito interessante porque FIVB – Federação Internacional de Voleibol – permitiu novamente nas recentes mudanças de regras ocorridas em 1995.)

Regra do Limite de Toques e Bloqueio

Em 1920 houve uma grande mudança nas regra do Voleibol, foi estabelecido o número máximo de três toques na bola por equipe. As primeiras tentativas de bloqueio ocorreram mesmo antes deles serem identificados e reconhecidos pelas regras.

QUANDO O VOLEIBOL SE TORNOU ESPORTE OLÍMPICO

O Voleibol de quadra tornou-se um esporte olímpico oficial em Tóquio 1964, mesmo ano em que as regras internacionais de voleibol foram padronizadas em 1964, quando.


História do Voleibol nos Jogos Olímpicos
Origem e História do Voleibol nos jogos olímpicos

O Voleibol de praia na História do Voleibol

Há alguns relatos de homens jogando vôlei na praia no Havaí já em 1915, mas a história do Voleibol de praia realmente começou em Santa Mônica, na Califórnia/EUA na década de 1920. Foi lá então que as primeiras quadras de vôlei foram colocadas na praia para prática recreativa dos frequentadores.


Origem e História do Voleibol: O VOLEIBOL DE PRAIA NA HISTÓRIA DO VOLEIBOL
Origem e História do Voleibol de Praia

O Voleibol de Praia na Segunda Guerra Mundial

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas bases navais americanas tinham quadras de Voleibol de praia e isso ajudou a espalhar o Voleibol pelo mundo.

Primeiras competições de Voleibol de Praia

O primeiro torneio de voleibol de praia de duplas masculinas foi realizado em Santa Monica, Califórnia, em 1948.

Voleibol de praia nos Jogos Olímpicos

O Voleibol de Praia ganhou o status de esporte olímpico nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.

CHEGADA DO VÔLEI NO BRASIL

A introdução e expansão do voleibol no Brasil estão diretamente relacionadas a ACM. Os escritos revelam incerteza quanto à data de chegada do voleibol no Brasil, alguns dizem ser em 1915 (Pernambuco) e outros em 1916/1917 (São Paulo). Felizmente ao longo dos anos e através de sua divulgação, passa a ser praticado em outras instituições em diferentes Estados brasileiros.
Em 1944 é realizado o primeiro campeonato brasileiro, participando seis equipes masculinas e femininas. Minas Gerais vence no feminino e São Paulo no masculino. A fundação da Confederação Brasileira de Volley-Ball acontece em 16 de agosto de 1954, assumindo a partir desta data a direção do voleibol brasileiro. Seu primeiro presidente foi Denis Hattaway. Até então a Confederação Brasileira de desportos (CBD) era a responsável pelos destinos desta modalidade esportiva.

O voleibol nacional viveu um período de grandes dificuldades para ter sua ascensão, pois se caracterizava como uma modalidade extremamente amadorista e isto, dentre outros fatores, repercutia de forma limitadora para a participação dos atletas em competições regionais, nacionais e internacionais, pois implicava no afastamento das atividades profissionais e/ou estudantis, já que não havia até aquela data nenhuma lei ou incentivo que abonasse o afastamento de atletas para participar de competições. Embora com estas dificuldades, o Brasil encontrou soluções para organizar sua representação e participar  da estréia do voleibol nos Jogos Olímpicos realizados no Japão em 1964.

A aceitação do voleibol como esporte olímpico em 1964 contribuiu para a unificação das regras e tornou as disputas mais competitivas, impulsionando seu rápido desenvolvimento técnico-tático. Apesar da participação do Brasil em algumas competições internacionais, o voleibol ainda apresentava um estágio de desenvolvimento embrionário. Novas medidas administrativas foram necessárias para superar está fase inicial.
Era preciso qualificar as comissões técnicas e implantar projetos, visando a popularização do voleibol brasileiro. A grande escalada do voleibol brasileiro começa na metade dos anos setenta. A CBV com o apoio de algumas Federações Estaduais inicia o investimento na formação de técnicos e atletas, promovendo cursos ministrados por importantes técnicos de países com estrutura mais avançada que o nosso país. Entramos deste modo, na fase de intercâmbio com Clubes e Seleções de outros países, sediando várias competições de caráter internacional em alguns estados brasileiros. Este intercâmbio propiciou o interesse do público e isto resultou num marco histórico da trajetória do nosso voleibol, ou seja, a transmissão dos jogos pela televisão, concretizando um sonho tão desejado pela comunidade do voleibol nacional. O evento da televisão desencadeou de forma extraordinária a aproximação das empresas que passaram a investir como patrocinadoras, surgindo então o início da profissionalização do voleibol brasileiro.

Após períodos de grandes dificuldades, a década de 80 marca uma nova fase, sendo considerada a etapa decisiva, podendo-se agora conceituar o voleibol brasileiro em antes e depois de 80. É o inicio de uma nova estrutura e do ingresso, em função de resultados obtidos, no cenário internacional. Em 1981 a Seleção Juvenil masculina conquista a medalha de prata nos Estados Unidos. Em 82 o Brasil é sede do Mundialito Adulto masculino e vence a Rússia, até então uma equipe imbatível. Ainda neste ano o mesmo grupo, de forma extraordinária, obtém o reconhecimento internacional ao tornar-se vice-campeão mundial, em competição realizada na Argentina. É o início e a consagração da denominada geração de prata. Nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, o voleibol masculino reafirma sua ascensão quando em uma empolgante campanha faz a final Olímpica com os EUA e é medalha de prata.
O voleibol então alcança altos índices de popularidade e os jogadores tornam-se ídolos esportivos. Este contexto favoreceu a obtenção do apoio financeiro necessário às equipes adultas nacionais, que tempos depois se estendeu também para as categorias de base. A renovação do voleibol brasileiro contou com o patrocínio da iniciativa privada e de alguns órgãos governamentais, caracterizando bem sucedidas ações de marketing esportivo.
Como conseqüência destas ações administrativas da CBV e das Federações, o voleibol brasileiro aparece entre as quatro melhores seleções do mundo na década de 90. A Seleção masculina é ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona e a feminina obtém um extraordinário 4º lugar na mesma competição. No ano seguinte, o voleibol brasileiro continua surpreendendo o mundo ao vencer a Liga Mundial Masculina rompendo com a hegemonia dos italianos. Da mesma forma o voleibol feminino venceu o Grand Prix em 1994, medalha de bronze nos Jogos de Atlanta (1996) e uma histórica dobradinha na 1ª edição do vôlei de praia em Olimpíadas, somos ouro e prata. Já na edição Olímpica de Sidney (2000) fomos prata no feminino de quadra, na praia ganhamos prata no masculino e prata e bronze no feminino.
O voleibol nacional atinge maturidade e passa a ser um vencedor internacional em todas as categorias e nas diversas competições que participa. As equipes infanto-juvenis e juvenis (masc. e fem.) mantêm atualmente não apenas a supremacia Sul-americana, como a hegemonia nos mundiais da categoria. A seleção adulta masculina tem apresentado um alto padrão de rendimento sendo a atual campeã mundial e tetracampeã da Liga Mundial. A seleção adulta feminina tem apresentado bons resultados nos últimos mundiais e é a atual tetracampeã do Grand Prix, que corresponde a Liga mundial masculina.
O voleibol tornou-se um fenômeno esportivo marcante no cenário brasileiro. Desponta no novo milênio, como o único esporte que disputou todas as Copas do Mundo, além do futebol e, participou de todas as edições dos Jogos Olímpicos com a equipe masculina de voleibol. Em função da evolução técnica das equipes nacionais acena-se para o surgimento de uma "Escola Brasileira de Voleibol". O trabalho regionalizado desenvolvido pelas Federações Esportivas em parceria com a CBV foi fundamental para o reconhecimento internacional do voleibol brasileiro.
O ápice desta extraordinária afirmação se concretiza nas Olimpíadas de Atenas (2004), onde o voleibol realizou uma excelente participação e contribuiu decisivamente para que o Brasil tenha alcançado sua maior performance Olímpica, pois nestes jogos conseguimos o maior número de medalhas de ouro. No voleibol feminino de quadra permanecemos no seleto grupo das quatro primeiras equipes do mundo.
Na praia o Brasil consolidou sua supremacia, foi prata no feminino e alcançou o tão desejado ouro no masculino. Por fim, no masculino de quadra, entramos no restrito e invejável grupo mundial: somos bi-olímpicos.

1º ANO 3º BIMESTRE

Vôlei de quadra: 

Identificar elementos técnicos, sistemas táticos individuais e coletivos.

   TÁTICAS BÁSICAS DO VOLEIBOL



SISTEMAS TÁTICOS

   Para o melhor entendimento técnico e tático das definições sobre os sistemas de jogo adotados no voleibol, é necessário, em primeiro lugar, ter sempre presente as posições que os atletas ocupam na quadra, de acordo com a definição da regra.


POSIÇÕES:

    No momento em que a bola é golpeada pelo sacador, cada equipe deve estar posicionada dentro de sua própria quadra na ordem de rotação (exceto o sacador).

        A posição dos jogadores é numerada como na figura abaixo:

Posicionamento em quadra

  • A posição nº 1 chama-se defesa direita, e é a posição do saque.
  • A posição nº 2 chama-se saída de rede.
  • A posição nº 3 chama-se meio de rede.
  • A posição nº 4 chama-se entrada de rede.
  • A posição nº 5 chama-se defesa esquerda.
  • A posição nº 6 chama-se defesa central.
    As posições 4, 3 e 2 são de ataque, portanto, somente os jogadores que as ocupam podem atacar e bloquear dentro da zona de ataque.

    As posições 1, 6 e 5 são de defesa, os jogadores que as ocupam não podem bloquear, e só podem atacar se estiverem posicionados atrás da linha de ataque, na zona de defesa.

    Quando a equipe que não sacou vence o rali, ela realiza um rodízio no posicionamento de seus jogadores e  terá o direito de sacar. O rodizio é realizado no sentido horário.


Sentido do rodízio



    Esse rodízio obrigatório faz que, no desenvolvimento da partida, cada jogador tenha que ocupar cada uma das seis posições da quadra, fato que implica, pelo menos em tese, que os jogadores dominem todos os fundamentos técnicos do jogo.

    O posicionamento inicial (PI) será anotado em uma súmula apropriada, para que se tenha controle dos rodízios e para que as equipes de arbitragem cumpram a regra do posicionamento. Ela determina que, até o instante da execução de cada saque, todos os jogadores das duas equipes respeitem seus posicionamentos de rodízio e estejam ocupando sempre as suas posições. Após o golpe dado pelo sacador, os jogadores poderão deixar os seus posicionamentos obrigatórios de rodízio.

LINHAS DE CORRESPONDÊNCIA:

     É uma linha imaginária, que orienta o posicionamento dos jogadores antes da bola ser golpeada pelo sacador. Esta linha deve seguir a orientação de ordem de posicionamento da seguinte forma:
  • O jogador da posição 1 deverá estar atrás do jogador da posição 2  a direita do jogador da posição 6;
  • O jogador da posição 3 deverá se posicionar entre os das posições 4 e 2 e à frente do jogador da posição 6;
  • O jogador da posição 4 se posicionará a esquerda do jogador da posição 3 e à frente do jogador da posição 5;
  • O jogador da posição 5 deverá estar atrás do jogador da posição 4  e à esquerda do jogador da posição 6;
  • O jogador da posição 6 estará  entre os das posições 5 e 1 e atrás do jogador da posição 3.
Posicionamento dos jogadores no momento do saque
    Lembrem-se que somente os jogadores da linha de ataque (posições 2, 3 e 4) podem participar normalmente das jogadas de rede (ataque e bloqueio). O jogador de defesa (posições 5, 6 e 1), caso apoie os pés na zona de ataque, não poderá efetuar ataques com a bola estando a uma altura superior à borda da rede. Para tanto, ele deverá saltar de trás - antes da linha, ainda na zona de defesa - da linha de ataque, sem pisar nesta. Ele também não poderá em qualquer circunstância realizar bloqueios.


ZONA DE ATAQUE E DEFESA

SISTEMAS OFENSIVO:

        Os sistemas de jogo utilizados nas táticas do voleibol, também são chamados de sistemas ofensivos, pois levam em consideração a forma com a qual distribuem-se e divide-se o número de atacantes e levantadores, entre os seis jogadores e quadra.

      No voleibol, de acordo com o estudo tático, os jogadores são divididos em cortadores ou atacantes e levantadores.

      Durante a partida, após a equipe se defender de um saque ou de uma ataque adversário, o segundo jogador a tocar na bola geralmente executará o toque de levantamento, que é uma preparação para o ataque.  Os jogadores que, dentro de uma equipe, melhor executam o toque de levantamento são chamados de levantadores. Para  essa função, é necessário que o jogador tenha um bom toque de bola, seja calmo e tenha muita iniciativa.

     O jogador que tem a função de cortar e chamado de cortador ou atacante. Para essa função, é necessário que o jogador tenha boa impulsão, seja observador e saiba enviar a bola de maneira que o adversário não possa se defender.
    
    Os sistema táticos mais utilizados atualmente são o "6x6", o "3x3", o "4x2" simples, "4x2" com infiltração e o "5x1".

    O primeiro número indica o número de "cortadores" ou "atacantes" e o segundo número o do(s) levantador(es).

    Basicamente a escolha por um ou por outro sistema decorrerá do material humano à disposição do técnico. Cabe ressaltar que uma série de fatores e de pré-requisitos técnicos individuais dos atletas (fundamentos) e de aspectos táticos é que vai ser utilizado pelo técnico para a escolha do sistema para a equipe.


   Atualmente tem maior utilização nas equipes de alto nível o sistema "5x1", no qual há uma verdadeira "especialização" dos atletas, ainda mais com a introdução do jogador líbero, especializado em defesa, pois atua somente nas posições 5,6 e 1. A nível de seleções nacionais a esmagadora maioria utiliza este sistema, à exceção da seleção feminina de Cuba, que utiliza o sistema "4x2". Cabe ressaltar que a seleção Cubana é tri-campeã Olímpica, o que prova que o sistema de jogo não determina, exclusivamente, melhores ou piores resultados, mas sim a melhor combinação das qualidades individuais dos atletas e sistema de jogo para uma equipe.

SISTEMA "6x6": 

       No sistema de jogo 6x6, todos os jogadores ocupam a função de levantadores e atacantes, não havendo a especialização por funções e posições. A zona de levantamento é a posição 3, dessa forma, no rodízio de saque, quando um jogador estiver nesta posição, realizará a função de levantador, tendo nas outras posições da zona ofensiva a função de cortador.
          
           Este é o sistema mais utilizado pelos iniciantes, pela sua facilidade de compreensão e assimilação, pois não ocorrem as trocas de posições e infiltrações que fazem parte da especialização, podendo então, vivenciar todos os fundamentos de forma completa e em todas as posições das zonas ofensivas e defensivas.


Sistema 6x6
SISTEMA "3x3"

    Neste sistema são três cortadores e três levantadores. Na posição inicial deste sistema, a distribuição dos jogadores é realizada intercalando-se um levantador e um cortador . Na atualidade, esse sistema não é mais utilizado devido às dificuldades e deficiências na armação tática, principalmente no sistema ofensivo. Com o rodízio de jogo, irá coincidir  a presença de dois levantadores e um cortador na rede, sendo esta a maior deficiência no sistema ofensivo, no qual, por meio de uma troca de posições, um deles poderá realizar a função de atacante.

   Serve para equipes com deficiência na habilidade dos atletas, ou para iniciantes, devido a facilidade de implementação e sem necessidade de trocas e de infiltração.


Sistema 3x3

SISTEMA "4x2" simples

   Neste sistema, o avanço da especialização das funções dos jogadores dentro da zona ofensiva e defensiva fica mais evidente e funcional. Os locais de atuação dos jogadores são qualificados como "zonas de responsabilidade predeterminadas", em que podemos verificar distintamente as funções de quatro atacantes e dois levantadores. As trocas realizadas visam uma melhor disposição, equilíbrio e fortalecimento dos sistemas, por meio das habilidades técnicas e características individuais dos jogadores.
     A zona de levantamento é na posição 2. Neste sistema, podemos distinguir dois posicionamentos táticos bem específicos.

    1º Posicionamento:
  • A Posição Inicial (PI) - relacionada ao posicionamento dos jogadores no rodízio de saque para a formação do Sistema de Recepção e de Ataque
    2º Posicionamento:
  •  A Posição Final (PF) - relacionada com as trocas de posições, quando os jogadores deslocam-se para a sua Posição de Especialidade para comporem o Sistema Defensivo.
        As funções de acordo com as Zonas de Responsabilidades Predeterminadas estão assim divididas:
  • P = 2 atacantes de ponta  - atuam nas posições 4 e 5;
  • M = 2 atacantes de meio - atuam nas posições 3 e 6;
  • L = 2 levantadores - atuam nas posições 1 e 2.


    A posição inicial dos jogadores deve ser oposta por funções, para que tenhamos sempre, em ambas as zonas, um levantador, um atacante de meio e um de ponta. Então teremos uma levantador na posição 2 e outro na posição 5, um atacante de meio na posição 3 e outro na posição 6 e um atacante de ponta na posição 4 e outro na posição 1.


Sistema 4x2 simples Posição Inicial com levantamento na posição 2
     Para que cada jogador atue na sua área de especialidade será necessário o uso de trocas de posicionamento entre os jogadores logo após o saque adversário. Como a regra não permite a troca antecipada e não se deve prejudicar o sistema de recepção, apenas o levantador realiza a troca de posição, simultaneamente o golpe de saque, indo ocupar a Zona de levantamento, e os demais jogadores devem aguardar a efetivação do ataque para logo após realizarem as trocas de posições, dirigindo-se para a sua posição de especialização, construindo a Posição final dentro do rodízio. Os jogadores permanecem nesta posição durante o rally até a definição do ponto, voltando em seguida às suas posições de rodízio de saque.


4x2 simples - trocas de posicionamento 

Sistema 4x2 simples Posição Final com levantamento na posição 2
     Nas formações de rodízio com saque a favor as trocas são realizadas simultaneamente ao momento do saque, dirigindo-se então os jogadores para atuarem em suas posições de especialidade durante todo o rally, até a definição do ponto.


SISTEMA "4x2" com infiltração:

    Comparando-o  com o sistema 4x2 simples, temos duas mudanças básicas:
  • 1º - A infiltração: A distribuição das bolas nos levantamentos está sob a responsabilidade do levantador, que ocupa a zona defensiva (posições 1, 6 e 5), e "infiltra" entre os atacantes para efetivar sua distribuição, seja na formação do Sistema de Recepção ou do Sistema Defensivo.
  • 2º - A Zona de Levantamento: Em virtude de sempre haver três atacantes na Zona Ofensiva, a Zona de Levantamento é na posição 2 1/2, ou seja, entre os atacantes das posições 2 e 3.
        As funções, de acordo com as zonas de responsabilidade predeterminadas, em relação à especialidade, estão assim divididas:
  • P = 2 atacantes de ponta - atuam nas posições 5 e 4;
  • M = 2 atacantes de meio - atuam nas posições 3 e 6;
  • L/O = 2 levantadores / Opostos - atuam pela posição 2, como atacantes e pela posição 1 como levantadores.
        O levantador/atacante que está na Zona Ofensiva, ocupando-se da função de atacante, é chamado de Oposto ("O") ou Saída, sendo sua posição final a P2.

     Na posição inicial um levantador/oposto estará na zona defensiva na posição 1 e o outro na posição 4, os pontas nas posições 2 e 5 e os meios nas posições 3 e 6. 

4x2 com infiltração - posição inicial
4x2 com infiltração - trocas de posicionamento.
     Na posição final, efetuada após o saque do adversário ou a favor, cada jogador ocupará a sua posição de especialidade, sendo, os pontas nas posições 4 e 5, os meios nas posições 3 e 6 e os levantadores/oposto como atacante na posição 2 e como levantador na posição .

4x2 com infiltração - posição final
     Na formação do Sistema de Recepção para o saque do adversário, como o levantador da Zona Defensiva não participa deste sistema, deverá realizar a infiltração, procurando "esconder-se" do saque adversário ocupando o espaço logo atrás do seu jogador correspondente, quer dizer, quando estiver na posição 1, estará logo atrás do jogador da posição 2; quando estiver na posição 6 estará logo atrás do jogador da posição 3; na posição 5, ocupará o espaço logo atrás do jogador 4.

4x2 com infiltração - infiltração na recepção do saque adversário
     Na função de levantador, depois de infiltrar, realizar o levantamento e aguardar a efetivação do ataque, deverá ir para a sua posição final, a posição 1, infiltrando por esta posição para efetuar os levantamentos, até o término do rally.

         Na situação do saque a favor para compor o sistema defensivo, o levantador deverá primeiramente realizar a troca de posição para a posição 1 e somente "infiltrará" depois da 1ª ação defensiva da sua equipe, e se for ele que realizará a 1ª ação defensiva, o levantador que atua como atacante na zona ofensiva ou o atacante de meio serão os responsáveis pelo levantamento.

           A fim de não comprometer o sistema de recepção, no momento do saque adversário, enquanto o levantador realiza a infiltração, os demais jogadores permanecem em suas posições para definirem seus ataques nos locais preestabelecidos no sistema de ataque, para depois realizarem as trocas de posições, dirigindo-se as posições de especialização, a posição final, permanecendo nesta posição até o final do rally.

           Na formação do sistema defensivo, com saque a favor, todos os jogadores realizam simultaneamente as trocas de posições no momento do saque, dentro das suas respectivas zonas, dirigindo-se então para a sua posição final.

SISTEMA "5x1"

   Cinco atacantes e um levantador. Sistema atualmente utilizado pela esmagadora maioria das equipes de alto nível, sejam seleções nacionais ou clubes. A adoção deste sistema necessita das infiltrações, especialização dos jogadores e conseqüente maior habilidade individual para o sistema ser bem utilizado, pois é o mais difícil.

     Didaticamente, podemos dizer que o sistema 5x1 é a junção do sistema 4x2 simples com o sistema 4x2 com infiltração. Com o levantador estando na zona ofensiva, atuará como no sistema 4x2 simples, realizando as trocas de posições e indo ocupar a zona de levantamento na posição 2, porém, quando nas posições da zona defensiva, procederá como no 4x2 com infiltração, realizando a infiltração e indo ocupar a zona de levantamento na posição 2 1/2.

     A atuação de somente um levantador é o que mais caracteriza o sistema 5x1. O oposto recebe a função de ser mais um atacante. Quando o levantador esta na zona ofensiva, ficando então com dois atacantes na rede, a utilização do ataque atrás da linha de 3 metros (ataque de fundo), principalmente na posição 1, é o desafogo do levantador.

    As funções, de acordo com as zonas de responsabilidade predeterminadas, em relação à especialidade, estão assim divididas:
  • P = 2 atacantes de ponta - atuam nas posições 4 e 5;
  • M = 2 atacantes de meio - atuam nas posições 3 e 6;
  • O = 1 atacante de saída ou oposto - atua nas posições 1 e 2;
  • L = 1 levantador - atua pelas posições 1 e 2.

5x1 posição inicial
  Na recepção do saque adversário, como a troca de posições antecipada infringiria a regra e comprometeria o sistema de recepção, somente o levantador realiza a troca, quando posicionado na zona ofensiva, e a infiltração, quando posicionado na zona defensiva, simultaneamente ao golpe do saque, enquanto os demais jogadores aguardam a efetivação do ataque nas posições em que se encontram, para depois realizarem as trocas para a sua posição de especialização, que será a sua posição final.

5x1 posição final
     O levantador, depois de infiltrar, realizar o levantamento e aguardar a efetivação do ataque, deverá ir para a sua posição final, a posição 1, infiltrando por esta posição para efetuar os levantamentos, até o término do rally. Quando na zona defensiva na posição 5 ou 6, realizará a troca para a posição 1, sistema defensivo, infiltrando depois da 1ª ação defensiva da sua equipe, e caso seja ele que realize a 1ª ação defensiva, o jogador de meio, será o mais indicado para realizar o levantamento aos demais atacantes.

SISTEMAS DE RECEPÇÃO DE SAQUE:

      A recepção do saque é o primeiro elemento de jogo que se realiza dentro da sequência "recepção - levantamento - finalização". Isso significa que é, portanto, o primeiro contato que uma equipe tem para construir o seu ataque e recuperar o saque.


    A importância de uma boa recepção de saque, encontra-se na construção de um ataque bem-sucedido, uma vez que se a recepção for mal feita, a bola não vai chegar ao levantador nas condições certas para organizar um ataque efetivo.
    O gesto técnico mais utilizado na recepção é a manchete.
    Sistemas de recepção são estruturas ou sistemas que são utilizados para neutralizar o saque do adversário enviando a bola para o levantador nas melhores condições possíveis para a execução do levantamento, possibilitando a realização de uma finalização mais precisa e eficiente.
Sistema de recepção em "W":

     O sistema de recepção utilizado por equipes iniciantes é o sistema de 5 jogadores em "W", porque é a maneira mais fácil de proteger os espaços de quadra das ações de saque do adversário. 

   Neste sistema cada jogador (posições #1, #2, #4, #5 e #6) é responsável pela recepção da bola numa área correspondente a um circulo com o raio de 2 metros à sua volta. Neste sistema o jogador da  posição 3 não deverá participar nas tarefas de recepção, ficando desta forma disponível para a realização do passe.


    Dependendo do tipo de saque do adversário, flutuante ou com efeito, a posição dos jogadores deverá ser recuada (para recepção de um saque mais potente) ou mais avançada (para recepção de um saque flutuante). 

      É o principal sistema utilizado em equipes iniciantes pela facilidade de ensino, e o grau de participação de todos os jogadores.

     A evolução dos sistemas de recepção tem o intuito de diminuir o número de receptores, devido os seguintes motivos:

A) Remoção de um receptor fraco;
B) Proteção de um atacante da ação de saque do adversário;
C) Sobrecarregar uma determinada área da quadra com vários finalizadores;
D) Facilitar a penetração, aproximando o levantador da rede, facilitando a sua passagem para a zona de levantamento;
E) Mais liberdade para realizar a recepção;
F) Executar ataques mais rápidos e reduzir as zonas de interferência.
Sistemas de recepção em semicírculo:


    Neste sistema cada jogador (posições #1, #2, #4, #5 e #6 ou “1, #2, #4 e #5) é responsável pela recepção da bola numa área correspondente a uma fatia de terrena que vai desde a linha central até à linha de fundo.

Sistemas com 4 receptores:
    Este tipo de recepção é geralmente organizado para liberar tanto o levantador quanto um atacante. Existem duas variantes:

1) Estrutura em semicírculo: 2 + 2, onde 2 receptores são os principais e 2 receptores são assistentes.
2) Estrutura do diamante: 3 +1.


Sistemas com 3 receptores:

    O levantador, o atacante de meio e o atacante oposto são liberados, portanto, as ações de recepção do saque adversário ficam sempre sob a responsabilidade dos dois receptores principais mais o defensor central. A estrutura geralmente tem a forma de "V" ou "V" invertido.


Sistema 2 receptores: 

    Este é o mais utilizado por equipes masculinas nacionais ou internacionais com saque flutuante do adversário. Nele as recepções devem ser muito precisas.

    Os pontas são os responsáveis pela recepção, e os atacantes de meio e o oposto são protegidos, para que se preocupem somente com seus ataques.

    Com o advento da função de líbero houve um fortalecimento maior neste posicionamento devido à especialidade deste jogador, que participa com os pontas neste rodízio.

SISTEMA DEFENSIVO

    Sistemas de Defesa ou Sistemas Defensivos podem ser entendidos como a forma como uma equipe se organiza para neutralizar um ataque adversário e na medida do possível, preparar seu próprio contra ataque. 

    Normalmente são ações conjugadas de bloqueio e defesa de campo, que exigem alto grau de sincronismo entre estas ações de jogo. 

   Como dispomos de apenas 6 jogadores em quadra, temos que ter claro que nenhuma formação defensiva ocupará todas as áreas da quadra.

    É uma ação de tática coletiva que depende da tática individual, da capacidade de leitura de jogo, pois trabalha com áreas de responsabilidade específicas e se possível com a análise da incidência do ataque adversário. 

    O segredo é partir de uma posição que coloque os jogadores nas regiões onde há maior probabilidade de ataques fortes (bloqueio e linhas de ataque) e ainda favoreçam a pronta ação para outros tipos de ataque, como largadas, exploradas, ataques de meia força, etc.

    A primeira decisão a ser tomada é o posicionamento dos jogadores da defesa de campo (P1, P6 e P5) antes da ação do levantador adversário, que na verdade é quando se define de onde virá este ataque. 

    Temos então o que podemos chamar de POSIÇÃO PREPARATÓRIA, POSIÇÃO BÁSICA, POSIÇÃO DE ESPERA ou POSIÇÃO DE PARTIDA para a defesa. Existem basicamente duas situações definidas bem claramente, e uma terceira que é intermediária entre as duas:
  • com Centro Avançado 
  • com Centro Recuado 
  • com Centro em Linha 

    Basicamente após as trocas de posição por especialização, se toma uma das Posições Preparatórias para Defesa, ou Posições Básicas para Defesa ou Posições de Espera para Defesa. Definido o levantamento do adversário, teremos que adotar uma posição tática coletiva que corresponde ao Sistema Defensivo propriamente dito. 

   Estes Sistemas Defensivos variam em função da Posição Inicial e do Número de Bloqueadores.

•Podemos ter: 


–A partir do Centro Avançado:
•Bloqueio Simples;
•Bloqueio Duplo ou Quadrado Clássico.
–A Partir do Centro Recuado:
•Semi Círculo com Bloqueio Simples; 
•Semi Círculo com Bloqueio Duplo; 
•Quadrado com Bloqueio Duplo Triplo;








REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


BAIANO, A. Voleibol: sistemas táticos. 2ª edição. São Paulo: Sprint, 2005.

BOJIKIAN, J.C.M. BOJIKIAN, L.P. Ensinado voleibol. 4ª edição. São Paulo: Editora Phorte, 2008

TEIXEIRA, H.V. Educação física e desportos. Editora Saraiva. São Paulo, 1999.

http://www.cbv.com.br/v1/ - CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL

http://www.fpv.com.br/ - FEDERAÇÃO PAULISTA DE VOLEIBOL

http://voleibolypunto.blogspot.com.br/2009/01/sistemas-de-recepcin-en-voleibol.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22452

http://www.youtube.com/watch?v=ov6kto2ypsk&feature=related
 
Postado há por
Fonte: http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/05/taticas-basicas-do-voleibol.html 


2º BIMESTRE 1º ANO


Alimentação Saudável 

Uma alimentação, quando adequada e variada, previne deficiências nutricionais, e protege contra doenças infecciosas, porque é rica em nutrientes que podem melhorar as defesas do organismo. Nutrientes são compostos químicos encontrados nos alimentos que têm funções específicas, funcionam associadamente, e se dividem em:
 
  Macronutrientes:  carboidratos, proteínas e lipídeos;
  Micronutrientes:  vitaminas e sais minerais.



Carboidratos
De uma forma geral, todos os grupos de alimentos exceto as carnes, os óleos, as gorduras e o sal, possuem carboidratos. Estes podem ser: 

Simples: como os açúcares e o mel: Os açúcares simples não são necessários ao organismo humano, pois apesar de ser fonte de energia, esta pode ser adquirida por meio dos carboidratos complexos. Sendo assim, é importante diminuir as quantidades de açúcares simples adicionados aos alimentos. 

Complexos: presentes principalmente nos cereais (arroz, pão, milho), tubérculos (batata, beterraba) e raízes (mandioca, inhame), os quais representam a mais importante fonte de energia e, por esta razão, recomenda-se o consumo de seis porções diárias desse tipo de alimento, o que representa em torno de 60% do total de calorias ingeridas. 

Fibras
Uma alimentação saudável deve incluir os carboidratos complexos e fibras alimentares em maior quantidade do que os carboidratos simples. Na sua forma integral, a maioria dos alimentos vegetais como grãos, tubérculos e raízes, as frutas, verduras e legumes contêm fibras, as quais são benéficas para a função intestinal, reduzem o risco de doenças cardíacas, entre outros diversos benefícios.

A quantidade de fibras na alimentação é uma medida de uma alimentação saudável. As frutas, legumes e vegetais são ricos em vitaminas, minerais e fibras, necessitando-se consumir, diariamente, três porções de frutas e três porções de legumes e verduras. É importante variar o consumo desse tipo de alimento, tendo em vista que o consumo regular e variado, juntamente com alimentos ricos em carboidratos menos refinados (pães e arroz integrais), oferecem quantidade significante de vitaminas e minerais, aumentando a resistência a infecções. Além das vitaminas e minerais, as verduras e os legumes também contêm componentes bioativos, alguns dos quais especialmente importantes para a saúde humana, podendo reduzir o risco de doenças, inclusive as doenças cardíacas e o câncer.
Proteínas
Origem vegetal: leguminosas como feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, são alimentos fundamentais para saúde, por serem um dos alimentos vegetais mais ricos em proteínas. Entretanto, estas proteínas são consideradas incompletas, ao contrário das proteínas de origem animal, necessitando então, de combinações de alimentos que completem entre si os aminoácidos, tornando-se combinações de alto valor protéico como, por exemplo, a combinação de duas partes de arroz para uma parte de feijão.

Origem animal: carnes, leite e derivados, aves, peixes e ovos são proteínas completas, ou seja, contêm todos os aminoácidos de que os seres humanos necessitam para o crescimento e manutenção do corpo. São também, entre outros nutrientes, importantes fontes de proteína de alto valor biológico sendo, assim, necessário o consumo diário de três porções de leites e derivados e de uma porção de carnes, peixes ou ovos. As carnes selecionadas para o consumo devem ser aquelas com menor quantidade de gordura (magras, sempre retirando as peles e gorduras visíveis), sendo consumidas moderadamente, devido ao alto teor de gorduras saturadas e colesterol. 

Ferro e Cálcio
As carnes em geral, principalmente os miúdos e vísceras, possuem alta biodisponibilidade de ferro, ou seja, a quantidade de ferro ingerida que será efetivamente utilizada pelo organismo é significativamente grande. O leite e seus derivados, além de fonte de proteínas e vitaminas, são as principais fontes de cálcio da alimentação. Este nutriente é fundamental para a formação e manutenção óssea ao longo da vida, prevenindo futuras complicações como a osteoporose.
Gorduras 

Lipídeos: As gorduras são de diferentes tipos, e podem ou não ser prejudiciais à saúde, dependendo do tipo de alimento. A gordura saturada está presente em alimentos de origem animal, e seu consumo deve ser moderado. As gorduras trans que são obtidas pelo processo de industrialização dos alimentos, a partir da hidrogenação de óleos vegetais, são prejudiciais à saúde. O consumo excessivo deste tipo de alimento pode acarretar doenças cardiovasculares, excesso de peso, obesidade, entre outras. As gorduras insaturadas, presentes nos óleos vegetais, não causam problemas de saúde, exceto se forem consumidas exageradamente. São fontes de ácidos graxos essenciais, ou seja, podem ser produzidos pelo organismo, sendo assim necessárias para a manutenção da saúde.

Colesterol: O colesterol é uma gordura que está presente apenas em alimentos de origem animal, e é componente estrutural de algumas partes do organismo humano, sendo ele capaz de sintetizar o suficiente para cobrir as necessidades metabólicas, não sendo indicado o consumo desse composto. O alto consumo deste pode acarretar doenças cardiovasculares. 

Sal
O sal de cozinha - cloreto de sódio - utilizado como tempero e conservação de alimentos, contém sódio em sua composição, bem como outro tempero atualmente muito utilizado, o glutamato de sódio - este mineral quando consumido em excesso é prejudicial à saúde. Sendo assim, recomenda-se a redução no consumo de alimentos com alta concentração de sal, como temperos prontos, caldos concentrados, molhos prontos, salgadinhos, entre outros. 

Água
A água é um nutriente indispensável ao funcionamento do organismo; a ingestão de, no mínimo, dois litros diariamente é altamente recomendada. Ela desempenha papel fundamental na regulação de muitas funções vitais do organismo, incluindo regulação da temperatura, transporte de nutrientes e eliminação de substâncias tóxicas. Recomenda-se a ingestão de 6 a 8 copos de água por dia. 

Atividade Física
É muito importante a prática de exercícios físicos regularmente, aliada a uma alimentação saudável, o que previne o sobrepeso e a obesidade, além de trazer benefícios para saúde mental e emocional. As pessoas fisicamente ativas são profissionalmente mais produtivas, e desenvolvem maior resistência a doenças. 

Para ter uma vida saudável, associe sempre uma alimentação equilibrada, com o consumo de água e a prática de atividades físicas regularmente. Assegurando, assim, o aumento da imunidade, o peso ideal e a prevenção de doenças.


O atletismo é um conjunto de atividades esportivas (corrida, saltos e arremessos), que tem a origem nas primeiras Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C., eram realizadas provas de corridas e arremessos de peso.

Grande parte das provas de atletismo é realizada em estádios fechados. Nestes estádios, existem as demarcações específicas para cada prova e também os equipamentos como, por exemplo, no salto com varas. Algumas competições como, por exemplo a maratona, são realizadas em vias públicas.

As principais modalidades do atletismo são:

Corrida de pista

É a mais tradicional competição do atletismo e envolve várias provas. 

- Corridas disputadas em pistas ovais (cada atleta corre numa faixa): 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos.

- Corridas de Meio Fundo (os atletas não precisam ficar na raia): 800 metros e 1.500 metros.

- Corridas de Fundo (dentro da pista): 5.000 metros e 10.000 metros.

- Maratona (disputada nas ruas): percurso de 42,19 km.

Corridas com obstáculos

São realizadas dentro dos estádios e se dividem em quatro modalidades: 100 metros (feminino), 110 metros (masculino), 400 metros (masculino e feminino) e 3.000 metros (feminino e masculino).

Revezamento

As provas de revezamento são disputadas por grupos compostos por quatro atletas cada. Cada atleta corre um quarto da pista e passa um bastão para o atleta seguinte de sua equipe.

Saltos

- Salto em distância: o atleta corre numa pista, de no mínimo 40 metros, e deve efetuar o salto antes de uma tábua de 20 cm de largura. Ao cair na areia é feita a medição da distância obtida. Vence o atleta que conseguir o salto com maior distância.

- Salto em altura: nesta competição o atleta deve percorrer uma pista (mínimo de 20 metros) e com uma vara saltar por cima do sarrafo (barra horizontal). O atleta pode tocar o sarrafo, porém o mesmo não pode cair. A altura vai aumentando a cada salto positivo. Vence o atleta que conseguir saltar maior altura sem derrubar o sarrafo.

Arremessos e Lançamentos

Existem quatro modalidades nesta categoria: arremesso de peso, lançamento de dardo, de martelo e de disco. Em todas elas, vence o atleta que conseguir arremessar o objeto a uma distância maior. 

Decatlo

Praticada por homens, numa mesma prova são envolvidas dez modalidades do atletismo. As modalidades do decatlo são: corrida (100 metros), salto em distância, salto em altura, lançamento de peso, 400 metros, 110 metros com barreira, lançamento de disco, lançamento de dardo, salto com vara e corrida de 1500 metros. Vence o atleta que conseguir maior pontuação no geral das provas.

Heptatlo

Prova combinada somente para mulheres. Envolve sete modalidades do atletismo: 100 metros com barreira, lançamento de peso, lançamento de dardo, salto em altura, salto em distância, corrida de 200 metros e 800 metros. Vence a atleta que conseguir maior quantidade de pontos no geral.

Federações e Confederações

- As competições, regras e atividades internacionais de atletismo são organizadas pela IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo).

- No Brasil, as competições de atletismo são organizadas pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).

Alguns recordes mundiais do Atletismo:

- 100 metros rasos: Usain Bolt (Jamaica) com 9,58 segundos.

- 100 metros rasos: Florence Griffith Joyner (EUA) com 10,49 segundos.

- Maratona: Dennis Kimetto (Quênia) com 2h02m57s.

- 10.000 metros rasos feminino: Almaz Ayana (Etiópia): 29:17.45

- 400 metros rasos masculino: Wayde Van Niekerk (África do Sul): 43.03s

- Salto em altura: Javier Sotomayor (Cuba) com 2,45 metros

- Salto em distância: Mike Powell (EUA) com 8,95 metros.

- Salto triplo: Jonathan Edwards (Inglaterra) com 18,29 metros

- Lançamento do martelo feminino: Anita Wlodarczyk (Polônia): 82,29 metros
- Marcha de 50 km feminino: Inês Henriques (Portugal): 4:05:56

Você sabia?

- É comemorado em 9 de outubro o Dia do Atletismo.

- O grande destaque do atletismo nas Olimpíadas de Londres 2012 foi o jamaicano Usain Bolt. Ele ganhou 3 medalhas de ouro, vencendo os 100 metros rasos (recorde olímpico com 9,63 segundos), 200 metros rasos e com a equipe da Jamaica no revezamento 4x100. Nos Jogos Olímpicos de 2016 ele foi novamente o destaque, pois ganhou medalha de ouro nos 100 metros rasos e nos 200 metros rasos. Ganhou também, novamente, medalha de ouro com sua equipe jamaicana no revezamento 4x100.

- O penúltimo Mundial de Atletismo aconteceu em 2015 (entre os dias 22 e 30 de agosto), na cidade de Pequim (China). As provas foram realizadas no Estádio Nacional de Pequim, também conhecido como Ninho do Pássaro. Os atletas do Quênia colocaram seu país no topo do quadro de medalhas. Foram 16 no total, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 3 de bronze. O Brasil não teve um bom desempenho neste mundial, ficando na 25ª colocação com apenas uma medalha de prata.

- O último Mundial de Atletismo foi realizado em 2017 (entre os dias 4 e 13 de agosto), no Estádio Olímpico de Londres. Os EUA ficaram em primeiro lugar no quadro de medalhas do mundial. Os norte-americano conquistaram 30 medalhas (10 de ouro, 11 de prata e 9 de bronze). O Brasil ficou em 38º lugar com apenas uma medalha de bronze.

- O primeiro Mundial de Atletismo aconteceu em 1983, na cidade de Helsinque (Finlândia).

- O grande destaque do atletismo na Antiguidade foi Leonidas de Rhodes. Ele obteve doze títulos de corrida entre os anos de 164 e 152 a.C.
- As mulheres fizeram a estreia no atletismo olímpico somente em 1928 (Olimpíadas de Amsterdã). Nesta edição, as mulheres participaram das provas de revezamento 4x100m, salto em altura, lançamento de disco, 100 m e 800 m.



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1º BIMESTRE 1º ANO

  •  Conceito de atividade física e aptidão física

Com uma frequência cada vez maior damos conta que surgiram novas expressões no vocabulário dos professores. Não são tão novas assim, estão na mídia, na fala de alguns médicos, agentes de saúde e até mesmo na escola: atividade física, saúde, qualidade de vida. Mas afinal, o que significam e qual a relação que existe entre elas?

ATIVIDADE FÍSICA: É toda a movimentação produzida pela musculatura esquelética com gasto expandido de energia, como nas atividades domésticas, laborais e de lazer, exercícios e esportes.

EXERCÍCIO FÍSICO: É uma atividade física previamente planejada, orientada e proposta para a manutenção ou melhora dos componentes da aptidão física relacionada a saúde (resistência aeróbia, resistência anaeróbia e força muscular, flexibilidade e composição corporal), realizada repetidamente. Portanto, o exercício físico é uma subcategoria  da atividade física.

APTIDÃO FÍSICA: A aptidão física é um conceito que pode ser definido, dentro das áreas da atividade física e da saúde, com sendo a capacidade de se realizar trabalhos musculares de forma satisfatória.
Geralmente, a aptidão física relacionada a saúde compreende a resistência cardiorrespiratória, a força, a resistência muscular e a flexibilidade, capacidades físicas já abordadas neste blog.
A aptidão física é determinada e sofre interferência de uma série de fatores, dentre os quais se incluem o nível habitual de atividade física, a dieta, o estilo de vida o ambiente em que vivemos e a hereditariedade.
Tanto a prática regular de atividades físicas quanto o sedentarismo (inatividade física) podem provocar adaptações (positivas ou negativas) no organismo das pessoas.

SAÚDE: A saúde é uma condição humana que apresenta três dimensões: a física, a social e a psicológica. Há algum tempo, ter saúde significava não estar doente. Atualmente, a saúde positiva esta associada a capacidade de aproveitar, desfrutar a vida e enfrentar desafios. Não é mais somente a ausência de moléstias.


  • A importância da atividade física para uma vida saudável

O exercício físico é um poderoso remédio, melhora a qualidade de vida, diminui o risco de doenças do aparelho cardiorrespiratório e, consequentemente, minimiza a pressão arterial.

Exercitar o corpo também favorece aspectos emocionais, trazendo bem-estar, melhora da autoestima e aumento de energia para outras atividades.

Na questão estética, o fator principal é que, com a queima das calorias, o praticante pode perder peso (se combinado a uma alimentação saudável) e modelar sua musculatura, já que a massa corporal magra toma forma.

Do ponto de vista da mobilidade, a prática constante da atividade física melhora a flexibilidade, a postura e a resistência muscular, algo importante para as demais tarefas do cotidiano.

As atividades diárias também são consideradas atividades físicas, como limpar a casa, lavar o carro, praticar jardinagem ou levar o cachorro para passear. No entanto, o ideal é combinar exercícios aeróbios e anaeróbios.

Os exercícios aeróbicos são aqueles de maior duração e menor intensidade desenvolvendo a resistência, capacidade respiratória e o condicionamento físico, como por exemplo, caminhar, correr, pedalar, nadar, dançar. Já os anaeróbicos constituem movimentos de curta duração e de alta intensidade e, com isso, desenvolvem a força e a potência, como a musculação, ioga e pilates.

Todas as formas de recreação ou esporte, que mantenham o corpo em forma e mais forte são consideradas atividades físicas, cuja a prática constante e bem orientada, só geram benefícios.

De forma inversa, a inatividade física aumenta:

    O risco de diversas doenças;
    Predispõe o organismo ao acúmulo de gordura e à obesidade;
    Sensibilidade para os resfriados;
    Depressão, ansiedade e acúmulo do estresse;
    Osteoporose e dores nas articulações.

Por isso é importante reforçar que estar ativo fisicamente é um elemento chave para a longevidade, para uma vida mais feliz e saudável.
Fontes: www.fitnessfriends.com.br; www.portaleducaçao.com.br; www.emedix.com.br


  •  Imagem corporal e distúrbio de imagem

A imagem corporal é a percepção que uma pessoa tem do seu próprio corpo e os pensamentos e sentimentos que resultam desta percepção.

Esses sentimentos podem ser positivos, negativos ou ambos e são influenciados por fatores individuais e ambientais.

Também podemos pensar a imagem corporal como sendo a maneira como você se vê quando se olha no espelho ou quando você se imagine em sua mente.  Ela é a representação mental do nosso corpo, é a forma como vemos e pensamos o nosso corpo,  também é a forma como acreditamos que os outros nos vêem.

O que é imagem corporal

A sua imagem corporal é formada por uma combinação de fatores:

    O que você acredita ser sua própria aparência (incluindo suas memórias, suposições e generalizações).
    Como você se sente em relação ao seu corpo, incluindo a sua altura, forma e peso.
    Como você sente e controla o seu corpo enquanto você se move

E também por quatro aspectos:

    Como você vê o seu corpo é a sua imagem corporal perceptual. Isso nem sempre é uma representação correta de como você é na realidade. Por exemplo, uma pessoa pode perceber-se com sobrepeso quando elas são realmente abaixo do peso.

    A maneira como você se sente sobre o seu corpo é a sua imagem corporal afetiva. Isto está relacionado com a quantidade de satisfação ou insatisfação que você sente sobre a sua forma, peso e partes individuais do corpo.

    A maneira como você pensa sobre o seu corpo é a sua imagem corporal cognitiva. Isto pode levar a preocupação com a forma do corpo e peso. Por exemplo, algumas pessoas acreditam que elas vão se sentir melhor sobre si mesmo se elas forem mais magras ou musculosas.

    Comportamentos em que você se envolve como resultado da sua imagem corporal abrange a sua imagem corporal comportamental. Quando uma pessoa está insatisfeita com a forma como os outros a olham, ela pode se isolar porque se sente mal com sua aparência ou mesmo utilizar comportamentos destrutivos (por exemplo, exercício excessivo, dietas extremamente restritivas) como um meio para mudar a aparência.

Qual é a Relação entre um Distúrbio Alimentar e Imagem Corporal  ?

A preocupação com a imagem corporal e transtornos alimentares andam de “mãos dadas”. Muitas vezes é a insatisfação com a aparência que leva alguém a concluir que a perda de peso iria melhorar a sua imagem, e fazê-la  sentir-se melhor em relação a si mesma e seu corpo. Assim, fazer dietas restritivas e praticar  exercícios – muitas vezes de forma exagerada – são estratégias utilizadas. Estas estratégias aliadas a obsessão pela imagem servem como gatilho para o desenvolvimento de distúrbios alimentares como a anorexia, bulimia, e compulsão alimentar.

    Imagem corporal distorção da imagem nas mulheres

O que é Imagem Corporal Negativa ?

É a percepção distorcida de sua forma – você percebe partes do seu corpo, diferente de como elas realmente são.

    Você está convencido de que apenas outras pessoas são atraentes e que seu tamanho corporal ou forma é um sinal de fracasso pessoal.
    Pessoas com imagem corporal negativa têm uma maior probabilidade de desenvolver um transtorno alimentar e são mais propensas a sofrer de sentimentos de depressão, isolamento, baixa autoestima, e obsessões com a perda de peso.
    Você sente vergonha e ansiedade em relação ao seu corpo.
    Você se sente desconfortável e estranho em seu corpo.

O que causa a imagem corporal negativa ?

Quando uma pessoa tem pensamentos negativos e sentimentos sobre o seu próprio corpo, ela pode desenvolver uma insatisfação corporal. A insatisfação corporal é um processo interno, mas pode ser influenciado por vários fatores externos. Por exemplo, a família, amigos, conhecidos, os professores e os meios de comunicação têm um impacto sobre a forma como uma pessoa vê e sente sobre si mesma e sua aparência. Indivíduos  que vivem em ambientes onde a aparência “idealizada” é valorizada demasiadamente, ou aqueles que recebem feedback negativo sobre sua aparência têm um risco maior de apresentar uma insatisfação corporal.

Um dos colaboradores externos mais comuns para a insatisfação com o corpo é a mídia. Pessoas de todas as idades são bombardeadas com imagens através de TV, revistas, internet e publicidade. Estas imagens, muitas vezes promovem ideais da aparência irrealistas, inatingíveis e altamente estilizados que têm sido fabricados por estilistas, equipes de arte e manipulação digital e não podem ser alcançados na vida real. Aqueles que sentem que não estão à altura em comparação com estas imagens, podem experimentar insatisfação corporal intensa, que é prejudicial para o seu bem-estar psicológico e físico.

Os seguintes fatores tornam algumas pessoas mais propensas a desenvolver uma imagem corporal negativa do que outros:

    Idade – imagem corporal é frequentemente formada durante o final de infância e adolescência, mas a insatisfação corporal pode afetar pessoas de todas as idades e é tão prevalente na meia-idade, quanto na juventude e idade adulta nas mulheres.

    Sexo – as adolescentes são mais propensas a insatisfação corporal que os adolescentes do sexo masculino; no entanto, a taxa de insatisfação corporal em homens está se aproximando rapidamente da das mulheres.

    Baixa autoestima e / ou depressão

    Traços de personalidade – pessoas com tendências perfeccionistas, grandes empreendedores, pensadores do tipo rígido ( ‘preto e branco’, ‘tudo ou nada’), aqueles que internalizam ideais de beleza e aqueles que muitas vezes se comparam aos outros, correm um risco maior de desenvolverem insatisfação corporal.

    Bullying – pessoas que foram ou são ridicularizadas ou humilhadas por conta da sua aparência / peso, independentemente do tipo de corpo real, têm um risco maior de desenvolverem insatisfação corporal.

    Amigos e familiares que constantemente fazem dieta e/ou possuem e expressam uma preocupação excessiva em relação a imagem corporal  – pessoas que servem de “exemplo e modelo” como pais e amigos, e que expressam preocupações excessivas com a imagem corporal e perda de peso, podem aumentar a probabilidade de um indivíduo desenvolver a insatisfação corporal independentemente do tipo de corpo real.

    Tamanho do corpo – Em nossa sociedade extremamente ligada no peso e imagem, um tamanho corporal maior aumenta o risco de insatisfação corporal

O que é Imagem Corporal Positiva ?

    Uma verdadeira e clara percepção de sua forma – você consegue ver as várias partes do seu corpo como elas realmente são.
    Você aceita e aprecia a forma natural do seu corpo e você entende que a aparência física de uma pessoa diz muito pouco sobre seu caráter e valor.
    Você se sente orgulhosa e aceita seu biotipo e se recusa a gastar uma quantidade razoável de tempo se preocupando com comida, peso e calorias.
    Você se sente confortável e confiante em seu corpo.

O que é imagem corporal negativa e positiva

Por que é que a imagem corporal positiva é importante ?

A imagem corporal positiva ocorre quando uma pessoa é capaz de aceitar, apreciar e respeitar seu corpo. Ela é importante porque é um dos fatores de proteção que podem tornar uma pessoa mais resistente aos distúrbios alimentares. Na verdade, os programas mais eficazes de prevenção de transtorno alimentar usam uma abordagem de promoção da saúde, com foco na construção da imagem corporal positiva e autoestima, além de uma abordagem equilibrada para a nutrição e atividade física. Uma imagem positiva do corpo irá melhorar:

    Autoestima, que dita como uma pessoa se sente sobre si mesma, podendo influenciar todos os aspectos da vida, e contribuir para a felicidade e bem-estar.
    A auto aceitação, fazendo uma pessoa mais propensa a se sentir confortável e feliz com a maneira que as pessoas próximas a enxergam e menos propensa a sentir-se impactada tanto por imagens irreais nos meios de comunicação quanto pelas pressões sociais para se definir de determinada maneira.
    As perspectivas e comportamentos saudáveis. Já que é muito mais fácil levar um estilo de vida equilibrado, com atitudes e práticas relativas à alimentação e exercício quando você está em sintonia com  às necessidades do seu corpo.

Nós todos podemos ter nossos dias em que nos sentimos estranhos ou desconfortáveis em nossos corpos, mas a chave para desenvolver a imagem corporal positiva é reconhecer e respeitar a nossa forma natural e aprender a dominar os pensamentos e sentimentos negativos em relação ao corpo através de atitudes e afirmações positivas.


  • Jogos e brincadeiras

1-    Abaixar-se
Material: 3 bolas

Formação: crianças dispostas em 3 colunas. A frente de cada coluna a uma distância aproximadamente 1 metro do primeiro colocado, ficará o “capitão” de cada equipe. Este segurará a bola.

Desenvolvimento: a um sinal dado, o capitão atirará a bola ao primeiro de sua coluna que a devolverá e logo em seguida abaixará. O capitão jogará a bola para o segundo da coluna que agirá como o primeiro e assim sucessivamente. A última criança da coluna ao receber a bola gritará “viva”, marcando ponto para sua equipe.

2-    Gato e Rato
Tema: números e horas; integração.

Duração: 10 minutos.

Público: crianças, 8 pessoas.

Material: nenhum.

Imagem de um gato e de um rato, as crianças formam uma roda. Uma delas, o Rato, fica dentro da roda. Outra, o Gato fica fora da roda.

O Gato pergunta: "Seu Ratinho está?"
As crianças da roda respondem: "Não"
O Gato pergunta: "A que horas ele chega?"
As crianças respondem um horário a escolha.
As crianças começam a rodar e o Gato vai perguntando: "Que horas são?" e as crianças respondem: "Uma hora" - "Que horas são?" - "Duas Horas" e assim até chegar ao horário combinado.

As crianças na roda devem parar com os braços estendidos; o Gato passa a perseguir o Rato.
A brincadeira acaba quando o Gato pega o Rato. Para os bem pequenos é preferível que os que estão na roda fiquem parados até que o gato pegue o rato. Para crianças maiores as que estão na roda podem ajudar o rato a fugir ou atrapalhar o gato, sem desfazer o círculo.

Pode-se repetir a brincadeira algumas vezes, dando chance a quem quiser ser rato e gato. Procure parar a atividade antes que as crianças percam o interesse.

3-Coelhinho sai da toca
Tema: atenção; integração.

Duração: 10 minutos.

Público: crianças, mínimo 10 pessoas.

Material: nenhum.

Dividir as crianças em grupos de 3: duas ficam de mãos dadas, formando a toca e a terceira fica no meio representando o coelho. As "tocas" devem estar espalhadas pelo local da brincadeira.

Devem ficar duas ou mais crianças sem toca, no centro da área.

Quando tudo está pronto, alguém diz: "Coelhinho, sai da Toca!". E todos tem que mudar de toca.

As crianças que estão no centro têm que tentar ocupar as tocas que ficam vazias enquanto as demais procuram uma nova toca.

Quem ficar sem toca, vai para o centro e a brincadeira recomeça.
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=138


  •  Brincadeira como uma invenção humana

Brincar é uma invenção humana, “um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente”. (Coletivos de Autores, 1992).

Os jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a (re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos e das brincadeiras não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e do outro, traz possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como barreiras. O que esta afirmação quer afirmar?


  • Jogos Pré Desportivos

Jogos pré-desportivos são adaptações de esportes tradicionais e recreativos com o intuito de desenvolver habilidades físicas e sociais específicas nos participantes.

Normalmente, os jogos pré-desportivos são destinados aos indivíduos que desejam se iniciar numa pratica desportiva. No entanto, antes de partir para o esporte, os jogos pré-desportivos servem como um treino dos movimentos básicos necessários para aquela modalidade esportiva.

Os jogos pré-desportivos também são importantes para aprimorar as habilidades sociais dos participantes, incentivando o trabalho em equipe, por exemplo.

Ao contrário dos jogos desportivos, que apresentam um conjunto de regras específicos, os jogos pré-desportivos são mais voltados para o caráter recreativo, com a flexibilidade de objetivos, regras, durabilidade, jogadores, entre outras características.

Saiba mais sobre o significado dos Jogos recreativos.
Exemplos de jogos pré-desportivos

Como dito, os jogos pré-desportivos são variações de jogos menores que ajudam a treinar as capacidades motoras, táticas e físicas dos participantes para determinado desporto.

Por exemplo, para praticar arremessos de Basquete, os participantes podem jogar o chamado “Basquete Baixo”, onde a cesta fica num nível mais baixo e de fácil acesso, mas que ajuda os jogadores a treinarem o posicionamento e modo de fazer as jogadas.

Ver também: significado dos Jogos Competitivos e dos Jogos Cooperativos.


  • Desvios comportamentais: Anorexia, Bulimia, Vigorexia, Esteroides e Anabolizantes.

Bulimia nervosa é uma disfunção alimentar. Tem incidência maior a partir da adolescência e de 3 a 7% da população, embora seja difícil mapear o real número de pessoas que sofrem da doença, uma vez que ela está cercada de preconceitos e é difícil para o próprio doente confessar seu problema. Cerca de 90% dos casos ocorre em mulheres. A pessoa bulímica, de acordo com os critérios diagnósticos do CID 10, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vômitos auto induzidos, laxantes, diuréticos e/ou enemas.

A bulimia costuma causar sofrimento psíquico e afeta áreas diversas do sujeito. O bulimíco não tem prejuízo somente da sua relação com a comida ou da sua relação com seu corpo. Ele se vê afetado em suas relações sociais – uma vez que festas e confraternizações envolvem alimentação. Ele se vê atormentado por uma questão que lhe é cotidiana (alimentação) e que não pode ser evitada, uma vez que todo indivíduo precisa se alimentar. Isso demonstra a dificuldade de se lidar com o transtorno alimentar (tanto para o sujeito que se vê afetado, quanto pelos demais à sua volta) É o transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de “orgias alimentares”, no qual o paciente come num curto espaço de tempo grande quantidade de alimento como se estivesse com muita fome. O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios como medicações, com a finalidade de não ganhar peso.

Os esteroides androgênicos, também conhecidos simplesmente como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteroides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo. São substâncias geralmente derivadas do hormônio sexual masculino, a testosterona, e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável. Atualmente não são utilizados somente por atletas profissionais, mas também por pessoas que desejam uma melhor aparência estética, inclusive adolescentes. Os diferentes esteroides androgênicos anabólicos têm combinações variadas de propriedades androgênicas e anabólicas. Anabolismo é o processo metabólico que constrói moléculas maiores a partir de outras menores. Os esteroides anabólicos foram descobertos nos anos 1930 e têm sido usados desde então para inúmeros procedimentos médicos incluindo a estimulação do crescimento ósseo, apetite, puberdade e crescimento muscular. Podem também ser usados no tratamento de pacientes submetidos a grandes cirurgias ou que tenham sofrido acidentes sérios, situações que em geral acarretam um colapso de proteínas no corpo. O uso mais comum de esteroides anabólicos é para condições crônicas debilitantes, como o câncer e a AIDS. Os esteroides anabólicos podem produzir inúmeros efeitos fisiológicos incluindo efeitos de virilização, maior síntese proteica, massa muscular, força, apetite e crescimento ósseo. Os esteroides anabolizantes também têm sido associados a diversos efeitos colaterais quando forem administrados em doses excessivas, e esses efeitos incluem a elevação do colesterol (aumenta os níveis de LDL e diminui os de HDL), acne, pressão sanguínea elevada, hepatotoxicidade, e alterações na morfologia do ventrículo esquerdo do coração. Hoje os esteroides anabólicos são controversos por serem muito difundidos em diversos esportes e possuírem efeitos colaterais. Enquanto há diversos problemas de saúde associados com o uso excessivo de esteroides anabólicos, também há uma volumosa quantidade de propaganda, “ciência-lixo” e concepções errôneas da população sobre seu uso. Os esteroides anabólicos são controlados em alguns países incluindo os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Estes países possuem leis que controlam seu uso e distribuição.

A anorexia nervosa é uma disfunção alimentar, caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizando em baixo peso corporal) e estresse físico. A anorexia nervosa é uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. Uma pessoa com anorexia nervosa é chamada de anoréxica (português do Brasil) ou anorética (português de Portugal). Uma pessoa anoréxica pode ser também bulímica. A anorexia nervosa afeta primariamente adolescentes do sexo feminino e jovens mulheres do Hemisfério Ocidental, mas também afeta alguns rapazes. No caso dos jovens adolescentes de ambos os sexos, poderá estar ligada a problemas de autoimagem, dismorfia, dificuldade em ser aceito pelo grupo, ou em lidar com a sexualidade genital emergente, especialmente se houver um quadro neurótico (particularmente do tipo obsessivo-compulsivo) ou história de abuso sexual ou de bullying. A taxa de mortalidade da anorexia nervosa é de aproximadamente 10%, uma das maiores entre qualquer transtorno psicológico. A anorexia nervosa afeta muito mais pessoas jovens (entre 15 a 25 anos), e do sexo feminino (95% dos casos ocorrem em mulheres). Tem sido enfatizada, em debates populares, a importância da mídia para o desenvolvimento de desordens como anorexia e bulimia, por alegadamente promover ela uma identificação da beleza com padrões físicos de magreza acentuada. Qualquer papel a ser exercido pela cultura de massa na promoção dessas desordens, no entanto, está ainda para ser demonstrado. Na busca da etiologia de perturbações da saúde mental, inclusive da anorexia nervosa, comumente são procuradas causas de ordem intrapsíquico, ambiental e genético.

O que é Vigorexia?Também conhecida como complexo de Adônis e Transtorno Dismórfico Muscular (TDM), a Vigorexia é caracterizada pela distorção da autoimagem e uma obsessão em ter um corpo muito musculoso. As pessoas que apresentam essa condição, estão constantemente insatisfeitos com a própria imagem, enxergando o corpo mais magro do que ele realmente é. Essa distorção leva a uma prática excessiva de atividades físicas e, muitas vezes, ao uso de anabolizantes.

O termo Transtorno Dismórfico Muscular é utilizado pela ciência para definir a condição, onde o Dismórfia significa a diferença entre como a pessoa realmente está e em como ela se enxerga. No caso da vigorexia, a pessoa sempre acredita que não está com músculos suficientes.

Alterações no comportamento e na rotina são comuns nos casos de Vigorexia. As pessoa passa horas se exercitando, muitas vezes abrindo mão de atividades sociais, trabalho, entre outros.

Quais suas características?

A vigorexia ainda não foi reconhecida como doença pelo órgão normativo: Manual estatístico de doenças mentais (DSM). Porém, algumas características podem ser observadas quando se trata da Vigorexia. São elas:

    Mais comum em Homens.

    Se caracteriza pela busca excessiva de músculos.

    As pessoas que sofrem da patologia, geralmente, têm vergonha do próprio corpo.

    Os vigoréxicos recorrem a outros meios, como anabolizantes e alimentação desregulada para acelerar o processo de hipertrofia.

    A consciência dos perigos da prática excessiva de atividade física e do uso de substâncias ilegais, não é capaz de impedir o impulso que eles sentem em relação a obtenção dos músculos.

Vigorexia

O que causa a vigorexia?
As causas que levam a vigorexia são várias, mas acredita-se que as principais causas sejam psicológicas. As causas estão ligadas a visão que pessoa tem de si mesmo, visão que não condiz com a realidade. Sabemos que hoje existe muita preocupação com a aparência, mas para que a vigorexia se apresente é preciso que aja uma grande insatisfação com o próprio corpo, o que leva a quadros de sofrimento e depressão.

Existem ainda pesquisadores que acreditam que a vigorexia pode estar ligada a um distúrbio genético ou desequilíbrio químico no cérebro.

Outro fator muito citado entre as causas da vigorexia é os padrões inacessíveis  de beleza e para o corpo que são impostos pela mídia e pela sociedade

Sintomas
    Distorção da própria imagem
    Preocupação excessiva com próprio corpo
    Recorrer a suplementos alimentares de forma exacerbada
    Atividades físicas em excesso e treinos extremos
     Recorrer a dietas muito rigorosas
    Abuso de anabolizantes
    Irritabilidade
    Depressão
    Insônia
    Impotência sexual

Tratamento
Assim como nos casos de outros distúrbios relacionados ao corpo e a imagem, geralmente as pessoas que têm vigorexia não sabem da sua condição, por tanto não procuram ajuda. Essa situação acaba dificultando o tratamento. E por isso a ajuda e dedicação da família e amigos são de extrema importância.

Tratamentos com base em terapia são muito utilizados nesses casos. Porém várias áreas devem ser trabalhadas durante o tratamento, uma vez que a patologia atingiu o indivíduo de diferentes formas. Para o tratamento é necessários suspender os uso dos suplementos alimentares, abolir o uso de anabolizantes, realizar uma reeducação alimentar, onde a pessoa irá aprender a se alimentar de forma equilibrada, seções de terapia, para que se possam entender os aspectos psicológicos que afetam a pessoa que apresenta essa condição e se necessário o uso de remédios para controlar o comportamento obsessivo e a ansiedade.