sábado, 20 de janeiro de 2018

CONTEÚDO 2º ANO - 1º BIMESTRE


2º ANO




  • Hipertensão - Causas, Sintomas e Tratamentos.


A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. 

É uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. A hipertensão pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. Hoje, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo, pois pode favorecer uma série de outras doenças.

O que é Hipertensão?

Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg (milímetro de mercúrio). Uma pressão arterial sistólica de 140 ou mais é considerada hipertensão. Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra. Um número normal de pressão arterial diastólica é inferior a 80, sendo que igual ou superior a 90 é considerada hipertensão.

Tipos

A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis de pressão arterial. Esses números, somados a condições relacionadas que o paciente venha a ter, como diabetes ou histórico de AVC, determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou muito alto. Além disso, quanto mais alta a pressão arterial, maior a chance de o paciente precisar usar medicamentos.

Estágio I: hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo que 160 por 100.
Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110.
Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.
Fatores de risco

A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos.

Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles:


  • Fumo

  • Consumo de bebidas alcoólicas

  • Obesidade

  • Estresse

  • Grande consumo de sal

  • Níveis altos de colesterol

  • Falta de atividade física

  • Diabetes

  • Sono inadequado.


Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Isso porque com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar - são chamados de vasos menos complacentes. Com isso a hipertensão arterial é mais fácil de acontecer - cerca de 70% dos adultos acima dos 50 ou 60 anos possuem a doença.

Sintomas de Hipertensão

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. 

Diagnóstico de Hipertensão

O diagnóstico de hipertensão é feito pela medida da pressão. A forma mais comum é a medida casual, feita no consultório com aparelhos manuais ou automáticos. A hipertensão também pode ser diagnosticada por aparelhos que fazem aproximadamente 100 medidas de pressão durante 24 horas.

Tratamento de Hipertensão

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, que depende das comorbidades e medidas da pressão. É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão nem sempre significa o uso de medicamentos - mas se estes forem indicados, ela deve aderir ao tratamento e continuar a tomá-lo mesmo que esteja se sentindo bem. Mas mesmo para quem faz uso de medicação é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:

Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares.
Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos.
Praticar atividade física regular
Aproveitar momentos de lazer
Abandonar o fumo
Moderar o consumo de álcool
Evitar alimentos gordurosos
Controlar o diabetes e outras comorbidades.
Complicações possíveis

As principais complicações da hipertensão são AVC, por infarto agudo do miocárdio ou doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma atrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. É importante ressaltar que qualquer combinação de fatores de risco é sempre muito mais grave, pois o risco das comorbidades é multiplicado. Em média, uma pessoa com hipertensão que não controla o problema terá uma doença mais grave daqui a 15 anos.

Matéria publicada pelos site: Minha Vida



  • Musculação: Força e resistência muscular; hipertrofia muscular; exercícios aeróbicos e anaeróbicos.


Hipertrofia muscular

É o aumento na secção transversa do músculo, ou seja, aumento no tamanho e no número de filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes. Este aumento de massa muscular depende de vários fatores, como resposta individual ao treinamento, intensidade e duração do programa de treino.

Trabalho a ser feito: Repetições: de 6 a 12 repetições com carga entre 67% e 85% 1 RM (uma repetição máxima).

Séries por grupo muscular: maior que 3 séries.

Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: de 1 a 3 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 48 a 72 horas.

Intervalo entre as séries e os exercícios: descanso menor que 1 minuto e 30 segundos.

Velocidade de execução dos exercícios: lenta. O tempo de tensão é um importante estímulo para ajudar no aumento da hipertrofia muscular.

Força muscular

É a capacidade de exercer força máxima para um dado movimento corporal. O aumento da força segue certo curso temporal. Uma maior parcela de contribuição para este aumento vem da adaptação neural (melhora da coordenação e eficiência do exercício), porém, com o passar do tempo, a contribuição do aumento de massa muscular se torna essencial, para o aumento de força.

Trabalho a ser feito: Repetições: inferiores a 6, com carga superior a 85% de 1RM. Isto significa cargas altíssimas, perto da máxima.

Séries por grupo muscular: maior que 4 séries.

Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: de 2 a 3 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 48 a 72 horas.

 Intervalo entre as séries e os exercícios: descanso de em média 3 minutos.

 Velocidade de execução dos exercícios: lenta.

Potência muscular

É a combinação entre a velocidade e a força. Quanto maior a força ou a velocidade de execução, maior será a potência gerada. A potência muscular pode ser determinada com um único movimento (como nos levantamentos de peso) ou com uma série de movimentos aeróbios, com um grande número de movimentos repetitivos.

Trabalho a ser feito: Repetições: as repetições podem variar, mas geralmente são inferiores a 10, utilizando pesos altos ou moderados, entre 30% e 90% de 1RM, dependendo da modalidade escolhida.

 Séries por grupo muscular: maior que 4 séries.

Frequências semanal para o mesmo grupo muscular: de 2 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 48 a 72 horas.- Intervalo entre as séries e os exercícios: descanso maior que 3 minutos.

 Velocidade de execução dos exercícios: rápida.

Resistência muscular

É o tempo máximo em que um indivíduo é capaz de manter a força isométrica ou dinâmica em um determinado exercício ou capacidade de manter a capacidade contrátil do músculo.

 Trabalho a ser feito: Repetições: de 15 a 50, com até 65% de 1RM ou seja com cargas leves e moderadas.

Séries por grupo muscular: de 2 a 3 séries.

Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: de 3 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 24 a 48 horas.

Intervalo entre as séries e os exercícios: de 30 segundos a 2 minutos.

Velocidade de execução dos exercícios: moderada.

 A escolha dos treinos a serem trabalhados será feita a partir principalmente dos seus objetivos, levando em conta o seu nível de condicionamento físico e disponibilidade de tempo.


Exercícios Aeróbicos x Anaeróbicos

Arquivado em: Treino

Sempre que o assunto é musculação ou outra atividade física, ouvimos referência a exercícios aeróbicos e anaeróbicos. As atividades aeróbicas são as mais conhecidas de todos, até porque são famosas as academias de ginástica que se caracterizam principalmente pela queima de calorias. Enquanto isso, é na musculação que ouvimos falar dos exercícios anaeróbicos. Mas, o que significam esses dois termos e qual a diferença entre eles?

Antes de qualquer coisa precisamos salientar que tanto os exercícios aeróbicos quanto os anaeróbicos trazem muitos benefícios para a saúde. A diferença está relacionada ao tipo de metabolismo energético que é utilizado e a reação que cada um deles proporciona ao organismo. Sendo que ambos podem ser executados em intensidade leve, moderada e intensa.

Agora, vamos saber um pouco mais sobre cada um desses tipos de exercícios:

    Exercícios aeróbicos -> os exercícios aeróbicos se caracterizam pela exigência de uma grande quantidade de oxigênio, impondo uma respiração forte e constante. Normalmente são exercícios contínuos e de longa duração onde o tempo é mais importante do que a velocidade, movimentando vários grupos musculares ao mesmo tempo. São exemplos de atividades aeróbicas: caminhadas, ciclismo, corridas, natação, dança e muitas outras atividades que se caracterizam pela grande queima de calorias. Os principais benefícios dos exercícios aeróbicos são o emagrecimento, melhora do condicionamento físico, aumento da capacidade cardíaca e respiratória, fortalecimento do sistema cardiorrespiratório e aceleramento do metabolismo.

    Exercícios anaeróbicos -> os exercícios anaeróbicos utilizam uma fonte de energia independente do oxigênio e são realizados com uma respiração mais controlada para manter a força. Normalmente são exercícios de menor duração e que exigem um esforço concentrado. As atividades anaeróbicas se caracterizam pelo esforço intenso realizado por um grupo de músculos limitado, havendo a produção de ácido lático. Bons exemplos de exercícios anaeróbicos são os exercícios de musculação com pesos, as corridas de 100 metros rasos, saltos em altura e distância e o arremesso de peso. Os principais benefícios dos exercícios anaeróbicos são a tonificação dos músculos e a melhora do condicionamento físico de modo geral.

Como percebemos tanto os exercícios aeróbicos quanto os anaeróbicos trazem benefícios. Dessa forma, podemos considerar que a atividade física ideal é aquela que associa os dois tipos de exercícios.
 

  • Testes motores: Força, velocidade e agilidade.

 CAPACIDADE FÍSICA

DEFINIÇÃO: competência ou qualidade do indivíduo relacionada ao seu desempenho físico.
a) determinada principalmente pelos processos bioquímicos, fisiológicos e morfológicos do indivíduo;
b) geneticamente estabelecida e relativamente permanente e estável (MAGGIL, 2000 e SCHMIDT e WRISBERG, 2001)
Exemplos: força, resistência, velocidade, agilidade etc

2. RESISTÊNCIA:
“É a capacidade de resistir ao cansaço, isto é, executar pelo maior tempo possível uma atividade, sem diminuir a qualidade do trabalho.” (Barbanti, 1979)

2.1 Resistência aeróbia (aeróbica) – Habilidade de desempenhar numerosas repetições de uma atividade fatigante, que requer o uso considerável dos sistemas circulatório e respiratório. (Gallahue, 2001). É a capacidade de executar pelo maior tempo possível uma atividade obtendo energia pela via metabólica aeróbica (presença deO2)

2.2 Resistência anaeróbia (anaeróbica) – Capacidade de realizar um trabalho de intensidade máxima ou submáxima com insuficiente quantidade de oxigênio durante um período de tempo inferior a 3 minutos. (Lambert, 1987). É a capacidade de executar pelo maior tempo possível uma atividade com insuficiente quantidade de oxigênio (via glicolítica). (LAMBERT, 1987)

2.3 Fatores Determinantes da Resistência
a. AERÓBICA:
1) tipo de fibra muscular (capacidade oxidativa)
2) obtenção de O2 (mioglobina, sangue, capilarização, arteríolas, artérias, coração, pulmão, veia...)
3) reservas de energia (glicogênio, gordura...)
4) coordenação intra e inter-muscular

b. ANAERÓBICA:
1) mesma da aeróbica
2) tamponamento (substâncias alcalinas)

2.4 Desenvolvimento da Resistência
a. 1ª INFÂNCIA: sem pesquisa
b. INFÂNCIA: crescimento moderado, porém maior nos meninos (meninas 75% dos meninos)
c. PUBERDADE: rápido crescimento nas meninas dos 09 aos 13 anos e nos meninos dos 11 aos 15 anos devido ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Valores bem maiores para os meninos.
d. PÓS-PUBERDADE: diminuição dos valores relativos nas meninas devido ao aumento da massa gorda e do sedentarismo

3. VELOCIDADE: “É a capacidade de efetuar em um mínimo de tempo um determinado movimento.” (Lambert, 1987). Divide-se em acíclica (agilidade) e cíclica.

3.1 Fatores Determinantes da Velocidade
a. Volume (diâmetro) do músculo
b. Tipo de fibra
c. Coordenação intra e inter-muscular
d. Ciclo de encurtamento e estiramento do músculo

3.2 Desenvolvimento da Velocidade
a. 1ª INFÂNCIA: rápido crescimento devido à melhora da coordenação muscular. Valores semelhantes entre meninos e meninas
b. INFÂNCIA: crescimento moderado, porém maior nos meninos devido à transformação de fibras indefinidas em tipo II
c. PUBERDADE: rápido crescimento nas meninas dos 09 aos 13 anos e nos meninos dos 11 aos 15 anos devido ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Valores bem maiores para os meninos
d. PÓS-PUBERDADE: diminuição nas meninas devido ao aumento da massa magra e aumento do sedentarismo
e. EFEITOS DO TREINAMENTO: ganhos devido à melhora da coordenação intramuscular e intermuscular

Frederich (1977), ao testar a velocidade de corrida de cinco grupos de crianças de 3 a 5 anos de idade na corrida de 20 jardas, encontrou melhora linear com a idade; no entanto, não encontrou diferenças relevantes entre os sexos.

Keogh (1965) apontou que, aos 6-7 anos, meninos e meninas têm velocidade de corrida semelhante; porém, no intervalo dos 8 aos 12 anos, os meninos superam as meninas.
A velocidade de movimento, em regra, melhora até aproximadamente a idade de 13 anos, tanto em meninos como em meninas. Após isso, todavia, as meninas tendem a estabilizar-se e às vezes regredir, enquanto que os meninos tendem a continuar melhorando esse índice nos anos da adolescência.

4. FLEXIBILIDADE: “É a capacidade de efetuar movimentos de grande amplitude articular. É medida em graus angulares, de uma forma ativa que mobiliza grupos musculares das articulações envolvidas, ou então de uma forma passiva que recorre a forças externas. Essas duas formas, combinadas ou não, são utilizadas para exercitar a flexibilidade.” (Lambert, 1987)

4.1 Flexibilidade estática – escala de movimento alcançado por um alongamento lento e firme.

4.2 Flexibilidade dinâmica – escala de movimento alcançado por um alongamento rápido.

4.3 Fatores Determinantes da Flexibilidade
a. Estrutura articular (óssea...)
b. Massa muscular (tônus, alongamento...)
c. Tendões, ligamentos, cápsulas e pele
d. Sexo

4.4 Desenvolvimento da Flexibilidade
a. 1ª INFÂNCIA: diminuição devido predominantemente à ossificação
b. INFÂNCIA: diminuição devido ao crescimento em geral
c. PUBERDADE: grande diminuição devido predominantemente ao aumento da massa muscular
d. PÓS-PUBERDADE: diminuição devido ao aumento da massa magra e do sedentarismo
e. EFEITOS DO TREINAMENTO: maiores ganhos devido à melhora do alongamento muscular e articular

Huppert e Sigerseth (1950): a flexibilidade dinâmica nos ombros, joelhos e articulação diminui com a idade (pesquisas com crianças de 6 a 12 anos).

Clarke (1975): a flexibilidade começa a declinar em meninos por volta dos 10 anos de idade, e em meninas por volta dos 12 anos.

O estudo de aptidão juvenil e infantil II (EUA, 1987) concluiu que as meninas são ligeiramente mais flexíveis do que os meninos.

A flexibilidade pode ser mantida ou até mesmo aumentada com a técnica apropriada e com certos equipamentos de treinamento. (Duda, 1986)

Micheli e Micheli (1985) relataram menos flexibilidade em meninos e meninas na explosão de crescimento pré-púbere. A razão para isso é que o crescimento ósseo precede o crescimento de tendões e de músculos.Como resultado, as unidades músculo-tendinosas contraem-se.

5. EQUILÍBRIO: “Estado em que todas as forças atuantes sobre o corpo se anulam, quer dizer, a resultante é igual a zero.” (Barbanti, 1979)
“Habilidade de manter o equilíbrio em relação à força da gravidade.” (Gallahue, 2001)

6. COORDENAÇÃO: “É uma função do sistema nervoso central e da musculatura esquelética exigida em uma sequência cinética dirigida.” (Hollman, 1980)

7. FORÇA: “É a capacidade de um músculo de contrair-se contra uma resistência e de manter contra essa resistência a tensão desejada.” (Hollmann, 1980)

7.1 Força máxima – É a maior força muscular possível que um atleta pode desenvolver, independente de seu peso corporal. (Barbanti apud Nett, 1979)

7.2 Força rápida (explosiva) (também conhecida como potência) – é a capacidade do sistema neuromuscular de dominar resistências com a mais alta velocidade de contração possível (WEINECK, 2005)

Frederich (1987) encontrou aumentos anuais significativos no salto vertical, no salto em distância e no arremesso, em crianças entre 3 e 5 anos de idade. Os meninos superaram o desempenho das meninas em todas as mensurações, em todas as faixas etárias. Os mesmos resultados, no arremesso, foram encontrados por Keogh (1965), em meninos e meninas entre 6 e 12 anos de idade.

7.3 Resistência de força – É a capacidade de resistência dos músculos ou grupos musculares contra o cansaço com repetidas contrações dos músculos, quer dizer, com trabalho de duração da força. (Barbanti, 1979). É a capacidade de resistir à fadiga da musculatura em desempenho de força de longa duração (WEINECK, 2005).

7.4 Fatores Determinantes Da Força

a. MÁXIMA: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e coordenação intra-muscular
b. RÁPIDA: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e coordenação intra e inter-muscular e ciclo de encurtamento e estiramento do músculo
c. RESISTENTE: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e metabolismo (obtenção de energia)

7.5 Desenvolvimento Da Força

a. 1ª INFÂNCIA: rápido crescimento devido ao aumento da massa magra, por hipertrofia e hiperplasia muscular. Valores semelhantes entre meninos e meninas.
b. INFÂNCIA: crescimento moderado, porém maior nos meninos devido à transformação de fibras indefinidas em tipo II
c. PUBERDADE: rápido crescimento nas meninas dos 09 aos 14 anos e nos meninos dos 11 aos 15 anos, devido ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Valores bem maiores para os meninos.

7.6 Efeitos do Treinamento de Força em Crianças

a. As sérias preocupações dos pais, professores, treinadores e profissionais científicos são obscuras, por muitos conceitos falsos e por profissionais desinformados a respeito do treinamento de força, seus perigos e como ele pode ser adaptado para os jovens. (Hamil, 1994, Kraemer e Fleck, 1993)
b. É possível o treinamento de força para crianças, incluindo os pré-púberes ( Blimkie, 1989; Freedson, Ward e Rippe, 1990, Sale, 1989 ).
c. Aumento da densidade óssea e prevenção de lesões em jovens e atletas (Hejna et al, 1982)
d. Aumento do desempenho nos esportes
e. Formação da base de força para o desenvolvimento futuro


FUNCIONAMENTO / ALTERAÇÕES

Volume (diâmetro) do músculo / Pequeno aumento
Tipo de fibra / Aumento das tipo IICoordenação intra-muscular / Grande aumento
Coordenação inter-muscular / Grande aumentoCiclo de encurtamento e estiramento do músculo / Grande aumento
Metabolismo (obtenção de energia) / Grande aumento


8. FORÇA MUSCULAR

8.1 Força máxima
Clarke (1971) utilizou 18 diferentes testes com tensiômetro (indivíduos entre 7 e 17 anos)
- Meninos: melhora anual da força
- Meninas: após a idade de 12-13 anos diferenciam-se notavelmente dos meninos; porém estabilizam-se nessa idade, enquanto que os meninos continuam a ganhar força.
Na pré-escola os níveis são similares, com pequena vantagem para os meninos. Embora crescentes, os ganhos de força na infância não são lineares. Portanto, a estimativa dos níveis de força em anos posteriores, baseada em níveis atingidos na infância, oferece pouco em termos de previsão.

8.2 Resistência de força
Os principais testes são: abdominais, flexões de braços e flexões de braços na barra.
A resistência de força é treinável em crianças. Porém, em menor escala que em adultos (hormônios gh e testosterona x coordenação intramuscular)

8.3 Desempenho/Peso
Desempenho de crianças x adultos
- Meninos e meninas: melhora anual

Os níveis de resistência das crianças aproximam-se dos níveis dos adultos (e frequentemente os excedem) quando ajustados para o peso corporal.

8.4 Hipertrofia muscular
A maioria dos estudos não indicou aumento considerável da massa muscular
Técnicas impróprias e pressão excessiva apresentaram alta correlação com lesões nas placas de crescimento (Gunbs e convidados, 1982)

9. RESISTÊNCIA AERÓBIA

Ästrand (1952): VO2 máx. é 20% treinável e melhora em função da idade até cerca de 18-20 anos.
As mulheres possuem cerca de 75% da capacidade dos homens de consumir oxigênio
- Poucas pesquisas com crianças
- Pesquisas com pouca confiabilidade

Bailey e seus colegas estudaram 200 meninos canadenses por 10 anos, a partir de 7 anos de idade. Os resultados revelaram aumentos anuais de seu VO2 máx. VO2 máx. relacionado ao peso corporal e idade

Krahenbuhl e convidados (1985) notaram que o VO2 máx. relativo ao peso permanecia estável para os meninos, a cada ano, mas declinava para as meninas à medida em que elas avançavam na idade.

Cooper (1968) recomenda um VO2 máx. de 42 para adultos. Meninos mantêm sua margem de superioridade aeróbia em todas as idades.
- Crianças reagem aos protocolos de treinamento adulto?
- Pesquisas inconsistentes
- Melhora do tempo (pouca) mas sem alteração de VO2 máx. desenvolvimento menor que durante a puberdade e fase adulta (Katch, 1983)

Blair (1978) e outros lançaram a hipótese de que as crianças ativas tornam-se adultos ativos. Contudo, a atividade rigorosa somente na infância parece não ser a chave para padrões de atividades posteriores.
- Importância da resistência aeróbia para crianças em relação à saúde: não existem estudos científicos satisfatórios.
- A resistência aeróbia apresenta considerável melhora nos treinamentos de crianças

10. APTIDÃO MOTORA

Os fatores que influenciam mais acentuadamente a aptidão motora são:
- equilíbrio (estático e dinâmico)
- coordenação
- força
- agilidade
- velocidade

Os componentes da aptidão motora podem ser agrupados em fatores de controle motor e fatores de capacidades físicas.

A coordenação liga-se aos componentes da aptidão motora de equilíbrio, velocidade e agilidade. Porém, não está intimamente alinhada à força e à resistência.


11. COMPOSIÇÃO CORPORAL

Tendência secular para o aumento de gordura (padrões de atividade física x hábitos nutricionais)
Atletas x indivíduos normais
- Crianças obesas são menos ativas
- Hábitos de atividade física na vida são formados na infância
- Programas de redução de obesidade servem de meio valioso para diminuição de riscos à saúde
- Quantidade maior de gordura em meninas

Segundo Maud e Foster (1995), a composição corporal é classificada:
- Quimicamente
- Gordura
- Proteína
- Carboidrato
- Água
- Minerais

12. CRIANÇAS ATIVAS x CRIANÇAS INATIVAS

“Viver na cidade, morar em apartamento e desfrutar do onipresente aparelho de TV são fatores que têm criado estilos de vida sedentários para muitas crianças” (Duran apud Gallahue, 2001)

Definição incompleta de aptidão física
Definição incompleta de padrões ideais

13. DIFICULDADES DOS TESTES DE APTIDÃO FÍSICA EM CRIANÇAS

a) Ser capaz de motivar suficientemente a criança para obter um desempenho máximo
b) Determinar precisamente se um esforço máximo foi atingido
c) Superar os receios dos pais ansiosos