Atletas brasileiros que tiveram de se superar para vencer
1. Dani Piedade (handebol)
Em setembro de 2012, quando tinha apenas 33 anos, a atleta da seleção
brasileira sofreu um AVC enquanto fazia o aquecimento para uma partida.
Dani ficou dez dias internada e teve sequelas na fala durante mais
de um mês. O que poderia ser o fim da carreira iniciou uma bela
história: um ano e dois meses depois, Dani ajudava a seleção
a conquistar seu primeiro título mundial.
2. Diego Hypolito (ginástica artística)
O ginasta era o atual bicampeão mundial do solo quando chegou a Pequim
para os Jogos Olímpicos de 2008. Favorito, na final caiu sentado e ficou
sem medalha. Sua queda virou piada, Hypolito foi acusado de amarelar.
Em 2012, uma nova chance. Já não tão favorito, vinha de um bronze
no Mundial do ano anterior. Novamente caiu e não foi sequer à final.
Mais críticas, mais piadas. Quatro anos depois, chegou ao Rio, para
a Olimpíada de 2016, veterano e sem favoritismo. Surpreendeu com uma
excelente apresentação que lhe valeu a medalha de prata, deixando para
trás todo o sofrimento esportivo e também pessoal, já que revelou anos
mais tarde ter sofrido abuso na infância.
3. Rafaela Silva (judô)
Nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, Rafaela Silva foi
desclassificada por ter feito um movimento ilegal nas oitavas de final,
contra a húngara Hedvig Karakas. Então vice-campeã mundial, a judoca
carioca que cresceu na Cidade de Deus teve suas redes sociais inundadas
de xingamentos racistas. Tinha 20 anos. Enfrentou a depressão, pensou em largar o esporte, ficou três meses sem treinar. Mas resistiu e, no ano seguinte,
conquistou o título mundial da categoria até 57 quilos. Em 2016, no Rio,
a redenção: pendurou no peito a medalha de ouro olímpica.
4. Daniel Dias (natação)
O atleta de Campinas nasceu com má-formação congênita dos braços
e da perna direita. Sua limitação física não o impediu de levar uma vida
o mais próxima possível do normal. Na infância, brincava com as outras
crianças — tanto que vivia quebrando as próteses praticando esportes.
Já adulto, tornou-se o maior nadador paralímpico de todos os tempos: conquistou um total de 24 medalhas em três edições dos Jogos — e, aos 30 anos, sonha em fechar a conta em Tóquio, em 2020.
5. Jaqueline (vôlei)
No jogo de estreia dos Jogos Pan-Americanos de 2011, a ponta Jaqueline
sofreu uma lesão incomum no vôlei: em uma trombada, acabou tendo uma concussão cerebral e fratura em duas vértebras.
O diagnóstico foi de pelo menos dois meses sem jogar, um alívio para
o que poderia ser muito pior. E Jaqueline voltou a tempo de conquistar
em 2012 sua segunda medalha de ouro olímpica e o bronze no Campeonato
Mundial de 2013.